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HISTÓRIAS DE PESCADORES PDF

154 Pages·2015·2.43 MB·Portuguese
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL- PUCRS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E MATEMÁTICA MESTRADO EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E MATEMÁTICA MAYARA DE ARAÚJO SALDANHA HISTÓRIAS DE PESCADORES: UMA PESQUISA ETNOMATEMÁTICA SOBRE OS SABERES DA PESCA ARTESANAL DA ILHA DA PINTADA - RS. Porto Alegre 2015 MAYARA DE ARAÚJO SALDANHA HISTÓRIAS DE PESCADORES: UMA PESQUISA ETNOMATEMÁTICA SOBRE OS SABERES DA PESCA ARTESANAL DA ILHA DA PINTADA - RS. Dissertação apresentada como requisito para obtenção do grau de Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Orientadora: Dra. Isabel Cristina Machado de Lara Porto Alegre 2015 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) S162h Saldanha, Mayara de Araújo Histórias de pescadores : uma pesquisa etnomatemática sobre os saberes da pesca artesanal da Ilha da Pintada - RS / Mayara de Araújo Saldanha. – Porto Alegre, 2015. 153 f. : il. Diss. (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) –Faculdade de Física, PUCRS. Orientador: Drª. Isabel Cristina Machado de Lara. 1.Cultura. 2. Etnomatemática. 3. Conhecimento (Educação). 4. Pesca. I. Lara, Isabel Cristina Machado de. II.Título. CDD 510.1 Ficha Catalográfica elaborada por Vanessa Pinent CRB 10/1297 AGRADECIMENTOS Aos pescadores artesanais da Ilha da Pintada, que aceitaram participar desse estudo, compartilhando seus saberes e suas histórias de vida, em especial à família do Sr. Mário que tão generosamente me acolheu. À colega Leticia Pimentel e seu esposo, por me guiarem até a Ilha da Pintada e pelos favores prestados. A minha estimada orientadora, Prof.ª Dr. ª Isabel Cristina Machado de Lara, pelo seu estímulo e suas contribuições. Aos demais professores e funcionários do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática, que desde o primeiro dia se dispuseram a prestar seu auxílio. A CAPES pela bolsa de estudos concedida. Aos colegas do programa pelos momentos de estudo e de confraternização, em especial àqueles que se tornaram amigos para todas as horas, como Ketlin Kroetz. Aos membros do GEPEPUCRS, pelas discussões produtivas e, sobretudo, pelas contribuições nos estudos etnomatemáticos. Aos meus pais, Vera Julia e José Luiz Saldanha, que sempre estiveram ao meu lado e me proporcionaram a oportunidade de continuar estudando. A minha madrinha, Elaine Gonçalves de Araújo, pela ajuda inestimável e por possibilitar minha permanência em Porto Alegre. Ao meu namorado, Marcelo Cosetin, pelos seus conselhos e, sobretudo, por estar sempre ao meu lado apesar dos 300km que nos separavam por alguns dias. Com vocês divido a alegria de estar concluindo essa experiência e esse estudo gratificante. A Paz Total depende essencialmente de cada indivíduo se conhecer e se integrar na sua sociedade, na humanidade, na natureza e no cosmos. Ao longo da existência de cada um de nós pode-se apreender Matemática, mas não se pode perder o conhecimento de si próprio e criar barreiras entre indivíduos e os outros, entre indivíduos e a sociedade, e gerar hábitos de desconfiança do outro, de descrença na sociedade, de desrespeito e de ignorância pela humanidade que é uma só, pela natureza que é comum a todos e pelo universo como um todo. (D’AMBROSIO, 2001, p.86) RESUMO Este estudo tem como objetivo analisar os processos de geração, organização e difusão dos saberes utilizados pelos pescadores artesanais da Ilha da Pintada, bairro pertencente ao município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Metodologicamente, trata-se de um estudo de caso etnográfico baseado em pressupostos qualitativos de pesquisa. Como subsídios teóricos são utilizados fundamentos a respeito dos termos que balisaram esse estudo: cultura; saberes; Etnomatemática. O aporte teórico estabelecido acerca do conceito de cultura tem sua base em Bauman (2012) e Geertz (2008). Uma diferenciação entre conhecimento e saber é proposta sob uma perspectiva foucaultiana de Veiga-Neto e Nogueira (2010). A Etnomatemática é considerada um método de pesquisa e suas questões são fundamentadas, principalmente, nos estudos de D'Ambrosio (2001, 2005, 2008, 2009, 2012), Knijnik et al. (2012), e Barton (1996, 2006). O material empírico constituiu-se em entrevistas semiestruturadas realizadas com três pescadores artesanais. A Análise Textual Discursiva é empregada como método de análise a partir das definições e recomendações de Moraes e Galliazi (2011). Os resultados da análise evidenciam que os saberes dos pescadores artesanais constituem um saber sensível, conforme definição de Ramalho (2011). Esses saberes têm sido gerados devido à necessidade de lidar com as distintas situações do dia a dia na pesca artesanal. Indica que a geração dos saberes não está vinculada à frequência escolar. Além disso, o processo de geração ocorre por meio das condições de possibilidades que são proporcionadas, geralmente, em ambientes familiares, estando sujeito, também, à experiência prática. Demonstra que a organização dos saberes ocorre, socialmente, em função das relações sociais e condições ambientais a que estão submetidos esses pescadores e, intelectualmente, por meio da utilização de um modo de pensar e de uma linguagem particular do grupo. Aponta que a difusão dos saberes está relacionada à otimização dos recursos da pesca bem como à industrialização dos materiais. Ademais, consta que os saberes são difundidos mediante às relações familiares e de compadrio, sendo vistos como um conhecimento patrimonial. Por fim, conclui que ser pescador implica resistir à banalização da pesca e agir de acordo com as normas e os princípios éticos acordados pelo grupo. Palavras-chave: Cultura. Saberes. Etnomatemática. Pesca Artesanal. ABSTRACT This work aims to analyze the process of generation, organization and dissemination of fisheries knowledge used by artisanal fishermen from Ilha da Pintada district located at Porto Alegre city, Rio Grande do Sul, Brasil. A methodological investigation of ethnographic case based on qualitative research assumptions is performed. The theoretical bases are founded concerning the terms which are the root of this study: culture, knowledge and Etnomathematics. The theoretical contribution about culture conception is grounded according to Bauman (2012) and Geertz (2008). The discrimination between knowledge and wisdom are proposed in a foucaultian perspective according Veiga-Neto and Nogueira (2010).The Ethnomathematics is considered a research method and its issues are primarily grounded in D'Ambrosio (2001, 2005, 2008, 2009, 2012), Knijnik et al. (2012) and Barton (1996, 2006) researches. The empiric material is composed by semi structured interviews from three artisanal fishermen. The Análise Textual Discursiva is employed as analysis method according Moraes and Galliazi’s (2011) definitions and recommendations. Analysis results evidence that the fisheries knowledge consists in a sensitive knowledge, according Ramalho (2011) definition. This knowledge has been generating through the need of dealing with distinct daily situations on the artisanal fishing. It indicates that the knowledge source conception is not subordinated to school attendance. However the generation’s process occurs according to social relations and environmental conditions which are usually provided by family environments and it also depends on fishermen’s practical experience. It is demonstrated that the knowledge arrangement occurs socially - according to fishermen social relationship and environment conditions – and intellectually – trough employing a group particular way of thinking and language. It also indicates that the fisheries knowledge dissemination is related to the fishery resources improvements as well the material industrially manufacturing. Furthermore it presents that the fisheries knowledge has been seen as a patrimonial knowledge which is disseminated through family and peer relationships. Finally it concludes that be a fisherman implies opposition to the banal fishery activity and in acting according to the rules and ethical principles that are agreed by the group. Keywords: Culture. Knowledge. Ethnomatematics. Artisanal Fisheries. ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- Ilhas do Arquipélago, Porto Alegre- RS. .................................................. 44 Figura 2- Vista área da Ilha da Pintada, Porto Alegre, RS. ..................................... 45 Figura 3- Peixe pintado. .......................................................................................... 47 Figura 4- Sede da Colônia de Pescadores Z5. ........................................................ 48 Figura 5- Codificação das unidades de significado. ................................................ 52 Quadro 1- Organização do processo de unitarização..............................................52 Quadro 2- Organização do processo de categorização inicial.................................54 Quadro 3- Exemplo do processo de categorização inicial.......................................59 Gráfico1- Frequência de unidades de significado por categoria inicial....................60 Quadro 4- Esquema da constituição das categorias intermediárias........................64 Quadro 5- Esquema de categorias iniciais, intermediárias e finais..........................67 Figura 6 - Representação da distância de nó a nó da malha. ................................. 72 Figura 7- Representação da medida mínima de três dedos e meio ........................ 72 Figura 8- Medida do malheiro em relação às malhas .............................................. 73 Figura 9 - Pescador em meio ao Rio Guaíba. ......................................................... 77 Figura 10- Localização da Ponta de Itapuã ao sul da Ilha da Pintada ..................... 78 Figura 11- Pescadores trabalhando juntos no recolhimento da rede ...................... 85 Figura 12- Lixos recolhidos com a operação Pescando Lixo 2014. ........................ 89 Figura 13- Casa derrubada pelas enchentes. ......................................................... 90 Figura 14- Medida do malheiro para entralhar quatro malhas ................................. 93 Figura 15- Boias de porongo confeccionadas artesanalmente.............................. 101 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 11 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................... 17 2.1 Cultura e etno ......................................................................................... 18 2.2 Conhecimentos, saberes e etnosaberes ................................................ 23 2.3 Etnomatemática: pressupostos básicos ................................................. 27 2.3.1 Das distintas concepções de Etnomatemática ....................................... 30 2.3.2 Do Programa Etnomatemática e sua dimensão epistemológica ............ 33 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................... 38 3.1 Do estudo de caso etnográfico ............................................................... 38 3.2 Estratégias e definições sobre a produção de dados ............................. 40 3.3 Contexto social e os participantes da pesquisa ...................................... 43 3.4 Da Análise Textual Discursiva ................................................................ 49 3.4.1 Unitarização ............................................................................................ 51 3.4.2 Categorização inicial, intermediária e final ............................................. 53 3.4.3 Produção do metatexto .......................................................................... 55 4 ANÁLISE DOS ETNOSABERES ........................................................... 56 4.1 Categorização inicial .............................................................................. 57 4.2 Categorização intermediária ................................................................... 63 4.3 Categorização final ................................................................................. 67 5 ANCORANDO OS ETNOSABERES ..................................................... 70 5.1 Geração dos etnosaberes ...................................................................... 71 5.2 Organização dos etnosaberes ................................................................ 80 5.2.1 Organização social dos etnosaberes ...................................................... 81 5.2.2 Organização Intelectual dos etnosaberes .............................................. 91 5.3 Difusão dos etnosaberes ........................................................................ 96

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sobre os saberes da pesca artesanal da Ilha da Pintada - RS /. Mayara de Araújo nove hora tinha que tacar creolina em cima. Colocar creolina.
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