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Irmãos-A História Por Trás do Assassinato dos Kennedy PDF

704 Pages·3.086 MB·Portuguese
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Em vez disso, analisa esse breve, porém dramático, trecho da história norte-americana através dos olhos de Robert Kennedy e dos homens em torno dos dois irmãos, a quem eles também consideravam como tal. Bobby Kennedy foi o parceiro dedicado do presidente e o maior policial da nação. Durante muito tempo, o fato de ele aparentemente não ter investigado a chocante morte de seu irmão, em 22 de novembro de 1963, permaneceu um mistério. Procurei entender esse duradouro enigma não apenas mergulhando nos estudos sobre Kennedy, como também por meio de documentos governamentais recentemente divulgados e, mais importante, revivendo esses anos com os “irmãos de armas” dos Kennedy, como os chamava Bobby — os vínculos vivos para a Nova Fronteira —, antes que essa geração política desaparecesse totalmente. O que descobri foi que Robert Kennedy não se entregou à teoria do atirador solitário, a versão oficial sobre a morte de seu irmão. Pelo contrário, suspeitou imediatamente que o presidente tivesse sido vítima de uma poderosa conspiração. E passou o resto de sua vida procurando em segredo a verdade sobre o assassinato de seu irmão. Este livro não somente foca a busca secreta de Robert Kennedy, como também a explicação de por que ele teve esse sombrio entendimento da morte de JFK. Poucos homens da geração de Robert Kennedy sabiam tanto sobre o lado obscuro do poder norte-americano quanto ele. Olhar para a tumultuosa presidência de Kennedy, com seu desfecho estarrecedor, através de seus olhos, torna-se um exercício elucidativo. Enquanto eu finalizava este livro, descobri outra evidência sobre o assassinato do presidente Kennedy que sugeria que as suspeitas de Bobby sobre Dallas eram fundamentadas. Essas revelações finais levaram a narrativa do livro a uma conclusão surpreendente. Robert Kennedy entendeu que a justiça era uma batalha sem fim. As investigações sobre os assassinatos dos dois irmãos nunca tiveram a atenção minuciosa e profunda que merecem. Contudo, seguir os passos do próprio RFK constitui um ótimo ponto de partida. Eu tinha dezesseis anos e trabalhava como voluntário na campanha de Robert Kennedy na noite em que ele foi assassinado, em Los Angeles. Logo me dei conta de que esse assassinato, em seguida ao de seu irmão e ao de Martin Luther King Jr., havia irremediavelmente ferido os Estados Unidos. E esse sentimento nunca me abandonou ao longo de todos os anos seguintes. Para mim, perseguir obstinadamente a história oculta dos anos Kennedy se tornou uma tentativa de descobrir onde meu país havia perdido seu rumo, e talvez de restaurar a esperança e a fé que eu mesmo perdi como jovem americano que cresceu nos anos 1960. 1 22 de novembro de 1963 Como todos os americanos que viveram esse dia, Robert F. Kennedy nunca esqueceu como soube que seu irmão havia sido morto a tiros. O procurador-geral, que acabara de completar 38 anos, estava almoçando — sopa de mariscos e sanduíches de atum — com o promotor público Robert Morgenthau e seu assistente na beira da piscina de Hickory Hill, sua mansão da época da Guerra Civil situada em McLean, Virgínia, nos arredores da capital. Era um perfeito dia de outono — aquela tarde de sexta-feira clara e luminosa que anuncia um fim de semana promissor —, e o gramado verdejante do ondulado terreno flamejava de folhas douradas e vermelhas caídas de nogueiras, bordos e carvalhos que, como sentinelas, vigiavam a propriedade. Kennedy acabara de nadar na piscina e, enquanto conversava e almoçava com seus convidados, seu calção de banho ainda estava pingando. Por volta das 13h45, o telefone que ficava na outra ponta da piscina tocou. Ethel, a esposa de Robert Kennedy, atendeu e levou o aparelho até ele. A ligação era de J. Edgar Hoover. Bobby soube de imediato que algo extraordinário havia acontecido. O diretor do FBI nunca lhe telefonava em casa. Os dois homens se tratavam com tensa cautela e sabiam que essa relação mudaria apenas quando um deles deixasse seu cargo. Cada um representava para o outro o que havia de errado na América. “Tenho notícias para você”, disse Hoover. “Alguém atirou no presidente.” A voz de Hoover era direta e prosaica. Kennedy nunca esqueceria as palavras do chefe do FBI, tampouco seu tom frio. Para os Estados Unidos, “a história se rompeu” no dia 22 de novembro de 1963, como anos depois observaria o dramaturgo Tony Kushner. Mas o abismo que se abriu para Bobby Kennedy naquele momento era ainda mais profundo. Para piorar, havia sido Hoover quem lhe trouxera a notícia do apocalipse. “Acho que ele teve certo prazer em me informar”, lembraria mais tarde Robert. Vinte minutos depois, Hoover telefonou de novo para dar o golpe fatal: “O presidente está morto”, disse ele, desligando abruptamente. Kennedy se lembraria de que sua voz estava estranhamente límpida — não tão excitada quanto estaria se ele tivesse descoberto um comunista no edifício da Howard University. As abruptas ligações telefônicas de Hoover confirmavam que a “perfeita comunhão” entre os dois irmãos, como Anthony Lewis, do New York Times, descrevera o vínculo entre o presidente John Kennedy e Robert Kennedy — uma relação fraternal sem precedente na história da presidência —, era algo passado. Mas elas também mostravam claramente que Bobby sofrera outro tipo de morte. Seu poder de procurador-geral imediatamente começou a evanescer, ao ponto de o diretor do FBI já não se sentir mais obrigado a mostrar deferência, nem mesmo uma natural piedade humana, para com seu superior no Departamento de Justiça. Durante o resto do dia e à noite, Bobby Kennedy lutaria contra seu profundo pesar — chorando, ou tentando não chorar, já que esse era o jeito Kennedy —, enquanto fazia valer o que lhe restava de poder, antes que a nova administração se instalasse firmemente em seu lugar, e buscava entender o que de fato havia acontecido em Dallas. Não saía do telefone de Hickory Hill; encontrou-se com uma sucessão de pessoas enquanto esperava que o Air Force One trouxesse o corpo de seu irmão, junto com a viúva e o novo presidente; acompanhou os restos mortais de John até o Bethesda Naval Hospital para a autópsia; e se recolheu na Casa Branca, onde ficou acordado até o amanhecer do dia seguinte. Aceso pela claridade do choque, pela eletricidade da adrenalina, esboçou uma teoria para o crime. A partir das ligações telefônicas e conversações daquele dia — e durante a semana seguinte —, é possível traçar o percurso que Robert Kennedy seguiu para tentar desvendar o mistério. “Com seu cérebro incrível, digno de um computador, ele juntou todas as peças naquela tarde de 22 de novembro”, constatou o jornalista Jack Newfield, seu amigo. A busca de RFK pela verdade sobre o crime do século foi, durante muito tempo, uma história não contada. Mas está profundamente carregada de significado histórico. A odisseia investigativa de Bobby — que começou com frenético ardor logo após o assassinato de seu irmão, e então prosseguiu secreta e intermitentemente até sua própria morte, menos de cinco anos depois — não teve êxito em conseguir levar o caso a julgamento. Mas Robert Kennedy era uma figura central desse drama — não somente na qualidade de procurador-geral e segunda autoridade mais poderosa da administração Kennedy, mas também como emissário principal de JFK no lado sombrio do poder americano. E sua caçada à verdade lançava uma luz fria e brilhante sobre as forças que ele suspeitava estarem

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