Libertate opus est: Escravidão, manumissão e cidadania à época de Nero (54-68 d.C.)

295 Pages·2010·1.07 MB·Portuguese

by  Fábio Duarte Joly

Libertate opus est.
Escravidão, Manumissão e Cidadania à Época
de Nero
(54-68 d.C.)
Fábio Duarte Joly
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Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP)
Joly, Fábio Duarte.
Libertate opus est: Escravidão, manumissão e cidadania à
época de Nero (54-68 d.C.).
Curitiba: Editora Progressiva, 2010.
ISBN 978-85-60124-20-6
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Núcleo de
Estudos Afro-Brasileiros do Recôncavo da Bahia.
Índices para catálogo sistemático:
1 – Roma antiga: Escravidão: História 305.560937
Capa
Eduardo Joly
Impressão e acabamento
Editora Progressiva
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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RECÔNCAVO DA BAHIA
REITOR
PAULO GABRIEL SOLEDADE NACIF
VICE-REITOR
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PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO
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PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
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PRÓ-REITORIA DE POLÍTICAS AFIRMATIVAS E
ASSUNTOS ESTUDANTIS
RITA DE CÁSSIA DIAS PEREIRA DE JESUS
3
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NÚCLEO DE ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS
DO RECÔNCAVO DA BAHIA
CONSELHO CONSULTIVO
Antonio Liberac Cardoso Simões Pires (UFRB – presidente),
Eurípedes Funes (UFC), Eugênio Líbano Soares (UFBA),
Luis Nicolau Parés (UFBA), Eduardo de Oliveira (UFBA),
Mary del Priore (IHGB – RJ), Geraldo da Silva (UFT),
Marcus Joaquim Maciel de Carvalho (UFPE), Carmem Alveal
(UFRN), Solange Pereira da Rocha (UFPE), Luiz Felipe de
Alencastro (Sorbonne IV- França), Eliane Cavalheiro (UNB),
Susana Viegas (Universidade de Coimbra – Portugal), Rafael
de Bivar Marquese (USP) e Livio Sansone (UFBA).
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A meus pais, Ary e Vera; a meu irmão, Eduardo,
e à minha esposa e sempre companheira, Vânia.
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Sumário
Prefácio...................................................................................9
Introdução............................................................................15
1. Roma como sociedade escravista:
linhas de um debate.........................................................27
Escravidão e sociedade escravista.............................32
Escravidão e cidadania..............................................60
A escravidão e a cidade.............................................72
2. Aula Neronis: a escravidão no centro do poder............79
O Principado de Nero na historiografi a antiga e
moderna.....................................................................81
Escravos e libertos na corte neroniana....................100
Nero Saturnalicius princeps....................................133
3. Visões da escravidão à época de Nero..........................145
Sêneca e a escravidão como ética...........................148
Petrônio e a escravidão como espetáculo................176
Columella e a escravidão como objeto de ciência...188
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4. Visões da manumissão à época de Nero.......................207
Sêneca, Pérsio e Petrônio: o liberto como escravo..211
Libertos entre a domus e a res publica....................239
Conclusão...........................................................................257
Bibliografi a........................................................................261
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Prefácio
Este livro é produto de tese de doutorado defendida em
2006 no Departamento de História, da Universidade de São
Paulo. Trata-se de um estudo da escravidão no principado de
Nero (54-68 d.C.), centrando-se nas conexões entre o campo
político e o campo das relações escravistas na Roma imperial.
Considera-se, portanto, o Alto Império, do ponto de vista do
desenvolvimento da escravidão, não como um período estático,
mas caracterizado por tensões políticas de diferentes graus
no que concerne à situação social de escravos e libertos. Do
ponto de vista estrutural, o trabalho divide-se em duas partes
principais: 1) exposição e crítica do conceito de sociedade
escravista como aplicado ao Império Romano; 2) análise
das fontes literárias contemporâneas e posteriores a Nero. O
objetivo é apontar as consequências políticas da manumissão
do escravo na Roma antiga e seu papel estruturante nos quadros
de uma sociedade escravista.
Inicialmente gostaria de agradecer à Fapesp (Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) pela bolsa de
doutorado concedida entre 2002 e 2005 (processo 02/00816-6),
que possibilitou as condições fi nanceiras para a realização
deste trabalho. Para sua publicação, sou grato ao Núcleo de
Estudos Afro-Brasileiros do Recôncavo da Bahia, em especial
a seu coordenador, Antonio Liberac Cardoso Simões Pires, e ao
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