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História de Campina Grande PDF

215 Pages·1979·96.761 MB·Portuguese
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l{ln I-IIS,_J◄·Ó ~ 'BF; c:Al\111 ...". nA '~J 1\. . , ~ EIPIDIO DE ALMEIDA (DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO) HISTÓRIA DE CAMPINA GRANDE ~Glitm.. 1C ::ricA \ ooAq~- , ~JiiY---- - ('/\Ml'lNJ\ GRANDE, l'ARAIUA I IIS OIUJ\ l>h CJ\MI INJ\ (;HJ\NDE INDICE Págs. Entradas................ .1.3. ........................................................ AldFerieag,u es.i..a...,.. ..V..i.l.a. ....... .3.5. ............................. 18.1.7. ............................................6. ..9... ......... ..................... 18.2.4. .................................. .7...9. . ......................................... 18.4.8. ................................................................ .9..7.. ............ AçuVdeel ..h...o.. ..........................................1. .0..5.. ...... ......... Açude. . N.ô.v.o. ........................1 ..1..7.. .................................. .. Cida.d..e.. .......;... ......................1 ..2..3.. .............. ..................... Pap.t.o. 139 ...:.. ..... ............................ ....................................... 1 Quebra-.Q.u.i.l.o.s. ........... 1.4.7. .............................................. Sêca d.e. . .1.8..7..7.................................... 1.5.9. ........................ Paço Mu.n.i.c.i.p.a.l. .......... 1.6.5. ............................................. CamaMruansi c(i1p8a7i7s.- .1.8.8.9.). .....1. 7.5. ..................... Alio.l.i.ç.ã.o. ......................2. .0..3.. .................. ......................... Repúb.l.i.c.a. .,.. .........................2 ..1..9.. ..... .............................. 1.CIo n sdeelI hnot en.d.ê.n.c.i.a. .......2 .2.9. .......................... 2. Conselho de Intendê2n3c3i a ........................................... . 1.-f Conselho Municipal.. 2.4.3. ............................................... 21 . Consel.h.o. . .M.u.n.i.c.i.p.a..l. 2 .5.1. .................................. Rasga-V.....a.l.e.s...............2.5.5. ............................................ . lF' e iras 269 1 t lt t tt tt tt 1t11 tt ttt t t tttt ti 1111 t t ltlt t tt I tt i t 11 ltt tt•t I t ti li ti ti li t ti li tt tit lit I t Rlelógio .d.a. ..M.a.t..r..i..z.. ...........2...7 ..9.. ............................. Cemitér.i.....o... .V.e:..l ..h..o............ .... 2.8.9. ............................. Corree iToesl é...g.r.a.f.o.s......................... 3..0..1.. ................. EnsiPnroi mário....................................... .3...0...9.... ... ........... Grêmio de. ....I..n.....s....t......r....u...ç..ã.o.. .......3..2.3. ............ h l lF''N0.<1,...l- ....a.r ... .o.d.. ...C.....'. ....................3 . .4..1.. ........... 351 íl<)ç]r)ÇOlll, , ,1cl � ···· ··· ·•• 1•-•··············· ······ ········· ···· ····· ········ d l P/\Pd1I1H:11k 1n,1,,I! iva So.d..f.. l..3l .5 .7(. 1901-19�10) lll:ll�·· ·1·····�· J·t1if!1·�l!il•ijt•·�·•i·I•·•••····•······················· 3·9·3· ··· 1 1'l J1l1c 1l1 �199 {I' , ,• • , , •,• •, ,, i , •t• , •. , ••••••,•.., ••••••.•• , •••••••••• •.,•,• ••.•.•••••• ,1 1l1n1b1 1 1i11l't .t,.. ,.. 41: """plH•• --•HUn,,. ., ............., u .., q .., Quase poderia dizer, como Câmara Cascudo, em sua HISTÒRIAD O RIO GRANDE DO NORTE,q ue este trabalho se origina em informações “menos das fontes impressas do que dos arquivos”. Alguns capítulos, os que retratam fatos locais, sem implicações com a históriad a província, representam a ressurreição dos velhos papeis perdidos nos raros arquivos da cidade, os que escaparam à sanha destruidora dos insurgentes do Quebra-Quilos e os que milagrosamente resistiram a ação do tempo, abandonados e esquecidos. Nenhuma referência feita, do começo ao fim, se baseou na tradição oral, tanto mais imprecisa e falseada quanto mais distante a época do-acontecimento. lm/mnha-se a elaboraçao dêste trabalho, sem mira a /1n111i1) mt ajuda ofiâa/, como conh"ibuição espontânea às /t.1·1i idttrles rio l° centenário da cidade, a comemorar-se em / I rle ou1u/11v de 1964. Como realizá-las com afeição e 11/i111ia sem um cade!'no descritivo do seu passado.? Sem um ti,· >oi11umto exato sôbre os homens que a fima'aram.? Sem 111111 nmrativa rios Jninr.ipais sucessos oconidos em seu /1ni!61io, desde o tem/w da fundação da aldeia, velha de 1;1111.1 1: lrêx sémlos? J\jwrece esta publicação para evitar a ttlh I, '/'/!m surµ,lrlo 11/timmnente livros sôbre a histó1ia de 1111111i f/>io. />11r1i/, 1110s. P1imeiramente o de Horácio de A//mir/.1, .1'Jhtr n·it; depois o de Uilrn11 S?i:x11s, sfJ/Jn 1rJ111/, 1/,· rll(rJI', l'l!t; rJ11/ros estr7o 1·111 Jn,t>al'o. /\ 1nmir7o dt1 / /0�11/11i/1111 /IJ// 1h1//;1Jdtr/llf'III 1'/Jroj>11.11r ' t'S'n''t'/' I ✓ lll\trJ1111:11ttl /,1 /' 1rd/J ' ✓• ! ,. () /nimeiro cojJ{/11/0 F N 1' R A D AS-tanto está b1•111 11r;11i como em r;111llr;11er narração referente ao r/1:u11s.1·111nento dos se1'/h1·.1/ >111'f1ibanos. O que anda escrito a n•speilo, j)or his101iÓ[!.l'ltjrJ.I' r/11 /J1'0Víncia e de fora, ressente ENTRADAS .\'/' rle enganos,faúeamt'JJ/0.1, rtfinnativas inexatas. Penso ter jJ/Jsto alguma ordem 111•.1.1'11 da penetração colonizado /)f//11/ n11 revendo o roteiro r/0.1· j)limeiros desbravadores,fixando Até a década de 1650 o território da capitania da Paraíba, r/11/11s, esdarecenrlo j)1'lrnd/!111i11s, salientando feitos. conhecido e explorado, restringia-se a faixa litorânea, com profundidade de algumas léguas, abrangendo quase somente fi,'.r;/Jorrei em 19.J(). Para escrever a história dos a varzea do Paraíba. Os limites eram ainda aqueles descritos ti/limos 11i11ta ano,r;, /11sr tio maior progresso de Campina por Elias Herckman, em 1639: "A Capitania da Paraíba, situada (,'l'lmrle, te1ia que frt/111· de j>essoas vivas, falar de mim ao norte de Pernambuco, é uma das principais províncias do 1r1mblm, rlitige11teq11ef11i rio 1mmidj>io em dois quadriênios, Brasil. Entre os seus limites e os de Pernambuco fica a r> r;111: 112e se1ia inc!Jmorlo 11 vexativo. Outros que of açam mais apitania de Itamaraca, que com ela confina pelo sul; ao oriente 111 !'r/1·, imju1-1Y:ialmente, rlis/>ondo riof a1to e vatiado materi o mar oceano ou mar do Norte, como os hespanhois o denomi rtl q111: está aí à mão. nam; ao norte a capitania do Rio Grande do Norte; e para o ocidente estende-se pelo sertão a dentro até onde os morado (,'am/>ina Grande, 1962. r s a quiserem povoar, o que até o presente não se observa H não até as montanhas da Copaoba11 (*). E. r/eA. Todo o sertão, do planalto da Borborema à região do Piranhas, permanecia virgem de passos de colonizadores, trilhado exclusivamente pelos aborígenes, divididos em tri bos, com localizações habitacionais distintas. A penetração sertões da Paraíba, afora algumas incursões controversas, 110s <1<'11-se na segunda metade do século XVII, por três pontos liH1a ntes e opostos: pela subida do rio Paraíba, pelas nascentes < <ln mesmo e ao longo do rio Piancó, desde suas cabeceiras, no divisor de águas com o Pajeú: afluente do médio S. Francisco. () último foi o caminho para o povoamento da parte ocidental dHc ~1pit'ania comunicando a região do S. Francisco com a bacia dn Piranhas. A êHH<' tr111po já estavam as margems do S. Francisco -15- A parte central, a do planalto da Borborema, começou 1H·11padm;, desde a foz, p<1l<>Hc riadores de gados. Na invasão H ser explorada em 1663, como prova a concessao das primei- lloland sa, fugindo ao aHHalto, foram êles subindo com seus 1·ns sesmarias. A que foi concedida em fevereiro de 1665, pelo c-11 rrais, povoando ambo:-i o:; lados. Ao completar-se a restaura Conde de Óbidos, governador geral, com sede na Bahia, tem ç·, o do nordeste, com a c•xpulsão dos últimos invasores, em t•special significação histórica. Merece ser transcrita: 1H 54, intensificou-se o movim nto pastoril na região. Dentro d<· po11co tempo cheganun os desbravadores aos pontos mais "Antônio de Oliveira Ledo, Custódio de Oliveira Ledo, Constantino de Oliveira Ledo, LuísAlbernaz, Fran i,wtr111rionais do grande rio. E passaram a penetrar nos afluen cisco de Oliveira, Maria Barbosa Barradas e o alferes k H, rumo ao norte, chegando às planícies do Piauí. Das águas Sebastião Barbosa de Almeida, todos moradores neste do S. Francisco transportaram-se às do Parnaíba. Entraram Estado, que na Capitania da Paraíba, nas cachoeiras de uns 1-wrtões de dentro. uma data que concedeu o Conde deAtouguia ao Governa A criação de gado, "essa mercadoria que se trans dor André Vidal de Negreiros, há terras devolutas que nunca foram dadas nem cultivadas por pessoa alguma; e pnrta", foi o principal esl"ímulo ao devassamento do nordeste. porquanto eles suplicantes são moradores e tem grande Outros motivos também excitaram a marcha dos sertanistas, quantidade de gados, assim vacum como cavalar, e mais co111.o o apresamento de índios, a tentação do ouro e das pedras criações para poderem povoar com toda largueza tôda a ran1H, a facilidade na obt·cnção de terras, em que se gastava terra que for útil, e,ião têm naquela Capitania terras onde possam se acomodar; e ora os suplicantes as têm des "np<•n::is p::ipel e tinta em requerimentos de sesmarias" (C. de coberto e povoado com gados de dois anos a esta parte /\b r<'1 t). O .govêrno da Metrópole favorecia e incitava o acome sem contradição alguma, e outrossim tem servido a Sua l ln w11t o dos desbravadores. Estimulava a imigração. Magestade, que Deus guarde, de vinte anos a esta parte, Para o lado da capitania da Paraíba, cujo sertão per- com grandes dispêndios de sua fazenda, e resulta conve 111:11111cia desconhecido, o caminho natural foi ao longo dos niência ao bem comum e às rendas de Sua Magestade povoar-se o sertão com toda largueza, que só é estimada 1i ni , pniH "margeando um rio não há meio de uma pessoa se do gentio indoméstico.Pedem a V. Excelência que lhes 1w1·<kr" ( . de Abreu). Na porção ocidental, transpondo os faça mercê a eles suplicantes, em nome de El-Rei Nosso 1·olo11izador s, rumo ao norte, as nascentes do Pajeú, caíam no Senhor, dar de sesmarias 30 léguas de terra a todos os vall do Piancó, estavam na região do Piranhas. Marchando referidos nesta petição, que começarão a correr pelo rio 1 1wla Borbor ma, partindo do Moxotó, alcançavam as cabecei da Paraíba acima onde acaba a data do Governador André Vida] de Negreiros e 12 de largo, com declaração que l':tM do rio Paraíba, ent-ravam nos Cariris Velhos. Seguindo de correrão para o sul, duas léguas e para o norte dez lt·nl<' p:1ra O<'SI<', p lo curso do Paraíba, em sentido inverso, 1e, g-uas... li (*) . c'l'dn !'111•g-11vam ao planalto da Borborema, à mesma zona dos { 'nril'iu. /\ lif:'nçfio cnt r mi d11mi partes, a do centro com a Aparecem aí, pela primeira vez, três nomes da família 11dd<•11tnl, clt•11-~i<• no inkio da drc-ad:1 de 1670. Fê-laAntonio de Oliveira Ledo rcq11C•1·cndo terras para o povoamento dos ser e) llvl1lrn l.1•dn, 1w1rgt•a11clo n l'io 'l'NJH'roá. Ao chegar ao fim da tõ<'~ paraibm10:;. (h; dois primeiros, Antônio e Custódio, eram vi 11wn1, 110 1·xt1·1·11rn m'!-llt• dn 1·11plt1111ia, lfi encontrou a região irmãos, o tvr1·t•iro, Constantino, era filho de Cust'ódio. Todos d"v.i•n411d:1 p111' m•1•tnt1it-1tnH li11ln1111• 1 1·111 q11r a capit,11 t•iv<'sse 1111111 l.1, (') 1h ,, 11111, 11111 111~11111, 1111, vnl XXII, i;i,11( 11' -17- -16 - Dos colonizadores que requereram as 30 léguas ao longo do rio Paraíba, em 1665, só há notícia de um que tenha Todos eram portuguêses. Como declararam os peticionários PKplorado a concessão. Foi o primeiro signatário, Antônio de que haviam descoberto as terras pedidas e as tinham "povoado com gados de dois anos", conclui-se que chegaram alguns à l) 1i vcira Ledo, casado com Isabel Pereira de Almeida, de quem Paraíba, pelo menos, em 1663. Quanto à afirmação de que l1 havia filhos. Subindo o rio, descobriu êle uma aldeia de lodios da família cariri, à margem do mesmo, no local em que serviam ao rei "dê vinte anos a esta parte", talvez só se referissem ao alferes Sebastião Barbosa de Almeida, irmão da 11 f1('rra Carnoió se fende, formando um boqueirão. Tratou de lomesticá-los, em proveito do povoamento e para não ser suplicante Maria Barbosa. 1 Incomodado na expansão pastoril imcipiemte. Viajou para isso Realmente prestara êle serviços ao Reino desde 1647 , como prova o documento assinado por D. Pedro, príncipe de 1 Pernambuco, à procura de um missionário que viesse ,·atcquizá-los. Voltou em companhia do capuchinho francês Portugal, em junho de 1670, no qual declarava que o aludido '(\ •odósio de Lucé. Aconteceu esse passo inicial da colonização peticionário, em 23 anos contínuos, como soldado, alferes e lm; Cariris Velhos em 1670, segundo narrou outro franciscano, capitão de infantaria, fôra útil aos interêsses do reino. A < princípio na luta contra os neerlandeses, "embarcando-se na l'1'l1i Martin de Nantes, que lá esteve oito meses, em auxílio ao 11l'lrneiro. Contou êle: "Jerestai huitmois seulementdanscette Armada com que o Conde de Vila Nova passou à Bahia no dito tld('c avec Pere Théodose" (*). Daí nasceu a atual cidade de ano de 1647 a desalojar os holandeses dallhadeitaparicaonde 1\ oqueirão. ficou servindo em tudo o que se ofereceu naquela praça e seu Não se deixou Antônio de Oliveira Ledo estagnar-se na rt·côncavo contra os inimigos". dckia que acabara de fundar. Espírito aventuroso, saiu O primeiro sertanista a subir o Pajeú, passando-se do S. 111:irgeando o Paraíba, passou-se para o Taperoá, desceu a FrH11ciscoparao Rio Grande do Norte, através da Paraíba, pela Borborema, entrou nas Espinharas, estacionou no lugar onde nl'la ocidental, foi Manuel Figueira de Carvalho, a dar-se ltnk s expande a cidade de Patos. Aí requereu sesmaria. c,·<•dito <'ITI informação oficial da época. No registro da patente ( 'oriolano de Medeiros, baseado em requerimento de lt-capitão de infantaria da ordenança do distrito da Ribeira do < 1·Hnrnrias, declara que a chegada às Espinharas foi em 1669, /\~·11 e Três Irmãos, a êle conferida pelo governador geral Aotfinio ele Sousa de Meneses, datada de 10 de julho de 1682, 11 que não está de acôrdo com a data fixada por frei Martin de Nr1n1 ·s. Escreveu o historiógrafo paraibano: "Ora, êste João lt- ta· (lll<' "sendo o primeiro que morando no rio S. Francisco, l '1'1Tira de Oliveira, de que fala o documento citado, é, como já d11íw111aHl &guas da dita Capitania do Rio Grande, passou com lnl mencionado, neto de Antônio de Oliveira Ledo e êste, se 11111itoH H:tclos a povoar as terras daquele distrito, fazendo nl>tt·Vc a sesmaria no começo do ano de 1670 é porque esteve pal'.t'M c·o111 o gentio bárbaro q11 impedia a povoação e cultura driq1H•l:m tv1·1·ni, donde nuncn 1<'VC comunicação com os portu 1H> Ht•rtfío no ano anlccrdente, de 1669, pelo menos'' (**). > tti'rlt't , <· 111(, OfHlomc8tico11 h c11Htr1 de grande dispêndio de sua l11~1·oda, 1111 (!IH' pr<·~tou ~ra11dt• fü11-viço a Sua Alteza. .. "(*). (•) l ll1<t11li, tl1• l I Mlij~l1111 tl11 l'.Mr11·tl11 d,• N1111t••H, ,·11p11ri11 d1• l11 l'1nvlt11•1• de• 111, h11m,•, 1 lt, 1I,111 11111• 1(1 l11plc•KHl1111. IHXH · ( ') A11 rl11 /1111 11,1h •• 1h1M1111111 rh, 1 1 ,l Ili 1lili1, 111111 IV, 11111 VI, 1i.111 :11U ("') 1(, 11 1111 111111 1111'1 ,, (1,•111{. l't11,1lh,11111, 11,11 li, r"IH :.li -18 - -19 - O que não padece dúvida é que, desde a chegada à dispêndio de sua fazenda, congrassando conosco todo o Paraíba, cm 1663, não descansou Antônio de Oliveira Ledo no gentio bárbaro de que se seguiu grande utilidade à d sbravamento dos sertões ela capitania, descobrindo terras, fazendo real por se povoarem as terras que o dito gentio domesticando índios, promovendo o povoamento . ocupava, haver-se na entrada que o Capitão-mor da dita Chegando ao conhecimento do govêrno provincial a CapitaniaAlexandre de Sousa e Azevedo mandou fazera o n1i vidade civilizadora do sertanista baiano, incumbiu-o o go sertão, com satisfação, na qual jornada sustentou a suas custas a um filho seu e a um homem da sua casa andando vernador Alexandre de Sousa Azevedo, empossado em 1678, melhor de cento e cinquenta léguas, e dando algum gado <k fazer uma entrada ao alto serfüo, em missão de reconheci para a infantaria e mais gente que foi em sua companhia, nwn 1o . Adentrou-se êle em companhia de um filho e "um sem por isso querer satisfação alguma, além de ter o dito l1omcm de sua casa, andando o melhor de cento e cinquenta capitão naquele sertão para se evitar todo o dano que o lt"gu;is". Foi a primeira bandeira, de leste a oeste, empreendida gentio pode fazer mui útil esperando dêle que nas obriga m1P ;iraíba, por inspiração governamental . çõesquel hetocarem sehaverámuito conformeaconfian Não foi perdido o sacrifício, feito "com grande risco de ça que faço do seu procedimento. 1-11r n vida e dispêndio de sua fazenda", de que resultou "grande Hei por bem de a criar, e de o eleger e nomear, como 111 ili<lade à fazenda real por se povoarem as terras que o gemt.io pela presente faço,, Capitão de tôda a gente do sertão da nr·11p:wa11• Reconheceu-o o governador geral, Roque da Costa dita Capitania da Paraiba para que como tal o seja, use, e B:un'lo, que resolveu distinguir o desbravador dos sertões exerça com todas as honras, graças, franquezas, preemi purailrnnos, agraciando-o com o pôsto de Capitão de Infantaria nências privilégios, isenções e liberdades que lhe tocam, 1111 () rdcnança do Sertão da Capitania da Paraíba, o mesmo que podem e devem tocar a todos os Capitães de Infantaria da l 1•rl:i concedido pelo seu sucessor a Manuel Figueira de Ordenança dêste Estado e Reino de Portugal. Pelo que ordeno ao Capitão-mor da dita Capitania a tenha assim ( '111 valho, para a Ribeira do Açu e Três Irmãos, em julho do entendido, eao Coronel delalheclêaposse ea Câmara da ltll'Hlltn nno. A patente, assinada em 6 de fevereiro de 1682, foi mesma Capitania ..... e aos oficiais maiores e menores de 11: i111 n•ditticla: guerra e milícia dêste Estado hajam, honrem, estimem e reput·em por tal Capitão da dita Companhia e aos oficiais e soklaclosdelamandof.açam, ... cumpram e guardem tôdas "Roque da Costa Barreto do Conselho de SuaAlteza, as suas ordens de palavra ou por escrito pontual e inteira <'te. .. mente como devem e são 9brigados. Para firmeza do que Porquant·o convrm ao serviço de Sua Alteza prover o lhc·s mandri passar a presente sob meu sinal e sêlo de p()~to ele- apitão dr Infarüaria ela Ordenança dos morado- minhasarmas, a qual se registrará nos livros da Secretaria 1•1• 1d o di:-:trit·o dr t·odo o i-ic·rtão da Capit·aniada Paraíba por cl(·str fü,t,ido Fazenda Real e Câmara da dita Capitania. E 11. o (•t~lt11·t·m alistadmw111 r:impanhaalgumaequesejaem s1·1·:'t obri,xado 11:1 forma do regimt>nto nôvo dêst e Gov-€rno p1•, :10:i dt•v:ilor, prflti1·a da rfüwiplina militar e experiência a 111,rndnr :1 ç•o11fi.-mação cll." Sua Alteza dentro clr seis tl,11:11,•1·,·11, l<·rHlo 1·11 ron ld1•t't1\'i'lo ao bC'm (]tt<" t'ôdas estas rnt"H'H 11e·1~1tinl1·~ aos prinwiros n:wios que daqurla Capi q111tlltl 1d1•11 t·o11c1wre~,11 1111 de• /\11t611io clC' Oliv<•irn. L<'clo, r t.111i:1p.11111•1•111 pnra Porll11.:ral. Anl(lnio Garri:1 n fc·1, nC'st;i 11• t,III' 1,1\'"º 1·0111 q111• 11 111 , , vido :1S . AHC'z:ul,·~lrobrinclo C1d.11li do 1.1lv.111nrBahin.rlt·1mln, S.111tm,,110~:41•hHfü1H 01 11 •11•1 t.10 tlrt clll.t C'apil,1111 11 111111:1, 111dt· rii-iro dt• HWt vida l' dtt 1111 d, lt•vi•re•irn. Ano de· 111il, 1·i•w1·11to:~ t· oit1111l:1d oiu. -21- Brrnado Vieira fü1vasco a fez escrever. Roque da Costa Nu t•H11inl'e, como se viu, já estavam requerendo 111111 Barreto" (*). , 111 11 111111i.1111!1,a, pelo rio Paraíba acima. Passando-se para , 1• 11 ti ,u d, 111.tl dn apitania, intensificaram os esforços em Constit·uiu-se assim Anl'ônio de Oliveira Ledo a maior 111111 d 1, 11l,1111,,1~·ao, sendo contemplados pelo govêrno geral aut·oridade no sertão da Paraíba, prestigiado pelo govêrno 11111 11 1111 111 11iais elevados da hierarquia militar. Não há g<'ral e pelo da capitania. A sua influência vieram abrigar-se 1, li 11p11111le1 1nr1110 em que faleceu o capitão de infantaria da p,irc'ntes e amigos, auxiliando-o no trabalho de povoamento 111, 1, 111111,, ,1d n 1•1•lrlo da capitania da Paraíba Antônio de Olivei- daHt rras interiores da Paraíba. O que mais se evidenciou, e 1 , I • cl11 I• de• 111por-se tenha sido em 1688, pois nesse ano foi C-HIC' o acompanhou desde a primeira entrada no nordeste, foi nlt, 1111v11 pt\11to, de mais alta categoria, o de Capitão-Mordas 1 1 ConHh111t'ino de Oliveira Ledo, seu sobrinho. Em 1664 já anda 1 , 11111,•11. i dnH Piranhas, Cariris e Piancós dos Sertões da va111j11111'os, requerendo data de terras no Rio Grande do Norte, 1 1pll.111l,1 d.1 Pnralba, e nêle provido Constantino de Oliveira ond pouco demoraram. A porção escolhida foi ao longo do rio I • d,, /\, ilnrnt a pal'ente o governador geral Matias da Cunha. Potc-ngi, como reza o requerimento: Nn 1110 da nomeaçao já haviam os tapuias se revoltado ,,11111111 lt1Vf\Horcs de seus domínios, irrompendo a subleva 1 "O alferes Sebastião Barbosa de Almeida sua irmã ~ 1111111•11pitn11i:i do Rio Grande do Norte. Passou ela à história Maria Barbosa de Almeida, o alferes Baltazar da Mota, , 11111 n 11011w dr Guerra dos Bárbaros ou Confederação dos Antônio de Oliveira Ledo, Simão Correia, Mateus de 1 11 li l1, Nrto ílcou inerte Constantino de Oliveira Ledo. Saiu a Viveiros, Constantino de Oliveira Ledo, Luís deAlbemaz eG aspar de Oliveira, todos moradores neste Estado, que , 11111111(111· o P.'('nt:io sublevado. Houve ocasião em que ia per ti, 11d11 vida. Salvou-o o mestre de campo Domingos Jorge na Capitania do Rio Grande nas cabeceiras de Bento da 11 Costa e no Rio Putugy há terras devolutas, que nem estão V, 11111, t t•r,11ndo mandou dizer ao Rei, em carta datada de 1692. povoadas nem até o presente dadas a pessoa alguma de 1 1111lrn1 q11(1 o encontrara "metido numa cêrca, cercado de um sesmaria. E porquanto êles suplicantes as têm descober 1111,1u • inlinitont'imcro deTapuios brabos inimigos", conseguin t·o com muito trabalho; e têm seus gados, cavalgaduras e tl11 "l1•v1111tfll' o c-êrco e pôr em fugida" os sitiantes, matando mais criações sem terem onde as acomodar; e querem "u11111tl<•q11ar1tid:1clcdêles" (*). povoar e cultivar as que forem úteis por seguir disto F:dt<-'<'11 Constantino de Oliveira Ledo em comêço de 1 ~rande utfüdade às rendas de S. Magestade e bem co 111!11I. C'om a sua morl'e não foi o pôsto de capitão-mor das mum. Prdem a V. Excelência lhes faça mercê dar de 111111ldrm~d as Piranhas, Cariris e Piancós modificado ou abo :.<1i-11m1ri::i nn pnrt·(' <" confrontação acima referida que é na lldn, l 111KN01t a exercê-lo um irmão de Constantino, Teodósio de ( '11pit:111in ,lo Rio Gra11dr, no Rio Putugy, cabeceiras de ! lllvl'ira J,(1do, que muito iria concorrer para o povoamento da H(111lo d:i C'o ln, vir1l<1 lri!uas de terras pelo dito rio acima I' 11 dlw, f1111dando arraiais que se transformaram em cidades. 1• dn1,P d<· h11'J{(1 q111· r•onlc\'Hrflo a correr nas cabeceiras de /\ loon a pat nt·e o governador geral D. João de Lencast-ro, q11.il 11111111• d111111 q111• u- hnjnm dado no mesmo rio e p 11,111,,1,111•1111 ld:c .. ," ("~). 11111 tloMn rni8 ativos cxperienl'es administradores elo Brasil e•) 1 111d 1 11111" '" 1" "Ili'"',,,, 111 ~, 1 "'" 11, 111 lq1H' Dh1RT IIVlll'l'I,, dh01•h11' do Ál'(I, 1••1• 111 (º ) Ih .. 11111111lo1 Ili 1 •Ih ti~ ~ .., 1

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