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Leguminosae arbustivas e arbóreas da floresta atlântica do Parque Nacional do Itatiaia, sudeste do Brasil: subfamílais Caesalpinioideae e Mimosoideae PDF

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Leguminosaearbustivas earbóreasda florestaatlântica do ParqueNacionaldoItatiaia,sudestedoBrasil: subfamílais CaesalpinioideaeeMimosoideak1 Morim12 & Graziela Maciel Barroso3 Marli Pires Resumo „ (Leguminosae arbustivas e arbóreas da floresta atlânticado Parque Nacional do . . , .. . .... O subfamíliasCaesalpinioideaeeMimosoideae) naSerradaMantiqueira,noRiodeJane.roeemMinasGerais(2. «^ dCCpbeeaaesseemtqsseuaacilpotspimarinsanoiibobdoaiieildbsdhelceoairaeoieégçreeõáaesfspMei,ritcemeiaslsogeu,sêsnontteireaxadrrcçoeuõsaoeresse,tõe1eri4psanrtefeeasospmrecéenmocntaniteçseosõusletdntseaaassxMofoibaonrmreoohmmesfarioeçbnicãáodoroleioaodgfseiel.ao.r,2eSAd9spãitrosaeetl.rstipedrbanouttiaaçdãoaos-gsoeeiougoLrm’agae.inc. inons,aa.re,a,:^ds•eunbotaeféibsafcrpmijaéícerc)alsiecieedãasueos Palavras-chave:FlorestaAtlântica,flora,taxonomia. (Woody Leguminosae in the Atlantic Forestofthe Itatiaia National Park, southeastcm Braz^ CaesalpinioideaeandMimosoideae) TheItatiaiaNationalPark,withan SerradaMantiqueira Range (22»!9*e 22»45'S; pafirneedlsde1tnr4tiepsds.paeancnidedsstiuondffyoMroimfamhtoeisroobniaadrbeiouaumetmwtaehtereenpahlree.ncoEolirogdhgetyd.,gegAneeorkgaeryaapnhdic'aJlsPdiesc^tns® dcscriptions, anids aillsloustirnactliuodnesd.are Keywords:AtlanticForest,flora,taxonomy. Introdução Tratamentostaxonômicosparaafamília, deLeAgudmiivneorssiadeaedsetmáoerxfporleósgsiaceametseauxoenlôemviacdao efomrraemlaeçlqãauobaoànrfdaldoooresasdtpaoadreoasdotaamdGuoundaioncaíRbpiaioordade(oJBaaRnrieroiordsoeo, srtnoeoúdgbmairessertaorasosdureeLg7eti2ágõx7ueosmngisdênoqnouemseruaonessedo(de.LiseAt1wr9iri.seb3cu2eeet5nmtaeeel.smspi2éqn0uco0aip5ses)ese Jdl1aoe9nc6ea4Cil)riiN,ozm,aaead,aSpeanrrmarauaSnaedirRacreaísMpdeaironovtMiaqadEuerceio(NrlLaóoi,gvmiaasceaetFldraoelic.abM1lua9ir9zcga4ao)e,o. subordinados à família. Para o Brasil é Maciço do Itatiaia, importante corpo florestal e(sStoiumzAaasd&oLoeLtogoruteamlnizdnieo22s00a00e5g)fê.ingeurroasmee1n5t0re0aesspcéicniceos qnuaec,iondaeissdeeaesstpcrraoinmmgeeoiirruaosmsaevimsrietsgaésicãudoleodnseatpuaersxastlairdseotmsao,s destacado dJpareinmeeeisirproéa.csifPeasamrínlaiaaasfblfooltroâarneidscotaasecsaottamldâmonatiidcooarRrfiioqoureadzmea pfmoooitteinvcoiualeamàcri1in9av3çe7ãs.otidOgoaçmãPaoacricqçiueoentdíNfoaiccIiato,antoaialiqaduoeé estimadas 190espécies (Lima2000)e98 para Itatiaia, comoumadasmanchasflorestais considerado a restinga (http://www.restinga.net). lmiegodreetceesbeiddeodeomut0o9r/a2d0o06n.oAPcreoiglroapmaaradepuPbólsi-cGarçaãdoueaçmã0o5e/m20C0.7e.nc.asbioi.o.g.. - íBotãnica)doMuseuNacional/UFRJ, iosdtietuJtaondeeirPoe,sRqJu,isBarsasJialr.dimBotânicodoRiodeJanei.ro,RuaPDa,c,h.ewcnolleeãaoo991155.22460-030,RiodcJaneiro,RJ,Brasil, [email protected] num 3Institutode PesquisasJardim Botânicodo RiodeJaneiro, in SciELO/JBRJ cm L2 13 14 15 16 17 424 Morim, M. P. & Barroso, G. M. que abrigaa floraarbóreade maiorriquezada MinasGerais,emBocainadeMinaseItamonte floresta ombrófila densa, no sudeste do país (22°19'e22°45'S;44°15'e44°50'W)eabrange (Pereira et al. 2006). Apesar do alto grau de uma área de cerca de 30.000 hectares (http:// desflorestamento, desde o século passado www.ibama.gov.br/pama_itatiaia). Emrelação comumatodaaregiãodaSerradaMantiqueira ao relevo, o maciço do Itatiaia faz parte das (Mendes Jr. et. al. 1991), uma considerável elevações dacadeia montanhosae interiorana amostra das florestas da região ainda subsiste da Serra da Mantiqueira (Fig. 1 ). preservada no Parque Nacional do Itatiaia. Osaspectosrelacionadosàgeomorfologia, Uma ampla abordagem sobre a estrutura hidrografia, clima e vegetação da área seguem regional da flora, sua provável origem e seus asdescrições apresentadas porMorim (2006). elementos foi apresentada por Brade (1956). Muitas espécies da área foram descritas por 2. Coleta de dados e tratamento Dusén (1903, 1955) e vários tratamentos de taxonômico famíliasbotânicasparaItatiaiaforamelaborados, O levantamento preliminar das a exemplo dos apresentados no volume 32 da Leguminosae do PARNA Itatiaia foi obtido Rodriguésia (Ministério da Agricultura 1957), com a pesquisa bibliográfica e o exame das sob o título “Florado Itatiaia - /”, onde foram coleções dos herbários dos estado do Rio de tratadas 20 famílias de Dicotiledôneas. As Janeiro, SãoPauloedoParaná. Nosherbários espécies de Leguminosae, assim como outros do Parque Nacional do Itatiaia (ITA) e do grupos arbóreos, foram pouco documentadas JardimBotânicodoRiodeJaneiro RB foram ( ) nas listagens florísticas de Brade (1956). Os encontrados os maiores números de recentes estudos sobre os padrões de exemplaresprovenientesdecoletasnoParque, distribuição de espécies de Leguminosae do seguidos pelo herbáriodoCentrode Botânica Parque Nacional do Itatiaia (Morim 2006) e a do Rio de Janeiro, FEEMA (GUA). Nos caracterizaçãoecomposiçãoflorísticadecinco demaisherbáriosvisitadosforam muitopoucos áreaslocalizadasnomaciçodoItatiaia(Pereira os espécimes arbustivos e arbóreos de 2006) destacaram Leguminosae entre as três Leguminosae procedentes da área de estudo primeiras famílias com maior riqueza de e, quando existentes, eram duplicatas do RB. espécies na flora local. As épocas de floração e frutificação são O presente trabalho tem como objetivo indicadas,segundoasinformaçõescompiladas principal propiciar a compreensão sobre a das etiquetas de exemplares coletados em morfologia e a identificação dos táxons Itatiaia. O mesmo procedimento foi adotado arbustivos e arbóreos de Leguminosae, para os nomes das localidades de ocorrência subfamíliasCaesalpinioideaeeMimosoideae,que das espécies no Parque do Itatiaia. Os dados ocorremnaformaçãoflorestaldoParqueNacional sobre distribuição geográfica e formações do Itatiaia, complementando os resultados vegetacionaisforamobtidasconformedescrito em Morim apresentados por Morim (2006). Espera-se (2006). também que as informações aqui reunidas As excursõesdecampo foram realizadas, forneçam subsídios ao avanço no conhecimento principalmente, noperíodode 1998 a2001 e o da flora do estado do Rio de Janeiro. procedimentoparaacoletadomaterialbotânico, seguiu Morim (2006). Os espécimes foram MaterialeMétodos depositadosnoherbáriodoInstitutodePesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB). 1. LocOalPiazraqçuãeoNeacciaornaacltedroizIatçatãioaiad,aPáArReaNA MimosAosidesauebffaomríamlitarastadCaasecsoamlopisunbooirddeinaaedase Itatiaia,selocalizanaregiãosudestedoBrasil, a Leguminosae, considerando-se as análises sudoeste do estado do Rio de Janeiro, nos filogenéticasquetêmapoiadoomonofiletismo municípios de Resende e Itatiaia, ao sul de de Leguminosae (Lcwis & Schire 2003; Rodriguésia 58 (2): 423-468. 2007 SciELO/JBRJ cm 12 13 14 15 16 17 .. LeguminosaedoPARNAItatiaia: CaesalpinioideaeeMimosoideae Wojciechowskietal. 2004;Lewisetal.2005). IBAMA e IBGE no Centro de Informações e Nos trabalhos mencionados os autores Serviços do Programa Mata Atlântica/JBRJ. propuseram o uso preferencial de Leguminosae, em detrimento de Fabaceae. Resultados e Discussão As identificações taxonômicas tiveram Na flora do Parque Nacional do Itatiaia, como suporte, principalmente, as revisões entre espécies arbustivas e arbóreas de taxonômicas,citadasnotratamentotaxonômico Caesalpinioideae e Mimosoideae, foram dostáxons,concernentesaosgênerosabordados, registradosumtotalde 15gênerose29espécies. aliada a comparação com os exemplares já Para Caesalpinioideae foram encontrados oito determinados porespecialistas do grupo. gêneros e 15 espécies e para Mimosoideae, A terminologia utilizada nas descrições sete gêneros e 14 espécies. Todos os táxons estábaseada nos seguintes trabalhos: Barroso ocorrem, predominantemente, na formação etal.(1999),tipodefruto, sementeeembrião; montana do PARNA Itatiaia, em uma faixa Harrington & Durrell (1957), indumento; altitudinal de 700 até cerca de 1200 metros. Garcia (1998) e Irwin & Barneby (1982), Oestudosobreospadrõesdedistribuição nectáriofoliar;Hickey(1974),venação;Steam das espécies tratadas no presente trabalho (1992), forma, ápice e base dos folíolos ou demonstrou que 44% das Leguminosae da foliólulos;Lima(1985),plúmula. flora do PARNA Itatiaia são táxons As ilustrações foram feitas em binocular especialistas em formações do Domínio equipada com câmara clara. O mapa de Atlântico, destacando-se entre estas 10 localização do PARNA Itatiaia foi elaborado espécies com o padrão de distribuição Brasil a partir de bases cartográficas da ESRI, atlântico sudeste (Morim 2006). Rodriguésia 58 (2): 423-468. 2007 SciELO/JBRJ 12 13 14 15 16 17 V . . 426 Morim, M. P. &Barroso, G. M. TratamentoTaxonômico 2.Chave para identificação das espécies arbustivas e arbóreas de Leguminosae ocorrentes no Parque Nacional do Itatiaia 1 Folha3s. unifolioladasoubifolioladas. Folhasbifolioladas;peciólulosmarcadamentetorcidosenrugadosefolíolosfalcados,com superfície pontuada, translúcidae resinosa 5. Hymenaea courbaril var .altíssima 42.’. Folhas unifolioladas; pontuaçõesausentes. 5. Ramos inermes, indumento ferrugíneo; lobos foliares 12-13 cm, face abaxial 3 . 6fR.earmruo7g.sínaecou-lheiarsduotsa,.i.ndumento não ferrugíneo; lobos foliares26.-9B,a5uhcimn,iafaicoengabiafxoilaial esparso pubescente 1, Bauhiniaforficata subsp. forficata 1 . Folhaspinadasoubipinadas. Folhaspinadas. Nectários8.foliares constantes entre os folíolos do par basal da pina e presentes ou ausentes entre as demaisjugas. Plantas predominantemente arbustivas, raque foliar cilíndrica; flores com os segmentosdocálice2e.dacorolalivres; androceucom até 10estames livresentre si. Nectáriosfoliaresescutelados;estamescomanterascomfendaslongitudinais, ciliadaseporosapicais,estaminóidesausentes;estigmaciliado;frutolegume, valvas torcidas após a deiscência 3. Chamaecrista ensiformis . Nectáriosfoliarestubulosos;estamescomanterassemfendaslongitudinais, estaminóidespresentes;estigmanãociliado;frutosdeoutrostipose,quando legume, com valvas retas após a deiscência. Folhas com até 2 pares de folíolos. 9. Folíolos com mais de 3,5 cm larg., ovados ou obovado-elípticos; androceucomosestamessubsésseis, glabros; gineceu comovário estrigoso g Senna affinis . Folíolos com até 3,5 cm larg., ovado-lanceolados; androceu com osestamesmaiorescomfiletesdeaté0,3cm,pubescentes;gineceu com ovárioseríceo 10. Senna macranthera var. macranthera 8’. Folhas com mais de 2 pares de folíolos. 10. Folhas com mais de 7 pares de folíolos 11- Senna multijuga subsp. lindleyana 10’. Folhas com até 7 pares de folíolos. 11 Estipulaspersistentes,membranáceasoufoliáceas,tardiamente caducas, obliquamente ovadas ou subfalcadas com até 1 cm compr.; estames com anteras não rostradas. 1 Estipulamembranácea,obliquamenteovada,folíoloscom venação tênue, concolores; fruto legume bacóide 9. Senna itatiaiae 12 . Estipulafoliácea,subfalcada,folíoloscomvenaçãopatente, discolores; frutolegume 12- Senna organensis var. heterandra 6,,. Pnilantaspredom1ma-nSteemmen°tceoanrjbuónrteoasd,eracqaureacftoelrieasrgeralmente1m3a.rgSiennandaaopuenadlaudlaa, raro cilíndrica; flores com os segmentos do cálice e da corola unidos; androceu com mais de 20 estames com filetes unidos em tubo. Rodriguésia 58 (2): 423-468. 2007 SciELO/ JBRJ 12 13 14 15 16 17 Leguminosa1e3.doP4A.RNAItatiaia:CaesalpinioideaeeMimosoideae Raque foliar marginada ou alada em toda a sua extensão; tricomas glandulares ausentes. 1 Ramosrufo-hirsutos;estipulalanceolada,ovado-lanceolada,persistente;nectano barbata f1o5l.iarlongoestipitado 14’. Ramos com outros tipos de indumento ou glabros; estipulas caducas ou, se persistentes com outras formas; nectário foliar de séssil a subséssil. Plantas glabras ou esparsamente pubérulas a glabrescentes. 16. Estipulaespatulada,emgeral caduca; folíolosaté 3jugas,com maisde 2 cm compr. e larg.superior a lcm 19. Inga marginata 16’. Estipulaacicular, persistente; folíolos de maisde 3jugascom ate 2 cm compr. e larg. igual ou inferiora 1 cm 23. Inga ternas 15’. Plantas com indumento. 17. Flores com corolacom mais de 1,5 cm compr. 18 Folíolos de 4-5 jugas, nectário foliar pateliforme, corola com ate ' 1,8 cm compr. 24- Inga vera var. affinis 19. 8’ Folíolosde5-7jugas,nectáriofoliarcupuliforme,corolacommais 1 de 1,8 cm compr. *1. fSÍ,7íí 17’. Flores com corola com até 0,6 cm compr. 20. Inga mendoncaei 13’. Raquefoliarcilíndricaousemarginada,apenasnaregiãoterminal;tricomasglandu ares n^a presentes na face abaxial dos folíolos ' 5'. Nectários foliares ausentes no pecíolo e entre o par de basal de pinas e folíolos. Folíolos alternos com até 3,5 cm compr., glândulas translúcidas presentes na face abaxial; floresmonoclamídeas,sépalasglanduloso-vesiculosas,frutolegume•••••••••_ 21. 4. Copaifera langsdorfn 2129.’. Folíolos opostoscom mais de4,5 cmcompr., glândulas translúcidas ausentes, flores diclamídeas,sépalasnãoglânduloso-vesiculosas,pétalasfiliformesousubuladas, fruto P 20. Indu^ntodensonosramos,naraquefoliarenainflorescênciUa;fTolaícohltosgafohrtreumgeonstae discolores; pétalas subuladas • •; 20’. Indumentoesparso; folíolos levementediscolores; pétalas filiformes................. \A.Tachigali duckei 4’. Folhasbipinadas. NectáÁrrivoorfeolsiacropmretsreontnec.o cristado-alado, ramos escamosos e aculeados; fruto egume de 26. Piptadenia gonoacantna val,vas retas . 22’. Sem o conjunto de caracteres. glomenlorme, bractcas lmnvolu,„crrnaÍt8s 23 Nec“tário foliarcrateriforme; infloreAscnêandceinaanthera colubma var. cotubrma i t . dc^ 17. escênciaespiciformeounteemosa,brácteas 23-, Nectáriofoliar fõnnas;inflo, 27 “upuliforntcouurccolado;florespediceladas.androceucom filetesunidosem tubo 24' fNil^etfesllfivreesdeentrreedsi,natntsertas^gfllaonrdeuslsoássasesisn.oanbdortoãcoeuflcoortalnaetêca1d0uecsatsamneass, flores abertas. Rodriguésia 58 (2): 42.1-468. 2007 SciELO/JBRJ cm 12 13 14 15 16 17 428 25. Morim, M. P. & Barroso, G. M. 25 Ramos com indumento, puberulento e pulverulento, vinoso-ferrugíneo, foliólulos fortementediscolores; florescom gineceu pubescente; fruto legume nucóide, semente . 2R6a.moscommdumentotomentosoaglabrescentenãovinoso-ferrugíneo,nãopulverulento. 2f6oholulos concolores; flores com gineceu viloso ou glabro; fruto folículo, semente sem pleurograma. Folhas com mais de 8 jugas de pinas, foliólulos mais de 20 pares; flores gríseo- pubescentes corolacompétalas unidas; folículode margens retasentre as sementes, 2277. sementedeelípticaaoblonga 21.Pseudopiptadenia contorta . cFoolmhas com ate 8 jugas de pinas, foliólulos até 12 pares; flores glabras, corola pétalas livres; folículo de margens constrictas entre as sementes; semente 21’. Nectá22r88i.o foliai ausente.’ PseudoPlPtadenia leptostachya Plantas com indumento predominantemente estrelado e plumoso; corola com pétalas menores que 1 cm compr.; fruto craspédio 25 Mimosa scabrella . Plantas com mdumento pubescente ou tomentoso; corola com pétala.s maiores que cm compr.; frutos samaras e criptosâmaras. 1 Folióluloslinearescoraaté0.2cmlarg.,lineares;andtoceucomf.Ietespilososnabase, gineceu com estigma peitado; fruto sâmara, núcleo seminífero central . Foholuloscomraatsde0,2cmlarg..oblongosouelípticos;androceucomfiletesglabros. gineceu coraesttgmapunctifotme; frutocriptossâmara, núcleoseminíferoapical .... Schyzolobium parahyba Leguminosae Caesalpinioideae em menor ou maior grau após a deiscência; Bauhinia PIum. ex L. valvas internamente marcadas pelas Arbustoscomramoscilíndricos,inermes impressõeslevementeoblíquas,resultantesdas ou aculeados, indumento presente. Estipula e inserções das sementes. Sementes com testa nectáriosfoliarespresentesouausentes.Folhas nítida, funículocurto e espessado. unifolioladas,bilobadascomraquecanaliculada, O gênero tem distribuição pantropical, lobos simétricos,fendidos atéoterçosuperior possuicercade300espécieseparao Brasil são de seu comprimentoou até à porçãomediana, reconhecidas 98 espécies (Vaz & Tozzi 2003). múcron presente; lobos cartáceos, glabros na face adaxial, com indumento na abaxial; 1. Bauhinia forficata Link subsp forficata evveindaeçnãtoecsanmapiflaócedraobmaxaicalo.mInnefrlvourreasscêcnacsitaansheasm, Link, Enum. Hort. Berol. 1; 4040.18.21. rpeadcúenmcouslodsi,sepomstgoesrale,mder0a,m5ocsm;foblrháocstoesascnoãmo acúleAorsbulsteovecma.en3tme acltu.,rvroasmosnapurbeeFisggci.eãno2teads-e,d hviisptaanst,ocfal.o3r,e5scbmracnomcpars.,,sateegme1n1tocsmcacliocmipnira.i;s innãsoevriçsãtoosd.aPfeoclíhoa;loesptuibpeuslcaeentneec,t2ár—i3ocexmtrcaomflporr.a;l parcialmente fendidos, pubescentes ou lobosfoliares6-9,5x3-5,5cm, fendidosatéa tomentosos; pétalas espatuladas; estames 10, porção mediana, ovados, faces adaxial nítida, subiguais, filetes unidos ca. 0,2 cm compr., glabra e a abaxial esparsamente pubescente glabros ou pubescentes na região de união; sobreasnervuras,discolor,basedearredondada gineceu estipitado, ovário com indumento a truncada. Inflorescências com botões de 7— variado,estigmapeltado-lobadoouclaviforme. 7,5 cmcompr.;florescomhipanto, segmentos Fruto legume, lenhoso com valvas retorcidas caliciniais4—5cmcompr.,pubescentes;pétalas Rodriguésia 58 (2): 423-468. 2007 SciELO/JBRJ cm .. .2 13 14 15 16 17 LeguminosaedoPARNA Itatiaia:CaesalpinioideaeeMimosoideae 429 ^ eFingeuctráari2o;.af-.df.oBlhaau;kgM.d.etfaolh^eai,nadu-mae.nrtaomof.acbe.adbea,xailahlo.a(caú-lceoB»r,acg.afl4o5r2;6d,.df™P,er0e.tri . < , g 7,5 x 0,5 cm; estames maiores, 6 cm compr., ocorrBeauhdeiniPaefronrafmibcautcaosuabtsép.ofoPrafriacnaát,a esparsos pubescentes na região de união, predominantemente, em trechos da floresta eeaMtasnatttle.eirrg4iam5asa2l6pe1ex(laRctmBa)imd;noafc-drlo„oom:2bp05a.rd.V.Xo.I;.I1.9Lo51e89v,9ág7rfu,ri.m,folE.e,.Jp2.Pu0eMbr.exesiAr1ca,eB5nrecttaamegl.,a. aodItuamasbtêimranaóictafi,aia,lsdaueeamdaoeccnaúollsrtearioêts(undcVneiaosaszdrf2oeai0m08ov10es)r0.iefaaiNsco1add0ia0Pm0enAnamRs.oõNrelAAsa 3788 RB). Époc(asdefloraçãoefrutificação: dezembro deseusfolíolossãocaracteresqueadistinguem (fl.); maio (fr.). de B. longifolia. Rodrixuésia 58 (2): 423-468. 2007 SciELO/ JBRJ cm _2 13 14 15 16 17 7 430 Morim, M. P. & Barroso, G. M. 2. Bauhinia longifolia (Bong.) Steud., Nom. folíolos opostos, subsésseis, papiráceos, 5-9 x Bot. ed.2, 1:191 (err.Tipogr.291). ago 1840. 2—2,5 cm, ovado-lanceolados a oblongo- Fig. 2 e-g lanceolados, ápice atenuado a subagudo, base m Arbusto ca. 3 alt., ramos ferrugíneo- subassimétrica, faces glabras; venação puberulentos, inermes. Estipulas lanceoladas. broquidódroma. Inflorescência em racemos Pecíolo ferrugíneo-tomentoso, 1,5-2 cm curtos,cauliíloros,pedúnculos0,5—0,8cmcompr., compr.;nectárioextrafloralcupuliforme;lobos densamente ferrugíneo-pubescente; brácteas foliares 12-13x3,5-5cm,fendidosatéoterço triangulares,ferrugíneas,0,5-1 cmcompr.;flores superior,ovado-oblongos,facesadaxialglabra pediceladas;sépalas5,ca.0,3cmcompr.,linear- eaabaxial ferrugíneo-hirsuta,principalmente, lanceoladas,tomentoso-ferrugíneas;pétalas5, sobre as nervuras, levemente discolor; base ca. 0,7 x 0,4 cm, obovadas, pubescentes ao arredondada. Inflorescência racemiforme, longo danervuramediana;estames 10, anteras botões ca. 6 cm compr.; flores com hipanto, subsésseis,0,4cmcompr.,deiscentespor poros segmentos caliciniais 5,5 cm compr., apicais, prolongados em fendas ciliadas, tomentosos;pétalas3-4x0,1 cm, tomentosas tomentoso-ferrugíneas, estaminóides ausentes; extemamente; estames com 4 cm, unidos na gineceu estipitado, ovário hirsuto-ferrugíneo base, glabros; ovário tomentoso, estigma com 3 óvulos e estigmaciliado. Legume 12,5 claviforme. x 1,5cm,plano-compresso,subfalcado,nítido, Materialexaminado: J. P P. Carauta etal. 4681 estipitado, acuminado, com valvas levemente (GUA);2.XII. 1999.fl„R.Guedesetal.2498(RB). torcidas após a deiscência. Floração: dezembro. Materialexaminado:26.1.1932.fl.efr„C.Porto211 Bauhinia longifolia ocorre no Brasil (RB);20.11.1936,fl.AC.Braile15062(RB);6.1.1941, nos estados de Rondônia, Mato Grosso, Pará, fl., W.D.Barros156(RB). Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal Épocas de floração e frutificação: janeiro, e da Bahia ao Paraná, em áreas de floresta fevereiro (fl.);janeiro (fr.). ombrófila densa, cerrado, mata ciliar e serras Ao gênero Chamaecrista estão no entorno de campos rupestres, e também subordinadas cerca de 330 espécies que se na Bolívia e Paraguai (Vaz & Tozzi 2003). difundem, principalmente, em regiões No PARNA Itatiaia corre nas formações tropicais, subtropicais e temperadas do secundárias, naregiãodemaisbaixaaltitude. mundo, destacando-se como centro de Segundo Vaz & Tozzi (2003), indivíduos diversidade aAmérica do Sul, em especial o de B. longifolia com folhas coriáceas, o Brasil (Lewis 2005b). que não foi constado nos exemplares de Chamaecrista ensiformis ocorre nos Itatiaia, aproximam-se de B. rufa (Bongard) estados do Maranhão, Bahia, Espírito Santoe Steudel. As autoras consideraram a RiodeJaneiroemtrechosdaflorestaombrófila probabilidade de serem formas distintas de densa e de restinga. No PARNA Itatiaia é uma mesma espécie. registrada para localidade anteriormente conhecida como Benfica, em altitude entre 600 e 750 m. 3. Chamaecrista ensiformis (Vell.) Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35(2): 4. Copaifera langsdorjii Desf., Mem. Mus. 642. 1982. Fig.3 a-f Arbusto ca. 3 m alt., ramos cilíndricos. ParisÁ7r:v3o7r7e.11802—11.5 m alt., ramos ciFliígn.dr4icao-sg, Folhasparipinadas,folíolos4-6jugas,raquefoliar lenticelados.Estipulascaducas.Folhaparipinada. canaliculada, glabra, nítida, levemente viscosa, 6-8 foliolada, raque canaliculada, 3-5 cm 8,5-15,5cm compr.;pecíolo2-2,5cm compr.; compr., hirsuta; pecíolo 0,4-0,7 cm compr.; nectário foliar escutelado, presente no par de folíolos alternos, pcciolulados, de cartáceos a folíolosbasaise,emgeral,entreosdemaisfolíolos; subcoriáceos, 2-3,5 x 1,5 cm, elípticos, ápice Rodriguésia 58 (2): 423-468. 2007 SciELO/JBRJ cm .. .2 13 14 15 16 17 18 LeguminosaedoPARNAItatiaia:CaesalpinioideaeeMimosoideae 431 Figura3-Chamaecristaensiformis-a.ramo;b. nectáriofoliar;c.flor;d.detalheestame;e.estigma; f.frutofechado eaberto. (Porto2117) Rodriguésia 58 (2): 423-468. 2007 SciELO/JBRJ , 432 Morim, M. P. & Barroso, G. M. agudo, margensespessadas pubescentes; base 5. Hymenaea courbaril var. altíssima de simétrica a assimétrica; faces a adaxial (Ducke) Lee & Lang., J. AmoldArbor 55(3): nítida, glabra ou esparso pubescente, abaxial 448. 1974. Fig. 5 a-b hirsuta ao longo da nervura mediana com Árvore ca. 28 m alt., ramos cilíndricos, glândulasdepontuaçõestranslúcidas,circulares; glabros,profundamentefissurados,lenticelados. venação broquidódroma. Inflorescência em Estipulas caducas. Folha bifoliolada. pecíolo, racemos curtos, pedúnculo 3,5 cm compr., 1-2 cm compr., nítido, glabro; folíolos com pubescente.Floressubsésseis;sépalas4,livres, peciólulo torcido, opostos, cartáceos a 0,3-0,4x0,1-0,2cm, 3 lanceoladas, 1 ovada, subcoriáceos, 5-7 x 1,5-3 cm, oblongo- crassas, externamente glabras, glanduloso- falcados, ápice agudo, base assimética, vesiculosas, intemamente hirsutas; margens decurrente unilateralmente, glabros, nítidos escariosas, ciliadas; pétalas ausentes; estames comasuperfíciepontuado-translúcida,resinosa; 10, fileteslivres,os maiores0,7 cmcompr.,os venação broquidódroma. Inflorescência curto menores até 0,4 cm, glabros, anteras rimosas, paniculada, áurea; bractéolas orbiculares, curtamente apiculadas; gineceu estipitado, 0,5 cm compr. Botões pedicelados, 1-1,3 cm ováriodensohirsuto,estigmagloboso,papiloso. compr.,pontuado-translúcidos,áureo-seríceos; Legume 3-3,5 x 3 cm, túrgido, sub-orbicular, hipanto campanulado, disco nectarífero apiculado, monospérmico. Semente 2,5 cm presente, segmentos caliciniais 4, áureo- compr.;arilóide carnoso,oleoso,avermelhado. seríceos; pétalas 5, subiguais, glandulosas, Materialexaminado:2.1.1941,fl., W.D.Barros160 obovadas, sésseis, glabras;estames 10. livres, (RB); 13.IX.1918, fr„ C. Porto s.n. (RB 10945); anteras rimosas; gineceu estipitado, ovário 21.VI.1927,fr.,/GKulhmans.n.(RB10355);16.VIII. glabro,estigmacapitado. Legume nucóide, 10 1918.,bot.,idem697(RB);20.VI.1999,boL.M.P.M. x5cm,oblongo,estipitado,epicarpoverrucoso, Limaetal. 419(RB). nítido com pontuações resinosas; semente Épocas de floração e frutificação: janeiro 1 elíptica. (fl.);junho, setembro(fr.). Ogênero Copaifera abrange46espécies Materialexaminado: 11.VI..1997,fr.,M.P.M.Uma etal.399, (RB);26.IV.2001,fr..M PM.UmaetaL (Martins-da-Silva 2006) que se distribuem na 444 RB). ( África, Ásia, América Central e América do Material adicional selecionado: 6.XII. 1927, bot.. Sul,ondeestáconcentradoomaiornúmerode PessoaldoHortoFlorestals.n.(RB 112641);26.XI.1927. espécies (37). bot.,PessoaldoHortoFlorestals.n. (RB1 12639). Copaifera langsdorfii ocorre nos Épocas de frutificação: abril;junho. estados de Goiás, Minas Gerais, Rio de AogêneroHymenaea estãosubordinadas Janeiro, São Paulo e Paraná em floresta 14 espécies, dasquais 13 ocorrem em regiões ombrófila densa e florestas de galeria. No do Novo Mundo, principalmente, naAmérica PARNAItatiaia ocorre em altitude de 900 m, do Sul, onde as florestas Amazônica e nalocalidadedeMonserratenasproximidades Atlântica representam centros de diversidade do rio Campo Belo. A espécie é conhecida genérica(Lee&Langenheim 1975;Mackinder popularmente no PARNA Itatiaia, como 2005). copaíba ou copaíva vermelha. O estudo dos Hymenaea courbaril var. altíssima tem espécimes examinados demonstrou que os ocorrência nos estados do Rio de Janeiro e São limites entre C. langsdorffii, C. lucens Pauloemtrechosdaflorestaombrófiladensadas Dwyer e C. trapezifolia Hayne, serras do Mar e da Mantiqueira (Lee & estabelecidos porDwyer(1950), sãodifíceis Langenheim 1975). No PARNA Itatiaia foi de serem reconhecidos. Além disso, coletadaemaltitudede825m,nointeriordamata, observou-se uma grande variação nos nas proximidades do abrigo Popularmente 1. indivíduos da espécie estudada. conhecidacomojatobá,distingue-sedasdemais Hodriguésia 58 (2): 423-468. 2007 SciELO/JBRJ cm 12 13 14 15 16 17

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