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Levantamento de Plantas Alimentícias não convencionais em Caraguatatuba-SP PDF

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L.Souza; K.M.A.B.VS.Dória Levantamento de plantas alimentícias não convencionais em Caraguatatuba-SP Flávia Cristina Ribeiro Santos1, Karolina Marie AlixBenedictte Van Sebroeck Dória2 1 Graduando em Ciências Biológicas, Centro Universitário Módulo, Campus Martim de Sá, [email protected] 2 Orientadora, Centro Universitário Módulo, Campus Martim de Sá, [email protected]. Resumo A maioria das pessoas não tem o conhecimento que as plantas alimentícias não-convencionais (PANC) podem servir de alimento. Pois, de modo geral, são plantas descartadas pelo grande comércio. Este desuso, é sobretudo, devido à falta de informação da sua utilidade e preparo. Há muitas perdas de plantas silvestre que possuem altos valores nutritivos, maiores do que plantas domésticas. A alimentação da sociedade é reduzida em apenas 110 espécies, ou seja, a maioria é cultivada de forma intensiva e com grande uso de agroquímicos. As PANC também podem ajudar muitas famílias humildes a se reestruturarem, através da agricultura familiar que poderiam cultivar espécies nativas, garantindo também a reprodução e conservação desse patrimônio cultural. O presente trabalho teve como objetivo realizar o levantamento de plantas alimentícias não convencionais em Caraguatatuba, Litoral Norte de São Paulo, enfatizando a importância desse recurso vegetal e fornecer informações básicas para aporte de outras pesquisas com este enfoque.No centro do município de Caraguatatuba foram coletadas 18 famílias com uma riqueza de 24 espécies com potencial alimentício. Palavras-chave: Plantas alimentícias. Botânica econômica. Nutrição. Survey of unconventional food plants in Caraguatatuba-SP Abstract Most oh the people do not have the knowledge that unconventional food plants can serve as food. In general, they are plants that were discarded by the commerce. This disuse is mainly due to lack of information of its usefulness and preparation. There are many losses of wild plants that have high nutritional values larger than houseplants. The society alimentation is reduced in only 110 species; in other words, the most of these plants are grown intensively and with great use of agrochemicals. The unconventional food plants can also help many humble families to restructure by family farmers who could cultivate native species; also ensuring the reproduction and conservation of this cultural heritage.This study has objective realize the survey of unconventional food plant in Caraguatatuba, northern cost of Sao Paulo, and emphasizing the importance of these plants resource. As a result, provide basic information that contribute to others research with this focus.In the center of the city of Caraguatatuba were collected 18 families with a wealth of 24 species with potential food. Key words: food plants, economic botany, nutrition. UNISANTA Bioscience Vol. 5 nº 4 (2016) p. 346-356 pág. 346 L.Souza; K.M.A.B.VS.Dória Introdução O município de Caraguatatuba está situado em uma região de domínio da Mata Plantas Alimentícias Não-Convencionais Atlântica, possui 74,98% de sua área (PANC) são todas as espécies consideradas recoberta por vegetação natural. Parte dessa invasoras por não possuírem grande biodiversidade está situada na sua planície importância econômica e ecológica, são costeira de 32 Km de extensão, com restritas a determinadas regiões. De modo fragmentos de ecossistemas associados de geral, são plantas descartadas pelo comércio restinga e manguezais (SMA/IF, 2001; por desconhecerem o seu benefício e FILHO, 2001). aplicação. Desta maneira muitas espécies de plantas são altamente nutritivas, sendo que várias partes de sua estrutura podem ser Objetivos utilizadas, como: suas raízes, caules, flores, frutos ou sementes (KINUPP, 2004; O objetivo deste trabalho foi realizar o RAPOPORT,1998; AZURDIA, 1984). levantamento e um catálogo fotográfico das As PANC poderiam ser utilizadas para espécies de PANC que ocorrem no centro atingir a autossuficiência de muitas do município de Caraguatatuba-SP, comunidades desfavorecidas (LADIO, identificando,fotografando e abrangendo o 2005). Calcula-se que são perdidas conhecimento sobre as mesmas no toneladas por hectare de recursos vegetais município. que poderiam ser utilizados para a alimentação (RAPOPORT, 1997; DÌAZ BETANCCOURT,1999). Essa perda não é Material e Métodos somente pelo desaparecimento da biodiversidade, mas também do O trabalho de campo foi realizado no conhecimento das comunidades município de Caraguatatuba, Litoral Norte tradicionais que durante muito tempo foram de São Paulo no período de 1 de agosto a 1 utilizados, porém subestimados pelos de setembro de 2016. cientistas (ALTIERI,1991; RIBEIRO, Foram realizadas excursões às regiões para 2002). coleta, a observação e a documentação A alimentação da sociedade atual é reduzida fotográfica através de um celular androide em apenas 110 espécies, ou seja, a maioria Motorola G3. é cultivada de forma intensiva com grande Cada espécie botânica foi documentada uso de agroquímicos. São consumidas em com duas fotografias padrões à saber: uma grande quantidade variedades de trigo, fotografia no local de ocorrência, e uma batata, milho e o arroz, enquanto existem fotografia macro. Sempre que possível, entre 12.500 e 15.00 plantas alimentícias no amostras vegetais com flores foram planeta (RAPOPORT, 2001). documentadas. Essa alta produção de alimentos reduz a As famílias botânicas seguiram o Sistema biodiversidade que poderia ser consumida de Classificação proposto por Angiosperm pela a população por não possuírem Phylogeny Group III (com base em JUDD qualquer valor econômico, que é a base de et al., 2009; e SOUZA e LORENZI, 2008). produções agrícolas, florestais, pecuárias (KINUPP, 2007; BRASIL, 2013). UNISANTA Bioscience Vol. 5 nº 4 (2016) p. 346-356 pág. 347 L.Souza; K.M.A.B.VS.Dória Para a composição da área de estudo foram Rodovia Governador Mario Covas, no selecionadas as principais ruas do centro da limite oeste, Rua São Sebastião, Avenida cidade, onde há intensa movimentação de Brasil, Rodovia Doutor Manoel Hipólito do cidadãos, conforme demonstrado na Figura Rêgo e Rua Aparecida do Norte como limite 1. leste. Todas as ruas que se encontram dentro Foram selecionadas como ruas limitantes a: desses limites estão incluídas neste Avenida Doutor Costa Filho, Rua levantamento de campo. Guarulhos, Avenida Prisciliana de Castilho, Fonte: Google Maps (2016) – adaptado. Figura 1 – Limite do Centro de Caraguatatuba para o levantamento das PANC Resultados e Discussão uma espécie, que em vários casos foram encontradas em diferentes pontos de coleta O centro de Caraguatatuba é explorado pelo de dados. Kinnup e Barros (2004) relataram turismo devido sua beleza cênica, uma vez a presença de 312 espécies de PANC na que há uma ampla avenida em frente à praia. região metropolitana de Porto Alegre, sendo Foram observadas para coleta dos dados 33 as famílias Myrtaceae e Asteraceae como as ruas incluindo avenidas/travessas/praças no que apresentaram maior riqueza. Centro de Caraguatatuba. Foi encontrada Dentro das 25 espécies encontradas a uma diversidade de 24 espécies distribuídas família mais abundante foi a Asteraceae, um em 18 famílias botânicas. dos fatores que garantem seu sucesso A Asteraceae é a que apresenta a maior biológico é a elevada capacidade de riqueza de espécies com 5 indivíduos com dispersão, em função da presença de frutos potencial alimentício (Figura 2), a segunda com pappus, estruturas de aderência, na é a família Commelinaceae com 2 maioria plumosos (VENABLE, 1983). indivíduos, as demais contam com apenas UNISANTA Bioscience Vol. 5 nº 4 (2016) p. 346-356 pág. 348 L.Souza; K.M.A.B.VS.Dória Fonte: os autores Figura 2 - Diversidade de famílias botânicas encontradas nas diferentes ruas e avenidas do centro de Caraguatatuba – SP, 2016 As Asteraceae constituem a maior família indireta na obtenção de produtos, como de Eudicotiledôneas, com 1.620 gêneros e girassol, camomila e carqueja. (VITTO; 23.600 espécies (STEVENS, 2012). PETENATTI, 2009). Estima-se que cerca de metade das espécies A riqueza de 24 espécies com potencial ocorrem no Novo Mundo e no Brasil tem-se alimentício foiilustrada na figura 3, cujas as registros de aproximadamente 250 gêneros espéciesencontram-se com as respectivas e 2.000 espécies, distribuídas em todo o frequências de observação nos diferentes território nacional (LORENZI, 2008). Do locais amostrados. As espécies mais ponto de vista econômico, cerca de 40 encontradas nas ruas foram: espécies têm importância direta na Crepisjaponica, Euphorbiaprostata, alimentação humana com potencial Amaranthusviridiscom 27, 17 e 16 locais nutricional, como alface e chicória, e catalogados respectivamente. UNISANTA Bioscience Vol. 5 nº 4 (2016) p. 346-356 pág. 349 L.Souza; K.M.A.B.VS.Dória Fonte: os autores Figura 3 - Diversidade das espécies catalogadas nas diferentes ruas e avenidas do centro de Caraguatatuba – SP, 2016 Tabela 1- Espécies de PANC encontradas nas diferentes ruas e avenidas do centro de Caraguatatuba – SP, 2016 RUA/ AVENIDA/ NOME LOCAL DE NOME CIÊNTIFICO FAMILIA TRAVESSA POPULAR OCORRÊNCIA Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Hibiscus rosa-sinensis Hibisco Malyaceae Nativa da Ásia Melão de são- Momordicacharantia Cucurbitaceae Nativa do Japão Caetano AV. DR. ARTUR DA Eugenia uniflora Pitangueira Myrtaceae Nativa do Brasil COSTA FILHO Bidens pilosa Picão Asteraceae Nativa da Amazônia Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Rumexacetosella Azedinha Oxalidaceae Nativa da América do Norte Bougainvillea glabra Primavera Nyctaginaceae Nativa do Brasil UNISANTA Bioscience Vol. 5 nº 4 (2016) p. 346-356 pág. 350 L.Souza; K.M.A.B.VS.Dória Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão RUA PAUL HARRIS Emiliafosbergii Serralinha Asteraceae Nativa da Ásia Bougainvillea glabra Primavera Nyctaginaceae Nativa do Brasil Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Taraxacumofficinale Dente de leão Asteraceae Nativa das Américas Quebra pedra Phyllanthusniruri L. Phyllanthaceae Nativa da América do Sul verdadeiro RUA GUARULHOS Emiliafosbergii Serralinha Asteraceae Nativa da Ásia Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia Portulacaoleracea Beldroega Portulacaceae Nativa da Europa Solanumamericanum Maria preta Solanaceae Nativa das Américas Emiliafosbergii Serralinha Asteraceae Nativa da Ásia Quebra Pedra Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa da América do Sul RUA PADRE Rasteiro ANCHIETA Quebra pedra Phyllanthusniruri L. Phyllanthaceae Nativa da América do Sul verdadeiro Tradescantiapallidapurpurea Trapoeraba roxa Commelinaceae Nativa do México Tabebuia chrysotricha Ipê Amarelo Bignoniaceae Nativa do Brasil RUA SEBASTIÃO MARIANO Eugenia uniflora Pitangueira Myrtaceae Nativa do Brasil NEPOMUCENO Tradescantiapallidapurpurea Trapoeraba roxa Commelinaceae Nativa do México Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão RUA GABRIEL QUADROS Euphorbiaprostrata Quebra Pedra Euphorbiaceae Nativa da América do Sul Rasteiro RUA LUIZ PASSOS Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão JUNIOR Quebra Pedra Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa da América do Sul Rasteiro Quebra pedra Phyllanthusniruri L. Phyllanthaceae Nativa da América do Sul verdadeiro RUA MAJOR AYRES Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Portulacaoleracea Beldroega Portulacaceae Nativa da Europa Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia Quebra Pedra Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa da América do Sul Rasteiro Quebra pedra Phyllanthusniruri L. Phyllanthaceae Nativa da América do Sul RUA SÃO BENEDITO verdadeiro Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia Portulacaoleracea Beldroega Portulacaceae Nativa da Europa VILA BRASIL Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Quebra Pedra Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa da América do Sul RUA JOSE DAMAZO Rasteiro SANTOS Quebra pedra Phyllanthusniruri L. Phyllanthaceae Nativa da América do Sul verdadeiro Tradescantiapallidapurpurea Trapoeraba roxa Commelinaceae Nativa do México Hibiscus rosa-sinensis Hibisco amarelo Malyaceae Nativa da Ásia PRAÇA CÂNDIDO Quebra Pedra MOTA Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa das américas Rasteiro Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão UNISANTA Bioscience Vol. 5 nº 4 (2016) p. 346-356 pág. 351 L.Souza; K.M.A.B.VS.Dória Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia Quebra Pedra Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa das américas Rasteiro RUA NOVE DE JULHO Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão rumexacetosella Azedinha Oxalidaceae Nativa da América do Norte Quebra Pedra Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa da América do Sul PRAÇA DO MUSEU Rasteiro Bougainvillea glabra Primavera Nyctaginaceae Nativa do Brasil Emiliafosbergii Serralinha Asteraceae Nativa da Ásia Tradescantiapallidapurpurea Trapoeraba roxa Commelinaceae Nativa do México Quebra Pedra Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa da América do Sul Rasteiro AVENIDA PADRE Quebra pedra ANCHIETA Phyllanthusniruri L. verdadeiro Phyllanthaceae Nativa da América do Sul Portulacaoleracea Beldroega Portulacaceae Nativa da Europa Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia Eugenia uniflora Pitangueira Myrtaceae Nativa do Brasil Hibiscus rosa-sinensis Hibisco rosa Malyaceae Nativa da Ásia PRAÇA DOUTOR DIOGENES RIBEIRO Eugenia uniflora Pitangueira Myrtaceae Nativa do Brasil DE LIMA Tamarindus indica Tamarindo Fabaceae Nativa da Amazônia Quebra pedra Phyllanthusniruri L. Phyllanthaceae Nativa da América do Sul verdadeiro RUA SANTA CRUZ Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Eugenia uniflora Pitangueira Myrtaceae Nativa do Brasil Alliumschoenoprasum Cebolinha Alliaceae Nativa da Europa Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Solanumamericanum Maria preta Solanaceae Nativa das Américas RUA SÃO JOSE DOS Melão de são- Momordicacharantia Cucurbitaceae Nativa do Japão CAMPOS Caetano Bidens pilosa Picão Asteraceae Nativa da Amazônia Plantago major Tansagem Plantaginaceae Nativa da Europa Commelinaerecta Trapoeraba azul Commelinaceae Nativa das Américas Eugenia uniflora Pitangueira Myrtaceae Nativa do Brasil Tradescantiapallidapurpurea Trapoeraba roxa Commelinaceae Nativa do México Quebra pedra Phyllanthusniruri L. Phyllanthaceae Nativa da América do Sul verdadeiro RUA FREI PACÍFICO Emiliafosbergii Serralinha Asteraceae Nativa da Ásia WAGNER Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia Quebra Pedra Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa da América do Sul Rasteiro Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Cichoriumintybus Almeirão Asteraceae Nativa da Europa Solanumamericanum Maria preta Solanaceae Nativa das Américas Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão RUA CAÇAPAVA Emiliafosbergii Serralinha Asteraceae Nativa da Ásia Melão de são- Momordicacharantia Cucurbitaceae Nativa do Japão Caetano Cichoriumintybus Almeirão Asteraceae Nativa da Europa UNISANTA Bioscience Vol. 5 nº 4 (2016) p. 346-356 pág. 352 L.Souza; K.M.A.B.VS.Dória Quebra Pedra Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa da América do Sul Rasteiro Hibiscus rosa-sinensis Hibisco Malyaceae Nativa da Ásia Emiliafosbergii Serralinha Asteraceae Nativa da Ásia Rumexacetosella Azedinha Oxalidaceae Nativa da América do Norte Quebra Pedra Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa da América do Sul AVENIDA BRASIL Rasteiro Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Bidens pilosa Picão Asteraceae Nativa da Amazônia Taraxacumofficinale Dente de leão Asteraceae Nativa das Américas Portulacaoleracea Beldroega Portulacaceae Nativa da Europa Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia Portulacaoleracea Beldroega Portulacaceae Nativa da Europa Melão de são- RUA APARECIDA DO Momordicacharantia Caetano Cucurbitaceae Nativa do Japão NORTE Solanumamericanum Maria preta Solanaceae Nativa das Américas Psidiumacutangulum Araçá Myrtaceae Nativa do Brasil Plantago major Tansagem Plantaginaceae Nativa da Europa Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia RUA BENEDITO Portulacaoleracea Beldroega Portulacaceae Nativa da Europa ZACARIAS AROUCA Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Emiliafosbergii Serralinha Asteraceae Nativa da Ásia Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão RUA Quebra Pedra Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa da América do Sul PINDAMONHANGABA Rasteiro Eryngiumfoetidum Coentro Bravo Apiaceae Nativa das Américas Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão RUA JACAREÍ Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão RUA MOGI DAS Quebra Pedra CRUZES Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa da América do Sul Rasteiro Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia Emiliafosbergii Serralinha Asteraceae Nativa da Ásia Taraxacumofficinale Dente de leão Asteraceae Nativa das Américas RUA ILHABELA Quebra Pedra Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa da América do Sul Rasteiro Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia RUA SANTO Quebra Pedra ANTONIO Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa da América do Sul Rasteiro Quebra pedra Phyllanthusniruri L. Phyllanthaceae Nativa da América do Sul verdadeiro Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão RUA FERNANDO Hibisco Hibiscus rosa-sinensis Malyaceae Nativa da Ásia COSTA vermelho Hibiscus rosa-sinensis Hibisco Rosa Malyaceae Nativa da Ásia RUA TEOTINO Maria sem Catharanthusroseus Apocynaceae Nativa da África TIBIRIÇÁ PIMENTA vergonha UNISANTA Bioscience Vol. 5 nº 4 (2016) p. 346-356 pág. 353 L.Souza; K.M.A.B.VS.Dória Eugenia uniflora Pitangueira Myrtaceae Nativa do Brasil Alliumschoenoprasum Cebolinha Alliaceae Nativa da Europa Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Eugenia uniflora Pitangueira Myrtaceae Nativa do Brasil RUA ENGENHEIRO Quebra pedra Phyllanthusniruri L. Phyllanthaceae Nativa da América do Sul JOÃO FONSECA verdadeiro Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão Quebra Pedra RUA TAUBATÉ Euphorbiaprostrata Euphorbiaceae Nativa da América do Sul Rasteiro Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia Crepis japonica Crepe-do-japão Asteraceae Nativa do Japão LUCAS NOGUEIRA GARCEZ Amaranthusviridis L. Caruru Amaranthaceae Nativa da Amazônia Fonte: os autores Quanto à sua origem, das 24 espécies vantagens competitivas em relação às encontradas 14 são nativas das Américas e nativas, causando desequilíbrios no 10 são espécies exóticas (Figura 4). Dentre ecossistema (PITELLI 2007). Uma espécie as exóticas, 4 são originárias da Europa, 2 introduzida pode sobreviver sem causar do Japão, 2 da Ásia, 1 da África e México. danos ao ecossistema por um período As espécies invasoras geralmente possuem indeterminado até que possa ultrapassar características adaptativas que facilitam sua certas restrições ambientais, reproduzir-se e reprodução e dispersão. Dessa forma, as formar grandes populações, tornando-se espécies exóticas podem passar a ter estabelecida (ZALBA 2005). 4 2 2 1 1 Nativa da Nativa da Nativa do Nativa da Nativa do Europa ásia Japão África México Fonte: os autores Figura 4 – Local de origem das espécies catalogadas nas diferentes ruas e avenidas do centro de Caraguatatuba – SP, 2016 Considerações Finais Existe pouca informação disponível por parte da população sobre as PANC que UNISANTA Bioscience Vol. 5 nº 4 (2016) p. 346-356 pág. 354 L.Souza; K.M.A.B.VS.Dória acabam por denomina-las como “mato”, fato dos hábitos alimentares serem “daninhas” ou ainda “inços”. Muitas destas transmitidos por via oral e há um profundo plantas são comestíveis, mesmo que em desinteresse por parte das novas gerações desuso por parte da população, fato que em adquirir tais informações. De acordo implica na retirada destas espécies do local. com Diaz-Betancourt et al. (1999), em Segundo Rapoport e Ladio (1999)em média 10% do total de espécies vegetais de diversas comunidades rurais e suburbanas o qualquer bioma é comestível, portanto, o uso de plantas silvestres sofreu um número de espécies que podem ser abandono. Os autores afirmam que diversos catalogadas no município de Caraguatatuba fatores sócio-ecológicos contribuem para pode ser superior ao relatado aqui, pois esta este abandono, dentre eles a intervenção da pesquisa foi direcionada apenas para a área mídia que coloca estes produtos de origem urbana. silvestre como “coisas do passado” e de pessoas carentes. Além disso, destaca-se o Referências Tropical, v. 47, n.3, San José, Costa Rica, 1999. ALTIERI, M. A. Porqué estudiar la JUDD, W.S., CAMPBELL, C.S., agriculture tradicional? Centro de Control KELLOGG, E.A., STEVENS, P.F. & Biológico, Universidade de Berkeley, DONOGHUE, M.J. Sistemática Vegetal: California. Revista de Clades, Número Um Enfoque Filogenético. 3rd ed. Artmed, especial 1. p. 14, 1991. Porto Alegre, 2009. AUGUSTO, O. Carta de risco de KINUPP, Valdely F. & BARROS, I. B. I. escorregamentos quantificada em Riqueza de Plantas Alimentícias Não- ambiente de SIG como subsídio para Convencionais na Região Metropolitana de planos de seguro em áreas urbanas: um Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Revista ensaio em Caraguatatuba,SP. Tese de Brasileira de Biociências, v. 5, supl. 1, p. Doutorado. Instituto de Geociências e 63-65, 2007. Ciências Exatas (IGCE/UNESP) Rio Claro, p.196, 2001. KINUPP, V.& BARROS, I. Levantamento de dados e divulgação do potencial das AZURDIA, C. L. A outra cara de las plantas alimentícias alternativas do Brasil. malezas. Tikalia. Revista Facultad de Horticultura Brasileira, v. 22, n. 2, p.4, Agronomia Universidade de San Carlos 2004. de Guatemala, v.3, n.2, p.5-23, Guatemala, 1984. LADIO, A .Malezas exóticas comestibles y medicinales utilizadas em poblaciones BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. del noroeste patagônico: aspectos Plantas do Futuro. Brasília, DF: MMA, etnobotánicos y ecológicos. Boletin 2013. Latinoamericano y del Caribe de plantas DIAZ-BETANCOURT, M. et. al. Weeds as medicinales y aromáticas. Sociedad a source for human consumption. A latinoamericano de fitoquimica, Santiago, comparison between tropical and temperate Chile. v. 4, p. 75-80, 2005. Latin America. Revista Biológica UNISANTA Bioscience Vol. 5 nº 4 (2016) p. 346-356 pág. 355

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