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José Francisco de Carvalho Ferreira PDF

532 Pages·2013·4.18 MB·Portuguese
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A SUSTENTABILIDADE DO ALTO DOURO VINHATEIRO: REALIDADE OU UTOPIA? CONTRIBUTO PARA A AVALIAÇÃO E MELHORIA DA SUSTENTABILIDADE DA REGIÃO José Francisco de Carvalho Ferreira Tese de Doutoramento em Geografia e Planeamento Territorial Especialidade em Geografia Humana JUNHO DE 2012 Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Geografia e Planeamento Territorial, especialidade em Geografia Humana, realizada sob a orientação científica da Professora Doutora Ana Viegas Firmino (Departamento de Geografia e Planeamento Regional, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa) Os trabalhos que culminaram na presente tese foram financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, através de uma bolsa individual de doutoramento (SFRH/BD/39418/2007) e decorreram no e-GEO – Centro de Estudos de Geografia e Planeamento Regional (http://www.fcsh.unl.pt/e-geo/), da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, no quadro do grupo de Investigação Dinâmicas Ambientais e Socioeconómicas: Gestão para a Sustentabilidade. i DECLARAÇÃO ii DEDICATÓRIA… Há dois grupos de pessoas a quem dedico este trabalho: os que me apoiaram e os que duvidaram. Os primeiros, porque o seu amor serviu sempre de incentivo: incluo nestes a minha família, em especial, os meus pais (RIP), os meus irmãos e a Eliene. Incluo, igualmente, os meus amigos. Sem as suas palavras (e acções) de ânimo, apoio, incentivo e carinho tudo teria sido mais difícil. Os outros, porque a sua existência constituiu uma motivação extra. A todos, nas devidas proporções, estou grato! iii AGRADECIMENTOS É costume dizer-se que o trabalho de investigação é um trabalho solitário. Na verdade, exige muitas horas de leitura, de reflexão e de escrita. Se o que aqui foi escrito é disto reflexo, não é menos verdade que muito se deve às imensas colaborações que tive durante o largo período de trabalhos. Alguns dos capítulos desta tese não teriam sido possíveis sem a colaboração de muitas instituições e numerosas pessoas. A consulta aos actores locais é disso exemplo. Ainda que algumas vezes o contacto não tenha sido fácil, rapidamente, a hospitalidade e o acolhimento fizerem esquecer as contrariedades. A todos os que tive o privilégio de entrevistar e respectivas instituições, o meu mais profundo agradecimento. Noutra parte do trabalho, na recolha de dados estatísticos que deram origem ao índice de sustentabilidade, outras instituições foram consultadas, umas de carácter local, outras de âmbito regional e nacional. Sem que todas tivessem a mesma prestação e fossem do mesmo modo atenciosas, não posso deixar de agradecer. Aos amigos, colegas e professores que, durante este percurso, deram ideias ou foram solícitos quando alguma dúvida surgia ou algum esclarecimento era necessário, o meu mais sincero reconhecimento. Aos durienses com quem tive a possibilidade de debater ideias, agradeço a amabilidade, o tempo e a partilha. São estas conversas que me fazem acreditar que é possível fazer do Douro o espelho do melhor que se pode fazer em Portugal. Agradeço à minha orientadora pela solicitude, paciência e sabedoria com que me guiou nesta empresa. Ao e-GEO pelas possibilidades criadas. Agradeço à FCT. A investigação financiada foi, indubitavelmente, uma excelente possibilidade de evoluir como cientista e de crescer como ser humano. A todos, expresso a minha mais sentida gratidão. iv A SUSTENTABILIDADE DO ALTO DOURO VINHATEIRO: REALIDADE OU UTOPIA? CONTRIBUTO PARA A AVALIAÇÃO E MELHORIA DA SUSTENTABILIDADE DA REGIÃO AUTOR José Francisco de Carvalho Ferreira RESUMO PALAVRAS-CHAVE: desenvolvimento sustentável, avaliação da sustentabilidade, índice de sustentabilidade, desenvolvimento rural, Alto Douro Vinhateiro O Alto Douro Vinhateiro (13 concelhos da NUT III Douro), uma das mais importantes regiões vinhateiras portuguesas, situada no norte interior de Portugal, enfrenta graves problemas, comuns a muitas áreas rurais do país e do mundo. O envelhecimento e a perda de população, a baixa densidade económica, social e cultural, a dinâmica económica débil, a baixa instrução, as dificuldades no sector do vinho, principal cultura da região, o deficiente movimento associativo, as parcas oportunidades de emprego, a aparente falta de estratégias comuns aos vários municípios, o difícil entrosamento institucional indiciavam que a região não estaria a ser gerida de modo sustentável. Com esta investigação pretendeu-se mostrar até que ponto esta constatação era ou não verdadeira, com o conceito de desenvolvimento sustentável como pano de fundo. Tendo percorrido os conceitos de desenvolvimento rural e desenvolvimento sustentável e perscrutadas diversas metodologias para avaliar a sustentabilidade, foram seleccionados 76 indicadores, agrupados em 23 aspectos e em 5 dimensões (ambiental, social, económica, institucional e cultural). Depois de normalizados os indicadores, foi possível chegar a um valor regional que traduz a maior ou menor aproximação da região ao conceito de desenvolvimento sustentável, que nesta investigação se definiu como o “processo de transformações que ocorre de forma harmoniosa nas dimensões espacial, ambiental, económica, social, cultural e institucional, almejando a promoção humana integral, a cidadania plena e a equidade social, a paz e a segurança, um ambiente saudável e ecologicamente equilibrado, no contexto das gerações presentes e futuras e na direcção de um mundo sustentável”. Numa escala de 0 a 100, a região obteve uma pontuação de 57,14 pontos, mostrando que, além de não estar tão mal como se pensava inicialmente, imprimida a correcta direcção, esta tem potencial para ser uma das regiões mais sustentáveis do país e, neste sentido, ser um exemplo de sustentabilidade para outras regiões. v SUSTAINABLE DEVELOPMENT IN THE ALTO DOURO WINE REGION: REALITY OR UTOPIA? CONTRIBUTION TO THE REGIONAL SUSTAINABILITY ASSESSMENT AND IMPROVEMENT AUTHOR José Francisco de Carvalho Ferreira ABSTRACT KEYWORDS: sustainable development, sustainability assessment, sustainability index, rural development, Alto Douro Wine Region The Alto Douro Wine Region (13 municipalities in the NUT III Douro), one of the most important portuguese wine regions, located in North Portugal, is facing serious problems, common to many rural areas of the country and in the world. Aging and population loss, low economic, social and cultural density, low economic dynamics, low education level, difficulties in the wine sector main crop in the region, poor associative movement, lack of employment opportunities, lack of common strategies among regional municipalities, and institutional difficulties indicated that the region would not be managed in a sustainable way. This research was intended to show if this statement is true or not, using the concept of sustainable development as a background. After covered the concepts of rural development and sustainable development, various methodologies for assessing sustainability were probed. Seventy six indicators were selected, grouped into 23 aspects and five dimensions (environmental, social, economic, institutional and cultural). After standardizing the indicators, it was possible to calculate a regional value which indicates how far or close the region is to the concept of sustainable development wich, in this research, is defined as "the process of transformation that occurs harmoniously in spatial, environmental, economic, social, cultural and institutional dimensions, aiming at integral human promotion, full citizenship and social equity, peace and security, a healthy and ecologically balanced environment, in the context of present and future generations and towards a sustainable world". In a 0 to 100 scale, the region received a score of 57.14 points, showing that, despite initial hypothesis, if manage in a sustainable way, the region has potential to be one of the most sustainable region’s of Portugal and an example for other regions. vi ÍNDICE Índice ………………………………………………………………………………… vii Siglas e acrónimos …………………………………………………………………… x PRIMEIRA PARTE CAPÍTULO I – Questões introdutórias ……………………………………………001 1.1. Objectivos ………………………………………………………………………..003 1.2. Hipótese a comprovar ……………………………………………………………004 1.3. Dados e Metodologia …………………………………………………………….005 1.4. Enquadramento …………………………………………………………………..006 1.5. Estrutura da Tese…………………………………………………………………010 CAPÍTULO II – O Desenvolvimento Rural ………………………………………013 2.1. O mundo rural na Europa e em Portugal…………………………………………030 2.1.1. O desenvolvimento rural na Europa……………………………………...031 2.1.2. O desenvolvimento rural em Portugal……………………………………039 2.2. Principais problemáticas associadas ao mundo rural ……………………………045 2.3. Desenvolvimento, competitividade e inovação em áreas rurais …………………047 2.4. Coesão social, económica e territorial em áreas rurais ………………………......051 2.5. Desafios e estratégias para o mundo rural……………………………………......054 CAPÍTULO III – O Desenvolvimento Sustentável ………………………………..063 3.1. Origem do Conceito ……………………………………………………………...065 3.2. Aspectos históricos ………………………………………………………………069 3.3. O relatório Brundtland (1987)……………………………………………………077 3.4. A Cimeira da Terra (Rio 92) …………………………………………………......088 3.4.1. A Agenda 21 ……………………………………………………………..092 3.5. Protocolo de Quioto (1997), Declaração do Milénio (2000) e a Carta da Terra (2000) …………………………………………………………………………………097 3.6. Cimeira de Joanesburgo (2002) ……………………………………………….....101 3.7. Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-1014) ……….104 vii 3.8. Debate conceptual e operacional em torno do Desenvolvimento Sustentável …..109 3.9. Novas perspectivas da sustentabilidade ………………………………………….137 SEGUNDA PARTE CAPÍTULO IV – Diagnóstico da região do Alto Douro Vinhateiro ……………..141 4.1. Aspectos Históricos………………………………………………………………143 4.2. Dinâmicas económicas e condições de vida ………………………………….....147 4.3. Território e ambiente …………………………………………………………….165 4.3.1. Ordenamento do Território e estratégias regionais ………………………166 4.3.2. Biodiversidade……………………………………………………………170 4.3.3. Recursos Hídricos ………………………………………………………..171 4.3.4. Usos do solo …………………………………………………………….175 4.3.5. Produção, tratamento e gestão de resíduos ………………………………177 4.4. Sistema urbano, competitividade territorial acessibilidades ……………………..179 4.5. Modernização administrativa e governamental ………………………………….182 4.6. Recursos estratégicos para o desenvolvimento .....................................................185 4.6.1. Capital humano …………………………………………………………185 4.6.2. Património natural e cultural ……………………………………………..199 4.6.3. Potencial turístico ………………………………………………………..202 4.6.4. Energias renováveis………………………………………………………210 4.6.5. Produtos endógenos………………………………………………………215 4.7. Primeira análise SWOT ………………………………………………………….217 CAPÍTULO V – Consulta aos Actores locais………………………………………220 5.1. Identificação dos actores locais ………………………………………………….223 5.2. A entrevista ………………………………………………………………………225 5.2.1. Resultados ……………………………………………………………….227 a) A região………………………………………………………………………228 b) Outros Aspectos ……………………………………………………………...244 5.3. Estratégias de desenvolvimento dos actores …………………………………......254 5.4. Projectos de sucesso e insucesso…………………………………………………264 5.5. Segunda análise SWOT ………………………………………………………….273 viii TERCEIRA PARTE CAPÍTULO VI – Avaliação da Sustentabilidade Regional ………………………282 6.1. Da interpretação à operacionalidade do Desenvolvimento Sustentável …………283 6.2. O tripé do DS: dimensões ambiental, social e económica ……………………….289 6.3. Outras dimensões: cultural, espacial e político-institucional …………………….292 6.4. Metodologias para avaliar a sustentabilidade ……………………………………294 6.4.1. O Caso Português ……………………………………………………......304 6.5. Indicadores de Sustentabilidade ………………………………………………….307 6.5.1. Escolha e tratamento de indicadores de sustentabilidade ………………311 6.6. Avaliação da sustentabilidade do ADV ……………………………………….....315 6.7. Análise SWOT final ……………………………………………………………..348 CAPÍTULO VII – Conclusões e contributos para as linhas estratégicas do Alto Douro Vinhateiro ……………………………………………………………………353 7.1. A Região face ao Desenvolvimento Rural e Sustentável ………………………..354 7.2. (Im) Possibilidades de implementação do DS na região…………………………361 7.3. Validação da hipótese ……………………………………………………………368 7.4. Contributos para as estratégias da região ………………………………………..369 7.5. Comentários e recomendações …………………………………………………..374 Bibliografia …………………………………………………………………………...378 Lista de mapas………………………………………………………………………...400 Lista de figuras ……………………………………………………………………….400 Lista de tabelas ……………………………………………………………………….401 Lista de gráficos ………………………………………………………………………402 Anexo 1 – Guião e conteúdo das entrevistas ………………………………………… i Anexo 2 – Lista de indicadores, aspectos e dimensões da sustentabilidade …………. lv Anexo 3 – Ficha do indicador …………………………………………………….......lviii Anexo 4 – Pontuação e escala dos indicadores …………………………………… lxxviii Anexo 5 – Síntese da pontuação por concelho ……………………………………… cxiv Anexo 6 – Lista de indicadores indisponível a nível municipal ……………………cxvii ix

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Veiga (2008: 146, 166-167), citando Amartya Sen, releva duas das suas críticas 89 O ser humano como o centro da Criação é uma referência bíblica, referenciada A Arqueologia e Informações e Acolhimento receberam a.
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