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José Alexandre Ricciardi Sbizera LINGUAGEM, DIREITO E LITERATURA PDF

348 Pages·2017·1.64 MB·Portuguese
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José Alexandre Ricciardi Sbizera LINGUAGEM, DIREITO E LITERATURA: ESTILHAÇOS HEURÍSTICOS PARA PENSAR AS RELAÇÕES ENTRE O RISO, O JURISTA E O LEITOR Tese submetida ao Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do Grau de Doutor em Direito. Orientador: Prof. Dr. Luis Carlos Cancellier de Olivo Florianópolis 2017 Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor, através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC. Sbizera, José Alexandre Ricciardi Linguagem, direito e literatura: estilhaços heurísticos para pensar as relações entre o riso, o jurista e o leitor / José Alexandre Ricciardi Sbizera; orientador, Luis Carlos Cancellier de Olivo - Florianópolis, SC, 2017. 348 p. Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas. Programa de Pós Graduação em Direito. Inclui referências 1. Direito. 2. Filosofia do Direito. 3. Direito e Literatura. 4. Direito e Riso. 5. Pensamento Jurídico Crítico. I. Olivo, Luis Carlos Cancellier de. II. Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós Graduação em Direito. III. Título. José Alexandre Ricciardi Sbizera LINGUAGEM, DIREITO E LITERATURA: ESTILHAÇOS HEURÍSTICOS PARA PENSAR AS RELAÇÕES ENTRE O RISO, O JURISTA E O LEITOR Esta Tese foi julgada adequada para obtenção do Título de Doutor, e aprovada em sua forma final pelo Programa de Pós- Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 9 de fevereiro de 2017. Prof. Arno Dal Ri Júnior, Dr. Coordenador do Curso Prof. Dr. Luis Carlos Cancellier de Olivo Orientador – UFSC Prof. Dr. José Calvo González Universidad de Málaga-ES Prof. Dr. Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy UniCEUB Profa. Dra. Maria de Lourdes Alves Borges PPGFil – UFSC Prof. Dr. Alexandre Morais da Rosa UFSC Prof. Dr. Lédio Rosa de Andrade UFSC Para o Pedro Ernesto, para que possa rir com liberdade. AGRADECIMENTOS Seria interessante escrever agradecimentos a todas as pessoas que já me fizeram rir, sorrir e gargalhar. Ante a impossibilidade deste feito, contenho-me a agradecer algumas pessoas com quem eu ri, sorri e gargalhei nos últimos anos. E as primeiras delas, com quem possivelmente aprendi a rir, são, sempre, meus gargantuescos e pantagruélicos avós diretos: Maria José (in memoriam) e Alécio (in memoriam), por parte dos Ricciardis; e Elza Emília e Olavínio, por parte dos Sbizeras. No mais, sem seguir ordens cronológicas, principio agradecendo ao Professor Luis Carlos Cancellier de Olivo, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, orientador disciplinado desta tese indisciplinada e amigo tranquilo deste orientando inveterado em sua teimosia. Atenção, diálogo, abertura, compreensão e liberdade não faltaram nestes anos de orientação, desde o mestrado até agora, e certamente não faltarão nos eternos futuros. A primeira vez que ouvi alguém dizer a palavra pantagruélica foi num discurso em um congresso de direito constitucional no mês de abril do ano de 2004, quando eu ainda cursava os primeiros meses da faculdade de direito. Na ocasião do discurso a palavra pantagruélica, ainda desconhecida deste ouvinte, se fez plenamente compreendida, no sentido de grandioso. Depois da palestra, já em casa, procurei pelo significado em dicionários e mesmo na internet poucas eram as referências a algo que era relativo a Pantagruel, filho do gigantesco Gargântua. Surgiu aí a curiosidade sobre a obra de François Rabelais, sempre reputada como crítica, cética, irreverente, dotada de um humor ácido e mordaz, e que de muitos modos ridicularizava contundentemente todo este nosso universo jurídico e que escarnecia também de nós, risíveis e pretensos juristas. Há que se dizer que em nenhuma outra ocasião ouvi alguém falar pessoalmente a palavra pantagruélica ou mesmo se referir a François Rabelais em conversas ou palestras assistidas. O palestrante era o Professor Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy, desde a infância conhecido, e, depois da palestra e do carrinho de compras lotado de livros a nós presenteado, desde então por mim admirado. A leitura de “Gargântua e Pantagruel”, no entanto, por inúmeros motivos, era constantemente postergada. Foi só depois de ter rido com a leitura de “Dom Quixote de La Mancha” durante a disciplina “Direito e Literatura” ministrada pelo Professor Luis Carlos Cancellier de Olivo que surgiu o tema desta tese e que pensei, então, em usar a obra de François Rabelais. Na ocasião da disciplina, preparei um texto o qual seria lido, avaliado, comentado, incentivado e elogiado pelo Professor José Calvo González, catedrático de teoria e filosofia do direito da Universidade de Málaga, na Espanha, que saíra quixotescamente de suas terras de Espanha para empreender (des)razões e aventuras entre direito e literatura no seminário realizado entre o final de novembro e começo de dezembro de 2011 e que, chegando aqui, viria a falar, numa de suas exposições, precisamente sobre o riso. José Calvo González, segundo Godoy, parece ter devorado todos os autores, e segundo André Karam Trindade e Alexandre Morais da Rosa, quando José Calvo não conhece, já leu algo a respeito. O texto “O jurista e o direito ao riso a partir de Dom Quixote de La Mancha”, produzido para o seminário foi adaptado e se tornou um dos atuais estilhaços. A idéia foi ampliada, no entanto, e a obra de François Rabelais foi incluída. No decorrer do doutorado, a difícil leitura foi empreendida, a ousadia instituída e o resultado é o que agora se apresenta. É por isso que, de muitos modos, esta tese não deixa de ser a concretização de uma curiosidade surgida doze anos atrás, provocada por Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy, viabilizada por Luis Carlos Cancellier de Olivo e contundentemente incentivada por José Calvo González. Aos três, agradeço pantagruelicamente pelos diálogos abertos, pelos gargantuescos incentivos e por serem quixotescas inspirações perenes. Da mesma maneira, aos Professores José Isaac Pilati, Alexandre Morais da Rosa, Luiz Henrique Cademartori, Maria de Lourdes Alves Borges, Orides Mezzaroba e Lédio Rosa de Andrade, agradeço pelos diálogos e pelas participações nas bancas, assim como pelas considerações, críticas e provocações aos temas discutidos neste trabalho. Ao Professor António Manuel Botelho Hespanha, agradeço pela leitura do projeto e pelas considerações feitas. A Professora Maria Laura Pereira Areias, da Universidade de Lisboa, agradeço pelas conversas sobre o riso e sobre o ambiente acadêmico aos duros goles de cafés quentes na fervente cidade de Cuiabá durante o XVI Congresso da Sociedade Internacional de Humor Luso-Hispânico. Ao Professor André Fernando dos Reis Trindade agradeço novamente pelo incentivo à pesquisa desde os primeiros anos de faculdade. Ao meu irmão Fábio Henrique Araújo Martins agradeço por todos os incentivos, pelas incessantes provocações, pelo exemplo crítico, pelas conversas e mais uma vez pelas apresentações aos pensamentos de Michel Foucault, Luis Alberto Warat, Roberto Lyra Filho, Antonio Candido, Joaquín Herrera Flores, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Giorgio Agamben, Austregésilo Carrano Bueno, Augusto Boal e Walter Benjamin, dentre outros. E vai aqui também uma vez outra os meus agradecimentos à minha prima Tatiane Sbizera Malaquias, à maravilhosa Maria Emília e à pequena delícia, minha afilhada Alícia. A Leo Bassi e Matteo Abati agradeço pela autorização do uso da fotografia a qual será capa deste trabalho quando for publicado. De pouca ou de longuíssima data, agradeço aos meus importantíssimos amigos e amigas: Luiz Henrique Chueire Sturion; Lucas Gerfi Bertozzi; Érica Kemmer; Ana Luiza Gerfi Bertozzi; Décio Funari de Senna Neto; Diego Ayrton Sales; Marcus Vinícius Martins Custódio; Ester Redondo Smith; Daniele Regina Hutt; Marília Vilas-Bôas Dantônio; Rudá Ryiuti Furukita Baptista; Mariana Watanabe; Bruno Ricciardi; Júlia Sbizera; Ana Mazetto; minha sempre linda Cu, Mariângela Costa Franco; ao meu outro Cu, André Ruan Ruiz; Marco Aurélio Souza da Silva; Gabriela Cavicchioli; Laís Alves; João Paulo Capelotti; Walter Marquezan Augusto; Macell Cunha Leitão; Amanda Muniz de Oliveira; Paola Lorena; Jacqueline Cândido Guilherme; Juliana Akemi Andrade Okawati; aos irmãos Olszanski Pigozzo: Ivan, Victor Filho e Hugo; Alejandra Claverie; João Paulo Capelotti; Gabriela Werner Oliveira; Rafael de Miranda Santos; Diego Fernandez Gonzaga Curial; Mateus Régis Dorsa; Mariana Castello Branco Iwakami; Rafael Caetano Cherobin; Juslaine Machado de Quadros; Nildo Inácio; Melina Fujiwara; Ederson Safra Melo. À minha mãe, Fátima Aparecida Ricciardi; ao meu pai, Valdecir Laércio Sbizera; e à minha irmã, Maria Carolina Ricciardi Sbizera; agradeço por todo o apoio e suporte dado, em toda a minha vida; mas principalmente agradeço a vocês todo o amor a mim transmitido, amor este que me deu condições também de amar a vida, de amar todas as simples coisas, de ser capaz de amar todas as pessoas e de conseguir me manifestar abertamente sobre isso. Amor este que me deu condições de amar incondicionalmente à Mariana Costa Franco, a quem agradeço sempre por todo o incentivo, apoio, atenção, carinho, cuidado e amor a mim presenteados nestes quase quatorze anos de vida vivida, experimentada, esparramada e multiplicada pelo nosso pequeno, fantástico, lindo e maravilhoso Pedro Ernesto. É uma experiência extremamente interessante escrever uma tese articulando o riso e o direito enquanto se cria um filho, especialmente nas situações em que a relação se torna uma alegoria possível para o texto, quando as infinitas situações cotidianas encarnam as idéias, ou quando, brincando com a relação entre pai e filho, este faz dela um novo uso, profano, puro, e assim nos remete a uma infância intempestiva que, precisamente por isso, permite repotencializar em nós nossos próprios intuitos profanatórios, também brincar com as coisas e tirar delas novos usos, sem se esquecer da necessária defesa de questões éticas, estéticas e políticas na formação humana. Esta experiência passa diuturnamente por ser provocado por alguém singular e irrepetível; por uma pura diferença irredutível; por um maravilhoso enigma que nos olha nos olhos e que brinca seriamente com o real que não compreendemos mais; que escapa correndo com suas perninhas rápidas às nossas tentativas de captura; que inquieta o que pensamos sobre tudo; que desafia nossa despercebida soberba de achar que sabemos algo; que questiona nossos pretensos poderes de nossas práticas impensadas do cotidiano; que coloca em xeque nossas decisões; que abre vazios abissais e nele lança nossas construções desde há muito estabelecidas e no mesmo instante nos preenche de amor e carinho. Ter um filho enquanto se escreve uma tese é abrir-se para o aparecimento de uma real novidade radical, ao inesperado, à interrupção de toda e qualquer expectativa para a geração de uma expectativa ainda maior e melhor, à promoção do futuro indefinido, aberto e absolutamente desconhecido, à inauguração de um novo começo, de uma nova vida, de uma

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XIII, uma grandiosa transformação do direito ocorreu na Europa ocidental, “no gente que não se envolvia com qualquer tipo de trabalho manual. Não há como foi retirada de carta do poeta John Keats, datada de 28 de dezembro de .
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