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Jornada nas Estrelas: Memórias PDF

263 Pages·1995·7.95 MB·Portuguese
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JORNADA NAS ESTRELAS MEMÓRIAS William Shatner COM CHRIS KRESKI TRADUÇÃO: CID KNIPEL MOREIRA Todos os elementos de Jornada nas estrelas (Star Trek), ™, ® e © 1993 by Paramount Pictures Capa: Proj. gráfico: OPUS 4 Fernanda Lemos e Paula Nogueira Foto: Patrick J. Donahue Título original: Star Trek Memories © 1993 by William Shatner e Chris Kreski. Publicado mediante acordo com Harper Collins Publishers Inc. New York, NY, USA. Direitos de edição da obra em língua portuguesa no Brasil adquiridos pela EDITORA NOVA FRONTEIRA S.A. - Rua Bambina, 25 - Botafogo - CEP 22251-050 Rio de Janeiro, RJ Tel.: 537-8770 - Fax: 286-6755 - Endereço telegráfico: NEOFRONT Revisão de originais - Joana Angélica Melo Revisão tipográfica - Tereza da Rocha / Maria José de Sant’Anna CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ Shatner, William S541jJ Jornada nas estrelas, memórias / William Shatner com Chris Kreski: tradução Cid Knipel Moreira. - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. il. Tradução de: Star Trek Memories ISBN 85-209-0583-8 1. Jornada nas estrelas (Programa de televisão). 2. Star Trek (Filme). 1. Kreski, Chris, 1962- . 11 Título. 94-1665 CDD - 791.4572 CDU - 654.19:791.44 Jornada nas estrelas: memórias foi escrito para o leitor poder relembrar os dias gloriosos do seriado Jornada nas estrelas. Tendo começado em 1966 como algo um pouco fora dos padrões do horário nobre da tevê norte-americana, e depois de obter índices de audiência instáveis durante toda a sua exibição, Jornada nas estrelas prosseguiu ao longo de quase três décadas, explodindo numa indústria de âmbito mundial e de bilhões de dólares. Como foi que isso aconteceu? O que fez dela um fenômeno tão singular que gerou aficionados pelo mundo inteiro? Embora diversos livros tenham tentado contar a verdadeira história dos bastidores da série, o melhor relato é este, realizado através da voz e da perspectiva privilegia da de um homem que realmente a viveu por inteiro. Este homem é William Shatner (também conhecido como capitão James Tiberius Kirk), que juntou suas recordações pessoais às de Leonard Nimoy, DeForest Kelley, George Takei, Walter Koenig Nichelle Nichols, Majel Barret- Roddenberry, e às dos produtores, designers, equipes de produção e os magos dos efeitos especiais de Jornada nas estrelas. Jornada nas estrelas: memórias é animado pelo drama dos bastidores da criação da série. Neste livro conta-se a amizade de quase trinta anos entre Shatner e Nimoy, os trotes extravagantes praticados pelo elenco, pela equipe técnica e principalmente por Gene Roddenberry; a verdade sobre o primeiro beijo inter-racial em horário nobre, entre Kirk e Uhura; o inesperado fã de Nichelle Nichols, que a convenceu a não deixara série; o que realmente aconteceu à oficial Rand e ao capitão Pike; a briga com Harlan Ellison em torno de "A cidade à beira da eternidade" — e de como este, afinal, ajudou a salvar Jornada nas estrelas do cancelamento; a história completa da monumental campanha "Salve Jornada nas estrelas", que prolongou a série por mais uma temporada. Repletas do afeto e da ternura autênticos que só podem existir entre colegas que transpuseram juntos anos e anos de dificuldades. Jornada nas estrelas: memórias contém mais de 120 fotos e ilustrações (muitas das quais reproduzidas pela primeira vez). Jornada nas estrelas: memórias, de William Shatner, é a reminiscência definitiva da série que se tornou um verdadeiro fenômeno cultural, com aficionados reunidos em clubes no mundo inteiro. Além de atuar em 79 episódios da série e em seis filmes de longa metragem como o capitão James Kirk, William Shatner atuou em espetáculos da Broadway, como The World of Suzie Wong [O mundo de Suzie Wong] e A Shot in the Dark (Um tiro no escuro), em filmes como Os irmãos Karamazov e Julgamento de Nuremberg. e em seriados de televisão. É co-autor de Believe e autor de quatro novelas TekWar, que está produzindo como uma série de filmes para a televisão, com a Universal. É também o criador da William Shatners TekWorld, uma publicação da Marvel Comics. Chris Kreski é co-autor (com Barry Williams) de Growing Up Brady, e está escrevendo um livro em parceria com David Cassidy, intitulado C’Mon Get Happy: Fear and Loathing on the Partridge Family Bus. É também diretor editorial da MTV onde supervisiona a redação de vídeos promocionais e especiais de rede. Este livro é dedicado a todas as pessoas que trabalharam em Jornada nas estrelas. Elas são os fenômenos que realizaram o fenômeno. W. S. Para Philip Oliveri... meu mestre, meu chapa, meu parceiro de pôquer, meu avô. Ele é o homem que desejo ser quando crescer. C. K. S UMÁRIO Agradecimentos 7 DIÁRIO DO CAPITÃO 8 ORIGENS 14 “A jaula” 35 ONDE NENHUM HOMEM JAMAIS ESTEVE 71 REUNINDO A TROPA 84 FILMAGEM: LUZES. CÂMERA E MUITA AÇÃO 109 UM PUNHADO DE PERSONAGENS 128 A ESTUFA 143 O HERÓI DESCONHECIDO 149 TIROS NO ESCURO 164 NOITES DE ESTRÉIA 174 PROEZAS MAIORES 180 MEU EPISÓDIO FAVORITO 187 A FAMÍLIA AESAJUSTADA 190 FICAR OU NÃO FICAR 197 EPISÓDIO À BEIRA... 200 SEGUNDA TEMPORADA 206 TERCEIRA TEMPORADA 235 EPÍLOGO DO CAPITÃO 275 AGRADECIMENTOS Neste livro entrei numa curiosa viagem de descoberta. Devo ter estado cego nos últimos 25 anos. Cego por problemas pessoais, por cansaço e pela necessidade de passar aquelas horas incrivelmente difíceis de filmagem da série Jornada nas estrelas. Estive completamente alheio ao drama que se passava ao meu redor, alheio às pessoas que compunham a família de Jornada nas estrelas, e, tal como um animal de carga, olhos fixos no sulco, puxava o arado — menosprezando qualquer distração. Por isso, foi esclarecedor, 25 anos depois, percorrer meu caminho de volta ao longo da trilha de uma experiência que eu quase havia esquecido. Foi um percurso alegre e ao mesmo tempo triste. A morte visitou alguns e a profunda amargura, outros. Mas, principalmente, saí desta viagem com a memória refrescada e o coração recheado de amor. Ajudando-me a organizar os pensamentos está um homem de profunda intuição e percepção — Chris Kreski é meu novo herói. Craig Nelson é também um novo herói — urbano, sofisticado, compreensivo. Carmen La Via não é nenhum herói; por outro lado, tampouco é vilão... é o meu agente. O amor releva muitas falhas. Os autores desejariam também agradecer às seguintes pessoas pelo apoio, encorajamento, assistência e tolerância na redação deste livro: Kevin McShane da Agência Fifi Oscard, Mary Jo Fernandez, Dawn Kreski, Amélia Kreski, Judy McGrath, Abby Terkuhle, Laurie Ulster, Tracy Grandstaff, Lauren Marino, Michael O'Laughlin, John Muccigrosso, Felicia Standel, Larry Standel, Joe Davola, Michael Dugan, Geoff Whelan, Jackie Coon-Fernandez, Joe D'Agosta, Eddie Milkis, Jerry Finnerman, John Meredyth Lucas, Nicholas Meyer, Bob Justman, Bjo Trimble, Fred Freiberger, Ralph Winter, Harve Bennett, Bill Campbell, Matt Jefferies, Richard Arnold (cujo trabalho fotográfico e intuição histórica sem precedentes são imensamente apreciados) e, naturalmente, Grace Lee Whitney, Majel Barrett, Walter Koenig, George Takei, Nichelle Nichols, DeForest Kelley e Leonard Nimoy. Agradecimentos de coração a todos vocês, por sua honestidade, generosidade e amizade. DIÁRIO DO CAPITÃO JUNTOS NO MANN. (© 1993 PARAMOUNT PlCTURES) Data estelar: 10 de agosto de 1991 Roncando, sorriso amplo, estou a salvo no calor e no conforto de um sono tranqüilo, sem sonhos... e então acontece. De repente, essa paz é dilacerada pelo guinchar eletrônico e perfurante dos clangores e zumbidos do meu maligno despertador digital. Rapidamente desperto para a ação, debatendo-me num esforço heróico e, por fim, adoto a desesperada manobra conhecida como "o velho truque do travesseiro nas orelhas". Nada funciona, e percebo que esta é realmente uma batalha perdida... No jargão Trekker, um Kobayashi Maru na madrugada. Lenta e dolorosamente, minhas pálpebras vão deslizando para cima e meus sentidos semiconscientes começam a contemplar os números de cor vermelho-alaranjada que brilham e piscam para mim, fora de alcance, zombando do meu desamparo matinal. De repente, seu escárnio difuso me diz que minha visão não é mais como costumava ser e também, depois que aperto os olhos, que são 5:15h. Estou atrasado. Então, quando uma série de nítidos rangidos e estalidos, lá de dentro da maioria de minhas partes moventes, pedem que eu me acalme, faço um esforço supremo para superar esta bem-aventurada inércia. Levanto-me da cama e começo a andar. "Pé esquerdo... pé direito, pé esquerdo, direito." Repito a ordem ao cérebro e, após uma breve contenda, a matéria cinzenta obedece relutante. Ainda não de todo consciente, começo a me arrastar pelo escuro, resmungando e me cocando, numa espécie de postura basculada. Neste momento, sou basicamente um homem de Cro-Magnon de pijama azul-claro. Agora, audaciosamente, vou... para o banheiro, topando com a pia, onde um tropeção na louça fria e um jorro de água gelada me ofendem ambas as extremidades. Finalmente, as teias de aranha começam a se dissipar. Acho a escova de dentes e, em meu estado quase desperto, consigo até colocar a pasta. Paro então para admirar a bolha de grude antitártaro claramente simétrica, apóio- me na pia, olho para o espelho e fico face a face com minha própria imagem, que me assusta. Ali, à luz inicial e intransigente da aurora, meu rosto oferece farta documentação sobre minha própria mortalidade. Pareço cansado. Pareço velho. Isto me leva a pensar, mas, curiosamente, não invoco quaisquer pensamentos ociosos acerca do processo de envelhecimento. Quase instantaneamente, sou inundado por cálidas reminiscências do que me trouxe até aqui. Estas rugas, brinco, foram bem ganhas, são o testemunho visual de uma carreira povoada de lembranças maravilhosas e de uma vida que tem sido extraordinariamente recompensadora, tanto em termos pessoais como profissionais. Para ser bem honesto, só recentemente não tenho conseguido evitar ser nostálgico, e isso pode explicar minhas reminiscências matinais. Vocês sabem, o dia de hoje marca o fim das filmagens de Jornada nas estrelas VI: A terra desconhecida. É um filme que tem sido promovido como "a viagem final da nave Enterprise" e, embora eu tenha ouvido isso em todas as cinco aventuras anteriores para a tela grande, acho que desta vez os boatos merecem alguma credibilidade. Por isso mesmo, estive saboreando cada um dos longos e apressados dias de filmagem, divertindo-me com os companheiros de elenco e extasiando-me diante das habilidades de nossos roteiristas, produtores e equipe técnica. O estranho é que a idéia de que esta podia ser de fato a "última viagem" me tem permitido ampliar minha perspectiva, e me vi examinando o fenômeno global de Jornada nas estrelas a partir de uma nova luz. De algum modo, somente agora, quando ele começa a acabar, é que sou capaz de encará-lo à luz de toda a abrangência e da consideração que ele merece. O que quero dizer é que, devo admitir, jamais me considerei de fato um Trekker, como também nunca entendi inteiramente o enorme entusiasmo que a série sempre pareceu produzir entre os fãs mais radicais. Para mim, ela sempre foi acima de tudo um trabalho, e, de algum modo, só agora, quando pode estar no fim, sou capaz de ver mais além do trabalho, mais além das maquinações cotidianas, e adentrar a razão mesma daquilo que a fez tão popular. Quarenta e cinco minutos depois, estou nos estúdios da Paramount, onde sou maquiado e vestido como o capitão James Tiberius Kirk, talvez pela última vez. Nosso último dia de filmagem é realmente muito simples: apenas um punhado de cenas rápidas. Contudo, o sentimentalismo começa a nos desacelerar, à medida que todos nós, o elenco inteiro e grande parte da equipe, passamos a perceber que cada momento desta produção, e especialmente deste dia, deve ser lembrado com carinho. Lá para o meio da tarde, terminamos. Garrafas de champanhe espoucando, elenco e equipe entre abraços, beijos e amplos sorrisos. No entanto, sob a alegria de haver completado com êxito nosso projeto, é visível, e na verdade pela primeira vez, uma subcorrente de tristeza. Penso que está pesando muito em todos nós o fato de que, desta vez, nosso adeus pode realmente significar "adeus". Salto quatro meses adiante. Estamos perto do Natal e Jornada nas estrelas VI é lançado para aclamação da crítica e um sucesso ainda maior de bilheteria. A Paramount está fazendo uma enorme promoção do filme e, em meio a toda esta atividade, nós, membros do elenco original, somos convidados a nos reunir uma vez mais, para colocar as marcas de nossos pés e mãos no legendário passeio de cimento úmido do Teatro Chinês do Mann. Quando chego, Nichelle e Walter já estão agitando a multidão, sorrindo, acenando e posando junto a incontáveis turistas, ao espoucar de flashes de câmeras Instamatic. George Takei também está ali e juro a vocês que este homem se acha um vulcano. Quero dizer, ou é isto ou sofreu algum tipo de operação nas mãos, porque, por onde quer que vá, exibe um sorriso enorme e faz a saudação vulcana de "Vida longa e próspera" com ambas as mãos. Jimmy Doohan, como sempre, está brincando com os repórteres, respondendo a cada pergunta com sua frase-padrão de três palavras: — Jimmy, você acha que o estúdio realmente fala sério desta vez, quando afirma que é o último filme? — É um COMPLÔ! — berra Jimmy. — Jimmy, eles dizem que o próximo filme pode ser estrelado pelo elenco de A nova geração. Isto é verdade? — É um COMPLÔ! — Jimmy, qual é a previsão do tempo para amanhã? — É um COMPLÔ! E, naturalmente, meu grande amigo Leonard também está ali, sorrindo, fingindo indiferença e, por trás disso tudo, tenho certeza de que está tão excitado

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Jornada nas Estrelas: Memórias foi escrito para o leitor poder relembrar os dias gloriosos do seriado Jornada nas Estrelas. Tendo começado em 1966 como algo um pouco fora dos padrões do horário nobre da tevê norte-americana, e depois de obter índices de audiência instáveis durante toda a sua
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