Frans Leonard Schalkwijk Igreja e Estado no Brasil Holandês ( 1 6 3 0 a 1 6 5 4) Frans Leonard Schalkmjk Igreja e Estado no Brasil Holandês (1630 a 1654) 3a edição revista Por ocasião do quarto centenário do nascimento do Conde João Maurício de Nassau - Siegen (1604*1679), governador do Brasil Holandês (1637*1644) Igreja e Rstado no Brasi, ndés (1630 a 1654) — Copyright © 2004 Frans Leonard Schalkwijk. Primeira edição em português publicada em 1986 pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco do Governo do Estado de Pernambuco (FUNDARPE; Coleção Pernambucana, II 25). Segunda edição em português publicada em 1989 pela Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, SP. F.dição em inglês publicada em 1998 pela editora Boekencentrum, Postbus 29, 2700AA Zoetermeer, Holanda (Coleção MISSION 24). 3a edição em português (revista) Editora Cultura Cristã - 2004 3.000 exemplares Formatação Rissato Leitura de provas Claudete Agua de Melo e Patrícia Zagni Capa Idéia Dois Design, com ilustração do Palácio Friburgo, construído pelo Conde de Nassau em 1641-1642, no extremo norte da Cidade Maurícia (Recife novo). Desenho de Frans Post. Publicação autorizada pelo Conselho Editorial: Cláudio Marra (Presidente) Alex Barbosa Vieira André Luís Ramos Mauro Fernando Meister Otávio Henrique de Souza Ricardo Agreste Sebastião Bueno Olinto Valdeci da Silva Santos Schalkwijk, Frans í.eonard, 1928- S29”i Igreja c Hstado no Brasil Holandês (1630 a 1654) / Frans Í.eonard Schalkwijk. — Sào Paulo : Cultura Cristã, 2004. p. ; 16 x 23 cm. isbn 85-86886-60-2 1. História da Igreja - Brasil 2. História do Brasil - Domínio holandês, 1624-1654 3. hvangelização 4. Ação social e política I . Título. <i)D - 21.ed. - 2"8.1 € CDiTonn cuiTunn crista Rua Miguel Teles Jr., 394 - 01540-040 - Cambud - São Paulo - SP C. Postal 15.136 - 01599-970 - São Paulo - SP Ligue grátis: 0800-141963 - fone (0**11) 3207-7099 fax (0**11) 3209-1255 - www.cep.org.br - [email protected] Superintendente: Haveraldo Ferreira Vargas liditor: Cláudio Antônio Batista Marra A visão cristã da História é otimista: o esforço humano vem de Deus e vai para Deus; mas é realista: nenhum reino humano será isento de sombras e fraquezas. João Camilo de Oliveira Tôrres, História das Idéias Religiosas no Brasil. Nós, porém, segundo a Sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça! Segunda Epístola do Apóstolo Pedro 3.13. Maranata! Vem, Senhor Jesus! 1 Coríntios 16.22; Apocalipse 22.20. AOS MEUS MESTRES Meus queridos pais *Leonard Theodoor Schalkwijk e *FokjelinaTrijntje Schalkwijk-Bloemendaal Meus queridos sogros *Gerrit Hanskamp e * Adriana Hanskamp-Rijsdijk Minha tia querida *Eelkje Zijlstra-Bloemendaal Minha querida esposa Margrietha Johanna Maria Schalkwijk-Hanskamp tt] |a.apyapiTr| òyaTiriTri Nossos queridos filhas e filhos genros e noras, netos e netas, bisnetas. Mestres em Bíblia *Simon Wasserzug e *G. Wasserzug-Traeder Mestres em Missões *J.H. Bavinck e *J. Verkuyl Mestres em Servir *Nicanor Schumacher e * Heinz Neumann Mestre da Historiografia Pernambucana * José Antônio Gonsalves de Mello. Ao Mestre dos mestres por excelência o nosso querido SENHOR JESUS CRISTO. (* in memoriam; Provérbios 10.7a) Sumário Prefácio ................................................................................................................13 Introdução ...............................................................................................................15 PRIMEIRA PARTE: BRASIL E HOLANDA.......................................................21 Capítulo 1 Brasil....................................................................................................23 1.1 Brasil Luso............................................................................................................23 1.2 Brasil Ibérico........................................................................................................26 Capítulo 2 Holanda..............................................................................................29 2.1 Movimento Reformista.......................................................................................30 2.1.1 Os Países Baixos...............................................................................30 2.1.2 Perseguição.........................................................................................32 2.2 Guerra dos Oitenta Anos (1568-1648)...........................................................34 2.2.1 Guerra..................................................................................................35 2.2.2 Paz.......................................................................................................37 2.3 Igreja Cristã Reformada ..................................................................................39 2.3.1 Crescimento de uma Igreja Nacional..........................................39 2.3.2 Puritanismo Holandês......................................................................42 2.4 Ética Econômica................................................................................................44 2.4.1 Capitalismo, Filho do Calvinismo?................................................45 2.4.2 Capitalismo Refreado pelo Calvinismo........................................46 2.5 Companhia das índias Ocidentais..................................................................50 2.5.1 Organização.......................................................................................51 2.5.2 Bahia (1624-1625)............................................................................55 Capítulo 3 Brasil Holandês...............................................................................59 3.1 Invasão e Resistência (1630-1636)................................................................59 3.2 Expansão e Resignação (1637-1644)............................................................64 3.2.1 João Maurício de Nassau-Siegen.................................................65 3.2.2 Expansão Geográfica......................................................................68 3.2.3 População............................................................................................71 3.2.4 Governo...............................................................................................75 3.2.5 Cultura.................................................................................................77 8 Igreja e Estado no Brasil Holandês - 1630-1654 3.2.6 Economia.................................. 82 3.2.7 Religião..................................... 83 3.3 Expulsão e Restauração (1645-1654) . 84 SEGUNDA PARTE: IGREJA E COLÔNIA 91 Capítulo 4 Organização Eclesial............................................................. 93 4.1 Igreja Local.................................................................................................. 93 4.1.1 Igreja da Conquista................................................................... 93 4.1.2 Consistórío................................................................................... 96 4.1.3 Templo.......................................................................................... 100 4.1.4 Culto.............................................................................................. 104 4.1.5 Trabalho........................................................................................ 109 4.2 Igreja Nacional............................................................................................. 110 4.2.1 Atas de Concílios Eclesiásticos.............................................. 111 4.2.2 Presbitério (ou classe).............................................................. 116 4.2.3 Sínodo............................................................................................ 122 4.3 IgrejaInternacional ..................................................................................... 124 4.3.1 Correspondência com os Países Baixos.............................. 124 4.3.2 Correspondência com a Africa.............................................. 128 4.3.3 Correspondência com outros Países.................................... 129 Capítulo 5 Obreiros Eclesiais.................................................................... 131 5.1 Pregadores.................................................................................................... 131 5.1.1 Capelães....................................................................................... 132 5.1.2 Pastores........................................................................................ 137 5.2 Presbíteros........................................... 148 5.3 Diáconos ............................................... 153 5.4 Proponentes.......................................... 153 Capítulo 6 Trabalho Eclesial............. 159 6.1 Pobres e Diáconos............................. 159 6.1.1 Finanças Diaconais........... 160 6.1.2 Viúvas e Órfãos ................ 162 6.2 Doentes e Consoladores ................... 164 6.2.1 Função dos Consoladores . 165 6.2.2 Número dos Consoladores 169 6.2.3 Livros dos Consoladores .. 173 6.3 Alunos e Professores......................... 176 6.3.1 Ensino Primário ................. 176 6.3.2 Ensinos Médio e Superior. 179 Sumário 9 TERCEIRA PARTE: IGREJA E MISSÃO...................................................... 183 Capítulo 7 Missões Diversas..................................................................... 185 7.1 Visão Missionária........................................................................................ 185 7.1.1 Missão aos Judeus..................................................................... 186 7.1.2 Missão aos Africanos............................................................... 187 7.1.3 Missão aos Holandeses............................................................ 187 7.2 Missão aos Portugueses............................................................................ 188 7.2.1 ABíblia......................................................................................... 191 7.2.2 Catecismo de Heidelberg......................................................... 192 7.2.3 O Católico Reformado............................................................. 195 7.2.4 Outros Livros .............................................................................. 199 7.2.5 Resultado...................................................................................... 200 Capítulo 8 Missões Indígenas................................................................... 207 8.1 Brasilianos e Tapuias.................................................................................. 207 8.1.1 Preparação dos Tradutores..................................................... 207 8.1.2 População das Aldeias.............................................................. 209 8.2 Libertação dos índios................................................................................. 211 8.2.1 Infra e Supraliberdade.............................................................. 211 8.2.2 Igreja Ajuda a Libertação......................................................... 213 8.2.3 Motivação Dupla do Governo ................................................ 214 8.3 Pastores Missionários................................................................................. 216 8.3.1 Vincentius Joachimus Soler..................................................... 216 8.3.2 David à Doreslaer..................................................................... 218 8.3.3 Johannes Eduardus.................................................................... 219 8.3.4 Thomas Kemp............................................................................ 220 8.3.5 Dionísio Biscareto..................................................................... 221 8.3.6 Gilbertus de Vau......................................................................... 222 8.3.7 Johannes Apricius...................................................................... 222 8.3.8 Outros Pastores.......................................................................... 223 8.3.9 Dedicação e Confiança............................................................ 226 Capítulo 9 Missão na Paz.......................................................................... 229 9.1 Preparação (1635-1638) ........................................................................... 229 9.1.1 Estratégia..................................................................................... 230 9.1.2 Batismos....................................................................................... 232 9.2 Implantação (1638-1640).......................................................................... 233 9.2.1 Ministério de Pregação ............................................................ 234 9.2.2 Ministério de Educação............................................................ 235 9.2.3 Ministério de Literatura e Diaconia....................................... 236 9.2.4 Ministério Familiar e Governamental.................................... 236 10 Igreja e Estado no Brasil Holandês - 1630-1654 9.3 Expansão (1640-1642) .....................................................................................238 9.3.1 Ministério de Pregação...................................................................238 9.3.2 Ministério de Educação..................................................................240 9.3.3 Ministério de Literatura e Diaconia.............................................241 9.3.4 Ministério Familiar e Governamental..........................................241 9.4 Hesitação (1642-1644).....................................................................................243 Capítulo 10 Missão na Guerra.........................................................................247 10.1 Missão Ameaçada (1645)...............................................................................247 10.1.1 Expansão e Assembléia..................................................................247 10.1.2 Revolta Lusa e Cartas Tupis.......................................................249 10.2 Missão Continuada(1645-1654)....................................................................252 10.2.1 Pregação, Mensagem de Esperança.........................................252 10.2.2 Diaconia, Mão de Amor................................................................254 10.2.3 Pedro Poti, “Pilar da Fé” ...............................................................256 10.3 Missão Terminada (1654)...............................................................................258 10.3.1 Missão de Antônio Paraupaba.....................................................259 10.3.2 Missão de Antônio Vieira.............................................................261 10.3.3 Missão de João Nhanduí...............................................................262 Capítulo 11 Catecismo Trilíngüe.......................................................................265 11.1 Conflito sobre o Catecismo............................................................................267 11.1.1 Catecismo Impresso na Holanda................................................267 11.1.2 Catecismo Recebido no Brasil ....................................................268 11.1.3 Catecismo Defendido na Aldeia..................................................269 11.2 Motivos do Conflito..........................................................................................271 11.2.1 Administração da Igreja................................................................271 11.2.2 União da Igreja................................................................................272 11.2.3 Missão da Igreja..............................................................................273 11.3 Avaliação da Missão Indígena.......................................................................275 QUARTA PARTE: LIBERDADE RELIGIOSA................................................279 Capítulo 12 Liberdade Moderada para Cristãos Reformados............281 12.1 Igreja do Estado...............................................................................................281 12.1.1 Igreja do Estado no Brasil Português........................................282 12.1.2 Igreja do Estado nos Países Baixos...........................................282 12.2 Igreja do Estado no Brasil Holandês...........................................................284 12.2.1 Cooperação Eclésio-Estatal .........................................................285 12.2.2 Despesas Eclésio-Estatais............................................................286 12.2.3 Obreiros Eclésio-Estatais......................................................... 288 12.2.4 Trabalho Eclésio-Estatal................................................................290 Sumário 12.2.5 Representação Eclésio-Estatal............................................... 291 12.2.6 Alvo Eclésio-Estatal.................................................................. 298 Capítulo 13 Restrição Moderada para Judeus.................................... 301 13.1 Liberdade Religiosa Variada .................................................................... 301 13.1.1 Judeus em Portugal e no Brasil Português.......................... 302 13.1.2 Judeus na Holanda e no Brasil Holandês............................ 303 13.2 Liberdade Religiosa Moderada ............................................................... 306 13.2.1 Liberdade de Consciência Religiosa...................................... 306 13.2.2 Liberdade de Presença Religiosa.......................................... . 307 13.2.3 Liberdade de Organização Religiosa.................................... 308 13.2.4 Liberdade de Defensiva Religiosa......................................... 309 13.2.5 Liberdade de Ofensiva Religiosa............................................ 311 13.3 Liberdade Religiosa Protestada................................................................ 313 13.3.1 Protestos Econômicos.............................................................. 313 13.3.2 Protestos Religiosos .................................................................. 314 13.4 Liberdade Religiosa Tolerada................................................................... 316 13.4.1 Tolerância Reformada Nassoviana....................................... 316 13.4.2 Tolerância Reformada Holandesa......................................... 318 13.4.3 Tolerância Romana Fidalga..................................................... 320 Capítulo 14 Restrição Moderada para Católicos Romanos............ 323 14.1 Liberdade Religiosa Variada.................................................................... 324 14.1.1 Cristãos Reformados em Países Romanos......................... 324 14.1.2 Católicos Romanos em Países Reformados........................ 326 14.2 Liberdade Religiosa Moderada................................................................ 328 14.2.1 Liberdade de Consciência Religiosa...................................... 328 14.2.2 Liberdade de Presença Religiosa.......................................... 334 14.2.3 Liberdade de Organização Religiosa.................................... 338 14.2.4 Liberdade de Defensiva Religiosa......................................... 341 14.2.5 Liberdade de Ofensiva Religiosa........................................... 345 Capítulo 15 Restrição Moderada para Católicos Romanos (cont.) 357 15.1 Liberdade Religiosa Protestada............................................................... 357 15.1.1 Protestos de Vários Lados...................................................... 357 15.1.2 Protestos do Presbitério do Brasil......................................... 358 15.2 Liberdade Religiosa Tolerada................................................................... 363 15.2.1 Tolerância Reformada Nassoviana....................................... 363 15.2.2 Tolerância Reformada Holandesa......................................... 376 15.2.3 Tolerância Romana Fidalga..................................................... 380 Conclusão 381