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Jose Antonio Faro PDF

177 Pages·2013·0.58 MB·Portuguese
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP José Antônio Faro A antropologia trinitária como fundamento para o diálogo no pensamento de Chiara Lubich MESTRADO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO SÃO PAULO 2013 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP José Antônio Faro A antropologia trinitária como fundamento para o diálogo no pensamento de Chiara Lubich MESTRADO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO Dissertação apresentada ao programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como requisito para a obtenção do título de MESTRE em Ciências da Religião, na área de concentração Religião e Sociedade, sob a orientação do Prof. Dr. João Edênio Valle SÃO PAULO 2013 JOSÉ ANTÔNIO FARO A antropologia trinitária como fundamento para o diálogo no pensamento de Chiara Lubich Dissertação apresentada ao programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como requisito para a obtenção do título de MESTRE em Ciências da Religião, na área de concentração Religião e Sociedade, sob a orientação do Prof. Dr. João Edênio Valle. Data de aprovação: _____ / _____ / 2013. Banca examinadora: ______________________________ ______________________________ ______________________________ Dedicatória Aos meus pais e irmãos. Aos amigos e amigas que me ajudaram a acreditar na fraternidade universal. Agradecimentos A Chiara Lubich, por sua experiência de diálogo que inspirou este trabalho. À Fundação Porticus, pela bolsa de estudos que viabilizou este estudo. Ao Programa de Ciências da Religião da PUC-SP, professores e funcionária que sempre estiveram disponíveis para ajudar no que fosse necessário. À equipe da editora Cidade Nova pelo apoio constante durante todo o período do mestrado e, de modo especial, a Klaus Bruschke, Gilvan David de Sousa e Fernanda Pompermayer. Ao orientador Prof. Dr. João Edênio Valle, por ter sido uma ajuda determinante na elaboração desta pesquisa. A Regina Luz Vieira, que, além de revisora, se revelou uma grande companheira na fase final desta pesquisa. A todos os colegas e amigos que acompanharam estes anos de estudo, especialmente àqueles da comunidade dos Focolares e, de modo particular, a Juan Esteban Balderréin, João Monoel Motta e Sérgio Prévidi. Resumo Este trabalho versa sobre a antropologia trinitária que subjaz à prática de diálogo realizado por Chiara Lubich. Inicialmente, esta pesquisa demonstra como o seu pensamento sobre o diálogo se insere na globalidade de sua espiritualidade. É no espaço entre a peculiar compreensão do Evangelho e a práxis social que dela nasce que se desenvolve a sua visão e a sua experiência de diálogo. Procura, então, fazer uma apresentação sintética dos principais pontos cardeais de sua espiritualidade, relacionando- os com a sua experiência de vida, enquanto espaço existencial no qual a experiência de Deus se manifesta. Nessa linha, aprofunda a compreensão da unidade e de Jesus Abandonado − entendido como síntese do evento da cruz de Cristo − como chaves para adentrar na compreensão e na participação da vida de comunhão do Deus Uno-Trino. Colocando os escritos de Lubich em diálogo com teólogos e filósofos contemporâneos, demonstra como, a partir desses dois pontos, desenvolve-se uma visão da realidade que pode ser definida como ontologia trinitária. Enfatizando a ideia do Ser como comunhão, a dinâmica da relação trinitária deve entrar, segundo a visão lubichiana, na determinação do Ser em si mesmo. Portanto, a unidade com os outros é intrínseca à identidade individual, ou seja, o homem se realiza na comunhão. Isso significa, efetivamente, que a ideia do Ser como Trindade desemboca numa antropologia trinitária. As categorias dessa antropologia são individualizadas com base na comunhão unitrinitária de Deus. Concretamente, a partir das características das relações trinitárias de unidade e distinção de Deus, esta pesquisa identifica as características de um modo trinitário de viver, cuja encarnação e explicitação histórica é o diálogo. Demonstra, então, que, para Lubich, o diálogo não é uma atividade que se soma às diversas outras dimensões da vida humana, mas o modo de relacionar-se com os outros segundo o modelo da Trindade, isto é, a própria realização do ser relacional do homem. Palavras-chaves: Chiara Lubich, unidade, ontologia trinitária, antropologia trinitária, diálogo. Abstract This work deals with the Trinitarian anthropology, which underlies the practice of the dialogue performed by Chiara Lubich. Initially, this research demonstrates how the thought on dialogue falls on the whole of her spirituality. It is in the space between her peculiar understanding of the Gospel and the social praxis that comes from it, that she develops her vision and her dialogue experience. Secondly, this work offers a synthetic presentation of the main cardinal points of her spirituality in relation to her life experience, as an existential space in which the experience of God is revealed. Thirdly, this work deepens the understanding of unity and Jesus forsaken − understood as the synthesis of Christ's cross event − as the way to pass the threshold of God’s communion life: He who is unity and trinity. Fourthly, it puts into dialogue the writings of Lubich with contemporary theologians, and philosophers. This dialogue reveals how her writings develop a vision of reality that can be defined as Trinitarian ontology. Emphasizing the idea of the Self as communion, according to lubichian point of view, the dynamics of the Trinitarian relationship must go into the determination of the Self as itself. Therefore, the unit with the other is intrinsic to the individual identity, that is, the human being fulfills himself/herself in the communion. Effectively, this means that the idea of the Self as Trinity leads in a Trinitarian anthropology. The categories of this anthropology are individualized on the basis of the communion of God who is unity and Trinity. Specifically, from the characteristics of the Trinitarian relationship of unity and distinction in God, this research identifies the characteristics of a Trinitarian way of life, whose incarnation and explanation in the history of mankind is dialogue. Finally, this research demonstrates that, for Lubich, dialogue is not an activity that adds itself to the many different dimensions of human life, but the way to relate with each other according to the model of the Trinity, that is, the very realization of the relationality self of man. Key-words: Chiara Lubich, unity, Trinitarian ontology, Trinitarian, anthropology, dialogue. Sumário INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11 CAP. 1 – A ESPIRITUALIDADE E A OBRA DE CHIARA LUBICH .................. 19 1.1 UMA “MISTAGOGIA DA EXPERIÊNCIA” ................................................. 19 1.1.1 A família: entre o catolicismo e o comunismo ..................................... 21 1.1.2 Os pródromos de uma nova realidade eclesial .................................... 22 1.1.3 A quarta estrada: o focolare .................................................................. 25 1.2 A ESPIRITUALIDADE DA UNIDADE ....................................................... 27 1.2.1 Deus Amor: uma nova compreensão da vida ...................................... 27 1.2.2 A realização da vontade de Deus como resposta ao amor ................. 29 1.2.3 O amor ao próximo, vontade de Deus por excelência ........................ 30 1.2.4 O amor mútuo, coração do Evangelho ................................................. 31 1.2.5 A presença de Jesus na comunidade ................................................... 33 1.2.6 A unidade, vocação universal da humanidade .................................... 34 1.3 JESUS ABANDONADO, CHAVE DA UNIDADE ...................................... 39 1.3.1 Jesus Abandonado, chave da unidade com Deus ............................... 40 1.3.2 Jesus Abandonado, chave da unidade com os irmãos....................... 44 1.4 O “PARAÍSO ‘49”: UMA EXPERIÊNCIA PARADIGMÁTICA .................... 45 1.5 DA CONTEMPLAÇÃO À AÇÃO ............................................................... 48 1.5.1 Os aspectos do amor ............................................................................. 50 1.5.1.1 Comunhão de bens: o amor que partilha .............................................. 51 1.5.1.2 Apostolado: o amor que irradia ............................................................. 53 1.5.1.3 Oração e união com Deus: o amor que eleva ....................................... 55 1.5.1.4 Natureza e vida física: o amor que cura ................................................ 56 1.5.1.5 Harmonia e ambiente: o amor que é beleza ......................................... 58 1.5.1.6 Sabedoria e estudo: o amor que é luz ................................................... 59 1.5.1.7 Unidade e meios de comunicação: o amor que une ............................. 60 1.5.2 Instrumentos da Espiritualidade da Unidade ....................................... 62 1.5.2.1 Pacto do amor recíproco ....................................................................... 62 1.5.2.2 Comunhão de almas ............................................................................. 63 1.5.2.3 Comunhão da Palavra ........................................................................... 64 1.5.2.4 Hora da verdade .................................................................................... 64 1.5.2.5 Colóquio ................................................................................................ 65 CAP.2 – A VISÃO LUBICHIANA COMO ONTOLOGIA TRINITÁRIA ............... 67 2.1 UM DADO DA REVELAÇÃO: DEUS É AMOR ......................................... 67 2.2 O SER COMO AMOR: “SÓ O AMOR É” .................................................. 72 2.2.1 Amor e Trindade: uma única realidade ................................................. 74 2.2.2 O ato de ser como ato de amor ............................................................. 75 2.2.3 A Trindade como ser da criação ........................................................... 76 2.2.4 A dialética trinitária do Ser e não-ser ................................................... 79 2.3 JESUS ABANDONADO: AUTORREVELAÇÃO DO SER ......................... 82 2.3.1 O abandono de Jesus como evento trinitário ...................................... 83 2.3.2 Jesus Abandonado como autodoação do Ser ..................................... 86 2.4 O AMOR MÚTUO COMO “TRINITIZAÇÃO” DO HOMEM ........................ 91 2.4.1 Jesus Ressuscitado como terceiro da relação .................................... 91 2.4.2 O “nós” como identidade pessoal ........................................................ 94 CAP. 3 – DA ONTOLOGIA TRINITÁRIA A UMA ANTROPOLOGIA DO DIÁLOGO .......................................................................................................... 99 3.1 A “PESSOA-EM-RECIPROCIDADE” ........................................................ 99 3.1.1 Relacionalidade e personalização ......................................................... 100 3.1.2 Unidade e distinção ................................................................................ 101 3.1.3 Esvaziamento e plenitude de si ............................................................. 102 3.1.4 Reciprocidade e identidade ................................................................... 104 3.2 A “ARTE DE AMAR” COMO PRÁXIS TRINITÁRIA .................................. 108 3.2.1 Amar a todos ........................................................................................... 109 3.2.2 Amar primeiro ......................................................................................... 111 3.2.3 Amar como a si mesmo.......................................................................... 112 3.2.4 “Fazer-se um” ......................................................................................... 114 3.2.5 Amor recíproco ....................................................................................... 115 3.3 O DIÁLOGO COMO RELAÇÃO TRINITÁRIA ........................................... 116 3.3.1 Amor ao próximo e reconhecimento do “outro” ................................. 117 3.3.2 Silêncio de si e escuta ativa .................................................................. 119 3.3.3 Capacidade de “fazer-se um” ................................................................ 120 3.3.4 Reciprocidade ......................................................................................... 123 3.3.5 Interioridade dilatada ............................................................................. 124 3.4 DA ANTROPOLOGIA TRINITÁRIA AO DIÁLOGO ................................... 126 3.4.1 Diálogo no interior da Igreja Católica ................................................... 128 3.4.2 Diálogo ecumênico ................................................................................. 129 3.4.3 Diálogo com pessoas de outras religiões ............................................ 133 3.4.4 Diálogo com pessoas sem um referencial religioso ........................... 135 3.4.5 Diálogo com a cultura ............................................................................ 136 CONCLUSÃO .................................................................................................... 139 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 145 TEXTOS DE CHIARA LUBICH .......................................................................... 145 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 146 REFERÊNCIAS NA INTERNET ......................................................................... 149 APÊNDICES ...................................................................................................... 151 A – GIORDANI E LUBICH: UM ENCONTRO HISTÓRICO ................................ 151 B – UM DIÁLOGO A 360º .................................................................................. 153 ANEXOS ............................................................................................................ 159 A – “PARAÍSO ‘49” ............................................................................................. 159 B – “NÃO CONHEÇO SENÃO CRISTO, E CRISTO CRUCIFICADO ................ 169 C – “OLHAR TODAS AS FLORES” ................................................................... 169 D – TRINDADE, ONTOLOGIA E CRIAÇÃO ...................................................... 172

Description:
e pelo Movimento dos Focolares – o diálogo no interior da Igreja Católica, o diálogo com os cristãos das tavolo, il letto, il vestito Tutt'è sostanza
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