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Inovação: A arte de Steve Jobs PDF

253 Pages·2011·1.833 MB·Portuguese
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Ficha Técnica © Carmine Gallo 2010 Tradução para a língua portuguesa: copyright © 2010, Texto Editores Ltda. Título original: The innovation secrets of Steve Jobs: insanely different principles for breakthrough success Direção editorial: Pascoal Soto Editor: Pedro Almeida Produção editorial: Gabriela Ghetti Preparação de texto: Margô Negro Revisão: Flávia Yacubian Capa: Osmane Garcia Filho Imagem de capa: Reuters/Lou Dematteis Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Gallo, Carmine A arte de Steve Jobs: princípios revolucionários sobre inovação para o sucesso em qualquer atividade / Carmine Gallo; tradução Carlos Szlak. - São Paulo: Lua de Papel, 2010. Título original: The innovation Secrets of Steve Jobs : Insanely Different principles for breakthrough success. ISBN 9788563066824 1. Administração de empresas 2. Sucesso 3. Sucesso em negócios 4. Tomada de decisão I. Gallo, Carmine, 2011 II. Título. Índices para catálogo sistemático: 1. Sucesso em negócios : Administração de empresas Texto Editores Ltda. [Uma editora do grupo LeYa] Av. Angélica, 2163 – Conj. 175/178 01227-200 – Santa Cecília – São Paulo – SP www.leya.com.br/luadepapel Twitter: @luadepapel_BRA / @EditoraLeya Agradecimentos A gradeço aos leitores de todo o mundo que tornaram Faça como Steve Jobs um best-seller internacional. Fiquei emocionado ao ouvir suas histórias. Espero que vocês também considerem este livro muito proveitoso. A paixão de vocês me inspira. Também sou grato a analistas como Rob Enderle e a diversos outros que endossaram o livro com entusiasmo nos seus blogs e no Twitter. John Aherne, meu ex-editor na McGraw-Hill, acreditou muito no livro desde o início. Em 2010, ele decidiu seguir seu coração e, com certeza, embarcou numa jornada maravilhosa. Obrigado por tudo, John. Todas as pessoas da McGraw-Hill são fantásticas. Vocês são uma equipe maravilhosa. Com sempre, meus agradecimentos a Ed Knappman, meu agente literário, que me aconselhou e orientou ao longo de minha carreira literária. Agradeço especialmente a Tom Neilssen e a todos da BrightSight por encontrarem oportunidades para eu compartilhar insights e conhecimentos com outras pessoas. Nick Leiber, da Bloomberg BusinessWeek, merece meu muito obrigado. Ele edita minhas colunas e partilha do meu entusiasmo. É um colaborador inestimável. Fauzia Burke, Julie Harabedian e a equipe da FSB Associates continuam a fornecer uma perspectiva estimulante e um insight único sobre o mundo sempre em transformação do marketing e da publicidade on-line. Sou grato por me ensinarem algo novo! Vanessa, minha mulher, merece um agradecimento especial, ajudando- me nas notas, na edição e na preparação do material para apresentação à editora. Minhas filhas, Josephine e Lela, são sempre uma fonte de inspiração, como todos os outros de minha família. Introdução O que o mundo precisa agora é de mais profissionais como Steve Jobs E m uma carta aberta para o presidente Barack Obama, Thomas Friedman, colunista do jornal The New York Times, desafiou Obama a criar mais empregos para profissionais ao estilo Steve Jobs. “Temos de voltar a estimular as milhões de crianças norte-americanas, não apenas as geniais, no sentido da inovação e do empreendedorismo.”1 Se quisermos mais empregos de boa qualidade, Friedman sustentou, o país deve fomentar um ambiente em que a inovação seja estimulada e possa florescer. Em resumo, o país precisará de mais pessoas como Steve Jobs, cofundador e presidente da Apple. Afinal, graças, em grande parte, ao revolucionário iPhone, um dos aparelhos mais inovadores da década, a Apple ultrapassou a Microsoft em 2010, tornando-se a empresa de tecnologia mais valiosa do mundo. É um feito impressionante para qualquer empresa e, em particular, notável para uma que começou em um quarto de hóspedes. Todos os países enfrentam diversos problemas no limiar da segunda década do novo milênio. Milhões de pessoas estão desempregadas ou perdendo suas casas; muitas vezes as duas coisas. Um em cada seis norte-americanos vive à base de vale-alimentação do governo, a educação pública precisa desesperadamente de uma reforma radical e os negócios em cada esquina do país estão lutando para manter suas portas abertas. A Grande Recessão espalha-se para diversas regiões do mundo, contagiando países que já enfrentavam economias fracas, infraestruturas saturadas, problemas ambientais e pobreza inimaginável. Na próxima década, o progresso real exigirá ideias diferentes, criativas e inovadoras. A solução é manter a inovação, afirmou Bill Gates, cofundador da Microsoft: “Nos últimos dois séculos, a inovação mais do que dobrou nossa expectativa de vida e nos deu energia barata e mais comida. Se projetarmos o que o mundo será daqui dez anos sem a inovação contínua em saúde, energia ou alimentos, o quadro será pior”.2 Na próxima década, as empresas e as pessoas devem adotar os pilares gêmeos da criatividade e da inovação. O progresso será contido se isso não acontecer, em um período da história em que o progresso é fundamental. A boa notícia é que, frequentemente, as recessões atuam como catalisadoras da inovação. Segundo Adalio Sanchez, gerente-geral da IBM, “numa situação em que temos realmente de ser criteriosos, de fazer mais com menos, isso, de fato, condiciona a necessidade da inovação e de um nível de criatividade que não teríamos em tempos normais. A maior inovação nem sempre tem de consistir em mais dólares, mas em como usar esses dólares”.3 A história demonstra que as grandes inovações foram lançadas em períodos de grave crise econômica. Um relatório da Booz & Company, de 2009, observou: “A televisão, a xerografia, o barbeador elétrico, o rádio com FM e diversos outros avanços foram produzidos durante a Grande Depressão. Empresas como a DuPont, que, em 1937, estavam gerando 40% das suas receitas com produtos lançados depois de 1930, perseguiram a inovação não só para sobreviver à Depressão, mas também para preparar o terreno para décadas de crescimento lucrativo sustentável”.4O estudo da Booz & Company constatou que os inovadores lendários foram moldados em tempos de crise. Diante da adversidade, os inovadores bem-sucedidos tiraram proveito de suas forças e agiram com coragem na procura de novas oportunidades para a criação de valor. De fato, a crise, o conflito e a necessidade parecem ser o modo natural de dizer: “Encontre um novo caminho”. Em uma visita a Paso Robles, na Califórnia, aclamada como uma das regiões viticultoras mais promissoras do mundo, entrei em um estabelecimento vinícola com um expositor de pedras sobre o balcão. “O que são essas pedras?”, perguntei. “São amostras de pedras calcárias que compõem o solo da região”, a mulher respondeu com orgulho, enquanto servia amostras do premiado zinfandel da vinícola. “Para sobreviver no solo cascalhento, as raízes da vinha precisam trabalhar arduamente para alcançar a água. Por isso, os cachos apresentam sabores mais intensos e, como qualquer vinicultor sabe, os grandes vinhos começam com grandes frutos.” As crises são desconfortáveis, mas, sem dúvida, a mesma força que age nas vinhas também está trabalhando sua magia em uma geração inteira de empreendedores. Nos últimos dois anos, recebi centenas de e-mails de homens e mulheres que perderam seus empregos, mas que consideram a situação uma oportunidade de seguir suas paixões e criar algo novo e inovador. Para o Wall Street Journal, uma quantidade cada vez maior de recém-formados do ensino superior, diante de um mercado de trabalho hostil, decidiu abrir mão completamente do caminho corporativo criando suas próprias empresas. Constata-se que os membros da Geração do Milênio – frequentemente descrita como insolente, mimada e impaciente – estão criando empresas importantes em um ritmo sem precedentes. Não ficaria surpreso se daqui a dez anos descobrirmos que a década perdida foi realmente a década que inspirou inúmeros novos produtos, serviços, métodos e ideias. Em cada canto do mundo, enfiados em garagens, cubículos, laboratórios e salas de aula, uma nova onda de inovadores está trabalhando em novidades em tecnologia, saúde, ciência e meio ambiente. “Nosso medo pode ser nossa salvação”, escreveu Rick Hampson, em um artigo do USA Today. “Frequentemente, os norte-americanos desconfiam que enfrentam o pior dos tempos e, em consequência, esforçam-se arduamente para tirar o máximo dele. Quer seja o lançamento do Sputnik, em 1957, a queda de Saigon, em 1975, ou o desafio econômico do Japão, na década de 1980, há essa convicção persistente de que nossos melhores dias ficaram para trás... No entanto, a suposição dos norte-americanos de que estão à beira do precipício é aquilo que nos salva. Em vez de subestimar os desafios, reagimos de forma intensa. Em um mundo competitivo, é a chave do nosso sucesso.”5 A inovação é necessária para tirar o país do desânimo. Ideias grandes, ousadas e criativas para reviver e rejuvenescer países desesperados, empresas batalhadoras e carreiras estagnadas. Quem melhor do que Steve Jobs, o “presidente de empresa da década”, de acordo com a revista Fortune, para fornecer o roteiro? Em outubro de 2009, a McGraw-Hill lançou The presentation secrets of Steve Jobs: how to be insanely great in front of any audience [Faça como Steve Jobs – e realize apresentações incríveis em qualquer situação]. Rapidamente, o livro se tornou um best-seller internacional. No entanto, uma coisa engraçada aconteceu no caminho para o topo. O título começou a aparecer em listas de best-sellers ao lado de sucessos lendários e livros de autoajuda, tais como O segredo, de Rhonda Byrnes, e Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes, de Stephen R. Covey. Os leitores começaram a compartilhar histórias de como mudaram suas abordagens nas suas empresas e nas suas carreiras como resultado do que aprenderam no livro. Em um artigo para o site Java World, uma jornalista escreveu que decidiu ler o livro para melhorar suas habilidades nas apresentações, mas descobriu sugestões que eram capazes de ajudar gerentes de TI e diretores de informática a se tornarem líderes melhores. Fiquei satisfeito com o feedback. Sem dúvida, o livro tinha impactado leitores que estavam buscando ferramentas de sucesso que iam além da realização de apresentações melhores. Você está lendo um livro que faz companhia a Faça como Steve Jobs. Embora este livro aborde a importância da comunicação (a inovação não significará nada se você não conseguir empolgar as pessoas sobre ela), o conteúdo vai muito mais fundo nos princípios que orientaram Steve Jobs durante boa parte de sua vida, ou seja, lições que o ajudarão a desencadear seu potencial nos negócios e na vida. Antes de analisarmos os princípios que tornam Steve Jobs um dos inovadores mais bem-sucedidos do mundo, devemos concordar com a definição de inovação que se aplica a todas as pessoas, independentemente do cargo ou função: presidentes de empresa, gerentes, funcionários, cientistas, professores, empreendedores e estudantes. Em uma frase: a inovação é um novo modo de fazer coisas que resultam em uma mudança positiva. Isto é, melhora a vida. “Há uma concordância geral de que a inovação é a melhor maneira de sustentar a prosperidade econômica”, disse-me o economista Tapan Munroe. “A inovação incrementa a produtividade, e a produtividade aumenta a possibilidade de renda maior, lucros maiores, novos empregos, novos produtos e uma economia próspera. Uma vez que abrimos as cortinas para a economia mundial, vemos a luz do sol. Não está tudo nublado. Precisamos transformar ideias inteligentes, que enfrentam e lidam com problemas reais, em produtos e serviços que todos desejam.”6 Munroe, junto com Gates e Friedman, acredita que a inovação deve ser nosso mantra. “A inovação é um conceito amplo”, afirma Munroe. “Há inovação com ‘i’ minúsculo e inovação com ‘i’ maiúsculo. O ‘i’ maiúsculo envolve coisas como a invenção da internet, do motor a combustão interna e do código de barras. Contudo, a inovação também inclui melhorias pequenas e contínuas, que o ajudam a conduzir melhor sua vida, a fazer seu negócio crescer ou a melhorar o produto ou a produtividade da sua empresa.”7 Essas pequenas inovações ocorrem todos os dias e melhoram a vida de todas as pessoas. “Os hábitos consagrados são uma receita para o desastre”, escreve Curtis Carlson, no livro Innovation. “A capacitação profissional tradicional não é suficiente para a adaptação e o sucesso no mundo empresarial turbulento; também devemos ter habilidades de inovação novas. Se soubermos como criar valor para o consumidor, independentemente do nosso empreendimento específico, teremos uma chance muito maior de ter sucesso e de permanecer empregáveis em nossos anos úteis de trabalho. Caso contrário, podemos nos tornar obsoletos.”8 Para Carlson, não importa se temos uma formação avançada em ciência aeroespacial ou se somos capacitados como analista financeiro, contador ou corretor de seguros; nossa expertise deve se adaptar ao mundo novo. E adaptar-se significa maneiras novas e criativas de considerar problemas existentes e potenciais. A criatividade exige trabalho. “A inovação não é algo que você faz uma vez e, em seguida, senta-se e relaxa”, afirmou Munroe. A inovação é um compromisso com a melhoria contínua da parte de todos. Ele apresenta o seguinte exemplo: “Consideremos um pequeno escritório de consultoria, que oferece previsões econômicas. A primeira coisa que faria se quisesse realmente ser inovador seria oferecer serviços que levam em conta suas forças máximas. Se o meu serviço for igual ao de cinco outros escritórios da minha região, inovaria me diferenciando nas seguintes áreas: ofereceria um melhor serviço ao cliente, uma qualidade superior de pesquisa, mais serviços exclusivos, melhor comunicação (mais transparente) e material mais amigável ao usuário, que os clientes podem utilizar para agir. Munroe formula uma pergunta que nos diferenciará: “Como posso ajudar meus clientes ou consumidores a serem mais eficazes?”. “Descobrir uma resposta para essa pergunta é inovação”, afirma Munroe.9 Para diversas empresas e indivíduos, repetir os mesmos processos que desencadearam o colapso financeiro global simplesmente levaria ao mesmo resultado. Integrar a inovação ao nosso DNA significa aplicar o mantra da Apple ao nosso negócio, à nossa carreira e à nossa vida: Think different [Pense diferente]. Se nossos produtos não conseguirem empolgar os compradores, precisaremos pensar diferente sobre como revigorar nossas ofertas. Se nossas vendas estiverem despencando, precisaremos pensar diferente acerca de melhorar a experiência do consumidor. Se trocarmos constantemente de emprego, precisaremos pensar diferente acerca da administração da nossa carreira. Pensar mais como Steve Jobs pode ajudar as empresas e os educadores. “Nos Estados Unidos, a educação pode utilizar uma grande dose de inovação”, escreveu Robert Kiyosaki, autor de Pai rico, pai pobre. “As escolas norte-americanas precisam estudar as empresas que foram criadas por empreendedores como Henry Ford e Steve Jobs. Eles nos deram um roteiro. O sistema educacional norte-americano precisa de uma injeção de inovação, que é exatamente o que os empreendedores fazem. Precisamos de dois currículos escolares: um para empregados e outro para empreendedores... Capacitar empreendedores é diferente de capacitar pessoas para serem empregadas.”10 Este livro evitará a discussão das teorias da inovação arcanas e complexas, que estão relegadas às estantes empoeiradas da academia. “Em sua maioria, os trabalhos de acadêmicos sobre inovação são densos e complexos, pois não são escritos para leigos”, um economista me disse. “Os trabalhos são escritos por doutores e para doutores. Em diversos casos, quanto mais confusa a teoria, mais conceituados os autores ficam aos olhos dos seus colegas. Pratiquei esse jogo durante anos.” Saindo de uma recessão global, não temos tempo para jogos. Precisamos de ferramentas e princípios práticos para ajudar a liberar o potencial criativo existente dentro de cada um de nós. Os princípios que estamos prestes a aprender são simples, significativos e alcançáveis para todos os profissionais, em todos os campos de atividade: presidentes de empresa, gerentes, empreendedores, consultores, profissionais criativos, proprietários de pequenas empresas, professores, médicos, advogados, corretores de imóveis, donas de casa e, sim, doutores que realmente acreditam no emprego de suas pesquisas para melhorar a condição humana. Frequentemente, a inovação é confundida com a invenção. As duas noções são complementares, mas diferentes. O ato de inventar significa projetar, criar e construir novos produtos ou processos. A inovação começa com ideias criativas, que, no final, são convertidas em invenções, serviços, processos e métodos. Nem todos podem ser inventores, mas qualquer um pode ser um inovador. Você é dono de um pequeno negócio que teve uma nova ideia para converter visitantes em compradores? Você é um inovador. Você é um gerente que criou um novo modo de motivar seus subordinados? Você é um inovador. Você é um empreendedor que reinventou sua carreira após perder um ou mais empregos? Você é um inovador. Você é uma dona de casa que descobriu uma maneira de revitalizar a escola pública da vizinhança? Você é uma inovadora. A inovação é algo que pessoas comuns fazem todos os dias para levar vidas extraordinárias. Você conhecerá muitas delas nas páginas a seguir: homens e mulheres que estão transformando empresas, comunidades e vidas, inovando ao estilo Steve Jobs. O estudo da inovação também pode manter sua mente aguçada. Os cientistas estão descobrindo que, à medida que envelhecemos, aquilo que sabemos em nossos cérebros não desaparece; simplesmente se perde nas dobras dos nossos neurônios. Conforme o cérebro envelhece, ele melhora na visualização do quadro global. Para os cientistas, o truque é manter as conexões em ignição. De acordo com os especialistas, o melhor modo de agitar as sinapses é nos expormos a pessoas e ideias diferentes, que desafiam nossa maneira de pensar. Talvez Steve Jobs, com 19 anos, tivesse a ideia certa quando deixou os subúrbios arborizados da Califórnia para passear de mochila pela Índia com seu amigo Daniel Kottke. A viagem fez Jobs questionar muitas das ilusões que ele tinha acerca de terras exóticas: “Foi uma das primeiras vezes que comecei a

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