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jorge adoum PDF

120 Pages·2006·0.25 MB·Portuguese
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JORGE ADOUM (MAGO JEFA) RASGANDO VÉUS ou a Revelação do Apocalipse de São João SINOPSE: O Apocalipse é um livro do qual podemos extrair muito conhecimento através de seus símbolos e princípios. Para o estudo esotérico é uma porta, uma soleira, a partir do qual são develados e/ou revelados os diferentes passos para uma viagem iniciática, uma iniciação é uma jornada para a Iluminação. Perdido em seu significado simbólico e em suas interpretações literais, o Apocalipse, é para o neófito uma oportunidade para aplicar todos os seus conhecimentos esotéricos e espirituais. “O Evangelho de São João é a primeira iniciação que explica como o espírito Divino desceu à matéria “e o verbo se fez carne” ou como dizem outros: “Deus se fez homem”. O Apocalipse é a segunda iniciação e demonstra como o homem se faz Deus.” J. Adoum Autor: ADOUM, DR. JORGE Editorial: Kier ISBN:950-17-0007-0 DEDICATÓRIA Dedicamos nossos profundos respeitos e agradecimentos aos Irmãos Maiores iluminados, que nos precederam junto à Divindade, deixando seus ensinamentos, subjetivos e objetivos, verbais e escritos, como luz que nos ilumina no caminho da Iniciação. E dedicamos este humilde esforço a nossos irmãos que nos acompanham, no Caminho, e aos que virão depois, como um brilho de Luz, recebido do Sol Central, até que “desça do Céu a Cidade Santa, que não tinha necessidade de Sol, nem de Lua, para que resplandeçam nela; porque a claridade de Deus a iluminou, e o Cordeiro era seu lume”. ELUCIDAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O LEITOR DO APOCALIPSE”, CHAMADO GERALMENTE “A REVELAÇÃO DE SÃO JOÃO” 1. O Apocalipse ou Revelação de São João, para o profano e para o materialista, é uma divagação de um homem louco que não tem nenhuma ilação entre as idéias, nem entre suas visões. Para a religião esotérica, é um livro sagrado, que lança mão da Teologia para formular certas interpretações literais e arbitrárias, porque a religião externa perdeu o significado oculto da obra e assim ficou como um enigma indecifrável e a palavra Revelação, neste caso, significa colocar um véu sobre outro véu. 2. Mas a Revelação, ou o Apocalipse, para o Gnóstico, o Iniciado, a religião esotérica, é uma Revelação e uma verdadeira iniciação no mundo interno. 3. O Evangelho de São João é a Cosmogonia perfeita que interpreta claramente o desenvolvimento da alma da Criação, enquanto que seu Apocalipse é o tratado da evolução do homem nas idades futuras. No Evangelho e o Apocalipse de São João, o Gnóstico e o Indiciado encontram todo o saber das idades passadas, presentes e futuras. 4. O Evangelho de São João é a primeira iniciação que explica como o Espírito Divino desceu à matéria “e o verbo se fez carne”, ou como dizem outros: “Deus se fez homem”. O Apocalipse é a segunda iniciação e demonstra como o homem se faz Deus. Desta maneira, as duas obras foram entregues à custódia das Igrejas esotéricas. Estas não a compreenderam nem aproveitaram; nem mais, nem menos como os camelos do deserto: morrem de sede, estando carregados de água. 5. O mundo atual que perdeu a fé nestas religiões com suas respectivas teologias arbitrárias, pede a água da vida em outras fontes que são a Gnose, ou a Ciência Esotérica e Espiritual, ou o Cristianismo Místico, que em seu Espírito, é igual a todas as religiões esotéricas; encerra todos os arcanos das idades. 6. As duas obras: Evangelho e Apocalipse, dão-nos a interpretação do “Cristo Místico” representado pelo Jesus, Jeshua, o Logos Solar que nos assinala a verdade da vida e o único caminho da vida eterna. Ele nos dá a chave da Gnose Divina que está oculta, encerrada e enclausurada na mesmíssima Natureza do homem. Esta Ciência Sagrada e espiritual é ignorada pelo homem; mas ele mesmo deve e pode desvendar seus arcanos para poder voltar ao Éden de onde foi expulso por seus próprios feitos, e seus próprios desejos. 7. Mas para que o leitor possa decifrar estes arcanos, devemos desvendar ao homem, “devemos conhecer-nos a nós mesmos”, espiritual e fisicamente, antes de desvendar o Apocalipse. 8. O mundo: o Macro e o Microcosmos: o Universo e o homem estão compostos de energias atômicas inteligentes, diversas e infinitas. 9. O homem em seu corpo é a miniatura do Cosmos: Tudo o que está em cima é igual ao que está embaixo ; e tudo o que está no Macrocosmo contém o Microcosmo: o homem. 10. O mundo das inteligências divinas, atômicas e diversas, é o mundo interno do homem e o mundo interno do homem e o mundo interno da natureza. 11. O corpo é a emanação destas inteligências que residem em todos seus centros. 12. Não há inferno nem céu; não existe mal nem bem, a não ser no pensamento do homem. 13. Todo ser inspira e expira; mas o homem inspira, expira e pensa. 14. No pensamento está o verdadeiro e o falso, o bom e o mau; quando chega o homem a distinguir entre os dois e a desintegrar aos dois para seguir a Lei Divina, converte-se em Homem-Deus. 15. O átomo é uma inteligência viva que rodeia o pensamento, esperando a inspiração e a expiração para penetrar nele. 16. Os átomos são anjos inteligentes e poderosos que têm, como o homem, suas hierarquias, mas no homem obedecem a seus pensamentos e aspirações. 17. O homem que aspira e concentra, abre um caminho direto a seu objetivo. 18. A Iniciação significa ir dentro em busca do Cristo, impulso que é o iniciador de toda sabedoria; mas os átomos anjos que residem no mundo interno do homem são como arquivos, donos desta sabedoria. 19. O homem inspira e expira átomos afins a seus pensamentos: pensar e inspirar a beleza, é adquirir beleza; inspirar, concentrar e expirar átomos de luz, é conduzir-nos à iluminação. 20. O objetivo da Iniciação do Apocalipse, em nossa nova idade, é liberar nossos sentidos da escravidão de nossos átomos inferiores criados por nós, para obter a conquista de nós mesmos, como o tem feito o “Cordeiro”. 21. O homem, segundo os sábios é um Reino completo e perfeito e segundo o Apocalipse é uma Cidade: para compreender estas alegorias temos que as decifrar claramente, no físico e no espiritual, por meio de comparações. 22. Começamos pelo Reino Físico: o homem como mundo pequeno, “Microcosmos”, é comparado à cidade capital rodeada de uma forte e compacta muralha: a pele. Tem fortes alicerces: O esqueleto, os ossos. Elegantes edifícios: A carne e os músculos. Ruas simétricas: As artérias. Casas comerciais: Forças receptoras e emissoras. Muitos habitantes: Átomos. Caminhos traçados: Sistemas circulatórios. Comércios abertos: Experiência. Fábricas industriais: Força para o crescimento. Tem um rei: A força pensadora no cérebro central. Um correio: A imaginação na fronte. Uns noticiários: Os cinco sentidos. Uma caixa: A memória (o subconsciente). Um tradutor: O Verbo, na língua. Um anotador: A mão. Na cidade há habitantes Maus e bons: Os defeitos e as qualidades. Os trabalhadores destas forças são 8: a atração, a afinidade, a retenção, a digestão, a repulsão, o crescimento, a nutrição e a visualização. 23. Quando a razão é forte, todas as dependências da alma a obedecem. 24. Como não há igualdade nas Criaturas de Deus, as forças da alma têm hierarquias que obedecem às superiores e regem ao inferior: a paixão é dominada pela cólera; a cólera tem que obedecer à Razão e a Razão deve ser iluminada pela Luz da Grande Lei, para conservar o equilíbrio e que não reine a confusão. 25. Assim como em toda cidade há gente má e boa, na alma humana há defeitos e qualidades. Os defeitos e vícios são os instintos vis, as paixões, a ambição, os quais procuram o desequilíbrio e vão contra a razão; enquanto que as virtudes são o domínio pessoal, o altruísmo e o amor que procuram a paz e o equilíbrio. O Rei ou a Razão deve ignorar aos maus e atender aos bons. 26. O ministro, o pensador, deve também ajudar ao rei em sua administração, eliminando os desejos baixos e vis, para o bem da cidade, conquistando-os assim para obrar em prol do Reino. Mas quando o pensador se encontra fraco ante seus inimigos, deve utilizar o poder da vontade desenvolvida contra eles, chamando em sua ajuda às forças superiores para limpar ao país das escórias, educar aos que podem ser educados e domar aos suscetíveis de ser dominados, aprisioná-los e aos rebeldes eliminá-los segundo a razão. E desta maneira, se não lhe for possível ao homem dominar suas próprias bestas, pode, entretanto, elevar sua alma para não ser enlameada por suas imundícies, nem ser devorada por elas. 27. Os homens são três: Um que não obedeceu, que foi ferido e apressado por seus vícios. Outro que obedeceu e reinou sobre seu mundo. E, outro, que às vezes obedece e outras desobedece: este feriu e foi ferido, venceu e foi vencido e, segundo seus esforços, chegará à conquista ou à derrota. 28. No homem habitam três forças inimigas e contrárias: a imaginação, a cólera e o desejo. São três inimigos necessários que lhe acompanham em sua viagem e sem eles não pode viajar. A imaginação vai adiante como arauto, ou guia para dirigi-lo e defendê-lo; mas ela é tão ignorante que muitas vezes mescla a mentira com a verdade e converte a injustiça em eqüidade. 29. A cólera vai a sua mão direita para defender o homem, mas sempre ataca e mata e muitas vezes os próprios amigos. Nem conselho, nem doçura podem aliviar e apagar seu fogo: é como quem monta em cavalo sem rédeas, ou em veículo sem freio: mata os que atravessam o seu caminho e ele está exposto a se despedaçar. 30. A paixão caminha a sua mão esquerda: é a que lhe proporciona o alimento e a bebida, mas é mais suja que um porco, às vezes lhe serve mantimentos impuros e desapropriados. O homem está obrigado a combinar e acompanhar aos três até chegar a uma terra Santa iluminada pela luz, onde o lobo e a ovelha vivem juntos, em harmonia e paz. Este é um pequeno resumo dos processos no Reino, Físico do homem. Agora vamos descrever o Reino Interno do mesmo, ou melhor dizendo, interpretar o Microcosmo segundo a Ciência Espiritual Gnóstica. 31. O homem “Microcosmo”, segundo a ciência espiritual é: Zero; Unidade; binário; trindade; quaternário, quinário, senário; setenário, octonário, nonário, denário, etc.…. até o infinito. O zero Princípio é a causa sem causa, é Deus, o Íntimo, a quem ninguém viu e ninguém pode definir, nem ninguém pode conhecer, a não ser por suas manifestações. É o absoluto, o Íntimo, o Todo que está em tudo. É Deus no Apocalipse. 32. A Unidade é a primeira manifestação do Absoluto; é o primeiro atributo da Divindade; é o Poder, o Primeiro Logos, o Pai na Trindade Cristã. 33. Mas esse Poder ou Pai é uma manifestação abstrata, que para ser objetiva, necessita de uma segunda manifestação. Então a linha reta ou Unidade dividiu o Círculo ou Zero em dois. O ângulo de duas linhas distintas, que partem de um único ponto e se afastam, divergindo, representa a Dualidade. Desta maneira, vemos que a Dualidade tem sua origem na Unidade. 34. O ponto central no qual se juntam as duas linhas é o mundo de Deus Íntimo, ou o sétimo ou da Realidade; enquanto que as duas linhas atravessam os seis mundos inferiores à Realidade, chamados mundos da manifestação, ou da aparência da Realidade: são a substância da essência, a forma do ser, a matéria em contraposição ao Espírito. 35. Pela Dualidade se formam: céu e terra; o bem e o mal; a luz e a sombra; o espírito e a matéria; o Pai e a Mãe; o sol e a lua; a expansão e a reunião; a necessidade e a liberdade; Adão e Eva; cabeça e genitais; e no Apocalipse: o Conquistador e a Besta. 36. A Divindade Una tem duas condições como bases de sua manifestação: o Universo e o Homem. A Unidade da Dualidade, do cérebro do homem, é o princípio da Criação: este é o tema do Evangelho de São João; a Unidade e a Dualidade da base inferior da medula ou do YOD cabalístico, é o retorno à Divindade: e este é o objeto da Iniciação do Apocalipse. 37. O Eu Sou emana da força vital em forma dual: positiva e passiva, por meio de dois tubos ou cordões que descendem por ambos os lados da espinha dorsal: Ida e Pingala. Estas são as chamadas “Duas Testemunhas”: vago e simpático. 38. Estas forças têm que unir-se para formar a Trindade que se manifesta em fogo: Este fogo é chamado Kundalini ou Serpente Ígnea. O Apocalipse traduz este fato chamando-o pelo que vence, o Vencedor, o Conquistador de si mesmo, o Deus entronizado; e o evangelho, pela ascensão do Cristo para sentar-se à mão direita do Pai. Os três cordões manifestam os três aspectos da DIVINDADE ou da Trindade. 39. O homem é Trindade: A união das duas linhas do ponto central nos conduz forçosamente ao Ternário ou à Trindade ou Triunidade. O Íntimo Deus, cuja essência é Poder, Sabedoria e Ação, reflete em seu interior infinidades de formas inertes, nas quais Ele não pode saber para atuar, nem tem sobre elas, nem por meio delas. Ele conhece, mas elas não pensam; Ele quer, mas elas não desejam; Sabe, mas elas não obram. Este conglomerado de formas denomina-se: matéria, forma, corpo. 40. A fim de que o Íntimo possa ser o Conhecedor e o conhecido, o Eu e o Não-eu, foi necessário estabelecer entre eles uma relação definida e dual, ou seja: a consciência de um Eu e o reconhecimento de sua contraparte que é o Não-eu, e cuja presença em contraposição uma de outra, é necessária para que devidamente resulte o conhecimento; desta maneira para conhecer a Unidade do homem temos que admitir três divisões ou três entidades distintas e unidas. A demonstração das manifestações na substância não quer dizer que o homem tem três Eu, mas sim o único Eu Íntimo é quem conhece, quem quer e quem atua.

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JORGE ADOUM (MAGO JEFA). RASGANDO VÉUS ou a Revelação do Apocalipse de São João. Page 2. SINOPSE: O Apocalipse é um livro do qual
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