Danielli Katherine Pascoal da Silva EXPERIÊNCIAS COM A (PÁ)LAVRA NA UNIÃO DO VEGETAL: UM ESTUDO ANTROPOLÓGICO DO CONHECER CAIANINHO Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do Grau de mestre em Antropologia Social. Orientadora: Profª Drª Vania Zikan Cardoso Florianópolis Novembro/2016 Dedico esta dissertação ao Mestre Gabriel e à nossa Matriarca Mestre Pequenina, exemplos de Homem e Mulher. AGRADECIMENTOS Como diz o poeta das simplicidades, ―o meu quintal é maior do que o mundo‖ e o ser maior do meu quintal vem dos pequenos gestos de atenção que recebo de tantas pessoas entre as quais faço meus passos, trilhando o meu caminho, no Caminho. A começar pela Fonte de tudo que É, pela Força que rege o Universo e se manifesta para mim através do Mestre, porque o Mestre é sempre o Mestre, e é com os ensinamentos de Mestre Gabriel que venho reavivando a gratidão a Deus, através da prática do amor com minha família, amigos e irmãos. Ainda tenho muito chão, mas se hoje dou os primeiros passos nesse Caminho, é graças ao Mestre Gabriel e ao trabalho que ele vem guiando com minha memória. Àqueles que gestaram as condições da minha existência, ensinaram-me os primeiros passos e palavras, minha Mãe e meu Pai, meu amor e gratidão. À minha orientadora, que com sua respeitosa presença deu-me a liberdade para as reflexões aqui elaboradas, guiando minha redescoberta antropológica por novos mares teóricos e etnográficos, minha gratidão e alegria pelo encontro nesta vida. Ao PPGAS/UFSC e à CAPES, que me proporcionaram as condições materiais e intelectuais necessárias ao desenvolvimento da pesquisa, assim como o Grupo de Estudos em Oralidade e Performance (GESTO), que leu meu projeto e meus capítulos sugerindo valiosas ideias. Sou grata à convivência inspiradora e divertida que tive com meus colegas da Turma de Mestrado de 2014, nossas conversas foram terapia, cinema, arte, música e felicidade. Sinto saudade! Ao meu companheiro Manuel Canavarros, com quem aprendo todos os dias o valor do amor através da prática da presença e do compartilhar, seu carinho proporciona-me o fortalecimento da confiança em mim mesma, a você, meu amor e carinho. Minha gratidão à Comissão Científica que me confiou a realização desta pesquisa e aos meus irmãos e amigos da União do Vegetal com quem venho compartilhando vivências que estão além desta dissertação, são companheiros de viagem em Alto Mar, em Alto tempo de burracheira. De tantos profundos e engraçados causos que contamos sobre nós mesmos, aprendo o que Manoel de Barros diz com tanta simplicidade, a ―palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo para ser séria‖. Com a palavra conhecemos a espiritualidade e também brincamos com o bom humor herdado de nosso guia espiritual. Mestre Gabriel, além de poeta, fazia com seu humor jogos de palavras, ensinando que ―parece brincadeira, mas a brincadeira não aparece‖. Alguns amigos e irmãos participaram mais diretamente da realização desta dissertação, a eles meu reconhecimento pela colaboração. José Eduardo Trajano, a quem primeiro contei de minha vontade em realizar esta pesquisa e quem incentivou o plantio da semente do projeto, que se transformou nesta dissertação. A Léa e a Paulo Afonso, por quem tenho profundo carinho, respeito e admiração, eles participaram com conversas informais, entrevistas e conselhos à dissertação e à minha vida. Pessoas silenciosas que ensinam com sua forma de ser e fazer, sinto alegria quando estou com vocês. Ao Mestre Representante do Núcleo Luz Abençoada, Artur Schneider, com quem me senti livre para expressar minhas compreensões e reflexões, algumas das quais encontram-se neste texto. Admiro sua atitude amiga e horizontal, que é tão importante pois aproxima a irmandade, sou grata pela colaboração. Ao Conselheiro Renato Jardim, que com sua experiência de vida e vivência com alguns Mestres da Recordação, trouxe contribuições fundamentais. Seu bom humor é uma arte! A minhas amigas Érika da Silva P. Teodoro, Radharani Francini e Luana Andrade, mulheres de fibra por quem tenho admiração e que ao compartilharem comigo seu estudo, ampliaram minhas percepções a elementos significativos presentes no texto. Ao Mestre Carmiro Gabriel da Costa, uma pessoa surpreendente cuja perspicácia ensina-me a ser mais simples e a conhecer mais o Mestre Gabriel. Vejo em sua sinceridade e bom humor importantes instrumentos de combate ao fanatismo ao qual alguns estão sujeitos. A ele, minha gratidão pelo encontro e conversa, espero que a vida me dê novas oportunidades de estar próxima e aprender melhor. À Karina Tarca e Patrick Medina irmãos de coração, que leram meus primeiros capítulos e me deram boas sugestões. À Thais Penha, irmã de coração com quem compartilhei tantas ideias, Thais leu meus primeiros escritos e é a responsável por me apresentar a Manoel de Barros. Sou grata também ao Mestre José Luiz de Oliveira e Emanuella Gomes de Oliveira, pessoas simples, fortes e especiais. Mestre José Luiz é Mestre na União do Vegetal, conviveu com Mestre Gabriel e é uma fonte de histórias e poesia, que faz tão espontaneamente com suas palavras. Eu ainda não tive memória suficiente para registrar com perfeição tamanha preciosidade, embora a maior parte de suas palavras eu não tenha registrado diretamente aqui, ouvi-lo trouxe- me inspiração para repensar algumas partes do meu trabalho e ser mais cuidadosa com os ensinos. Quero expressar minha gratidão às crianças do Núcleo Luz Abençoada, que com sua leveza e alegria trazem graça ao cotidiano dos trabalhos. Elas são nossos maiores poetas e inventores, são verdadeiros artistas. Com eles aprendo muita brincadeira e simplicidade.
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