AF_rosto.ai 175.00 lpi 45.00° 7/21/09 3:56:09 PM Process Black Bayard Boiteux Maurício Werner Introdução ao Estudo do Turismo © 2009, Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela lei no 9.610, de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográ(cid:192) cos, gravação ou quaisquer outros. Copidesque: Ivone Teixeira Revisão Grá(cid:192) ca: Marco Antônio Corrêa Editoração Eletrônica: DTPhoenix Editorial Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras Rua Sete de Setembro, 111 – 16o andar 20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ – Brasil Rua Quintana, 753 – 8o andar 04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP Serviço de Atendimento ao Cliente 0800-0265340 [email protected] ISBN 978-85-352-3649-1 Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação ao nosso Serviço de Atendimento ao Cliente, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questão. Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicação. CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ B669i Boiteux, Bayard do Coutto Introdução ao estudo do turismo / Bayard Do Coutto Boiteux e Maurício Werner. — Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. Inclui bibliogra(cid:192) a ISBN 978-85-352-3649-1 1. Turismo. I. Werner Filho, Maurício de Maldonado. II. Título. CDD: 338.4791 09-3463 CDU: 338.48 Dedicatória A Bayard Demaria Boiteux e Virgílo Ataíde Pinheiro. Vocês foram e são exemplos para nossa vida, exemplos de edu- cadores que sempre defenderam os interesses dos professores, pais, idealistas que lutaram pela democratização de nosso país e, sobre- tudo, amigos. Da amizade de vocês nasceu a nossa, tornando-nos irmãos e fazendo com que nossos caminhos se cruzassem. Muito obrigado por todos os ensinamentos que recebemos de coragem, reconhecimento, lealdade, honestidade, mas, sobretudo, de preocu- pação com o futuro da humanidade e dos mais desfavorecidos. Acreditamos hoje que nossa luta através do turismo nasceu do exemplo de vocês. Os autores v Agradecimentos Ao Fabio Vivas e Fernando Machado, por terem colaborado no suporte técnico. A Roberta e meus fi lhos pelo incentivo. A minha fi lha Ingrid, por tudo que você representa para mim. As nossas mães, Vera e Eneida, pela compreensão. Ao André Gerhard Wolff , que acreditou em nossa nova proposta editorial. vii Prefácio Este livro foi elaborado por dois professores que se dedicam 24 horas ao ensino do turismo, com larga experiência e pesquisa em nossa atividade. Poucos são aqueles que podem falar e anali- sar com profundidade o que representa o turismo no Brasil e no mundo. O professor Bayard e o professor Mauricio lidam diariamen- te com todos os envolvidos nesse setor, sejam os empresários, os alunos, os professores, as entidades privadas e públicas, por- tanto conhecem exatamente o que deveria ser apresentado neste livro. O conteúdo expressa as necessidades do mercado e daqueles que se dedicam ao estudo do turismo com perfeição. Não é mais um livro de turismo, mas um livro que faltava pela sua abrangência e a interpretação dos seus autores de forma clara de como essa disciplina deveria ser ensinada nas faculdades de turismo. Os idealizadores do livro tratam os capítulos de forma interliga- da, iniciando com fundamentos, analisam o mercado, apresentam os prestadores de serviços, abordam o planejamento e fi nalizam com as tendências do turismo e hotelaria, incentivando o leitor a pesquisar, refl etir e procurar por mais conhecimentos. ix x Introdução ao Estudo do Turismo Cumprimento os professores Bayard Boiteux e Mauricio Werner pela acertada escolha de escrever o Introdução ao estudo do turismo. George Irmes Presidente do Sindetur (Sindicato das Empresas de Turismo do Estado do Rio de Janeiro) 1o vice-presidente da enactur (Federação Nacional de Turismo) Vice-presidente da CNTUR (Confederação Nacional de Turismo) Presidente da Irmes Tours Viagens e Turismo CAPÍTULO 1 Fundamentos do Turismo Considerações Preliminares Na evolução histórica do homem, a vontade de conhecer outros lugares, por inúmeros motivos, deve ter surgido com os babilônios, por volta de 4000 a.C. No Egito, em 3000 a.C., já se acarretavam deslocamentos através do rio Nilo, com embarcações com cabines confortáveis. Os fenícios, oriundos de uma região pouco propícia para a agricultura, foram obrigados a desenvolver o comércio inter- nacional, que os levou a grandes viagens para a China e para a Índia. A Grécia antiga registra viagens organizadas para a participação em jogos olímpicos, e o Império Romano, as primeiras viagens de lazer, dos nobres que queriam visitar os grandes templos. Na Idade Média, observa-se um hábito da nobreza, que começa a enviar seus fi lhos para estudar nos grandes centros europeus, nas- cendo os primórdios do chamado “intercâmbio cultural”. No entanto, podemos vislumbrar o conceito moderno de via- gem quando, em 1841, Th omas Cook realizou uma viagem de trem com 570 passageiros entre as cidades de Leicester e Lougboroug, na Inglaterra. Tal viagem se revestiu de um sucesso tão grande, que a empresa de Cook passou a oferecer excursões para a parte conti- nental da Europa e para os Estados Unidos. É considerada a primei- ra agência de viagens do mundo. 3 4 Introdução ao Estudo do Turismo Conceitos De acordo com a Organização Mundial do Turismo, podemos defi nir tal atividade como “aquela desenvolvida por pessoas durante suas viagens e estadias em lugares distintos de seu entorno habitual, por um período de tempo consecutivo inferior a um ano para fi ns de ócio, negócios ou outros”. A OMT ainda se refere a que “todo deslocamento para fora do local de residência por período superior a 24 horas e inferior a 60 dias, motivado por questões não-econô- micas, pode ser entendido como turismo”. A referida organização chama de excursionista “aquele que viaja e permanece menos de 24 horas em local que não seja de sua residência fi xa ou habitual, com as mesmas fi nalidades do turista”. Já Robert McIntosh conceituou o turismo como “a ciência, a arte e a atividade de atrair e transportar visitantes, alojá-los e cortes- mente satisfazer suas necessidades e desejos”, enquanto Jafar Jafari entende que “é o estudo do homem longe de seu local de residência, da indústria que satisfaz suas necessidades, e dos impactos que am- bos, ele e a indústria, geram sobre os ambientes físico, econômico e sociocultural da área receptora”. Para que a atividade turística aconteça, é necessário que o in- divíduo tenha tempo livre. O sociólogo Domenico de Masi, espe- cialista em sociologia do trabalho, afi rma que a tendência da era pós-industrial é a de ter mais ócio e menos trabalho. No entanto, segundo de Masi, o problema está em não sabermos aproveitar o tempo livre da melhor forma. “Nenhum executivo precisaria trabalhar mais que 5 ou 6 horas por dia... Só fi ca no escritório porque não sabe o que fazer fora dele”, afi rma em seu livro A emo- ção é a regra. Fundamentos do Turismo 5 Enquanto nossos avós viviam 300 mil horas e trabalhavam 120 mil, a tendência atual é que dediquemos ao trabalho apenas 10% das 700 mil horas que vivemos hoje, considerando a média etária de 80 anos. A globalização é favorecida pelas viagens, o que pro- picia, de certa forma, a padronização de alguns comportamentos: os aeroportos têm os mesmos cheiros, 32 milhões de pessoas por hora consomem Coca-Cola, 18 milhões comem um hambúrguer no McDonalds, o que contribui para que algumas referências possam ser identifi cadas no mundo e permitam segurança ao turista, apesar das diferenças culturais. É curioso mas aceitável que um turista busque o Hard Rock Cafe ou Planet Hollywood na Ásia ou, ainda, queira comer hambúrguer na França, por encontrar em tais símbolos uma referência que lhe permite não fi car totalmente estrangeiro em outro país. Além do tempo livre, o indivíduo deverá possuir também von- tade pessoal e, sobretudo, dinheiro. O lazer nem sempre será usu- fruído através das viagens, uma vez que os interesses individuais são distintos. Para terminar, gostaria de citar Hunzinker, que afi rma que turis- mo é “um conjunto de relações e fenômenos resultantes de viagem e permanência média em determinada localidade de pessoas que lhe são estranhas, desde que tal permanência não estabeleça vínculo permanente”. O Produto Turís(cid:415) co O produto turístico possui algumas características específi cas, que o individualizam dos demais. Entre elas, gostaríamos de salien- tar as principais, a saber: