ebook img

Introdução ao Pensamento Epistemológico PDF

202 Pages·1986·27.981 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Introdução ao Pensamento Epistemológico

Cupa: Ana Maria Silva de Araújo Impresso no Brasil Printed in Brazti FICHA CATALOGRÁFICA (Preparada pelo Centro de Catalogação-na-fonte do -. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ) Tapiassu , Hilton Fe rréi. r1a93,4 — Introduçã o J39i ao pensamento epistemológico. Rio de Janeiro, F. m a “Alve4s ,ed , 1986 e nu 202p. ilust, 2lem. o mamar + Bibliografia 1. Teoria do conhecimento. 1. Título. CDD — 121 75-0138 CDU — 165 a LED em â 1986 * Todos os direitos reservados à LIVRARIA FRANCISCO ALVES EDITORA S.A. Rua Sete de Setembro, 177 — Centro 20.050 Rio de Janeiro, RJ Sumário Prefácio Alguns instrumentos conceituais 13 O que é a epistemologia? 91 A epistemologia. penética dê J. Piapet 41 A epistemologia histórica de G. Bachelard 61 A epistemologia “racionalista-crítica” de K. Popper 83 A epistemologia “arqueológica” de M. Foucault 111 A epistemologia “critica” - 135 Para onde vai a filosofia? 159 Conclusão: um problema em suspenso 185 Bibliografia sumária ' 195 Prefácio Este pequeno livro, como indica seu título, trata do que chamei de “Introdução ao Pensamento Bistemoló- gico”. Meu propósito foi o de explorar alguns dos cami- nhos que se abrem à epistemologia contemporânea. Os vários capítulos aqui reunidos não têm outra pretensão senão a de fornecer um conjunto de Elementos e de Ins. trumentos de reflexão epistemológica sobre os processos de gênese, de desenvolvimento, de estruturação e de ar- ticulação dos conhecimentos científicos. Cada um pode- rá ser tomado como um todo. Não houve, de minha par- te, uma preocupação de sistematizar os vários temas tra- tados. Nem tampouco de lhes dar uma ordenação lógica rigorosa. Tentei descobrir, nos autores analisados, seu “projeto” fundamental concernente aos problemas epis- teológicos. Para não sobrecarregar o texto com muitas citações, remeto 0 leitor à bibliografia, onde poderá 4p- contrar os elementos indispensáveis a um maior apro- fundamento. Não pretendi tanto resolver problemas quanto levantar questões que, uma vez examinadas, po- 9 derão proporcionar outras respostas, eventualmente dis- cordantes, Se isto ocorrer, já está justificado meu esfor- co de propor à reflexão, de modo simples, mas talvez “polêmico”, tais Elementos e Instrumentos introdutórios ao que hoje se chama de atividade epistemológica, Trata-se, pois, de uma reflexão epistemológica cuja preocupação fundamental é a de situar os problemas tais como eles se colocam ou se omitem, se resolvem ou de- sapareçem na prática efetiva' dos cientistas, Todavia, como para situar e formular os problemas torna-se in- . dispensável a presença de certos conceitos, tive a preo- cupação de fornecer algumas concepções engajando q tratamento de certos problemas científicos pela episte- mologia. Sem dúvida, falar do “objeto” dessa disciplina significa falar de um problema a ser colocado para, em seguida, ser resolvido, Não tive a pretensão de analisar todos os problemas da epistemologia, Nem tampouco fol minha intenção apresentar um quadro completo de to- das as epistemologias atualmente existentes. Uma sinte- se, certamente, far-me-ia correr o risco de uma exagera- da generalidade. Isto não me impediu, porém, de dar atenção a certas epistemologias, por vezes em “conflito”. Assim, quis elucidar algumas “teses” particulares, sem ter a audácia de fazer com que elas se beneficiassem de uma demonstração completa, O termo “conflito” é aqui utilizado no sentido de certos antagonismos fundamentais na elucidação, por parte das ahordagens epistemológicas analisadas, da ati- vidade cientifica, Cada enfoque epistemológico elucida à atividade cientílica a seu modo. Cada um tem uma con- cepção particular do que seja a ciência. Evidentemente, as epistemologias aqui expostas não podem ser tomadas por cânones. Cada uma tem um valor de tentativa, e não de modelo, Foi de propósito que tomei essas modalidades de epistemologia. Todas têm em comum, apesar das des- J0 samelhanças quanto aos seus objetos, às suas perspecti- vas, 805 seus métodos e às suas influências recíprocas, um caráter deliberadamente não-positivista quanto às suas concepções da ciência. Rázão pela qual deixei de lado a apresentação desta epistemologia tão desenvolvi- da e rica, com resultados supreendentes no domínio do conhecimento científico, que é a epistemologia lógica, cujos defensores mais notáveis encontram-se filiados à corrente de pensamento derivada do empirismo lógico. Portanto, não se trata de uma negligência. Simplesmen- te deixei-a de fora, por tratar-se de um dominio episte- mológico já bastante explorado. Por outro lado, ele se prende muito mais à elucidação da atividade científica através de uma descrição dos métodos, dos resultados, e sobretudo, da linguagem da “Ciência” ou da “Razão” nas ciências, do que ao exame propriamente crítico des- ta atividade, que é o objetivo das epistemologias que levei em consideração. Estas, com efeito, preocupam-se com a história das ciências, com a “história” da inteligência, com a “arqueologia” das ciências e com ps relações da ciência com a sociedade que a produz, interferindo tanto em sua organização interna quanto em suas aplicações. Finalmente, estou consciente de que falar de epis- temologia, hóje, já é engajar-se num espaço polêmico ou conflitante, pois sob este titulo apresentam-se trabalhos que frequentemente nada têm de comum, quando não se excluem explicitamente. Não se tratará, pois, aqui, de conciliar, mas, na medida dao possível, de colocar em ordem e de justificar: um discurso sobre as ciências é um discurso em que a teoria se faz estratégia. E é toman- do as ciências em sua “historicidade”, que se elabora a crítica epistemológica da ciência. Por outro lado, como a historicidade não é para a filosofia um simples aci- dente exterior, mas algo que lhe é essencial, da mesma forma a história das ciências se liga de muito perto à . Ii

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.