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herberto helder, obra ao rubro PDF

211 Pages·2014·16.28 MB·Portuguese
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1 FICHA TÉCNICA Agradecimentos A todos quantos, vivos e mortos, directa e indirectamente, contribuíram com informações, textos, imagens e depoimentos, para este livro - Pedro Proença, Rui Mendes, Luiz Pacheco, Joana Ruas, Rodrigues Vaz, Vítor Silva Tavares, Ilda David, Manuel Rosa, Maria de Fátima Marinho, Herberto Helder, Jacques Brengues, Claudio Willer, Ângela Oliveira, Luís Ançã, Floriano Martins, Carlos Ferreiro, Eduardo Baião, Joaquim Cabral, João Rasteiro, Isabel Alves, Ed. Guimarães, e quantos por lapso me tenham escapado–a minhahomenagem. Maria Estela Guedes Na capa: Montagem de fotos de Ed. Guimarães 2 ÍNDICE Nota editorial ……………………………………………………………………………………………Pág. 6 I MAGIA E TRANSMUTAÇÃO CÂNDIDOS ANIMAIS TRANSMUDANDO-SE A natureza dos híbridos ……………………………………………………………………………….. 9 Técnicas de cruzamento para obtenção de híbridos ………………………………………………. 18 Regressando ao casulo ……………………………………………………………………………….. 20 Paixão ……………………………………………………………………………………………………. 22 ESTES SÃO OUTROS HÍBRIDOS ……………………………………………………………………… 23 MAGIA E RITO FLORESTAL Jardinar na floresta ……………………………………………………………………………………….. 31 Fragmentos de rituais da Maçonaria Florestal ou Maçonaria da Madeira …………………………. 40 II PARTICIPAÇÃO DA ANTROPOLOGIA Textos alienígenas ………………………………………………………………………………………. 44 À escuta dos falares …………………………………………………………………………………….. 48 A língua mestiça …………………………………………………………………………………………. 54 III OBRA AO RUBRO Problema jornalístico ………………………………………………………………………………….. 60 Biografia mítica ………………………………………………………………………………………… 62 A cor do sangue ……………………………………………………………………………………... 72 Que messianismo?…………………………………………………………………………………… 79 Incendium amoris ………………………………………………………………………………………. 88 O toque dedo no dedo …………………………………………………………………………………. 92 Canis lupus, o grande predador ……………………………………………………………………… 95 3 IV AESSÊNCIA DO MUNDO ANTIGO Fragrâncias, feromonas e cheiro a homem ……………………………………………………. .Pág.100 Do vinho, das rosas, e do seu perfume…………………………………………………………….. 105 A que cheira a mãe?....….…………………………………………………………………………… 110 Donez ao faro ……………………………………………………………………………………….. 114 V ABRINDO JANELAS -Conversa comPedro Proença………………………………………………………………………….. 120 - Depoimento de Rui Mendes …………………………………………………………………………… 124 - Conversa comMário Montaut………………………………………………………………………….. 126 - Conversa com Nicolau Saião ………………………………………………………………………….. 129 - Conversa comJoana Ruas …………………………………………………………………………….. 135 - Conversa com Claudio Willer ………………………………………………………………………….. 140 - Conversa comJoão Rasteiro ………………………………………………………………………… 143 - Conversa comFloriano Martins ………………………………………………………………….…… 146 - Depoimento deManuelRodrigues Vaz……………………………………………………………... 149 -Correspondênciade Ed. Guimarãescom Maria Estela Guedes…………………………………. 151 VI ESTIVE AGORA EM ÁFRICA O entrançador de tabaco …………………………………………………………………………………161 Um pouco desurrealismo ……………………………………………………………………………….. 166 Um pouco debeat, um pouco depop, um pouco de contracultura………………………………….174 De pulmões às costas …………………………………………………………………………………… 183 Estranho teatro de guerra……………………………………………………………………………….. 190 O repórter de guerra …………………………………………………………………………………….. 196 4 VII BIBLIOGRAFIA Obrasde Herberto Helderutilizadas………………………………………………………………….Pág.202 Textos de Herberto Helder noNotícia ………….………………………………………………………… 203 Outras leituras ……………………………………………………………………………………………… 206 Em suporte digital…………………………………………………………………………………………… 207 5 Nota editorial Os textos agora reunidos não são todos aqueles que dediquei ao autor nos últimos trinta e dois anos, desde antes da publicação do meu livro Herberto Helder, Poeta Obscuro, em 1979. Também continuei, depois disso, a acompanhar a sua obra. Quem pelo assunto se interessar, encontra a lista das minhas publicações no TriploV (www.triplov.com). Também em linha, além da referência aos antigos textos, encontra os de inúmeros autores na Bibliografia de Herberto Helder, estabelecida por João Ribeirete e Margarida Reis, que nos dão ainda uma imagem muito boa da projecção do poeta no mundo, através dos livros publicados sobre ele e da tradução dos dele no estrangeiro. Dos meus ensaios, juntei só os mais recentes, por serem mais homogéneos e menos confinados à crítica literária. Recebem muito do meu trabalho de investigação em História e Filosofia das Ciências. Os mais antigos foram desenvolvidos, contendo assim menções a obras recentes do poeta. As entrevistas e boa parte dos ensaios finais foram redigidos expressamente para este livro, embora quase tudo esteja em linha no TriploV, na Agulha – Revista de Cultura, na Incomunidade e noutros sítios da Internet. Publico igualmente uma lista de trabalhos de Herberto Helder no Notícia, de Luanda, por ser um corpusaté agora não estudado nem inventariado. Maria Estela Guedes Britiande, Agosto de 2009 6 Sou o Autor, diz o Autor, e aproxima-se das pessoas que estão simplesmente a assistir e lhe deixam, a ele, a solidão incólume. Herberto Helder,Apresentação doRosto a mim, que não creio em Deus, pátria ou família, em teorias gerais da linguagem, na vida eterna, na gramática, na foda estrita, em prática técnica nenhuma, na glória da língua, não há apoio de inserção que me valha, Herberto Helder, A Faca não Corta o Fogo Não será o medo da loucura que nos forçará a pôr a meia-haste a bandeira da imaginação. André Breton, Primeiro Manifesto do Surrealismo 7 I MAGIA E TRANSMUTAÇÃO 8 CÂNDIDOS ANIMAIS TRANSMUDANDO-SE Criança à beira do ar. Caminhapelas cores prodigiosas, iluminações da água, esmeraldas exasperadas, as púrpuras. E entra na clareira. Passa, toda. Está coberta de pólen. A convulsão de uma jóia quando roda abruptamente acesa. A cicatriz do tórax é uma arborescéncia a sangue e ouro. Nela se embebedam os enxames das imagens estelares, vermelhas, extremas. Os favos no escuro enlouquecem a infância. Nas suas casas profundas Deus aguarda que se demonstre o teorema perfeito e terrível. HerbertoHelder,«Última ciência»1 A natureza dos híbridos Há quem diga que no mundo só existem híbridos, o que é aceitável se pensarmos que a tecnologia eliminou distâncias e fronteiras. Ao fazê-lo, permitiu que culturas, homens, ideias, plantas, animais e objectos transitassem do seu lugar próprio para o de outros, mesclando-se infinitamente - Mudo a floresta, vejo os planetas passar, os cavalos – escreve o poeta, na sua Poesia Toda, ilustrando o assunto sem decerto ter esse objetivo. Desde sempre, e de modo mais conspícuo desde os Descobrimentos e expansão da Europa para o universo colonial, se transportaram espécies de região para região, de continente para continente. Umas aclimatavam-se, outras cruzaram- se com as indígenas. Jardins botânicos e zoológicos representam formas residuais dos jardins e estações de aclimatação, destinados a selecção de espécies úteis e 1 «Última ciência»: In: Poesia Toda, pp. 518-519. Lisboa, Assírio & Alvim, 1990. Será sempre a esta edição de Poesia Toda que se referem as citações de versos neste capítulo. 9 ornamentais. Zoos e jardins fazem parte do universo herbertiano - Os jardins deslocam-se através de si próprios com as centelhas, defronte das planas constelações dos espelhos2 - fantasia o poeta. Não esqueçamos títulos seus como Os Animais Carnívoros e Cobra. A dada altura, comentanto a monotonia dos domingos em Luanda (os domingos são chatos em todo o lado), HH declara ter sido em tempos um inquisitivo visitador de jardins zoológicos. Fascinava-o sobretudo a «festa bárbara» da alimentação dos carnívoros, quando os tratadores atiravam bocados de carne crua para dentro das jaulas. E também quando os pedaços de carne crua eram animais vivos, como galinhas3. Bem. O interesse pela zoologia manifesta-se de forma menos teatral e mais científica, haja em vista o conto «Coelacanto», n' Os Passos em Volta, e, na obra jornalística, a entrevista a Francisco Reiner, oceanógrafo que viria a ser diretor do Museu do Mar, acerca da fauna marinha de Angola4. Reportagem de HHsobre o trabalhooceanográficode Francisco Reiner 2Poesia Toda, p. 365 3«Que chaticeo domingo».Notícia, 20 de Maio de 1972. 4 «Angola debaixo de água».Notícia, 16 de Outubro de 1971. 10

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trinta e dois anos, desde antes da publicação do meu livro Herberto Helder, Poeta Obscuro, em 1979. Também continuei http://www.instituto-camoes.pt/cvc/bdc/revistas/textosepretextos/vol1/bibliografia.pdf. ROSZAK, Theodore
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