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joão henrique de castro de oliveira libera... amore mio imprensa anarquista e comunicação contra PDF

395 Pages·2017·3.85 MB·Portuguese
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JOÃO HENRIQUE DE CASTRO DE OLIVEIRA LIBERA... AMORE MIO IMPRENSA ANARQUISTA E COMUNICAÇÃO CONTRA-HEGEMÔNICA EM TEMPOS DE CONSENSO NEOLIBERAL (1991-2011) Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do grau de Doutor em História. Área de concentração: História Contemporânea. Orientador: Prof. Dr. CARLOS AUGUSTO ADDOR Niterói 2017 1 Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoatá O48 Oliveira, João Henrique de Castro de. Libera... Amore Mio. Imprensa anarquista e comunicação contra- hegemônica em tempos de consenso neoliberal (1991-2011) / João Henrique de Castro de Oliveira. – 2017. 395 f. : il. Orientador: Carlos Augusto Addor. Tese (Doutorado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de História, 2017. Bibliografia: f. 365-395. 1. Anarquismo. 2. Imprensa. 3. Jornalismo. I. Addor, Carlos Augusto. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de História. III. Título. 2 JOÃO HENRIQUE DE CASTRO DE OLIVEIRA LIBERA... AMORE MIO IMPRENSA ANARQUISTA E COMUNICAÇÃO CONTRA-HEGEMÔNICA EM TEMPOS DE CONSENSO NEOLIBERAL (1991-2011) Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do grau de Doutor em História. Área de concentração: História Contemporânea. BANCA EXAMINADORA ____________________________________________________________________ Prof. Dr. CARLOS AUGUSTO ADDOR – Orientador Universidade Federal Fluminense ____________________________________________________________________ Profa. Dra. ISMÊNIA DE LIMA MARTINS Universidade Federal Fluminense ____________________________________________________________________ Prof. Dr. DANIEL AARÃO REIS FILHO Universidade Federal Fluminense ____________________________________________________________________ Prof. Dr. ALEXANDRE RIBEIRO SAMIS Colégio Pedro II ____________________________________________________________________ Profa. Dra. ÂNGELA MARIA ROBERTI MARTINS Universidade do Estado do Rio de Janeiro Suplentes: Profa. Dra. RENATA TORRES SCHITTINO (UFF) Prof. Dr. CARLO ROMANI (UNIRIO) 3 Dedico à Erika – amor para toda a vida. E aos meus pais, Ana Maria e Orlando (in memoriam), que me deram apoio e incentivo para eu realizar meus projetos. 4 AGRADECIMENTOS Talvez não haja como fugir da seguinte frase-clichê: “Não há espaço suficiente para agradecer a todos que me ajudaram no processo de elaboração desta tese”. Mas é a mais pura verdade. Considerando que este trabalho é resultado não apenas dos quatro anos de doutorado – mas também de todo o tempo anterior, iniciado na primeira graduação em Comunicação Social/Jornalismo, passando pela graduação e pelo mestrado em História – posso dizer que, realmente, não conseguirei citar os nomes de todas as pessoas que me ajudaram a chegar aqui, neste resultado “final”... sempre inacabado, sempre aberto. Entretanto, há parceiros de jornada que contribuíram de maneira mais direta nestes últimos anos de pesquisa. Não posso deixar de expressar meu agradecimento e profunda admiração por todos eles. Em primeiro lugar, quero agradecer ao meu orientador Carlos Augusto Addor. Mais do que orientador, um professor e amigo que acompanha meus estudos sobre anarquismo desde 2004, quando nos conhecemos no Colóquio Internacional sobre Movimento Operário Revolucionário, realizado na UERJ. Naquela ocasião, numa palestra proferida por ele, fiz-lhe uma pergunta sobre as possíveis relações entre o anarquismo e os movimentos dos anos 1960. Começava ali a se desenhar o tema de minha pesquisa de mestrado. Na graduação, Addor foi meu professor em duas disciplinas que trouxeram temas como anarquismo, Primeira República, Lima Barreto, entre outros. No Grupo de Estudos do Anarquismo (GEA), ligado ao Núcleo de Estudos Contemporâneos (NEC/UFF), foi colega em debates sempre enriquecedores. No mestrado, teria sido certamente meu orientador – contudo, ele ainda não fazia parte do 5 corpo docente do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH). Muito bom que, agora, no doutorado, pude contar com sua orientação inteligente, embasada e cordial. Ele me deu total liberdade para produzir o texto, sem se esquivar de fazer importantes críticas e sugestões. Mas, sobretudo, respeitou minha marca autoral, meu estilo. Foi ainda um atento vigilante dos prazos, sempre me lembrando sobre a realização das etapas exigidas pelo Programa. Suas advertências serviram como alerta para me fazer acordar nos momentos em que me perdi em devaneios e procrastinações. Foi, sem dúvida, um privilégio poder contar com a orientação de um dos maiores pesquisadores do anarquismo brasileiro. Agradeço muitíssimo a Renato Ramos, outro amigo fraterno que conheci em 2004. Posso dizer que a ideia desta pesquisa surgiu de um bate-papo que tive com ele, na Biblioteca Social Fábio Luz (BSFL), em Vila Isabel. Num momento da conversa, Reanto falou de dois temas que poderiam "dar samba" numa pesquisa de doutorado: abordar a presença anarquista durante a ditadura (1964-85) ou contar a história do informativo Libera, que se tornara o jornal anarquista brasileiro mais longevo em termos de publicação ininterrupta. Resolvi apostar nessa sua segunda dica e elaborar um projeto de pesquisa, que foi aprovado pelo PPGH e, hoje, materializa-se nesta tese. Renato é um incansável comunicador anarquista, sendo um dos fundadores do Libera, participando de todas as edições. Acostumado à longa temporalidade do planeta – já que é professor de Geologia na UFRJ – Renato também contribui para preservar a memória do tempo mais breve com o qual nós, historiadores do anarquismo, estamos acostumados a lidar. Outro companheiro a que devo muito é Alexandre Samis, mais uma referência entre os historiadores do anarquismo no país. Alexandre reúne duas 6 qualidades que admiro: é um intelectual de alta estirpe, dono de um texto impecável, e um militante incansável, engajado nas lutas de seu tempo. Com humildade, compartilha seu saber, incentiva os mais jovens e está sempre aberto ao debate cordial de ideias. Tive o privilégio de contar com sua presença nas bancas de qualificação e de defesa – algo que se materializou, sem dúvida, nas melhorias que fiz no texto final a partir de suas sugestões. E como este é um trabalho em que múltiplas identidades se relacionam, além de amigo e avaliador, também foi personagem da história aqui contada, compartilhando suas memórias no depoimento que me concedeu. Não posso deixar de agradecer também aos professores que participaram das bancas de avaliação desta pesquisa. Nesse sentido, foi um privilégio poder contar com Ismênia de Lima Martins, Professora Emérita da UFF. Fiz graduação e mestrado na instituição, mas nunca havia sido aluno de Ismênia. No doutorado, felizmente, tive o prazer de enfim conhecê-la e frequentar as produtivas e bem-humoradas aulas da disciplina Metodologia (Cultura e Sociedade). Suas sugestões nos campos da história oral e da história da imprensa foram fundamentais nesta tese. Além disso, o trabalho final em seu curso ajudou na construção do primeiro capítulo. Por fim, seus apontamentos sobre teoria e metodologia – na qualificação e na defesa – ajudaram a refinar a redação final. Agradecimentos também ao professor Daniel Aarão, que participou da banca de defesa. Ele foi outra presença mais do que qualificada para avaliar este trabalho, pois, além de especialista renomado na história das esquerdas, há tempos vem acompanhando e incentivando pesquisas sobre anarquismo na UFF. Foi importante o seu papel no GEA/NEC, ajudando a produzir os dois volume do livro A História do Anarquismo no Brasil. 7 Por fim, foi uma honra ter em minha banca de defesa outra pesquisadora de referência na área do anarquismo: a professora Angela Maria Roberti Martins, da UERJ. Agradeço imensamente à colaboração dessa docente, que contribuiu com seu conhecimento justamente na área em que desenvolvo minhas pesquisas: a imprensa libertária. Obrigado também aos professores Carlo Romani (UNIRIO) e Renata Schittino (UFF), que foram suplentes na banca de defesa. E ainda ao professor Jean Sales (UFRRJ), que aceitou prontamente o convite para participar, mas não pôde devido a um compromisso previamente agendado. Muito obrigado a todos companheiros da Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ), da Biblioteca Social Fábio Luz |(BSFL), do Centro de Cultura Social (CCS-RJ) e do Núcleo de Pesquisas Marques da Costa (NPMC), os quais tive o prazer de conhecer também em 2004 e que, desde então, contribuíram muito em todas as minhas investigações sobre imprensa libertária. Não conseguirei citar todos, mas seguem alguns nomes. Um agradecimento especial ao jornalista e pesquisador Milton Lopes, mais um “monstro” que generosamente compartilhou seus conhecimentos e memórias, especialmente em meu trabalho de mestrado. Obrigado a Gabriel Amorim, que deu um depoimento muito rico sobre o processo de produção do Libera. Além do agradecimento, também um parabéns por seu trabalho como diagramador, ajudando a melhorar o projeto gráfico do jornal – afinal, ao lado do conteúdo, a forma também é importante no processo de comunicação. Agradeço ainda aos companheiros Rafael Deminicis, Rafael Viana e Robledo Mendes, com os quais compartilhei bons momentos – como na organização de 8 eventos, discussões de textos e alguns atos nas ruas do Rio de Janeiro. Um obrigado em dobro para Robledo, que marcou presença em minha banca de defesa e ainda tirou algumas fotografias. Graças a ele, terei as imagens para a posteridade. Valeu, amigo! Obrigado também a outros professores que me ajudaram, desde a graduação, a enveredar pelas searas da pesquisa acadêmica. Agradeço especialmente a Marcelo Badaró, que em sua disciplina sobre Metodologia auxiliou na montagem do projeto que submeti à seleção do mestrado; a Adriana Facina (hoje na UFRJ), minha orientadora na dissertação; aos professores Ana Enne (Comunicação/UFF) e Fernando Dumas (Fiocruz), que compuseram a banca de defesa. E a todos os docentes e servidores técnicos da área de História da UFF, e também do Instituto de Artes e Comunicação (IACS/UFF), onde iniciei minha vida acadêmica. Por fim, muito obrigado aos amigos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), onde trabalho como servidor técnico-administrativo, no cargo de jornalista. Agradecimentos especiais ao Programa Institucional de Capacitação de Docentes e Técnicos (PICDT), que me permitiu tirar uma providencial licença já na fase final do doutorado. Agradeço também aos colegas da Coordenadoria de Comunicação Social da UFRRJ, que “seguraram a barra” na minha ausência. 9 RESUMO O tema desta tese é o periódico Libera... Amore Mio, publicado no Rio de Janeiro, a partir de 1991, por indivíduos identificados com os princípios teóricos e práticos do anarquismo. Fundado como informativo do Círculo de Estudos Libertários (CEL) – um coletivo que promovia, semanalmente, palestras e discussões de textos – o periódico tornou-se, posteriormente, veículo de comunicação da Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ), criada em 2003. A partir da análise desta publicação, são investigadas duas questões principais. Primeiro, o modus operandi do jornal. Nesse sentido, avalia-se que tipo de jornalismo era praticado pelos editores e colaboradores; como eram feitas as edições; e quais as diferenças em relação à prática jornalística dos meios de comunicação corporativos, de tendência liberal-burguesa. O segundo questionamento se confunde com o próprio fazer jornalístico: saber como se caracterizou a ação social desses sujeitos históricos; qual a inserção desse coletivo na sociedade civil; onde seus membros militavam politicamente; que relação (ou tensão) mantinham com movimentos sociais urbanos e outras correntes de esquerda; e quais suas propostas políticas frente ao quadro de “consenso neoliberal” compartilhado por boa parte dos Estados latino-americanos na virada dos séculos XX e XXI. Palavras-chave: Anarquismo; Imprensa; Contra-hegemonia 10

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semelhantes em sua formulação do 'partido anarquista'; o Dielo Truda, popularidade dos políticos afinados com a agenda neoliberal.
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