Bill Nicho!s autoridade internacionalmente conhecida no campo do documentário e do filme etnográfico, é professor de Cinema na San Francisco State University, onde também dirige o programa de pós-graduação em Estudos Cinematográficos. Tem publicado trabalhos sobre uma gama variada de assuntos, da cibernética e da cultura visual ao novo cinema iraniano. Sua antologia Movies and methods (1976) ajudou a definir a nova disciplina de estudos cinematográficos. É também autor dos livros Representing reality e Blurred boundaries (ambos publicados pela Indiana University Press) e organizador de Maya Deren and the american avant-garde. Coleção Campo Imagético O cinema possui hoje uma dinâmica que muitas vezes extrapola as tradições históricas dentro das quais se formou. O Campo Imagético, assim pensado, abre-se sobre horizontes diversos da expressão artística: a fotografia, a televisão, a videoarte, as mídias digitais, o documentário, o filme de ficção. Esta coleção pretende explorar o eixo cinematográfico em sua tradição clássica ou de vanguarda, em sua expressão autoral ou industrial em sua forma documentária ou ficcional em sua dimensão historiográfica ou analítica. Interagindo com o conjunto das ciências humanas e com as artes, o cinema situa-se em vórtice privilegiado para se pensar a criação artistua que tem como matéria a imagemfsom mediada pela câmera. Fernão Pessoa Ramos Coordenador da colecão INTRODUÇÃO AO DOCUMENTÁRIO U fsm biblioteca Central P A P I R U S E D I T O R A Título originai em inglês: Introducòon tc óocumentary © Incfiana Urwersity Press. 2001 Tradução: Mônica Saddy Martins Capa: Fernando Comacchia Foto de capa: Cena de Watsonville on strike (Jon Silver, 1989) Coordenação: Beatriz Marchesini Diagramaçào: DPG Editora Copidesque: Simone Ligabo Gonçalves Revisão: Ana Carofina Freitas. Margareth Silva de Oliveira. Paota Maria Felipe dos Anjos e Solange F. Penteado Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Nichols, BiH Introdução ao documentário/BilI Nichols; tradução Mônica Saddy Martins. - Campinas, SP: Papirus, 2005. - (Coleção Campo Imagético) Título original: Introduction to documentary BibHografia. ISBN 85*308-0785-5 1. Filmes documentários-História e crítica 2. Vídeos-Produção - História e crítica I. Título. II. Série. 05-6231__________________________________________CDD-778.534 íncices para catálogo sistemático: 1. Documentários: Produção: Cinematografia 778.534 2. Rimes documentários: Produção:Cinematografia 778.534 Exceto no caso de citações, a grafia deste ivro está atuafeada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa adotado no Brasü a partir de2009, em conformidade ao prescrito no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Voip) da Academia Brasileira de Letras e suas correções e aditamentos divulgados até a data desta publicação. Ch2'i;3C3 *•" c--’ k;r ° 5« Edição rc .sãc Mr 2010 = íyf'n,|,í • Proibida a reprodução total ou parcial da obra de acordo com a lei 9.610/98. Editora afiliada à Associação Brasileira dos Direitos Reprogràficos (ABDR). DIREITOS RESERVADOS PARA A LÍNGUA PORTUGUESA: © M.R. Comacchia Livraria e Editora Ltda. - Papirus Editora R. Dr. Gabnel Penteado, 253 - CEP 13041-305 - Vila João Jorge Fonertax: (19) 3272-4500 - Campinas - São P^ulo - Brasil E-mail: editoragpapirus.com.br - www.papirus.com.br Para os homens e as mulheres que fazem filmes AGRADECIMENTOS 9 PREFÁCIO 11 Femâo Pessoa Ramos INTRODUÇÃO 17 1. POR QUE AS QUESTÕES ÉTICAS SÃO 26 FUNDAMENTAIS PARA O CINEMA DOCUMENTÁRIO? 2. EM QUE OS DOCUMENTÁRIOS DIFEREM DOS 47 OUTROS TIPOS DE FILME? 3. O QUE DÁ AOS DOCUMENTÁRIOS UMA VOZ 72 PRÓPRIA? 4. DE QUE TRATAM OS DOCUMENTÁRIOS? 93 5. COMO COMEÇOU O CINEMA DOCUMENTÁRIO? 116 6. QUE TIPOS DE DOCUMENTÁRIO EXISTEM? 135 7. COMO OS DOCUMENTÁRIOS TÊM TRATADO AS 178 QUESTÕES SOCIAIS E POLÍTICAS? 8. COMO ESCREVER BEM SOBRE O DOCUMENTÁRIO? 210 NOTAS SOBRE AS FONTES 220 FILMOGRAFIA 233 LISTA DE DISTRIBUIDORES 245 ÍNDICE 265 AGRADECIMENTOS Minha maior dívida de gratidão é com os alunos que estudaram o cinema documentário comigo ao longo dos anos. A curiosidade e as perguntas deles motivaram-me a escrever este livro. Também sou imensamente grato a todos os que se reuniram nas conferências “Visible Evidence”, desde o princípio, em 1993, para trocar idéias e debater o documentário. Essas conferências, iniciadas por Jane Gaines e Michael Renov, foram inestimáveis para estimular um animado diálogo sobre o documentário no sentido mais amplo possível. O Getty Research Institute proporcionou-me ajuda generosa, pela qual sou muito grato, que facilitou a conclusão deste livro durante o ano letivo de 1999-2000. Sem o auxílio dos cineastas que tão generosamente forneceram fotografias de cenas de seus filmes, este livro ficaria bastante empobrecido. Agradeço-lhes a boa vontade de prover-me de esplêndidas ilustrações, frequentemente solicitadas em cima da hora. John Mrozik pesquisou a filmografia; Michael Wilson iniciou a pesquisa da lista de distribuidores e Victoria Gamburg atualizou-a e completou-a. A ajuda deles foi providencial e indispensável. Joan Catapano ajudou a lançar este projeto na editora e Michael Lundell providenciou sua conclusão. Carol Kennedy realizou um trabalho meticuloso e oportuno de preparação dos originais. Matt Williamson fez o Introdução ao documentário 9 U F S M Biblioteca Central projeto gráfico do livro e desenhou a capa. Agradeço a todos por terem ajudado a produzir um trabalho que ultrapassou minhas expectativas. Nenhum agradecimento está completo sem dizer obrigado àqueles que tomam possível um trabalho como este no sentido mais fundamental de todos, e a quem inevitavelmente é roubado o tempo para realizá-lo - minha mulher, Catherine M. Soussloff, e minha enteada, Eugenia Clarke. A contribuição delas é bem maior do que imaginam. PREFÁCIO Introdução ao documentário apresenta-nos uma súmula do pensamento sobre documentário, traçada por um dos intelectuais mais influentes da academia norte-americana contemporânea na área de cinema. Bill Nichols é autor de uma conhecida coletânea de textos em Teoria do Cinema (Movies and methods:An anthology),! com sucessivas reedições desde 1976. Em sua primeira obra pessoal de maior extensão, Ideology and the image: Social representation in the cinema and other medias (1981 ),1 2 debruça- se sobre o que é narrar no cinema documentário, numa época em que os estudos sobre o tema se encontravam em ponto morto. Apesar da dívida explícita de Ideology and the image para com a semiologia metziana, Nichols avança a análise que irá aprofundar nos anos seguintes, dando ênfase à relação entre as formas da retórica e as vozes da enunciação expositiva no documentário. Evita, assim, a principal armadilha na qual a semiologia se debate ao abordar a narrativa documentária e desloca-se do recorte que fecha a análise na crítica da transparência do discurso. Nichols só encontra essa obsessão pela reflexividade, própria ao nosso tempo, mais tarde, e de um modo mais pertinente: após haver percorrido a enunciação do documentário, explorada com base no conceito de “forma expositiva”, apontando para sua 1. Nichols, Bill. Movies and methods: An anthology (volv 1 c - 1 os Angclo l hiuímu Califórnia Press, 1976, 1985. 2. Nichols, Bill. Ideology and the image: Social representation in the cinema and ,’ther Bloomington: Indiana Universitv Press, 1981 Introdução mo documentário 11
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