ebook img

Introducao a Analise em Rn PDF

161 Pages·2004·1.54 MB·Portuguese
by  
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Introducao a Analise em Rn

Introdu¸c˜ao `a An´alise em Rn J. Campos Ferreira 3 de Junho de 2004 ´ Indice Introdu¸c˜ao 5 1 Generalidades e primeiros exemplos 7 1.1 Introdu¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 1.2 Exemplos de fun¸c˜oes de duas vari´aveis reais . . . . . . . . . . . . . 8 1.3 Gr´aficos e linhas de n´ıvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1.4 Exemplos de fun¸c˜oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 2 Estrutura¸c˜ao de Rm. Sucess˜oes 17 2.1 Produto interno, norma e distˆancia . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 2.2 Sucess˜oes em Rm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 2.3 No¸c˜oes topol´ogicas em Rm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 3 Continuidade e limite 43 3.1 Continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 3.2 Limite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 4 C´alculo diferencial 83 4.1 Introdu¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 4.2 C´alculo diferencial de primeira ordem . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 4.3 C´alculo diferencial de ordem superior `a primeira . . . . . . . . . . . 117 4.4 Teoremas das fun¸c˜oes impl´ıcitas e da fun¸c˜ao inversa . . . . . . . . . 129 4.5 Extremos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147 ´Indice Remissivo 159 3 4 Introdu¸c˜ao Uma grande parte deste trabalho ´e o resultado de uma revis˜ao do texto intitulado Introdu¸c˜ao `a An´alise em Rn, que redigi h´a mais de vinte anos para os alunos que ent˜ao frequentavam no Instituto Superior T´ecnico a disciplina de An´alise Matem´atica II. Decidi-me a efectuar essa revis˜ao — e at´e a acrescentar diversos complementos cuja redac¸c˜ao est´a em curso — porque alguns colegas e amigos me asseguraram que o trabalho poderia ter ainda hoje alguma utilidade, como texto de apoio a uma parte das suas aulas da referida disciplina. Gostaria de deixar aqui expresso o meu reconhecimento aos Professores Fran- cisco Teixeira, Jo˜ao Palhoto de Matos e Pedro Gir˜ao e ao Engenheiro Paulo Abreu pelas suas valiosas contribui¸c˜oes para a concretiza¸c˜ao deste projecto. Lisboa, Novembro de 2002 Jaime Campos Ferreira 5 6 Cap´ıtulo 1 Generalidades e primeiros exemplos 1.1 Introdu¸c˜ao Foi estudada anteriormente a no¸c˜ao geral de fun¸c˜ao. De forma intuitiva, pode pensar-se que uma fun¸c˜ao f associa a cada elemento x de um dado conjunto A, chamado dom´ınio de f, um e um s´o elemento f(x) de um conjunto B; o subcon- junto de B formado por todos os valores f(x) ´e, como sabemos, o contradom´ınio de f. No caso geral, A e B podem ser conjuntos com elementos de natureza qualquer. No entanto, quase todo o nosso trabalho anterior incidiu sobre um caso particular, ali´as muito importante: o de tanto A como B serem subconjuntos do conjunto R, dos nu´meros reais (dizia-se ent˜ao, como vimos, que as fun¸c˜oes consideradas eram fun¸c˜oes reais de (uma) vari´avel real). Vamos iniciar agora uma generaliza¸c˜ao desse estudo, de enorme interesse em toda a esp´ecie de aplica¸c˜oes: estudaremos fun¸c˜oes reais de m vari´aveis reais, (com m inteiro positivo), isto ´e, fun¸c˜oes cujo contradom´ınio ´e ainda um subconjunto de R mas cujo dom´ınio ´e uma parte do conjunto Rm = R × R × ··· × R (produto cartesiano de m factores todos iguais a R). As fun¸c˜oes deste tipo s˜ao tamb´em designadas por fun¸c˜oes reais de vari´avel vectorial (express˜ao relacionada com a designa¸c˜ao de vectores, dada correntemente aos elementos de Rm). Mais geral- mente ainda, v´arios aspectos do nosso estudo incidir˜ao sobre fun¸c˜oes vectoriais de vari´avel vectorial (fun¸c˜oes com dom´ınio A ⊂ Rm e contradom´ınio B ⊂ Rn , com m e n inteiros positivos). Neste quadro geral, estudaremos v´arias no¸c˜oes fundamentais — como as de limite e continuidade — e abordaremos o estudo do c´alculo diferencial, bem como algumas das suas aplica¸c˜oes mais importantes. Recordemos que, antes de iniciarmos o estudo das fun¸c˜oes reais de uma vari´avel real, tivemos necessidade de organizar convenientemente os nossos conhecimentos sobre o pr´oprio conjunto R; da mesma forma, teremos agora de come¸car por estruturar de forma adequada o conjunto Rm, para que possamos assentar numa base s´olida o estudo que vamos empreender. Esse trabalho ser´a feito no Cap´ıtulo 2, dedicando-se os restantes par´agrafos deste cap´ıtulo `a considera¸c˜ao de exemplos e 7 Cap´ıtulo 1. Generalidades e primeiros exemplos `a exposi¸c˜ao de algumas ideias muito simples, que conv´em abordar nesta fase introdut´oria do nosso trabalho. 1.2 Alguns exemplos de fun¸c˜oes de duas vari´aveis reais Uma fun¸c˜ao real de duas vari´aveis reais, f, definida numa parte A de R2, faz corresponder a cada par ordenado de nu´meros reais, (x,y), pertencente ao con- junto A, um u´nico nu´mero real, f(x,y). Vejamos alguns exemplos concretos. 1. Seja f a fun¸c˜ao definida pela f´ormula: f(x,y) = x2 +y2, no conjunto de todos os pontos (x,y) ∈ R2. Trata-se de uma fun¸c˜ao de duas vari´aveis, aqui designadas por x e y; conv´em lembrar, no entanto, que as letras escolhidas para vari´aveis s˜ao inteiramente secund´arias: a mesma fun¸c˜ao poderia ser definida, por exemplo, pela f´or- mula: f(u,v) = u2 +v2, (u,v) ∈ R2. Conv´em tamb´em observar desde j´a que, se «fixarmos» uma das vari´aveis num determinado valor, obteremos uma fun¸c˜ao de uma s´o vari´avel (a va- ri´avel «n˜ao fixada»); assim, por exemplo, fixando y no valor 2 obter-se-ia a fun¸c˜ao parcial (que designamos por ϕ): ϕ(x) = f(x,2) = x2 +4, x ∈ R. Analogamente, atribuindo a x o valor −1 obter-se-ia uma nova fun¸c˜ao par- cial: ψ(y) = f(−1,y) = y2 +1, x ∈ R. Como ´e ´obvio ter-se-ia, necessariamente: ϕ(−1) = f(−1,2) = ψ(2). 2. Considere-se agora a fun¸c˜ao g definida pela f´ormula: p p g(x,y) = x2 +y2 −1− 9−x2 −y2, no conjunto de todos os pontos (x,y) para os quais tem sentido (no con- junto R, onde g toma valores) a express˜ao que figura no 2o membro. Trata-se de uma fun¸c˜ao de duas vari´aveis reais cujo dom´ınio pode repre- sentar-se no plano xy pela coroa circular determinada pelas circunferˆencias de centro na origem e raios 1 e 3 (incluindo os pontos que pertencem `as pr´oprias circunferˆencias). 8 1.2. Exemplos de fun¸c˜oes de duas vari´aveis reais y √5 PSfrag replacements 1 2 3 x √5 − Figura 1.1 Neste caso, se fixarmos por exemplo a vari´avel x no valor 2, obteremos a fun¸c˜ao parcial: p p θ(y) = g(2,y) = y2 +3− 5−y2 √ √ cujo dom´ınio ´e o intervalo [− 5, 5] . Se, em vez de x = 2, pusermos x = 0 ou x = 3, obteremos respectivamente as fun¸c˜oes: p p g(0,y) = y2 −1− 9−y2 e p p g(3,y) = y2 +8− −y2 O dom´ınio da primeira ´e o conjunto [−3, −1] ∪ [1, 3] e o da segunda tem apenas um ponto (o ponto 0). 3. Seja h a fun¸c˜ao definida pela f´ormula x h(x,y) = arcsin , y no conjunto de todos os pontos (x,y) ∈ R2 tais que arcsinx/y ∈ R. y x PSfrag replacements Figura 1.2 E´ f´acil reconhecer que o dom´ınio de h ´e o conjunto representado geome- tricamente pelos dois ˆangulos verticalmente opostos que tˆem por lados as 9 Cap´ıtulo 1. Generalidades e primeiros exemplos bissectrizes dos quadrantes pares e dos quadrantes ´ımpares, e que n˜ao con- t´em o eixo das abcissas (os lados dos ˆangulos referidos pertencem ainda ao dom´ınio, mas n˜ao o seu v´ertice comum). 4. Conv´em observar que, tal como no caso das fun¸c˜oes de uma s´o vari´avel, para definir uma fun¸c˜ao de duas vari´aveis reais n˜ao ´e necess´ario dar uma express˜ao anal´ıtica. Assim, por exemplo, definir-se-ia tamb´em uma fun¸c˜ao de duas vari´aveis reais por meio de qualquer dos enunciados seguintes: (a) Seja f a fun¸c˜ao definida em R2 e tal que f(x,y) = 0 se x e y s˜ao nu´meros inteiros f(x,y) = 1 se x ou y n˜ao s˜ao inteiros. √ Ter-se-ia, por exemplo: f(1,−5) = 0, f(2,1/3) = f(π, 2) = 1, etc. (b) Seja g a fun¸c˜ao cujo dom´ınio ´e o c´ırculo definido pela desigualdade x2 +y2 ≤ 4 e tal que p g(x,y) = 1−x2 −y2 se x2 +y2 < 1 e g(x,y) = 0 se 1 ≤ x2 +y2 ≤ 4. Adiante faremos mais algumas referˆencias `as fun¸c˜oes mencionadas neste exemplo, a prop´osito da no¸c˜ao de gr´afico de uma fun¸c˜ao de duas vari´aveis reais, considerada no par´agrafo seguinte. 1.3 Gr´aficos e linhas de n´ıvel Consideremos no «espa¸co ordin´ario» um referencial cartesiano ortonormado. Por um processo bem conhecido, cada ponto P do espa¸co determina ent˜ao um terno ordenado de nu´meros reais (x,y,z), designados respectivamente por abcissa, or- denada e cota do ponto P; reciprocamente, cada terno ordenado de nu´meros reais — isto ´e, cada elemento de R3 — determina um ponto do espa¸co ordin´ario. Assim, fixado um referencial, fica estabelecida uma bijec¸c˜ao entre o conjunto R3 e o espa¸co ordin´ario, considerado como conjunto de pontos. Nestas condi¸c˜oes, sendo z = f(x,y) uma fun¸c˜ao de duas vari´aveis reais, de- finida num conjunto A ⊂ R2, chama-se gr´afico da fun¸c˜ao f no referencial con- siderado o conjunto de todos os pontos (x,y,z) cujas coordenadas verificam a condi¸c˜ao z = f(x,y) (poderia tamb´em dizer-se que o gr´afico de f ´e o conjunto de (cid:0) (cid:1) todos os pontos da forma x,y,f(x,y) , com (x,y) ∈ A). 10

Description:
Introduç˜ao `a Análise em Rn, que redigi há mais de vinte anos para os alunos que ent˜ao m e n inteiros positivos). Neste quadro geral
See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.