Oftalmologia - Vol. 38 Oftalmologia REVISTA DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE OFTALMOLOGIA Publicação Trimestral | Vol. 38 | Abril - Junho 2014 Editor Conselho Redactorial Nuno Campos David Barros Madeira [email protected] David Martins Helena Spohr João Matias Marta Vila Franca Nuno Lopes Olga Berens Pedro Faria Pedro Afonso Rui Tavares Sociedade Portuguesa de Oftalmologia Comissão Central Coordenadores das Secções da S.P.O. Presidente Grupo Português de Retina-Vítreo Paulo Torres J. Neves Martins Vice-Presidente Grupo Português de Inflamação Ocular Eduardo Silva Paulo Marques Tesoureira Grupo Português de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo Isabel Lopes Cardoso Paulo Vale Vogais Cirurgia Implanto-Refractiva de Portugal João Filipe Silva Ramiro Salgado Mun Faria Grupo Português de Superfície Ocular Córnea e Contactologia Secretário-Geral Adjunto Pedro Rodrigues Luís Cardoso Grupo Português de Glaucoma Secretária-Geral Maria da Luz Freitas Isabel Prieto Mesa da Assembleia Geral Grupo Português de Neuroftalmologia Presidente Dália Meira António Aires Marinho Grupo Português de Patologia, Oncologia e Genética Ocular Vice-Presidente Sandra Prazeres António Limão Grupo Português de Ergoftalmologia 1º Secretário Vítor Leal Walter Rodrigues Editor da página da S.P.O na Internet 2° Secretário Helena Filipe Mário Alfaiate Conselho Fiscal Augusto Magalhães Francisco Sousa Lé José Arede SUBLINHADO Publicações e Publicidade Unipessoal - R. Prof. Vieira de Almeida, 38 - Lj. A - Bloco B - Piso 0 - 1600-371 LISBOA - Tel.: 21 757 81 35 | Depósito Legal 93 889/95 - ISSN 1646-6950 Vol. 38 - Nº 2 - Abril-Junho 2014 | I Revista SPO nº2 2014 V2.indd 1 20-10-2014 15:48:14 Revista SPO nº2 2014 V2.indd 2 20-10-2014 15:48:14 Oftalmologia - Vol. 38 Índice Editorial V Flash Look Maria João Quadrado Como Classificar os Buracos Maculares 117 Nuno Gomes Nota do Editor VII Nuno Campos Como classificar os pterigia? 119 Andreia Martins Rosa Artigo de Revisão Queratite herpética. Quando e como devo usar Rastreio da Retinotoxicidade pela os corticoides? 121 Hidroxicloroquina 81 Vitor Maduro Ana Filipa Miranda, Sandra Sousa, Paula Telles, Pedro Gonçalves, José Canas da Silva, Nuno Que lesões ativas da Toxoplasmose Ocular Campos devem ser tratadas? E como? 123 Vanda Nogueira, Marco Liverani Artigos Originais Contribuição da microscopia confocal in vivo Comunicações Curtas e Casos Clínicos para o diagnóstico e follow-up de neoplasias Hipertensão Intracraniana Idiopática em conjuntivais intraepiteliais 89 Idade Pediátrica: Revisão teórica e 2 casos Luisa Vieira, Manuela Martins, Arnaldo Santos, clínicos 125 Rita Anjos, Vitor Maduro Josefina Serino, João Martins, Bruna Vieira, José Alberto Lemos, Carlos Menezes, Rita Gonçalves, Espessura da Camada de Fibras Nervosas em Isabel Ribeiro Doentes com Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono 97 Síndrome de Cohen - dois casos clínicos 131 Mário Ramalho, Fernando Vaz, Inês Coutinho, Josefina Serino, Bruna Vieira, Carlos Menezes, Catarina Pedrosa, António Martins, Paulo Kaku, José Alberto Lemos, Pedro Rodrigues, Ana Duarte, F. Esperancinha Paula Tenedório Excisão simples de pterígio: presente ou Indicações aos Autores e Normas de passado? 103 Publicação 135 Catarina Pedrosa, Mário Ramalho, Susana Pina, Peter Pêgo, Bernardo Feijóo, Isabel Prieto Expressão de grelina no olho e a sua implicação na redução da pressão intraocular 109 Rodrigues-Araújo J., Pereira-Silva P., Azevedo-Pinto S., Tavares-Silva M., Pinho S., Rocha-Sousa A. Vol. 38 - Nº 2 - Abril-Junho 2014 | III Revista SPO nº2 2014 V2.indd 3 20-10-2014 15:48:14 Oftalmologia - Vol. 38 Errata Por lapso, no número anterior (N.º 1 - Janeiro-Março 2014 - Pág. 67) o artigo “Síndrome de múltiplas manchas brancas evanescentes: Série de casos clínicos” foi publicado com a referência de Autores incompleta, assim repomos aqui a correcta listagem. Apresentamos as nossas desculpas por tal facto. Comunicações Curtas e Casos Clínicos Síndrome de múltiplas manchas brancas evanescentes: Série de casos clínicos Mafalda Macedo1,2, Sara Vaz-Pereira1,3, Gabriella De Salvo1,4, Bishwanath Pal1 1Moorfields Eye Hospital, Londres 2Hospital de Santo António-Centro Hospitalar do Porto 3Hospital de Santa Maria-Centro Hospitalar Lisboa Norte 4University Hospital Southampton, Southampton IV | Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia Revista SPO nº2 2014 V2.indd 4 20-10-2014 15:48:14 Oftalmologia - Vol. 38 Editorial Maria João Quadrado POLíTICA DE QuALIDADE EM OFTALMOLOGIA. uM DESAFIO PARA O FuTuRO. Iniciei-me nas questões da política de qualidade em saúde em 2009, quando foi necessário implementar a lei 12/2009 no Banco de Olhos dos CHUC. Como acontece a todos nós oftalmologistas, em que esta temática não faz parte da nossa forma- ção básica, revelou-se um percurso penoso e que custou a iniciar. Depois revelou-se apaixonante. Vivemos numa sociedade com uma consciência social crescente. Neste contexto, as falhas ou erros na prestação de cui- dados de saúde são potencialmente interpretados pelos cidadãos num quadro de eventual culpa. A gestão eficiente dos recursos disponíveis, cada vez mais escassos, para dar resposta a um volume crescente da procura de cuidados de saúde, não obsta a que se exija um nível da qualidade da prestação cada vez mais elevado. Vivemos numa época de enormes desafios para os gestores dos sistemas de saúde e para os profissionais que neles trabalham. A OMS em 2000 recomendou que cada estado membro estabelecesse uma estratégia nacional para a qualidade e segurança na saúde e em 2009 a Comissão Europeia recomendou que a segurança do doente fosse uma das prioridades nas políticas e programas de saúde. Desta forma, Portugal definiu a sua “Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde” que visa a médio e longo prazo a promoção da aproximação à excelência na prestação de cuidados de saúde definindo os desafios da qualidade e segurança como uma das principais prioridades do sistema de saúde português (Despacho 14223/2009 de 24 de Junho). O Departamento da Qualidade em Saúde que se encontra integrado na Direcção Geral de Saúde definiu como prioridades estratégicas de atuação: 1. Qualidade clínica e organizacional 2. Informação transparente ao cidadão 3. Segurança do doente 4. Qualificação e acreditação nacional de unidades de saúde 5. Gestão integrada da doença e inovação 6. Gestão da mobili- dade internacional de doentes 7. Avaliação e orientação das reclamações e sugestões dos cidadãos utilizadores do SNS. Os próprios códigos deontológicos dos profissionais de saúde defendem a qualidade dos cuidados prestados, impondo a permanente atualização da cultura científica e uma boa preparação técnica. O sector da Oftalmologia não se mostra indife- rente a esta questão, e tem tentado incluir uma política de qualidade na sua prática diária. Na realidade, desde sempre procu- rámos a prestação de cuidados de oftalmologia de acordo com as boas práticas, apoiada em suportes tecnológicos avançados e constante atualização técnico-científica, bem como na prevenção, no diagnóstico e tratamento clínico da doença, sustentada na obtenção de resultados clínicos e na investigação. Numa política de qualidade, que se quer real, faltam os passos para que estes parâmetros sejam periodicamente monito- rizados e reavaliados face aos objectivos e metas previamente definidos. Os formalismos são pesados mas fundamentais: 1. Repositório documental controlado; 2. Gestão de versões de documentos, 2. Circuitos de revisão e aprovação de documentos; 3. Distribuição controlada dos documentos; 4. Gestão de ocorrências; 5. Plano de formação anual, 6. Auditorias Regulares; 7. Vol. 38 - Nº 2 - Abril-Junho 2014 | V Revista SPO nº2 2014 V2.indd 5 20-10-2014 15:48:15 Cumprimento de mapa de indicadores, 8. Avaliação de satisfação de clientes entre outros…. Garantimos assim que todos os prestadores de serviços se encontram enquadrados nas suas funções, com um conhecimento claro e definido das suas respon- sabilidades e uma maior operacionalidade e eficiência em todas as atividades do processo de forma a assegurar o incremento permanente do número e qualidade dos serviços prestados. Só desta forma podemos planear estratégias precisas de intervenção de alta efetividade nos Serviços de Oftalmologia bem como também monitorizar a resposta a essas ações. Reconheço que não é tarefa fácil, não só pelas exigências actuais em termos de “números”, mas também porque lida com sentimentos como empatia e sensibilidade e está relacionada com os aspetos da qualidade mais difíceis de serem alcançados - os aspectos intangíveis. A prestação de cuidados oftalmológicos assenta na procura da resposta às necessidades e expectativas dos utentes, profis- sionais e doentes, tendo como finalidade a promoção da sua satisfação. Este tem que ser o futuro. No entanto é obrigatória a consciência de que numa adequada implementação de sistemas de qualidade todos ganhamos. Nós, os profissionais de saúde e o doente. Por tudo isto é uma tarefa que se torna facilmente apaixonante. Com amizade, Maria João Quadrado VI | Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia Revista SPO nº2 2014 V2.indd 6 20-10-2014 15:48:15 Oftalmologia - Vol. 38 Nota do Editor Nuno Campos Caros colegas Assistimos cada vez mais a uma multiplicação da oferta de Reuniões e Congressos Internacionais, cuja dimensão física esmagadora, sobreposição horária por vezes absoluta de temas apresentados e multiplicidade de eventos, torna difícil ou mesmo impossível, conseguir rentabilizar o objectivo de enriquecimento científico que pretendemos quando nos deslocamos para os frequentar. É uma oportunidade de ouro para as Reuniões e Encontros Nacionais, cada vez mais interessantes, com uma escala mais humana, muito bem organizados e com convidados internacionais de referência nas áreas tratadas, assumirem um papel rele- vante na formação contínua dos mais Seniores, e dos colegas mais novos, com cursos também sempre de grande qualidade. Este é o caminho certo que tem sido trilhado e que enobrece e valoriza a Oftalmologia Portuguesa. Estão de parabéns os vários Serviços que com muito empenho os têm promovido, assim como as Secçôes da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia que os têm organizado, sendo uma aposta acertada da actual e futuras Direcções da SPO. Temos neste número um interessante Editorial da Professora Maria João Quadrado sobre Política de Qualidade e Oftal- mologia, tema que deve merecer a nossa maior atenção pelo conjunto de boas práticas que determina e das quais todos bene- ficiamos, assim como pela sua actualidade e importância na Certificação dos Serviços. Com amizade, Nuno Campos Vol. 38 - Nº 2 - Abril-Junho 2014 | VII Revista SPO nº2 2014 V2.indd 7 20-10-2014 15:48:15 Revista SPO nº2 2014 V2.indd 8 20-10-2014 15:48:15
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