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HÉLIO SANTOS MENEZES NETO Entre o visível e o oculto PDF

235 Pages·2017·5.62 MB·English
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL HÉLIO SANTOS MENEZES NETO Entre o visível e o oculto: a construção do conceito de arte afro-brasileira Versão corrigida São Paulo 2018 HÉLIO SANTOS MENEZES NETO Entre o visível e o oculto: a construção do conceito de arte afro-brasileira Versão corrigida Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Antropologia Social Orientadora: Prof.ª Dra. Lilia Katri Moritz Schwarcz São Paulo 2018 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Catalogação na Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo Menezes Neto, Hélio Santos M541e Entre o visível e o oculto: a construção do conceito de arte afro-brasileira / Hélio Santos Menezes Neto ; orientadora Lilia Katri Moritz Schwarcz. - São Paulo, 2018. 234 f. Dissertação (Mestrado)- Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Departamento de Antropologia. Área de concentração: Antropologia Social. 1. arte afro-brasileira. 2. arte negra. 3. identidade negra. 4. Museu Afro-Brasileiro. 5. Museu Afro Brasil. I. Schwarcz, Lilia Katri Moritz, orient. II. Título. MENEZES NETO, Hélio Santos. Entre o visível e o oculto: a construção do conceito de arte afro-brasileira. Dissertação de mestrado. Programa de Pós- Graduação em Antropologia Social. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo (USP). São Paulo. 2018. 234p. Aprovado em: 20 de novembro de 2017. Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Luís Torres Conduru (Instituto de Artes / Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Julgamento: ______________________. Assinatura: _________________________. Prof. Dr. Kabengele Munanga (Centro de Artes, Humanidades e Letras / Universidade Federal do Recôncavo Baiano). Julgamento: ______________________. Assinatura: _________________________. Prof.ª Dr. Domingos Tadeu Chiarelli (Escola de Comunicação e Artes / Universidade de São Paulo). Julgamento: ______________________. Assinatura: _________________________. Às minhas amadas avós Tereza e Marlene, fontes infinitas de sabedoria e doçura. A Sidney Amaral e Josias de Souza, que tão prematuramente nos deixaram (in memoriam). Agradecimentos No princípio, todo mundo sabe, era o mar. Só depois veio o verbo. Com essa dissertação não foi diferente: pois foi no praia do Rio Vermelho, em Salvador, ouvindo as águas do Atlântico Sul numa manhã de dezembro, que me veio a decisão de transformar em pesquisa um monte de questões que, já àquela altura, iam se condensando como nuvem em mim. Tinha ficado muito encucado desde que vi em 2011, no marché Kermel (uma feira de rua muito popular em Dacar, Senegal), um oxê Xangô de madeira em tudo parecido aos que eu lembrava ter visto no terreiro do Gantois e no Museu Afro-Brasileiro, em Salvador. Como se ter ido (à África) fosse necessário para voltar (à Bahia), por uns dois anos fiquei pensando como aquele machado sagrado pôde atravessar os efeitos corrosivos do Atlântico e do tempo e, mesmo assim, manter-se tão parecido. Sabe-se lá porquê, naquele dia de sol, Iemanjá resolveu fazer chover a questão em minha cabeça – e com ela a decisão inadiável de realizar o mestrado. Começava ali uma onda de perguntas que, tempos e muitas marés depois, desembocariam nessa dissertação. Principio os agradecimentos, portanto, invertendo a ordem dos fatores e devolvendo, com o verbo, um agradecimento especial a Yemọjá, senhora do mar e dona das cabeças. E, por meio dela, louvar as águas de minha terra, ventos, matas e, sobretudo, suas raízes. Minha amada mãe Sônia – mulher forte como um touro e ao mesmo tempo doce que só ela, dona do sorriso mais bonito desse mundo, uma amiga generosa e brincalhona que me enche de luz e alegria com suas palavras e dengos, incansável defensora dos filhos, que me ensina a não desistir, por mais difícil que pareça o desafio: muito obrigado pelo apoio em forma de afeto, de comidinhas cheias de tempero e amor, de companhia em idas ao museu, por acreditar tanto em mim, torcer tanto por mim! Meu amado pai Hélio, de quem com orgulho herdo não só o nome, mas também a mesma paixão pela vida, a vontade de aprender, o gosto pelo justo – ser humano admirável, um paizão carinhoso e coruja, eterno incentivador dos filhos, por quem tenho uma identificação e admiração profundas: muito obrigado pelas palavras e gestos de conforto, por ser esse amigo para todas as horas, pelo “vai em frente, meu filho, tô torcendo por você!”. Vocês são os melhores pais do mundo! Obrigado, minha amada e linda irmã Camila, por ser uma “gêmea” tão parceira, pelos abraços capazes de renovar as energias, pelo exemplo de determinação e coragem, mas também leveza e delicadeza. Você é uma inspiração, irmãzinha! Nos momentos mais difíceis de escrita desses capítulos, por várias vezes pensei em você e então me lembrava que o caminho é mesmo sempre em frente. A família é extensa, e sei que cada um de vocês vem torcendo por mim ao longo desses anos de estudos fora de Salvador. Agradeço a todos e espero que se sintam representados pela referência às minhas avós Teresa e Marlene, pelo amor sempre dedicado, e a meus avôs Hélio e José, que com certeza estão radiantes lá de cima. Não poderia deixar de registrar um agradecimento especial a minha tia Nana, por essa cumplicidade que é só nossa, a Gabriel Rocha, afilhadinho que me enche de ternura com seu riso e inteligência, a Júnior, meu Cosminho tão querido, e a Joaquim, esse irmão que a vida me deu de presente. Agradeço a meus amigos de Salvador que, desde os tempos da Cresça ou do Vieira, têm me dado apoio, risadas e boas histórias: Thiana Cabral, Renata Levindo, Vanessa Malvar, Damine Mascarenhas, Ticiana Pereira, Mariana Barata, Lorena Gomes, Marina Guimarães, Marcela Garrido, Fernanda Brandão, Daisy Marques, Victor Tinoco, Luiz Carlos Soares, Luiz Flávio Medrado, Danilo Simões e Gabriel Lobo – pra citar apenas os mais próximos durante esses anos de mestrado. Vocês são meu porto seguro. Sou muito grato aos amigos que tive a sorte de conhecer no curso de Relações Internacionais da USP, e que nesses anos se tornaram verdadeiros guias não só de São Paulo, mas para toda a vida: Fernanda Leitão, Luiz Zamariolli, Pepe Tonin, Renata Preturlan, Douglas Carneiro, Lays Yamamoto, Flávia Landgraf, Rodrigo Araújo, Michele Ramos (em cujos braços os abraços hão de ser sempre milhões de abraços), Pedro Marin, Tatiana Campos, Mariana Veiga, João Gonçalves (que até livro me trouxe da gringa pra ajudar na pesquisa!), Luiza Ribeiro, José Bortolucci (que honra ter dado aula em um de seus cursos na FGV!), Jonas Medeiros, Thiago Badaró, Felipe Teixeira, Luciana Lima, Andreza Galli, Caio Favaretto, Tássia Toffoli, Douglas Piza (obrigado, querido amigo, pela hospedagem, companhia ao Harlem Museum e ao Schomburg Center em Nova York), Melina Rombach, Jônatas de Paula, Rafael Schmuziger, León Norking, Ana Clara Azevedo, Kátia Fenyves, Nathália Terra e Rosana Miranda. Vocês são meu “descanso na loucura”, para usar uma expressão de nosso Guima. A Marília Ramos, obrigado pelo cuidado ao longo de todo o mestrado (“você tá comendo bem, amigo?”), pelas mensagens de incentivo, pelo amor em forma de docinhos e fofocas. A Andre Bailão, amigo do peito e meu argonauta preferido pelos mares de aventuras antropológicas: obrigado pela leitura atenta e generosa de algumas versões dessa dissertação, pelos conselhos e broncas certeiros, pelo entusiasmo em cada conversa sobre museus, exposições e descaminhos da pesquisa. São Paulo me trouxe ainda outros tantos amigos queridos, a quem agradeço pelas histórias vividas e pelo afeto presente: Thaís Chita (essa irmã de outras vidas que tive a sorte de reencontrar nessa), Renan Camilo, Luana Hirata, Thiago Amparo, Niraldo Santos, Fábio Vale, Guilherme Torres, Mona Perlingeiro, Lucas Caldeira, Thiago Carvalho, Jimena Ríos, Gabriela Mendes, Pedro Nogueira e João Bittar. Obrigado por eclipsarem todo o cinza da cidade com a companhia alegre e o riso fácil. Agradeço a Rafael Fontenelle pela ajuda com a edição (rápida e acertada!) das plantas baixas do MAFRO e MAB. A Heitor Augusto, obrigado pelos abraços reconfortantes, por sua sensibilidade, a troca intelectual instigante, o ouvido e ombro sempre disponíveis. Muito do que escrevi foi pensando em nossas conversas, amigo. Pela menção a Thaís Oliversi e João Victor Toledo, estendo meus agradecimentos aos amigos e alunos que conheci na Fazenda da Juta e na Escola Livre de Teatro de Santo André. Vocês me enchem de coragem e incentivo! A Fernanda Lobo, meu bálsamo benigno, obrigado pelas tardes de estudo na Mário de Andrade, por segurar os trancos mais difíceis (e a gente bem sabe que não foram poucos), pelas comidinhas e caminhadas no Bixiga, por trazer o sentido de família em meio ao caos dessa cidade. A Raquel Luanda, minha menina mulher da pele preta, obrigado pelos ensinamentos diários embutidos nas conversas mais divertidas, pelas tantas idas ao Museu Afro Brasil, por me inspirar na luta por um mundo mais justo. Vocês foram tão fundamentais nesse período do mestrado, e são tão preciosas na minha vida, que sinceramente já não sei dizer o quanto de mim hoje é, na verdade, matéria de vocês que foi aos poucos se sedimentando. Aos amigos que fiz ao longo da pesquisa, verdadeiros interlocutores com quem tenho ainda tanto a aprender: Juliana Bevilacqua, pesquisadora exemplar, obrigado pela inspiração e companheirismo; Renato Araújo, Rafael Oliveira, Nabor Júnior (e todo o pessoal da Revista O Menelick 2o Ato), Renata Felinto, Flávio Cerqueira, Rosana Paulino, Jaime Lauriano, Moisés Patrício, Rômulo Vieira Conceição e Aline Motta, obrigado pelas trocas e conversas animadas sobre os (des)caminhos da arte afro-brasileira. Agradeço igualmente a Dona Romilda e a Ana, dedicadas e simpáticas funcionárias das bibliotecas Maria Carolina de Jesus e Mário de Andrade, respectivamente. Aos maravilhosos amigos e colegas do Etno-história: Bernardo Machado, Lúcia Stumpf, Laís Miwa, Terra Johari, Diogo Godoy, Maurício Acuña, Claude Papavero e Tatiana Lotierzo, obrigado pela troca sempre respeitosa e entusiasta de ideias, pelo ambiente acolhedor e colaborativo. Seus comentários foram decisivos no rearranjo dos capítulos e no recorte mais preciso do objeto. Agradeço especialmente a Juliana Sampaio, amiga cujo coração transborda generosidade, pela companhia (e abrigo!) na Jornada John Monteiro, na Unicamp, na Reunião de Antropologia do Mercosul, em Montevidéu, no curso do MASP, pelas longas conversas animadas sobre a pesquisa e outros dramas e alegrias da vida. Aos demais amigos e colegas que conheci na graduação em Ciências Sociais e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da USP, em especial Luiza Ferreira, Roberta Costa, Jacqueline Teixeira, Julia Goyatá, Carlos Filadelfo e Danielle Souza: obrigado pela troca intensa de ideias, referências bibliográficas, desabafos, festas e conversas na sala 26 (e fora dela!). À minha turma de mestrado: obrigado, queridos colegas, pelas leituras entusiasmadas do projeto e, em alguns casos, também do relatório de qualificação. A Henrique Pougy, Bruno Ribeiro e Renata Cortez, agradeço pelas ótimas discussões acadêmicas; a Rafael Hupsel, amigo de olhar sofisticado, obrigado pelo entusiasmo com a pesquisa e pelas sacadas instigantes sobre Arte, Fotografia e Antropologia; a Gustavo Berbel, pelo lirismo na fala e no jeito meio caipira e encantador de ser e estar no mundo; a Carolina Mazzarielo, agradeço pelas conversas, festas, sonhos e planos de viagem divididos; a Mari Machini, pelas sempre ótimas conversas na USP, na praia ou no carnaval, e por encher de alegria todo lugar em que chega; a Artur Fontgaland, pelas músicas cantadas junto e alto, pela sensação de paz que transmite pela sua simples (na realidade, complexa, intrigante e linda) presença; a Lucas Bulgarelli, escorpiano esperto que faz as vezes de chef, obrigado por todas as noites de festa, jantares, discussões da vida e dos rumos da esquerda, de estudos e bebedeiras; a Diogo Maciel, esse parceiro que tanto admiro, dono de uma inteligência poderosa e uma escrita cativante, muito obrigado pela amizade fiel e pelas trocas enriquecedoras; e à minha Gabi Freire, essa irmã que o mestrado me deu, obrigado pelo amor em forma de cuidado, de mensagens “só pra saber como você tá”, pelo espaço de confidência, confiança e apoio mútuo, pelas risadas em altos decibéis, os abraços longos, o humor agridoce e os incentivos que milagrosamente apareciam nas horas de maior desânimo. Chegando ao fim, é hora de voltar ao princípio: pois foi naquele mesmo dia, após a conversa com o mar, que escrevi para Lilia Schwarcz perguntando se aquela nuvem de questões sobre arte, raça, museus e relações Brasil-África lhe parecia conversível num projeto de pesquisa de mestrado. Sua resposta entusiasmada não tardou a chegar (nunca tarda, mesmo com sua agenda apertada), e embarcamos desde então numa pesquisa que logo se converteria, também, numa relação de amizade e parceria. Obrigado, Lili tão querida, pelo olhar atento e cuidadoso, pelos elogios e também puxões de orelha, pela orientação segura, capaz de articular rigor analítico e doçura no trato. Sempre saio motivado de nossas conversas, mesmo quando não concordamos em um ponto ou outro. Essa dissertação não teria sido possível sem sua enorme generosidade em dividir referências, dicas e leituras, embaladas em conversas regadas a chá, pipoca, bolos sem glúten e muitas, muitas risadas. Agradeço, por fim, à CAPES e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP – processo no 2014/26775-1) pela bolsa de estudos concedida.

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Menezes Neto ; orientadora Lilia Katri Moritz. Schwarcz. Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist. Politics”.
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