II CONGRESSO EXTRAORDINÁRIO DA UNITA JAMBA SET 89 JQ 3651 A98 0552 1989 D S R E O I F R N RA A B T P S L INSTITUTID ) A NOSSA CAPA Jamba é elefante. O bastião da Resistência angolana e capital da Liberdade não se chama Jamba por mero acaso. A região em que está situada constitui, é verdade, habitat privilegiado daqueles corpulentos mamíferos. Por isso, Jamba é, também , sinónimo de resistência, força, determinação. Com os elefantes firmámos um pacto de não agressão. Estabelecemos a co-habitação. E fizémos deles um símbolo vivo da nossa firmeza no combate por umaAngola Livre e Democrática combate em que se insere o II Congresso Extraordinário da UNITA. Ilusão Nocional pore : Puoliadenie Coursemo ta hoolinan's Total de Apple ( 2nd eller : Joculo,Angelo II CONGRESSO EXTRAORDINÁRIO DA UNITA JAMBA SET° 89 * * * * COMANDANTE RESO CORDIARC O Presidente da UNITA, Dr. Jonas Malheiro SAVIMBI ao usar dapalavra na abertura do II Congresso Extraordinário 3 JAMBA, BASTIÃO DA RESISTÊNCIA CAPITAL DA LIBERDADE NaJamba,bastiãodaResistência,capital daLiberdade,realizou-se,nos dias 26, 27 e 28 de Setembro de 1989, o II Congresso Extraordinário da UNITA, um Congresso inteiramente dominado pela procura, uma vez mais, de caminhos de dignidade conducentes à Paz e à Reconciliação Nacional. Gbadolite,a 22 deJunho do anoem curso, constituiu o dealbar de uma esperança nova esperança morta quase à nascença pelas posições monolíticas eintransigentes do MPLA /PTqueem manifesto desrespeito ao espíritosubjacente àquela Declaração, continuou, porumlado, a insistirnas suas teses irrealistas de exílio do Dr. Jonas Savimbi, integração da UNITA, amnistiadosseusquadrose,poroutro,deucontinuidade àsacçõesdeguerra de que Munhango, Cuito,Yonde e Mavinga são apenas alguns dos muito tristes exemplos que se poderiam citar. OCongressoquereuniu trêsmil DelegadosoriundosdetodooPaís(em representação das FALA, LIMA, JURA, UREAL, SINTRAL, Comités Regio nais, Comités Locais, Cultos Religiosos, etc.) foi chamado a pronunciar-se sobre uma longa série de questões pertinentes e actuais , todas, como ficou dito, relacionadas com o processo de Paz, entravado pelas declarações de Harare e Kinshasa -- recuos manifestos e deliberados, relativamente ao primeiro passo dado em Gbadolite. Foi inequívoca a resposta dada às manobras urdidas pelo MPLA/PT, -- como adiante se documenta. O II Congresso Extraordinário para além de manifestar de forma clara e vibrante o seu total e incondicional apoio à Direcção da UNITA com o firme repúdio de "exílios," "integrações", "clemências", "amnistias" etc., foi categórico na aprovação do Plano de Paz que constitui mais uma transpa rente manifestação do nosso sério empenhamento na reunificação do Povo Angolano e na edificação de uma Angola verdadeiramente Livre, Democrática, Pluripartidária. 4 OPlanodePaz,especificadonoInformeaoCongresso,publicadomais adiante,contempla,nosseuscincopontos,cessar-fogo,conversaçõesdirectas com o MPLA / PT, libertação de todos os presos políticos sob supervisão da Cruz Vermelha Internacional, um governo de Unidade Nacional e de TransiçãoqueterácomotarefaprioritáriaaRevisãoConstitucionaleacriação de condições para a realizaçãode Eleições Livres e Democráticas. PorsobreoCongressoenãoobstanteas durascríticas de queoMPLA/ PT foi alvo, pairou, sempre, a preocupação de levar os seguidores do Go verno de Luanda a entender a necessidade de diminuir a influência estrangeira nas negociações. Aos três mil Congressistasjuntaram-se sessenta convidados de vários países dos continentes Africano, Europeu e Americano. Verificada a impossibilidade material de fazer desta publicação um repositório fiel e exaustivo do que foi este II Congresso Extraordinário, manifestação vibrante e grandiosa da firmeza e determinação do Povo Angolano, optámospeloregisto de alguns dos seus momentos mais signifi cativos. Apenas de alguns. COMANDANT v AlgunsdosdelegadosaoIICongressoExtraordináriosãocompanheirosdoDr.JonasSavimbidesdeosidosde 1966,quando,noMuangai,a UNITAganhoucorpoemodelouaalma 5 1 Asmulheresestiveram largamenterepresentadasnoIICongressoExtraordinário.Elassão,deresto,presença constanteeactuanteemtodasasestruturasdomovimento C O O Presidente da Mesa do Congresso e Secretário Geral da UNITA, General MiguelN'Zau Puna,deu inícioaos trabalhoscom uma brevesaudaçãoaoscongres sistaseconvidados.Disseda importânciadequeserevestia,paraofuturoda UNITA edoPaís,esteIICongresso Extraordinário,convocadoemmomentodelicadoda vida Angolana edeu, em seguida a palavra ao Presidentedo Movimento e Alto Coman dantedas FALA, General de Exército Dr. Jonas Malheiro Savimbi: COMUNICAÇÃO DO PRESIDENTE DA UNITA Membros da Direcçãodo Partido, Membros do Comando Superior das Forças Armadas, Membros dos Comités de Base da nossa Organização, Membros da LIMA, da JURA, da UREAL e do SINTRAL, Ilustres Visitantes, Caros compatriotas, Antes de mais, quero agradecer o vosso empenho em terem vindo de longe, para participar no debate que nós consideramos importante – num tempo que nos diz profundamente respeito, e em que o tema principal será como conseguir a Paz para Angola. 7 Sabemos quealguns devocêsmarcharam durantedoismeses, denovo a palmilharo nosso martirizado País. O sacrifício consentido com a consciência de que contribuimos para a materializaçãodascondiçõesdePazparaonossoPaís,éumsacrifícioquenos marca como patriotas. Já tivemos seis Congressos Ordinários e um Extraordinário, desde a fundação da UNITA, a 13 de Março de 1966. Este II Congresso Extraordinário que vai tratar unicamente da questão da Paz, consideramo-locomooculminardasactividadesdelutapara alibertaçãodo nosso País. Todos aqui presentese, sobretudo, aqueles queseguiram odesenrolar dosacontecimentosdesdeJunhodesteano,sabemqueaConferênciaCimeira deGbadolite suscitounoPaísenomundoasmaioresesperançasegrande ex pectativa. E se o conteúdo da Conferência de Gbadolite fosse o mesmo de Harare e de Kinshasa, nós não estariamos aqui hoje . Os Homens e Mulheres doMovimento do 13 deMarço, acham -se com direitos indiscutíveis e indisputáveis de usarem da palavra quando se trata da questão da Paz. Porque esses Homens e essas Mulheres do 13 de Março, sacrificaram -se durante 23 anos em prol da Liberdade e da Democracia em Angola. BARÓMETRO DA NOSSA TENACIDADE Alguns desses companheiros que se encontram aqui, que desde a primeira hora aderiram à filosofia da UNITA, constituem para nós todos o barómetro da nossa tenacidade, do nosso firme propósito de servir a Pátria. Soldados e civis dessa estirpe não podem caber no MPLA -Partido do Trabalho nem nas FAPLA, criadas a 1 de Agosto de 1975, quando as FALA já tinham9 anos de existência. A UNITA e as nossas Forças Armadas, todos de braço dado, temos vindo a trabalhar debaixo de uma pressão indizível: -Pressãointerna,porquepressentimosasagitacõesqueavidapolítica do nosso País iria sofrer. Por isso mesmo, temos de reconverter todos os quadros militares em quadros políticos, o que não é fácil. —PressãomilitardosnossosIrmãosdooutroladoquenuncadeixaram de a exercer; e, mais grave ainda, pressões dos nossos aliados para aceitar mos certas fórmulas que não nos dizem nada. Nemporissonosdeixamosesmagar.Li,hádias,umlivrodeumpolítico 8