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intelectuais rebeldes política e cultura em antonio gramsci e piero gobetti PDF

213 Pages·2015·2.78 MB·Portuguese
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DANIELA XAVIER HAJ MUSSI INTELECTUAIS REBELDES POLÍTICA E CULTURA EM ANTONIO GRAMSCI E PIERO GOBETTI CAMPINAS 2015 FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO IFCH - UNICAMP UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS A COMISSÃO JULGADORA DO TRABALHOS DE DEFESA DE TESE DE DOUTORADO COMPOSTA PELOS PROFESSORES DOUTORES A SEGUIR DESCRITOS, EM SESSÃO PÚBLICA REALIZADA EM 29 DE SETEMBRO DE 2015 CONSIDEROU A CANDIDATA DANIELA XAVIER HAJ MUSSI APROVADA. Profa. Dra. Walquíria Gertrudes Domingues Leão Rego (orientadora) Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) Universidade Estadual de Campinas Prof. Dr. Bernardo Ricupero Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) Universidade de São Paulo Prof. Dr. Luis Felipe Miguel Instituto de Ciência Política (ICP) Universidade de Brasília Prof. Dr. Luigi Biondi Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH) Universidade Federal de São Paulo Profa. Dra. Maria Betania Amoroso Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) Universidade Estadual de Campinas A Ata de Defesa, assinada pelos membros da Comissão Julgadora, consta no processo de vida acadêmica da aluna. Intelectuais rebeldes: política e cultura em Antonio Gramsci e Piero Gobetti Resumo: A tese investiga o tema da política e da cultura no pensamento de dois intelectuais italianos, o socialista Antonio Gramsci e o liberal Piero Gobetti, no primeiro pós-guerra. Procura-se reconstruir o ambiente político e cultural a partir do qual estes dois intelectuais se formaram e atuaram, especialmente na cidade de Turim, e os contornos das principais polêmicas nas quais se envolveram nos anos que antecederam a ascensão do fascismo. Em especial, a tese busca identificar, na vida editorial e jornalística que mantiveram, o ritmo de pensamento de ambos, destacando como cada um interpretou o desenvolvimento da cultura e política neoidealista e socialista na Itália, assim como reagiram ao avanço das lutas populares, na Itália e internacionalmente, especialmente depois de 1917. Com isso, propõe caminhos possíveis para compreensão de uma contraditória e viva relação intelectual entre Gramsci e Gobetti, na qual as diferenças se convertem muitas vezes em complementaridade e mesmo autorreconhecimento. Recupera, por fim, o complexo percurso destes dois intelectuais rebeldes, que compartilharam tanto a rejeição à tradição intelectual italiana como à acomodação política, dois componentes fundamentais do regime fascista que se conformaria em seguida. Palavras-chave: Antonio Gramsci. Piero Gobetti. Política. Cultura. Rebel intellectuals: politics and culture in Antonio Gramsci e Piero Gobetti Abstract: This dissertation investigates the issue of politics and culture in the political thought of two Italian intellectuals, the socialist Antonio Gramsci and the liberal Piero Gobetti, in the first post World War period. It rebuilds the political and cultural environment where these two intellectuals were educated and acted politically, especially in the city of Turin, and the contours of the main controversies in which they were involved in the years before the rise of fascism. In particular, the dissertation seeks to identify, in their editorial and journalistic life, the rhythm of thought that highlights how each of them interpreted the development of politics and culture of the neoidealist and socialist movements in Italy, as well as how they reacted to the advance of popular struggles in Italy and internationally, especially after 1917. Thus, proposes possible ways of understanding the live and contradictory intellectual relationship between Gramsci and Gobetti, in which the differences often become complementarity and even self-recognition. Discusses the complex journey of these two rebel intellectuals, who both shared the rejection of the Italian intellectual tradition as well as its political accommodation, two key components of the fascist regime that would settle next. Keywords: Antonio Gramsci. Piero Gobetti. Politics. Culture. SUMÁRIO Gramsci-Gobetti: “É possível ir além da lenda?” .................................................. 13 1. Retratos de interlocutores incomuns ................................................................... 23 Benedetto Croce: o ponto de partida ................................................................... 23 Piero Gobetti: o “ponto de dissolução” ................................................................ 35 Antonio Gramsci: o “profeta” .............................................................................. 43 2. Política e cultura na Itália do início do século XX .............................................. 51 A política como cultura ......................................................................................... 51 A cultura como política ......................................................................................... 58 A crise da cultura no pré-guerra .......................................................................... 64 3. Antonio Gramsci e os socialistas .......................................................................... 72 “A fusão perfeita entre o velho e o novo” ............................................................ 80 “Tudo é claro para quem tem olhos puros” ........................................................ 86 “Aquilo que apenas pode ser” .............................................................................. 92 4. Piero Gobetti e os liberais ................................................................................... 104 “Um sinal de despertar” ...................................................................................... 109 “Uma tendência liberal concreta” ...................................................................... 119 “Morre nossa revistinha para que possam viver nossas ideias” ..................... 126 5. Socialismo e idealismo ......................................................................................... 139 “Tutto il mondo è paese” ..................................................................................... 139 “A guerra e o futuro” .......................................................................................... 151 “O dissídio socialista” .......................................................................................... 158 6. Bolchevismo e liberalismo ................................................................................... 172 Novas energias, nova ordem ............................................................................... 172 “Vencer é muito urgente” ................................................................................... 180 A crise da unidade ............................................................................................... 191 Conclusão ................................................................................................................. 199 Referências Bibliográficas ...................................................................................... 203 Ao meu querido sobrinho, sopro de vida nova, Martin. AGRADECIMENTOS O presente texto é resultado da pesquisa de doutorado levada a cabo entre 2011 e 2015 no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sob a orientação da Prof. Dra. Walquíria Leão Rêgo e financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Ao longo destes cinco anos de trabalho, a realização desta tese seria impossível sem a contribuição e solidariedade de muitos colegas, professores(as), amigos(as) e de minha família. Este breve registro deve servir principalmente para destacar e agradecer a estas pessoas, sem as quais esta estudante de doutorado não conseguiria ir adiante. A pesquisa contou com o apoio ativo de meus professores e professoras do Departamento de Ciência Política (DCP), bem como dos competentes funcionários e funcionárias do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Em especial, gostaria de lembrar a professora Luciana Tatagiba, então coordenadora do Programa de Pós- Graduação em Ciência Política quando fui aprovada na seleção para o Doutorado. Em seu nome, agradeço a todos os membros do DCP, excelentes pesquisadores(as) e professores(as) com quem tive a oportunidade de aprender muito. Importante destacar, ainda, o papel do Centro de Estudos Marxistas da Unicamp (Cemarx), no qual tive oportunidade de atuar como diretora associada entre 2011 e 2014 ao lado do professor Armando Boito Jr., da colega Nathália Oliveira, bem como de muitos outros pesquisadores e pesquisadoras marxistas. Agradeço aos amigos e amigas do Grupo de Pesquisa Marxismo e Pensamento Político (GPMPP), do qual faço parte desde 2008, coordenado pelos professores Alvaro Bianchi, da Unicamp, e Rodrigo Passos, da Unesp/Marília. No GPMPP pude aprender o sentido da solidariedade intelectual necessária para qualquer trabalho intelectual. Sem Camila Góes, minha amiga, companheira de caminhada intelectual e revisora técnica desta tese, sem Sabrina Areco, Erika Amusquivar, Renato Cesar Fernandes, Isabella Meucci e Sydnei Melo não haveria Gramsci, não haveria Gobetti: não haveria pesquisa. Agradeço a leitura e comentários valiosos de Anita Schlesener (UTP), pesquisadora que ajudou a introduzir o estudo dos escritos pré-carcerários de Gramsci no Brasil. Junto à eles, agradeço aos professores e pesquisadores gramscianos Marcos Del Roio (Unesp/Marília), Edmundo Dias (in memorian) e Carlos Nelson Coutinho (in memorian). Não haveria pesquisa, tampouco, sem o acompanhamento dedicado e paciente de minha orientadora, a professora Walquíria Leão Rego e, por extensão, da professora Nadia Urbinati, com quem tive oportunidade de trabalhar ao longo do ano que estive como pesquisadora visitante na Universidade de Columbia (Estados Unidos) em 2013. Este é um trabalho sobre o pensamento político italiano, portanto não poderia não contar com o apoio seminal de um conjunto de intelectuais italianos, os quais não posso deixar de mencionar: Giuseppe Vacca, presidente da Fondazione Istituto Gramsci (Itália), disponibilizou toda a estrutura necessária para o contato com documentos essenciais para esta pesquisa em Roma. Fabio Frosini, professor da Universidade de Urbino (Itália), ofereceu comentários e críticas ao trabalho desde o projeto inicial, instigando suas hipóteses e encorajando sua realização. Guido Liguori, da International Gramsci Society (Itália), além de argutas observações, ofereceu sua amizade e o incentivo a seguir sempre a pista gramsciana no engajamento entre as ideias e a luta política. Angelo D’Orsi, professor da Universidade de Turim (Itália), ministrou um excelente curso sobre o pensamento político italiano nas primeiras décadas do século XX, na Unicamp em 2012, que muito contribuiu para ampliar o horizonte cultural deste trabalho. Ao lado destes, um conjunto internacional de pesquisadores de ponta dos estudos gramscianos contribuiu muito para o trabalho quando tive a oportunidade de participar da Ghilarza Summer School (Sardenha, Itália) em 2014: Giancarlo Schirru, Gianni Francioni, Giovanni Semeraro, Giuseppe Cospito, Peter Thomas, Marcus Green e Cosimo Zene. Gostaria de agradecer ao jovem e excepcional arquivista florentino Francesco Galantini, da Universidade de Estudos de Firenze, sem o qual seria impossível ter acesso a documentos de enorme valor para esta pesquisa; e ao João Vitor Kanufre Xavier da Silveira, pela pesquisa documental feita para esta tese na Associazione Nazionale per gli Interessi del Mezzogiorno d’Italia (Roma). Agradeço, ainda, a atenção recebida pelos responsáveis do Centro Studi Piero Gobetti (Turim), da Biblioteca Angelica (Roma) e da Biblioteca Gino Bianco – Fondazione Alfred Lewin (Forlí). Amigos e amigas cujo carinho e paciência foram vitais e resistiram às intempéries deste longo caminho: Alfi Bianchi Vivern, Marília Cintra, Letícia Faria, Marcos Vinicius Silva, Eric Gil, Alisson Martins, Adriano del Duca e Nelson Silva. Gostaria de agradecer, finalmente, aos meus pais, Nelson e Ana Rita, e minhas irmãs, Sabrina e Marcela, pelo companheirismo e amor de uma vida toda.

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