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Historia do Pensamiento Chinês PDF

409 Pages·2017·115.88 MB·portuguese
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AnneCheng A maioria dos ocidentais desconhece a tradiçáo intelectual da China ou tem apenas um conhecimento parcial e reduzido de cerlos aspectos religiosos ou de uns poucos pensadores. As "cem escolas de pensamento" HISTORIA DO PENSAMENTO que floresceram há tempos nos oferecem seus frutos nestas CHINEs páginas. Quanto melhor as l conhecermos, mais fácil será a comunicação com essa grande parte da humanidade que, todavia, parece tão distante. A riqueza da história intelectual chinesa proporciona uma diversidade única que nos qndará a compreender melhor o mundo que nos rodeia. As referências ao pensamento universal da filosofia chinesa não podem continuar sendo esquecidas por mais tempo. Nesta síntese magistral - útil não somente para especialistas, mas para todos os interessados por este assunto - da evolução do pensamento chinês desde a dinastia Shang do segundo milênio antes da nossa era até o movimento de 4 de maio de 1919, que marca de vez a ruptura com o passado e a renovação deste pensamento, Anne Cheng nos oferece uma descrição riquíssima em detalhes sobre as principais etapas e as mais fortes influências que constituiram a ffi história chinesa em seus mais de quatro mil anos. 0i'J;PJ^ I A autora l Anne Cheng é doutora em chinês, Conhecer um universo cu[tura[ radicaírnente 1l professora do Instituto Nacional oucÍo requeÍ/ poÍ um íado, um espírtto paciente e um ri de Línguas e Civilizações carâter apaixonado pelo conhecimento e com rse- \ Orientais de Paris e pesquisadora de de sabel Mas, acima de tudo, requer uma ex- I no campo da história intelectual e da filosofia chinesas. Dentre as traordinâria abertura à aÍteridade, e dtsposiçáo pa- diversas obras que publicou, esta ra tÍanscen der sua autocompr eensã.o, para náo re- História do pensamento chinês já cair naquela que é a g,rande tendência ocidenta[: recebeu diversos prêmios da Academia Francesa. enxer.ctar o Oriente através de suas lentes, deco- dificá-Ío por suas estrLtturas rnentais, interpretâ- lo a partir de soLr arcabouço conceituaÍ. Esta obra, Efi da .sinóloga fra»cesa Anrre Chcng, é uma das me- lhorcs .sírr(cscs sotrrc o a.s.slnlto/ indispensáveÍ pa- Eil ra quen) (lr.rcr con'rl)rccrrder a miÍenar cultura e a lristória do Jrursarrrerrto chirrôs gue/ com mais de quÀtro rrril .rrrcls, ó urrr dos rnaiores cesouros cu[- ttrrais cl.r hrrrn.rridadc, cspecialrnente nesce mo- r'lcnto enl (lr.tc o ()cidcntc scn(e a necessidade de f sair dt"r logoccrrt risrrro dc stra herarrça Sregae aCht- r)a scr)(c a rrcccssidadc dc l)ensar o mundo de for- rrra di[crcrrtc. lx www.vozes.com.br [-* 0;a;:r \ tsBN 978-85-326-3595-2 l Umo vidq pelo bom livro I ,ililllJtrlril|[LrilLl[il vorrtlo s( r)vozos. c:ott. br t!,, §r*: ffi Anne Cheng *%q ffi ffi História do pensamento chinês Tradução de Gentil Avelino Titton Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Cheng, Anne História do pensamento chinês / Anne Cheng ; tradução de Gentil Avelino Titton. - Petrópolis, RJ : Vozes, 2008. Título original : Histoire de la pensée chinoise. Bibliografia rsBN 978-85-326-359s-2 l. Filosofia chinesa - História I. Título. 07-8168 cDD-181.11 9rr;lpy Índices para catálogo sistemático: I . Filosofia chinesa : História l8l .l I Petropolis O Édttions du Seuil, 1997 Título original francês: Histoire de la pensée chinoise Direitos de publicação em língua portuguesa: 2008, Editora Vozes Ltda. Rua Frei Luís, I00 25689-900 Petrópolis, RI Internet: http://www.vozes.com.br Brasil Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. Diretor editorial Frei Antônio Moser Editores Ana Paula Santos Matos José Maria da Silva Lídio Peretti Marilac Loraine Oleniki Secretário executivo João Batista Kreuch Editoração: Elaine Mayworm Projeto grát'ico: AG.SR Desenvolv. Gráfico Para Clara e Julia Capa:Emerson Souza Em memória de Yining ISBN 978-85-326-3595 -2 (edição brasileira) ISBN 2-02-054009-6 (ediçao francesa) Este livro foi composto e impresso pela Editora Vozes Ltda. Rua Frei Luís, I00 - Petrópolis, RI - Brasil - CEP 25689-900 Caixa Postal 90023 - Tel.: (24) 2233-900 Fax: (24) 2231-4616 Agradecimentos À semelhanÇa da tradição chinesa que ele visa apresentar, este livro dirige-se às gerações futuras tanto quanto presta ho- menagem aos mestres em cuja doutrina buscou alimento. En- tre todos os que me inspiraram o amor pelo estudo e me mos- traram o caminho, numerosos demais para serem nomeados, devo um reconhecimento todo especial a Jacques Gernet, que me deu a honra de tomar parte ativa e constante neste empreendimento: no tempo que ele gastou generosamente lendo e anotando este manuscrito, no rigor benévolo de suas observações, nos estímulos que me prodigalizou nas horas di- fíceis, reconheci aquilo qlue faz a essência de um mestre, mo- delo de erudição e de humanidade, de exigência e de tolerân- cia. Faço questão de expressar minha gratidão a Jean-Pierre Quem se ergue na ponta dos pés não se sustenta em pé Diény por sua minuciosa e enriquecedora releitura e a Léon Vandermeersch pelo apoio que desde sempre me deu sem Quem dá passos duplos não chega a andar Quem se expõe aos olhos de todos é sem luz nunca faltar. Agradeço igualmente a Catherine Despeux e Mi- chael Lackner por ter-me feito compartilhar seus conheci- Quem sempre dá razão a si mesmo é sem glória mentos. Esta aventura não poderia ter chegado a bom termo Quem se gaba de seus talentos é sem mérito sem a confianÇa em mim depositada pelas Éditlo.rr du Seuil, Quem se ufana de seus sucessos não é Í'eito para durar na pessoa de Jean-Pie Lapierre. Com Brigitte Lapierre, ele foi (Lao-tse, Tao-te king 24). meu primeiro leitor, ao mesmo tempo atento, crítico e indul- gente. A competência e à eficácia de Agnês Mathieu, de Véro- nique Marcandier Cezard e de Isabelle Creusot este volume deve sua realizaçáo e difusão. Graças à ajuda sempre sorriden- te dos responsáveis pela biblioteca do Instituto de altos estu- dos chineses, sobretudo de Nicole Resche, pude documen- tar-me nas melhores condiçóes possíveis. Como se pode ima- ginar, um trabalho de tão longo fôlego supõe da parte das pes- História do pensamento chinês soas próximas - filhos, esposo, parentes, amigos - um confor- to e uma compreensáo em todos os momentos. Cada página deste livro é habitada por sua presença. Sumário Prefácio, 13 Abreuiações, tipografia, pronúncia, 15 Cronologia,2l Introdução,23 Primeira Parte Os fundamentos antigos do pensamento chinês (II milênio - séc. V a.C.) 1. A cultura arcaica dos Shang e dos Zhou, 47 2. A aposta de Confucio no homem, 63 3. O desafio de Mo-tse ao ensinamento confuciano, 100 Segunda Parte lntercâmbios livres sob os Reinos Combatentes (séc. IV-III a.C.) 4. Chuang-tse à escuta do Tao, l2l t 5. Discurso e lógica dos Reinos Combatentes, 156 6. Mêncio, herdeiro espiritual de Confucio, 174 7. O Tao do não-agir no Laozi,20B B. Xunzi, herdeiro realista de Confúcio, 236 Sexta Parte Formação do pensamento moderno (séc. XUI-)OÇ 9. Os legistas,262 10. O pensamento cosmológico, 281 2i. Espírito crítico e abordagem empírica sob os Qing (séc. XVII-XVIII), 641 lI. O Liuro das Mutações, 301 22. O pensamento chinês confrontado com o Ocidente: época moderna (fim do séc. XVIII até início do séc. )Oq, 691 Terceira Parte Adaptação da herança (séc. III a.C. - séc. IV d.C.) Epílogo,727 12. A visão holista dos Han, 329 Biblio grafia geral, 7 3 4 13. A renovação intelectual dos séc. III-IV, 366 Índice de conceitos, 739 Índice de nomes próprios, 778 Quarta Parte A grande revolução budista (séc. I-X) Índice de obras,79B 14. Os inícios da aventura budista na China (séc. I-IV), 393 15. O pensamento chinês na encruzilhada dos caminhos (séc. V-VIJ, 420 16. O grande florescimento dos Tang [séc. VI^I-LX),443 Quinta Parte O pensamento chinês após a assimilação do budismo (séc. X-XVI) 17. O renascimento confuciano no início dos Song (séc. X-XI), 4Bl lB. O perrsarrento dos Song do Norte (séc. XI) entre cultura e princípio, 530 19. A grande síntese dos Song do Sul (séc. XII), 560 20. A mente volta a ocupar o centro no pensamento dos Ming (séc. XIV-XVI), 597 ..# Prefácio Este livro dirige-se a um público interessado, mas não ne- cessariamente especializado, tendo em mente especialmente os estudantes, cujas necessidades a autora conhece há muitos ânos paÍa assegurar um ensino universitário sobre a história do pensamento chinês. Não tem como objetivo permitir ao leitor a aquisição de um conhecimento exaustivo, aliás impossível, mas sim fornecer-lhe os meios para encontrar por si mesmo pontos de inserção e de referência, para circular liwemente num espaço vivo, numa palavra, para remar sozinho naquilo que pode parecer um oceanol. Seria sem dúvida uma ilusão pretender que se pode dizer tudo, e de uma vez por todas. A história passada do pensa- mento chinês, como toda história, deve sempre ser revista à luz do presente. Concepções que parecem comumente acei- tas são, de tempos em tempos, postas novamente em discus- são por novas descobertas ou novas pesquisas. Sobre certos aspectos ou modos de abordar, em relação aos quais a autora reconhece de bom grado sua incompetência, faz-se ampla re- ferência aos trabalhos que se impõem pela competência. Via l. Já que nosso interesse é não desestimular a curiosidade c1e leitores de- sejosos de enriquecer sua cultura, mas que náo têm necessariamente a vontade ou os meios de investir pesadamente, decidimos insistir mais nas grandes correntes do pensamento chinês, correndo o risco de deixar na sombra âspectos, impoÍtantes mas demasiadamente técnicos, que exigiriam desenvolvimentos que as climensões deste livro não permi- tem. As informações que podem interessar a leitores n-rais especializa- dos estão confinadas nàs notâs. 14 História do pensamento chinês de regra, procuÍamos multiplicar as indicações bibliográficas flimitando-se as fontes secundárias às línguas européias, com exceção do chinês e do japonêsl: elas visam sanar em parte AbreviaçÕes, tipografia, pronúncia aquilo que não deixará de aparecer como lacunas aos olhos dos iniciados e dos especialistas, e permitir, aos leitores que o desejarem, ir mais longe. Sendo a China uma civilização do livro, a maior parte das obras citadas tiveram ao longo dos séculos muitas edições. Por razões de comodidade e pensando sobretudo nos estudantes, fazemos referência, na medida do possível, a edições moder- Abreviações nas, pontuadas e mais facilmente acessíveis. Para as histórias r. : datas de reinado dinásticas, a começar pelo Shiji (Memórias históricas) de Sima SBBY: edição do Sibubeiyao, Xangai, Zhonghua shuju, 1936. Qian, a referência será à edição de Pequim, Zhonghua shuju. SBCK: edição áo Sibu congkan|Xangai, Shangwu yinshuguan, 1919-1920 (suplementos I 934-1936J. ZZJC: edição doZhuzi jicheng, Hong Kong, Zhonghua shuju, N.B. 1: As remissões internas não são às páginas, mas aos en- 1978, utilizada sempre que possível para os textos dos Reinos tretítulos dos capítulos, ou de nota a nota (neste último caso, Combatentes e clos Han. remete-se às vezes ao texto que pede a nota). N.B. 2: As notas são agrupadas no fim de cada capítulo. Tipografia Certos nomes foram dotados sistematicamente de maiús- cula inicial: Céu, Terra, Homem (este último termo é orto- grafado com maiúscula unicamente nos casos em que aparece como terceiro termo na tríade cósmica Céu-Terra-HomemJ, Meio, Clássicos, Caminho (escrito com maiúscula quando se trata do "Caminho constante" ou Tao, e com minúscula qr.ran- do equivale ao nome comum "carninho", "método"). O uso do itáLico foi reservado para as palavras e expres- sões não portuguesas [latim, inglês etc.) e para as transcrições clo chinês, com exceção de certos termos que se tornaram fa- miliares em português: Yin/Yang, Tao. Devido à abundância de homófonos em chinês, trazemos, na medida do possível, os caracteres chineses ao lado das transcrições. Em caso de dúvida, sempre é possível repor- 16 História do pensamento chinês tar-se ao índice. Única exceção: a distinção importante, mar- cada pelas maiírsculas e minúsculas/ entre LI [ordem, princí- pio) e li (ritos), sobre a qual nos explicamos no capítulo 1, nota I 4. Quanto aos nomes próprios, é preciso saber que, na práti- ca chinesa [e japonesa), o nome de família vem antes do nome pessoal fpara evitar qualquer ambigrildade, os nomes de famí- lia, sejam chinerses, japoneses ou europeus, são dados em mai- úsculas nas indicações bibliográficas). Além disso, na China MAPA clássica, e às vezes ainda hoje, os indivíduos são conhecidos por diversc-rs nornes. Resolvemos não mencionar senâo os mais usados. Pronúncia Nesta obra adotamos a transcrição chanada pinyln, a mais usada atuain-rente. Nota do tradutor: Por serem mais conhecidos entre nós por sua forma aportuguesada, adotamos a grafia portuguesa dos non-res próprios Confúcio, Mêncio, Chuang-tse, Lao-tse e Mo-tse; mas, quando se trata das respectivas obras destes últi- mos autores, mantemos a transcrição do chinês (Mengzi, Zhu- angzi, Laozi e Mozi). Também adotamos a grafia Tao em vez de Dao, transcrevendo, porém, erl pinyin os deriv:rdos dao- jia, claoxue, Llangddo etc.

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