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Iniciacao a Filologia e a Linguistica Portuguesa PDF

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GLADSTONE CHAVES DE MELO INICIAÇÃO À FILOLOGIA E À LINGÜÍSTICA PORTUGUESA n EDITORA UJ AO LIVRO TÉCNICO r r lin güística e filo lo g ia Coordenação geral do Prof. Carlos Eduardo Falcão Uchôa ESTUDOS GERAIS 1) ISMAEL DE UMA COUTINHO Gramática História 2) SERAFIM DA SILVA NETO História do Latim Vulgar — (Introdução do Prof. Rosalvo do Valle) 3) J. MATTOSO CÂMARA, Jr. Contribuição à Estilística Portuguesa 4) J. MATTOSO CÂMARA, Jr. Introdução às Línguas Indígenas Brasileiras 5) SÍLVIO ELIA Orientações da Lingüística Moderna 6) SILVIO ELIA Preparação à Lingüística Romênica ESTUDOS MONOGRÁFICOS 1) RAIMUNDO BARBADINHO NETO Sobre a Norma Literária do Modernismo — Subsídios para uma Revisão da Gramática Portuguesa 2) WALTER DEC ASTRO Metáforas Machadianas — Estruturas e Funções — Co-edição com o IN L/MEC 3) J: MATTOSO C/ Ensaios Machadi 4) CARLY SILVA Para uma Visão i 5) JESUS BELO G. Subconsciência < TRADUÇÕES 1) R.H. ROBINS Pequena História da Lingüística — (Tradução do Prof. Luiz Martins Monteiro de Barros) 2) JEANNE MARTINET Da Teoria Lingüística ao Ensino da Língua — (Tradução da Prof? Yara Pinto Demétrio de Souza) ISBN 85-215-0053-X EDITORA AO LIVRO TÉCNICO INICIACÃO À FILOLOGIA E À LINGÜÍSTICA PORTUGUESA OBRAS DO AUTOR Dicionários Portugueses. Rio de Janeiro, 1947. (Esgotado) Iracema / de José de Alencar /. Edição crítica, com introdução, notas e apêndice, por Rio de Janeiro, INL, 1948. (Esgotado) A Língua e o Estilo de Rui Barbosa. Rio de Janeiro, Org. Simões, J950. (Esgotado) Rui Barbosa. Textos escolhidos. Rio de Janeiro, Agir, 1962. (Col. Nossos Clássicos, 67) Novo Manual de Análise Sintática; racional e simplificada. 3. ed. / rev. e melhora­ da / 2. tiragem. Rio de Janeiro. Liv. Acadêmica, 1971. Alencar e a “Língua Brasileira”. 3. ed. / acrescentada de “Alencar, Cultor e Artí­ fice da Língua” /. Rio de Janeiro, CFC, 1972. Os Lusíadas / de Luís de Camões /. Estabelecimento do texto, introdução e primei­ ra coordenação por Vários comentadores. Coordenação final de Sílvio Elia. Edição comemorativa do quarto centenário da publicação do Poema. Rio de Janeiro, MEC, 1972. Quincas Borba j de Machado de Assis /. Edição crítica, com introdução, notas, aparato e registro filológico, por São Paulo, Melhoramentos, 1973. Origem, Formação e Aspectos da Cultura Brasileira. Lisboa, Centro do Livro Bra­ sileiro, 1974. (Distribuidor no Brasil: Liv. Padrão, Rio de Janeiro) A Língua do Brasil. 3. ed. / atualizada /. Rio de Janeiro, Fundação Getulio Vargas, 1975. Le Sens Profand de IVuvre de Machado de Assis. Louvain, Centre d’ Études Portugaises et Brésiliennes, 1975. Alphonsus de Guimaraens. 3. ed. / melhorada /. Rio de Janeiro, Agir, 1976. (Coleção Nossos Clássicos, 19) Ensaio de Estilística da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Padrão, 1976. Gramática Fundamental da Língua Portuguesa. 3. ed. / melhorada /. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1978. GLADSTONE CHAVES V DE MELO (Da Faculdade de Letras da UFRJ, do Instituto de Letras da UFF Niterói, e da Academia Brasileira de Filologia) INICIAÇÃO À FILOLOGIA E A LINGÜÍSTICA PORTUGUESA Coleção coordenada por CARLOS EDUARDO FALCÃO UCHÔA (Universidade Federal Fluminense) 0 EDITORA AO LIVRO TÉCNICO À MEMÓRIA DE MEU PAI, que me iniciou na escola do Dever e que me ensinou a amar a língua portuguesa. À MEMÓRIA DE MINHA MÃE - exemplo de Mulher Forte da Escritura que me incutiu o respeito e a busca dos Verdadeiros Valores. EDITORA AFILIADA Copyright © 1981 by Gladstone Chaves de Melo, Rio de Janeiro, RJ/ Brasil Todos os direitos reservados e protegidos por Ao Livro Técnico Indústria e Comércio Ltda., pela Lei 5.988 de 14/12/)973. Proibida a reprodução parcial ou integral por quaisquer meios mecânicos, xerográficos* fotográficos etc., sem a permissão por escrito da editora. 1* Edição - 1981 ISBN 85-215-0053-X As opiniões contidas nesta obra são de responsabilidade exclusiva do autor. CIP - Brasil. Catalogação-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros. RJ. Gladstone Chaves de Melo. M478i Iniciação à filologia e à lingüística portuguesa / Gladstone Chaves de Melo. - Rio de Janeiro : Ao Livro Técnico, 1981. (ColeÇão Lingüística e filologia) Bibliografia. 1. Filologia portuguesa. 2. Lingüística. I. Título. III. Série. CDD - 469 81-0077 % CDU- 806.90 0EDITORA AO LIVRO TÉCNICO FILIAL SP TReula.: S(0á2 F1r)e 5ir8e0, -41016 8S ãoF aCxri:s(0tó2v1ã)o 5 8C0-E9P95 250 930-430 CRuEaP V0it1ó2r1ia0, -040806/ T4e9l6. : (S0a1l1a) 220510 -S0a0n0t9a Ifigênia AO LImIVpRreOs sToÉ eCmN ICO Rio de Janeiro RJ Brasil Fax:(011) 223-2974 São Paulo SP Brasil Tel.: (021) 580-1168 Gladstone Chaves de Melo e o bom combate pelo ensino da língua portuguesa. Quem assistiu ao nascimento deste livro em 1951 e o vem acompanhando até hoje vê agora com satisfação redobrada o lançamento desta sexta edição. Tendo surgido num momento em que o ensino gramatical ainda não se benefi­ ciara amplamente da orientação lingüística, o livro veio corajosamente combater certos vícios em que incorriam até alguns professores ilustres, em respeito a essa mal entendida tradição gramatical. Vigorava, com a maior pujança, um rol de regrinhas gramaticais, nem sempre bem elaboradas, que alunos de ensino médio e candidátos a concursos deveriam memorizar para aplicação em exercícios ou em textos para corrigir. E diga-se a bem da verdade que não faltavam nessa época excelentes manuais (excelentes até hoje) que transmitiam a boa doutrina gramatical. Então, este livrinho apologético, escrito “para defender os métodos, o espírito e as conclusões da Filologia Portuguesa Contemporânea” pregava veementemente a adoção de procedimentos metodológicos hoje pacíficos (citação precisa, escolha do texto fidedigno. . .), bem como inculcava noções lingüísticas fundamentais: erro e acerto em linguagem, diversidade de usos lingüísticos, norma gramatical, etc, noções que as boas gramáticas atuais apresentam como preliminares indispensáveis. A Iniciação foi, portanto, uni' livro de vanguarda e tem seu lugar assegurado entre os melhores compêndios que propugnaram pela renovação do ensino da língua portuguesa. Por isso, é fácil compreender a acolhida que desde logo mereceu de um grande público — sobretudo do interior do país — ávido também de atualização, que, no entanto, não podia freqüentar os raros cursos superiores de Letras então existentes. Somos testemunha dessa aceitação e das “aberturas” que o livro propi­ ciou a um sem-número de professores que freqüentaram os sempre lembrados cursos da CADES. 0 livro nas sucessivas edições tem sido bem recebido e até reclamado “por professores e alunos de Letras”, como reconhece o próprio Autor, e de uma para outra vem apresentando alguma novidade para atender a seus objetivos didáticos e à indispensável atualização doutrinária. Neste ponto, reconheçamo-lo, o Prof. Gladstone Chaves de Melo procede sempre com extrema discrição, para não cometer o vezo de enveredar por alguns caminhos que sente ainda inseguros na Lingüística Contemporânea. Mas é certo que têmpora mutantur, como se dizia quando se estudava latim. Pela amplitude e variedade do material que apresenta, o livro contém assuntos sobre os quais estão de acordo os especialistas, mas contém igualmente assuntos polêmicos, sobretudo alguns mais diretamente relacionados com modernas especulações lingüís­ ticas. Seria, por exemplo, insustentável manter o conceito de Filologia e Lingüística até agora adotado pelo Autor, mesmo quando já no prefácio da quarta edição obser­ vara a “mudança de inteligência” que sofreram as duas disciplinas, sobretudo nos últimos dez anos. Nesta edição, além de alterações de vária natureza, o Autor refun- diu especialmente o primeiro capítulo, acatando o entendimento estrito de Filologia como crítica textual, sem, contudo, abandonar o sentido lato, que retoma adiante. Disciplinas cujo objeto — a língua — é ao mesmo tempo reflexo e expressão da cultura, a Lingüística e a Filologia não poderiam atravessar indenes uma época de profundas reformulações, de mudanças às vezes tão rápidas e desconcertantes, que abalam até cabeças que tínhamos por bem assentadas. Nesse turbilhão de informa­ ções que nem sempre temos tempo de filtrar através da reflexão tranqüila, contras­ tando com uma posição outrora inovadora, o Prof. Gladstone Chaves de Melo é hoje um filólogo-lingüista extremamente cauteloso, de tendências conservadoras, que faz questão de se declarar não-escravo das modas. Coerente com essa posição tem denunciado a crise da gramática, ensinada por alguns distanciada da língua, denúncia já antiga, pois na Iniciação (Diretrizes), o Prof. Gladstone tratara especificamente dos “Vícios do nosso ensino gramatical” e apontava o bom caminho em “Como se deve estudar a língua”. O que o preocupa ultimamente — e ele o disse sem meias-palavras (como, aliás, propede sempre) no prefácio da Gramática Fundamental da Língua Portuguesa — são os novos rumos que agravaram aquela crise. A transcrição é longa, mas importante porque retrata com fidelidade a atual posição do Autor: “O estudo e ensino da língua culta, da língua literária foram banidos, ante a invasão da Lingüística Geral. Em vez de aprender o vernáculo, os alunos são convidados a memorizar uma terminologia rebarbativa, abstração de abstrações fruto verde e murcho a um tempo — verde de um lado, murcho de outro — de uma Ciência da Linguagem em estado de ebulição, onde se encontram e desencontram correntes cruzadas, onde só se cuida da fala coloquial e onde se faz da língua um ser autô­ nomo, desligado do homem, da cultura, da Criteriologia (uma vez que ela pretende ser a Epistemologia de si mesma).” Compreende-se então por que o Prof. Gladstone Chaves de Melo se tem decla­ rado ultimamente “um simples professor de língua portuguesa” É claro que sua crítica se refére não à formação lingüística, necessária, indispensável — o que seria uma absurda negação de tudo quanto disse na obra — mas a uma determinada orien­ tação, que, aliás, não é unânime entre nossos professores. A Iniciação à Filologia e à Lingüística Portuguesa, pela variedade de material que apresenta, dá uma visão global de assuntos lingüístico-fllológicos tratados em nossos cursos de Letras, razão por que se constitui num prestimoso manual de que os alunos muito se beneficiarão. Aliás, sua inclusão na série Estudos Gerais demons­ tra claramente o propósito do Coordenador-Geral, Prof. Carlos Eduardo Falcão Uchôa, de manter esta coleção aberta a obras, de ontem ou de hoje, que tragam uma contribuição realmente válida para os estudos lingüísticos e filológicos entre nós. Rio de Janeiro, 7 çle abril de 1981. ROSALVO DO VALLE PREFÁCIO DA PRIMEIRA EDIÇAO São modestas as pretensões do livro que ora entregamos ao público leitor. O título diz bem do escopo que tivemos em mira ao organizá-lo e compô-lo. Trata-se de uma iniciação, de uma tomada-de-contato com uma ciência de certo modo recente, pouco mais que centenária, mas cujos consideráveis progressos se têm realizado à revelia dos homens de cultura geral, e até dos que se sentem inclina­ dos a estudos de língua ou dos que se dedicam ao ensino de português. Com todos os seus defeitos, com todas as suas lacunas e imperfeições, preten­ de este livro ser apologético: foi escrito para defender os métodos, o espírito e as conclusões da Filologia Portuguesa contemporânea, e para denunciar os charlatães, os gramatiqueiros, os obsessos do erro e da gramática de bitola estreita. Não é de hoje que vimos trabalhando por um melhor ensino e por mais racio­ nal aprendizagem deste rico e plástico idioma que nos legaram nossos maiores e em que foram compostas algumas das obras-primas da literatura universal. De alguns anos para cá, no magistério, no formalismo, em conferências e palestras, temos dado um pouco do nosso pobre èsforço, em prol da causa da língua portuguesa e da sã Filologia. As animadoras ressonâncias, o simpático acolhimento de amigos, próximos ou distantes, conhecidos ou desconhecidos, levaram-nos a meter ombros nesta em­ presa de divulgação e de proselitismo. Não nos incha a vaidade, que bem sabemos da nossa pequena estatura; mo- ve-nos o desejo sincero de prestar um serviço módico mas positivo aos nossos con­ terrâneos. Seja-nos relevado o tom com que falamos; estamos convencidos da ver­ dade da nossa posição, pelo que não pode ser outra nossa linguagem. Livro de divulgação, não se lhe vá buscar originalidade, nem as últimas e ain­ da inseguras formulações: de pessoal ele só tem o arranjo das idéias, fruto da re­ flexão, que buscou tornar mais razoável a sistematização de certos fatos. A este respeito pedimos vênia para chamar a atenção para os capítulos “A lição dos textos e as normas gramaticais”, “A língua portuguesa no Brasil”, “A classificação das palavras”, “A constituição do vocabulário”, “Da análise sintática” e “Como se deve estudar a língua”. O sumário mostra o plano da obra. É sempre o mesmo roteiro: levantar os problemas, situá-los no quadro de idéias mais gerais e conduzir o leitor na pista da verdadeira solução. É livro essencialmente didático: seja-nos permitido dizer que ele se destina aos professores de português que não puderam ter formação universitária e lutam com as deficiências, os desconcertos, os destemperos e as taras decorrentes do auto- didatismo. No Brasil, entre os alfabetizados, no sentido próprio da palavra, formam le­ gião os que costumamos chamar de “namorados da Filologia”: os homens de outras especialidades científicas, os escritores e curiosos que têm como hobby o estudo de filologices. A estes também endereçamos o presente livrinho, que lhes apontará os bons autores, os guias seguros e as rotas livres. Pedimos aos leitores que nos desculpem das repetições e dos estribilhos. En­ tendemos que fazia à finalidade da obra bater freqüente em certas teclas, repisar conceitos fundamentais, reiterar afirmações básicas. Cumpre-nos expressar de público os agradecimentos ao Prof. Souza da Silveira, que, generoso, quis ver este livro incluído nas Publicações do Centro de Estudos de Língua Portuguesa. Aliás, muito devem estas páginas e seu autor à sólida orientação, aos sábios conselhos, às judiciosas e finas observações, à crítica serena e lúcida, à arguta exe­ gese, às lições discretas e multiplicadas, de que nos temos beneficiado em dez anos de afetuo&i convivência com o venerando mestre das Lições de Português. Por fim, cabe-nos declarar que receberemos como gratíssimo favor as obser­ vações, sugestões e principalmente as correções que caridosamente nos queiram enviar os entendidos. Rio, na festa da Natividade de Nossa Senhora, 8 de setembro de 1949. % G.C.M.

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