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Instinto do amor – nora roberts PDF

259 Pages·2016·1.61 MB·Portuguese
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INSTINTO DO AMOR THE MACGREGOR BRIDES NORA ROBERTS Aos noventa anos, não há nada que o poderoso patriarca do clã MacGregor deseje mais do que ver as três netas mais velhas casadas e felizes. Para isso, escolheu a dedo três candidatos acima de qualquer suspeita para serem maridos perfeitos. Porém, Daniel terá de provar que sua habilidade para formar casais nunca passou de moda. Afinal, Laura, Gwendolyn e Julia estão mais preocupadas com suas carreiras do que em dar continuidade ao clã... e casamento é a última coisa em que pensam! Ainda bem que Daniel possui alguns trunfos na manga... Nestas três cativantes histórias. Nora Roberts, autora número um da lista de best sellers do The New York Times, nos apresenta à nova geração dos MacGregors, uma das famílias americanas mais famosas e populares de todos os tempos, fundada por um patriarca com infalível instinto para o amor e para o casamento. Nora Roberts – Instinto do Amor (Destinos 66) Projeto Revisoras 2 Nora Roberts – Instinto do Amor (Destinos 66) Das Memórias Secretas de Daniel Duncan MacGregor Quando um homem chega aos 90 anos, fica tentado a olhar para trás, a avaliar, a considerar seus triunfos e seus erros. Com freqüência, pode pensar: "E se eu tivesse feito deste modo em vez daquele?" Ou "Se eu pudesse voltar no tempo." Bem, eu não tenho tempo para esse tipo de bobagem. Eu olho para frente. Sempre fiz isso. Sou um escocês que viveu a maior parte da vida fora da terra natal. A América é meu lar. Construí minha família e criei meus filhos aqui. Vi meus netos crescerem. Pelos últimos sessenta anos, amei apenas uma mulher, vivi com ela, admirei-a, trabalhei com ela. E trabalhei em volta dela, quando não havia outro jeito. Minha Anna é o que tenho de mais precioso. Entre nós... bem, nós tivemos uma vida maravilhosa. Sou um homem rico. Oh, não apenas em dólares e propriedades, mas em família. E a família vem em primeiro lugar. Isso é outra coisa que sempre foi e sempre será parte de minha vida. Minha Anna e eu tivemos três filhos. Dois rapazes e uma moça. Meu orgulho por eles é quase tão grande quanto meu amor. Tenho que admitir, no entanto, que foi necessário, em certa ocasião, dar um empurrãozinho nessas três pessoas de personalidades fortes, para lembrá-los de suas responsabilidades para com o nome dos MacGregors. Sinto dizer que meus filhos eram um pouco lerdos nesse aspecto, e sua mãe ficava preocupada. Então, com um pouco de ajuda, todos se casaram bem. Com isso, quero dizer que eles encontraram seus respectivos parceiros e essas uniões deram a Anna e a mim mais duas filhas e outro filho. Boa linhagem, sangue forte à altura dos MacGregors. Agora, tenho onze netos, três deles MacGregors honorários, apesar de levarem o nome Campbell, Campbell, Deus nos ajude, mas são ótimas crianças, apesar disso. Todos eles têm sido a alegria de nossas vidas nos últimos anos, enquanto Anna e eu os observamos crescer e se transformarem de bebês em adultos. Projeto Revisoras 3 Nora Roberts – Instinto do Amor (Destinos 66) Tal como os pais, eles também são lerdos em seus deveres, quanto a entender a importância do casamento e da família. Isso preocupa a avó deles dia e noite. E eu não sou homem de ficar quieto a ouvir as lamúrias de minha mulher. Não, definitivamente, não sou esse tipo de homem. Portanto, estudei o assunto com cuidado. Minhas três netas mais velhas estão na idade de se casar. São mulheres fortes, inteligentes e lindas. Estão abrindo seu caminho no mundo com os próprios esforços. Essas coisas - assim Anna me ensinou - são tão importantes para a mulher quanto para o homem. Com Laura, Gwendolyn e Julia, tenho uma advogada, uma médica e uma mulher de negócios em minhas mãos. Brilhantes e amorosas são minhas netas! Portanto, os homens que escolherem para construir uma família terão que ser de fato extraordinários. Não vou permitir nada menos que isso. Estou de olho nesse belo trio de rapazes. Todos descendem de sangue bom, linhagem forte. São homens bonitos também. Ah, eles não vão formar belos casais e dar-nos adoráveis bebês? Um de cada vez, é o plano. É melhor nesses casos dar a cada um minha atenção total. Portanto, vou começar com Laura. Afinal, ela é a mais velha. Se não conseguir que a jovem Laura esteja cheirando flores de laranjeira pelo Natal, meu nome não será mais Daniel MacGregor. Uma vez que ela estiver arrumada, já tenho um rapaz em mente para minha querida Gwen. Julia talvez seja a mais difícil das três, mas estou cuidando disso. Apenas um empurrãozinho é tudo que preciso dar a elas. Não sou intrometido. Apenas um avô preocupado no inverno da vida. E pretendo que esse seja um inverno bem duradouro. Verei meus bisnetos crescerem. E como poderei fazer isso se aquelas moças não se casarem e produzirem belos bebês, pergunto-lhes eu? Ah... Bem, vamos providenciar para que isso aconteça... Para que Anna não fique preocupada, é claro. Projeto Revisoras 4 Nora Roberts – Instinto do Amor (Destinos 66) Um O telefone tocou sete vezes antes de alcançar o recanto recôndito de seu cérebro adormecido. No oitavo toque, ela conseguiu deslizar a mão para fora das cobertas. Bateu no alarme do despertador e no rosto alegre de Kermit, seu sapo de pelúcia, jogando-o ao chão. Era a terceira vez que o sapo morria naquele ano. Seus dedos longos e sem adornos apalparam a superfície polida do criado-mudo e finalmente seguraram o telefone, levando-o para debaixo das cobertas com ela, - Alô! - O telefone tocou dez vezes. Com a cabeça coberta, Laura MacGregor sobressaltou-se ante a acusação retumbante. Em seguida, bocejou. - É mesmo? - Dez vezes! Mais um toque e eu já estava pronto para chamar a polícia. Já a estava vendo na cama envolta em uma poça de sangue. - Cama! - conseguiu dizer e espreguiçou-se no travesseiro. - Dormindo... Boa noite... - São quase 8h! - Da noite? - Da manhã. - Agora Daniel MacGregor conseguira identificar a voz e sabia qual de suas netas estava enterrada embaixo dos lençóis num horário em que ele considerava a metade do dia. - Já devia estar de pé e se divertindo, menina, em vez de ficar dormindo. - Por quê? Ele se exasperou. A vida está passando por você, Laura. Sua avó está preocupada. Na noite passada ela estava comentando que não tinha um minuto de sossego de tão preocupada que estava com a neta mais velha. Anna não havia dito nada daquilo. No entanto, usar o nome da mulher para obrigar a família a fazer o que ele queria era um hábito antigo. Os MacGregors valorizavam as tradições. Projeto Revisoras 5 Nora Roberts – Instinto do Amor (Destinos 66) - Está bem. Tudo. Vou voltar a dormir agora, vô. - Levante-se, menina. Você não visita sua avó há semanas. Ela está definhando. Só porque acha que já é uma mulher adulta de 24 anos, não significa que deve esquecer sua velha avó. MacGregor estremeceu e voltou o olhar em direção à porta para se certificar de que estava bem fechada. Se Anna o ouvisse chamá-la de velha, poderia considerar-se escalpelado. - Venha passar o fim de semana conosco - pediu ele. - Traga suas primas. - Tenho uma petição para ler - murmurou ela e sua mente começou mais uma vez a flutuar. - Mas irei em breve. - Que seja bem breve. Nós não vamos viver para sempre, sabia? - Ah, você vai! - Ah. Eu te mandei um presente. Deve chegar esta manhã. Portanto, saia da cama e se arrume. Ponha um vestido. - Está bem. Obrigada, vovô. Até logo. Laura jogou o telefone no chão, enterrou a cabeça embaixo do travesseiro e entregou-se outra vez ao sono acolhedor. Vinte minutos mais tarde, ela foi bruscamente despertada com um safanão e um xingamento. - Droga, Laura. Você fez isso de novo! - O quê? - Ela sentou-se na cama, os olhos negros arregalados e vidrados, o cabelo negro desgrenhado. - O quê? - Deixou o telefone fora do gancho. - Julia MacGregor pôs as mãos na cintura. - Eu estava esperando uma ligação. - Eu... ah... - A mente de Laura não conseguia se focar. Passou as mãos pelos cabelos como para clarear os pensamentos. Manhãs, definitivamente, não eram a melhor parte de seu dia. - Acho que o vovô ligou. Talvez. Não consigo me lembrar. - Eu não ouvi o telefone. - Julia deu de ombros. - Acho que estava no chuveiro. Gwen já saiu para o hospital. O que o vovô queria? - Como Laura continuava com o olhar perdido no tempo, Julia deu uma risada e sentou-se na beirada da cama. - Provavelmente o de sempre. "Sua avó está preocupada com você." - Acho que me lembro de ele ter dito algo do gênero. - Sorrindo, Laura Projeto Revisoras 6 Nora Roberts – Instinto do Amor (Destinos 66) voltou para debaixo das cobertas. - Se você tivesse saído rapidamente do chuveiro, teria atendido à chamada e então a vovó estaria preocupada com você. - Ela já se preocupou comigo na semana passada. - Julia fitou seu relógio antigo de marcassita. - Tenho que correr para dar uma olhada naquela propriedade em Brookline. - Outra? Você não acabou de comprar uma casa no mês passado? - Foi há dois meses e está quase pronta para ser vendida. - Julia balançou a cabeleira cacheada cor de fogo. - Já está em tempo de iniciar um novo projeto. - O que for melhor para você. Meu grande plano era dormir até o meio- dia e depois passar o resto da tarde lendo uma petição. - Laura virou de lado. - O que não é nada fácil nesta casa. - Terá o lugar todo para você nas próximas horas. Gwen fará plantão duplo no hospital e não voltará antes das cinco. - Não é minha noite de cozinhar. - Vou trazer qualquer coisa. - Pizza - disse Laura de imediato. Quatro queijos e azeitonas pretas. - Nunca é cedo demais para você pensar no jantar - acusou Julia, alisando a jaqueta verde que vestia. - Vejo-a à noite - gritou já da porta. - E não deixe o telefone fora do gancho! Laura estudou o teto, contemplando os reflexos da luz do sol e considerou a possibilidade de esconder mais uma vez a cabeça embaixo das cobertas. Poderia dormir pelo menos mais uma hora. Voltar a dormir nunca foi um problema para ela e esse talento a ajudou bastante na faculdade de direito. Mas a idéia da pizza acirrou seu apetite. Quando havia uma opção entre dormir e comer, Laura encarava seu maior dilema. Assim sendo, jogou as cobertas de lado, pois a comida ganhou a batalha. Ela vestia uma camiseta branca e um short de seda azul. Laura morava com as primas desde a época da faculdade e há dois anos dividiam a casa de Back Bay, em Boston. A idéia de pegar um robe nunca lhe ocorria A atraente casa à beira mar, uma das mais recentes reformas de Julia, e seu mais novo lar, era decorada com uma eclética mistura de gostos das três primas. O amor de Gwen por antigüidades, o gosto de Julia por arte moderna e a atração de Laura pelo kitsch. Projeto Revisoras 7 Nora Roberts – Instinto do Amor (Destinos 66) Ela desceu a escada, deslizando os dedos pela superfície macia do corrimão. Deu uma olhada rápida pela janela de vidro da porta da frente, para se certificar de que se tratava realmente de uma bela e ensolarada manhã de outono e seguiu pelo corredor em direção à cozinha. Apesar de cada uma das primas ter uma mente afiada, meticulosamente aplicada em sua área específica de atuação, nenhuma delas possuía qualquer talento em especial para aquele cômodo em particular. Mesmo assim, conseguiram transformá-lo em algo acolhedor, com as paredes de um amarelo suave contrastando com o azul profundo das bancadas e os armários com portas de vidro, Laura sempre se sentira grata pelo fato de as três combinarem tão bem. Gwen e Julia eram suas melhores amigas, além de suas primas. Juntamente com o resto do clã MacGregor, conforme Laura os considerava, a extensa gama de descendentes de Daniel e Anna constituía uma família unida, apesar de contrastante. Ela relanceou o olhar pelo relógio azul em forma de gato na parede. Os olhos brilhantes de diamante e a cauda balançando ao ritmo das badaladas. Laura pensou nos pais e imaginou se eles estariam se divertindo em suas bem merecidas férias nas índias Ocidentais. Sem dúvida deveriam estar. Caine e Diana MacGregor formavam uma unidade sólida. Marido e mulher, pais e sócios no trabalho. Após vinte e cinco anos de casados, haviam criado dois filhos e construído uma das mais respeitáveis firmas de direito de Boston e tudo isso não diminuíra a devoção que nutriam um pelo outro. Laura não conseguia conceber a quantidade de esforço que tudo isso requeria para dar certo. Para ela, pelo menos no momento, só existia o Direito. Correção, pensou, e riu para o refrigerador. No momento, só existia o desjejum. Ela alcançou o walkman sobre a bancada e ajustou os fones de ouvido. Uma música suave com a refeição matinal, pensou, e acionou a fita. Royce Cameron estacionou seu Jeep atrás de um pequeno carro conversível. O tipo de carro e cor, pensou ele, que gritava: "Polícia, ponha uma multa no meu pára-brisa, por favor!" Ele meneou a cabeça e então voltou o olhar para estudar a casa. Era uma beleza! Mas já se esperava naquela área de Back Bay e ainda mais com a linhagem de seus proprietários. Boston era conhecida pelos Red Sox, Paul Revere e pelos MacGregors. Projeto Revisoras 8 Nora Roberts – Instinto do Amor (Destinos 66) No entanto, ele não pensava no dinheiro ou em classe social, enquanto estudava a casa. Seus frios olhos azuis escrutinavam janelas e portas. Muito vidro havia sido utilizado, concluiu ele, enquanto a brisa revigorante de outono balançava seu espesso cabelo castanho. Muito vidro significava muito acesso. Ele começou a descer o caminho de pedra circundado de flores e, em seguida, atravessou a relva impecável para verificar as portas que se abriam para um pequeno pátio. Ele as testou e percebeu que estavam fechadas. Apesar de notar que bastaria um bom chute ou um empurrão e estaria lá dentro. Seus olhos permaneciam frios, a boca formava uma linha dura em um rosto cheio de curvas e ângulos. Era o rosto que a mulher com quem um dia quase se casara chamara de criminoso. Não havia questionado o que aquilo significava, pois, na ocasião, tudo estava na mais perfeita ordem entre eles e não se importara muito. Poderia significar um rosto frio e agora, certamente, era, enquanto calculava o acesso àquela casa maravilhosa, que naturalmente estaria repleta de antigüidades e jóias que as mulheres ricas de certas classes adoravam ostentar. Seus olhos eram de um azul pálido e frio que podia se tornar profundo e intenso inesperadamente. A boca formava uma linha firme que poderia curvar-se em charme ou retesar-se como gelo. Uma pequena cicatriz marcava o queixo forte, resultado de um contato abrupto com um anel de diamantes em um punho fechado. Sua estatura não passava de um metro e oitenta e tinha o corpo de um boxeador ou de um brigão. E ele havia sido os dois. Agora, enquanto a brisa emaranhava a onda de cabelos revoltos, ele concluiu que poderia entrar naquela casa sem o mínimo esforço, mesmo sem possuir a chave da porta. Ele caminhou em volta e, em seguida, tocou várias vezes a campainha, enquanto olhava através da extravagante porta de vidro da entrada. Era bonita, pensou, com motivos florais em vidro fosco. E era tão segura quanto uma casca de ovo. Mais uma vez, tocou a campainha com insistência, retirou a chave do bolso e entrou sem cerimônia. O ambiente tinha um cheiro feminino. Aquele foi seu primeiro pensamento, enquanto caminhava pelo vestíbulo até chegar ao salão. Cítrico, óleos, flores e o odor sedutor de perfume no ar. A escada ficava à direita e a porta de uma acolhedora sala de visitas à esquerda. Projeto Revisoras 9 Nora Roberts – Instinto do Amor (Destinos 66) Limpa como um berçário, pensou, com o aroma sensual de um bordel. Mulheres... Para Royce, elas eram uma caixa de surpresas. O interior era de fato como imaginara. Uma bela mobília antiga, cores suaves, cortinas caras. E, ele pensou, ao notar o brilho dos brincos sobre uma mesa redonda, as bugigangas caras que alguma delas deixara de lado. Ele retirou um pequeno gravador do bolso da calça jeans e começou a tomar algumas notas enquanto caminhava. Uma tela enorme salpicada de cores extravagantes, que se destacava acima da cornija da lareira, chamou sua atenção. Aquele quadro parecia em dissonância com p ambiente. Uma explosão selvagem de cores e formas em um aposento tão calmo. Em vez de considerá-lo distoante, ele o achou atraente. Uma celebração à paixão e à vida. Notou a assinatura no canto da obra, D.C. MacGregor, e deduziu que o artista talvez fosse um dos muitos primos. Naquele instante, ouviu alguém cantando. Não. Com toda a honestidade, aquele som não poderia ser chamado de canto, pensou ele, colocando o gravador de volta no bolso e caminhando pelo corredor. Grito, berro, uivo, talvez ganido, fossem termos mais adequados para descrever tal massacre vocal de um dos sucessos românticos de Whitney Houston. Mas aquilo significava que, afinal, não estava sozinho na casa. Caminhou pelo corredor em direção ao barulho e, quando entrou na cozinha arejada, seu rosto iluminou-se com um sorriso de puro deleite. Ela era alta, pensou, e a maior parte do corpo era constituída de pernas. Macias e douradas. Aquela visão compensava em muito a falta de talento vocal. E a forma como ela se movia, com a cabeça enfiada na geladeira e os quadris balançando, circulando, proporcionava um show tão sensual que nenhum homem, vivo ou morto, reclamaria de assistir. O cabelo dela era negro como uma noite sem luar, liso como a chuva e caía até a cintura, que implorava para ser tocado pelas mãos de um homem. Ela estava vestindo o pijama mais sexy que ele já tivera o prazer de observar. Se o rosto fizesse jus àquele corpo, iluminaria sua manhã. - Desculpe-me. - Ele levantou uma sobrancelha quando, em vez de virar-se como seria esperado, ela continuou a cantar e a fuçar dentro da geladeira. - Olhe, moça, não é que eu não esteja gostando do show, mas Projeto Revisoras 10

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