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Hegel: A Ordem do Tempo PDF

187 Pages·2000·44.958 MB·Portuguese
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fi lr Pll Ër ãï p ste livro não é, apenas, uma da:; ril.lt{il{?ti lllrrir. gts l- da filosofia brasileira. Para alclrr tkr rlurrk ilrq ír,rr fï bt teira, é a compreensão de Hegcl cqrrc rlir, r nul nrrl,: livro, um largo passo. Usnlo lrrnrftr ,h HEGEL A ORDEM DO TEMPO paulo eduardo arantes p{Il '; editora hucitec editora hucitec H editora polis illl ll irl illlllllll, lll, ll editora polis PAULO EDUÂRDO ARANTES HE,GEL A ordem do tempo Tiadução e prefácio de Rubens Rodrigues Torres 2" ediçáo EDITORA HUCITEC EDiTORA POLIS São Paulo, 2000 @ Direitos aurorais, 1981, de Paulo Eduardo fuantes. Direiros de publicaçáo reseruados pela Editora Hucitec Ltda., Rua Gil Eanes,713 -04601-042 São Paulo, Brmil. Telefones: (11)240-9318, 542-0421 e 543-3581. Vendas: (1 I)543-5810. Fac-símile: (01 l)530-5938. Interner: w.hucirec.com.br E-nail: hucìtec@osite. com. br Foi feiro o Depósito Legal. Diagramaçáo: Ourípedes Callene e Maísa Kawata Co-edição com EDITORA POLIS LTDA. "o temPo aParece, Pois, como o destino Rua Caramuru, l196 ea necessidade do esPírito." 04138-002 São Paulo SP Telefone: (l l)5594-7687 * Tel./fax: (ll)2'75-"1586 E-mail: po lis ed@ uol. com. b r Hegel Dados Internacionais de CatalogaSo na Publicação (CIP) (Sandra Regina Vitzel Domingues) 4684 Arantes, Paulo Eduardo Hegel: a ordem do tempo / Paulo Eduardo fuanres; tradução Rubens Rodrigues Torres Filho. - São Paulo : Hucitec / Polis, 2000. _ (Teoria ; 3) Bibliografia ISBN 85-271-0526-8 l. Filosofia alemí 2. Hegel, Georg lX/ilheim Friedrich I Título II. Série CDD -193 Índice para catálogo sistemático: 1. Alemanha: Filosofia 193 2. Filosofia alemã 193 Para Otília SUMARIO À Grrir" de Prefácio, Rubens Rodrigues Torres Filho I I PRIMEIRA PARTE A Potência Elementar do Têmpo 19 I Capítulo A Espaço-Tèmporalidade 2I Capítulo 2 O Ser-fora-de-si 33 Capítulo 3 Da Articulação Punctiforme do Têmpo 53 Capítulo 4 Crítica do "Direito Natural" do Agora 65 O presente estudo é uma rese de doutoramenro submetida em junho de Capítulo 5 1973 à Universidade de Paris X. Agradeço ao Prof, J. T Desanti, que O Processo Abstrato 85 aceitou orientá-la, e ao Prof, Rubens Rodrigues Torres Fiiho, que a tradu- ziu e prefaciou. Agradeço também à FAPESP e ao Governo Francês, dos Capítulo 6 quais fui bolsista durante a elaboração desra monografia. Da Destinaçáo Objetiva das Coisas Finitas 95 9 Capítulo 7 A Pura Contradição Sendo-aí 105 I Capítulo Da Série 129 Capítulo 9 As Duas Muldplicidades 139 À cursa DE PREFÁcro. Capítulo 10 Egoidade e Têmporalidade 147 Capítulo 11 O Grau Zero do Conceito 165 "fiur- uma uez adoeceu de hegelismo (...) nunca mais fca completa- { mente curado": assim Nietszche dìagnostica em efigie (na fgura de Capítulo 12 Dauíd Strauss, l.' Extemporànea) o intelectual de seu tempo; mas bem pode- O Gmpo e Seu Duplo 173 riamos reconltecer nas linhas mettras do noso (a época das ciências ltumanas e do discurso estrutural) esse mesrno conualescente renitente. Em todn caso, é SEGUNDA PARTE com toda certezít que o estado dessas ciências e da flosofia ltoje parece reco- Os Limires da "Reunião com o Gmpo" rB5 mendar cada uez mais uiuamente o empenlto na pesquìsa e na reÍ/rxão sobre o kgado hegeliano, quando mais não fosse, como tentatiua de diagno*icar o Capitulo I mal pek raiz. E bastaria isso, sem dúuida, para que um nouo estudn sobre A Prosa da História IB7 Hegel, ainda mais quando uem recomendado peks euidentes qualidades inte- lectuais dn seu autor fosse sempre bem-uindo. Mas qual o interesse espectfco de Capítulo 2 uma monografia sobre o tempo em Hegel? De antemão, é sufciente referir A Gmporalidade Cumulativa 213 três ordzns de questões em que esse interesse se destaca da maneira mais ime- diata e que, por sì srjs, dão a medida da complexidade do problema. Capítulo j Em primeiro /ugat ainda no pl"tno externo, a questão de interpretação de "... O Dia Espiritual do Presente" 303 Hegel pela posteridadz tardia, que se ltpressa em re/egar (sem deixar dz alpm modo, de re-legar) o chamado "dogmatismo hegeliano" para o campo da Conclusão 371 metaflsica abstrata, em nome de um "retzrno ao Concreto" sob inspiração " Estetextofoipublicado,comotíalo"OTèmpodoConceìto",nareuìstaDíscurson-5, 1974, resen/tando a uersãofancesa do presente ensaio:lOrdre duGmps - Essai sur le Problème duTèmps chez Hegel (edição limitada, mimeografada; Paris, 1973). t0 l1 de Feuerbach s isS6 justamente por encontrar em Hegel uma definição explicitamente no níuel do projeto, tern consciência; Para arsegurar+e disso, - linear e quantitatiud do tempo, que redundaria na supressão da "Hisairía". basta obseruar o quanto ganham em clarem atraués do ensaio, ou simPlesmente Mas, mesmo se as anrilises da Ciència da Logica (e mesmo da Enciclopé- a resolução e paciência com qile a teoria hegelìana dn tempo é perceguidn em dia) situam o tempo como uma ìnstância da categoria da quantidade, jus- todns os seus meandrot. tìfcando, por um lado, essa leitura que uê no tempo hegeliano um todo T/ezentas páginas de anrilises densas e precisas, completadas por mais dz contínuo e ltomogêneo (a exemplo do tempo aristotélico ou dn da Estética uma centena de príginas de notas, são o resubado desse certame com os transcendental), resta saber o que, por outro kda, permite a Hegel dar ao tempo textos. Duas etaPas, em que o autor faz fente a seil problema (diríamos: 'b um caráter especulatiuo, reconltecend.o nele a negatiuidadz que é própria do primeiro e o segundo tempo"?) rePartem o uolume em duas Partes, que Conceito. Seria tão simplts descartar+e dc Hegel fazenda dcle mais um cubor poderíamos cbamari mas Por comodidade al)enat, "dogmática" e "aporética". metaflsico da a-historicidade? Isso conduz à segunda questão, jti interna, de Mas, antes de elogiar a finura do jogo e da marcação, importa conltecer e saber como Hegel ekborou a tradição, particukrmente do ifualismo pós-hantiano, aualiar o score. para podzr fazer do tempo, até então o termo que a?aga a contradição (haja Na primeira parte, sob o títub: 'A potência elementar dn umpo", trata4e dz uista a formukção dn princípio dc contradição - 'uma coisa não pode ser e mostrar, com a minúcia requerida pek pnipria comp/zxidadz dz tarefa, como não ser ao mesmo tempo " que contrabandeia, nessa alusão ao tempo, lt Hegel dá conta da gênese conceitual dn tempo, em um constante diábgo com a - indicação dz uma reconciliação possíuel na sucessão) o próprio lugar onde tradxção filosófica mais pnixima, isto é, com Kant e os ptís-kantianos, Para ot expbd"e a connadição: o instante-limite que trítz sua negação em si mesmo, e jtí quais o problema dn tempo tem o releuo que se sabe, mas caja solução não a negação dzssa negação. Essa originalìdzde dr Hegel, que consiste, afinal, em conuém a Hegel por redundar como este próprio diz naquek 'hha opinião uer no tempo a estrutura do próprio conceito, traz a possibilidade da leitura sobre o progresso ao infnito" que é, em suma, adesão à md ìnfnitude - 'bsse oPosta à mencionada acima: longe de se confundir com a tradição metaflsìca, constante sobreuôo dn limite, que é a impotência dc suprimi-b e a Perene recaída seria Hegel então o primeiro a dar ao tempo um estatutl propriamente nele" (cf Lógica, 'A infnitudc quantitatiua", Obseruação I). Tiata+e, pois, flos,lfco, à histórìa uma cidadania especulatiua? E neste ponto que se insere retomando as pakwas dn autor, de reconstituir o arcabouço dz uma lógica do a terceira ordzm dz questões, já no plano sistemtítico: o itinerririo da dialéttca, tempo, 'b primeira face da teorìa hegelìana dn umpo" - e, assim, de "pôr em que consìste no trabalho do Espírito em fazer o em-si aceder ao para+i, não euidência os princípios lógicos que presidem a elaboração do conceito da justamente peb tempo, não htí um círcuh especuktiuo a srr percorrido negatiuidadc elementar dn tempo" para mostra,i enfm, "em nome de que impe' Passa paro que o resubado, enfm, se torne idêntico ao começo? Mas este seria, então, ratiuos lógicos o abance fu sua 'potência'se encontra circunscrito"; mas tambénx, o paradoxo dn sistema ltegeliano: como o fLisofo que introduz a histórìa em e em íntima ligação com isso, impõe+e o atendimento à tarefa, cuja importân- flnsofa é também o fihsofo d" 'f* da história"? Ou, melhor: o que deue ser o cia não é menor, dr indìcar "ao /ado dos Pontos dz ruptura irreuersíueis, os tempo para que, insta/ado no coração da dia/ética, seja ao mesmo tempo prolongamentos, ot remanejamentos dos temas herdados do Pensamento negado com o uigor dns textos como o do S 258 da Enciclopédra que transcendzntal" (tf p. 135, trad. br., p. 183). - afrma a eternidade do Conceito - ou como tantos outros, que fazem Basta acompanhar os thubs dns doze iteru que comPõem esa primeira parte coincidir o aduento do Saber absoluto com o fm da histórìa. para reconltecer a sufciênca e cuidado com que é dcsenuoluida esa "reconstituição Eis, sumariamente, algumas das questões com as quais um estudo sobre o hìsnírica", qre uai, dzsdz a retomada da questão da espaço+empomlidadz a Partir tempo em Hegel teria de se dzfontar e eis, portanto, o quadro onde situar agora ,la filosofia pós-kantiana, até a compreensãa dn tempo como 'b grau zero do o presente trabalho. Questões releuantes, das quais o autor, embora não as alegue Conceito", mas dialeücamente rednbradp e circunsnito pzr este úbimo (em "O t2 r3 temPo e seu duplo"). Cuidado quc coruiste, justamente, em não fugir a nenltuma o discurso histórico-fenomenohígico e o discurso lógico-especulatiuo na obra das difculdades, que não sãa peqtenas, e uem culrnirwr na resolução dc enfentar de Hegel. até mesmo essa úbìmA ou sja, estabelecer a complÊxa relaçãn entre tempo e Con- Nesses resuhadot porém, o autor não se dztém, mas parte dzles para colher ceito, ou melhor como esttí escrito no texto: de "seguir o isomorfsmo que Hegel outros, de abance ainda mais amplo, e771 t'!.rna segunda parte, onde as aquisi- pretende estabelecer entre o conceito e o 77mpo". E isto uem a calhar- o autor ções dessa arguta reconstituição doutrindria da teoria do tempo - sa67ia qus bem o sabe para pôr em dificuldaìz as interpretações simplistas ou humanistas o autoti com indruida modzstia, considzra 'facilmente defniuel no interior do - que fariam da "inquiztudt" do real, característica do 'dimmismo hegeliano", o Sìstema" (p. 135, t nd. P. 183) irão seruirpara uma noua e importante - simplcs ebgio da "pimazia do dnir sobr o ser", como uma "intuição que é úapa: explicar a temporalidadz inédita que constitui a história. Depois de essencialmente a do ltomem, e também essencialmente a do tempo" (A. encontrar no Conceito os ambígaos limites da'potência do tempo", trata-te Kojèue, citado à p. 163, trad. p. 92, nota 6). dc mostrar, desta uez, na ambiuahncia da Gegenwârtigkeit hegeliana (que Citaremos apenas alguns dos resubados importítntes que o leitor pode tirar denota tanto o 'Agora" quanto a "eternidadz'), quais são como diz o - dzssas análises: fca ckro que, se Hegel usa a expressão "momento", dt origem útulo dessa segunda parte les limites de la "réunion avec le temps". - temporal, para fusignar as etapas dn caminhamento dialy'tico, nãn se trata dc A noua tarefa é leuada a efeito em três momentos: 1. A prosa da histó- urn uso irrefletido ou metafirico da linguagem, mas de uso hgitimadn pek ria; 2. A temporalidade cumuladva; 3. "...O dia espiritual do Presen- armação hgica quz define a ambol uma uez que 0 tempo é dntadn das caracte- re". Desta segunda parte, mais extensa do que a outla, e em que são aborda- rísticas do limite, da relação negatiua, do Simplcs, do Um, dn ser-para+i; mas rlos alguns dos problemas mais urgentes para o hegelianismo e seas sucessores isso não quer dizcr que Hegel tenlta, por exempb, tirado elzmentos dc uma (a temporalidadz da histórìa, o ardil da razão, as relações entre história e fenomenologia do tempo, agora entendido como purít contradição, para dz- Memória, o 'btimiimo" dialético etc.), temot d.e contentar-nos com A men- monstrar a uerdadz especulatiua da unidad"e do ser e do não+er: pois, se estd ção de alguns dos resuhados mais notáueis. úbima é exemplificada peb deuir peb ser-aí etc., resta a distância e o jogo Pode-se explirar por que Hegel faz coincidir o nascimcnto da Hisniria com o dialr'tico que há entre a essência e o exempb. Além disso: se há isomorfismo ruucimento da hittória escrita (as úus "prosm" da Hitúria), pek especifcidadc da (conespondlncia da drterminações \ógicas) entïe a egoidadc (tal como é defni- noçãa de "refzxao": a história só começa pek ciúo dD imedian, pek opwiçãa do da pek flosofa transcendzntal) e a temporalidadz - e a pakuraUneil (juízo) F:pírito a si mesmo para tornar-se seu próprio objeto, e por isso a História tem efetiuamente Para Hegel a conotação dc parrilha-originária (Ur-tetl), apli- rcm de nascer subjetiua e objetiuamente ao Tnesmo tempo. Mas, graças ao cáuel também à cisão (rekção auto-exclusiua) constitutiua do tempo - esse co- cstabelecimento anterior da l,igica do tempo, é possíuel esclarecê-/o com Pertencimento não permite estabelecer entre ambos, como faz Fichte, uma redobrado rigor mediante o isomorfismo parcial entre egoidade e relação de fundação, nem sua dissociação ulterìor justifca a admissão de tcmPoralidade, que permite mostrar em que medidz o templ se distingue e se uma temporalidade originária. A eternidadc, enfim, anibuída à infinitude ilproxima da hisnirìa, o primeiro como o "deuir inndo", esta úhima como o do Conceito, por oposição àfnitude daquilo que esttí submetido ao tempo, 'Tleuir interiorizada" (no sentido da Erinnerung que é também Memória); mantém sim, com a temPoralidade uma relação de supressáo, mas no ttssim, é a teoria dn tempo que permite compreend.er essa reconciliação com a sentidn da Aufhebung, portanto não de negação simples, mas de negação caducidadc (a'ïeunião corn o tempo'), que consiste ern referir a negatiuidadz dn dupla, em que se deue leuar em conta também o momentz da conseruação do rtmpo (como perda e ruína) à do Conceito (como ganho e como história). suprimido, Assìm, graças a essa gênese conceìtual da temporalidade, encon- Haueria um modo de entendzr (ou desentendzr) o 'brdil da razã0", que se tram-se aqui ualiosos subsidios para esclarecer por exemplo, as relações entre 'true das determinações particukres do indiuíduo para cumprir seus fins t4 r5 untuersais' como reÍlexo suspeito de uma teorogia (às uezes teodicéia) ,',titr'tlrtrettt: sua orìginalidade estri em não ter recorrido em nenhum mo- prouidencialista, e assim como um rerorno dìsfarçado da metaflsica. Mas quem t,!, ,t!!', /r() (xpor a doutrina hegelìana do teml>o, ítos textos daFenomenologia dispõe da teoria da negatiuidade do umpo tem recursos para entender a .1" 1 .,;rír iro ou, de algum modo, a uTna "experìência da consciência", e em deteisamtrléupttoburaraa li dddoao din c's hctrrudummilu"e lanàtt ioute:a m odp a'ob rhradirsiirtd"óa rédia ea afqtaruaceuu érndsa adsdocese dtdueox t iontsrta e,b*rop íohqrou ,-, rpHioreírga-et rrm rr*erdofe4rrea, oa, ,!i1;.'.,;.\ ,r.r,', .,L\r,tf ntrtl'ti,sm calupidresdsoad re q.du ies-s od,e Eeumsotra abs ees/geeuucnre drp orce olsumsgu aêpaxzis tooto scc,ao rmér ipttea/er lt,po qraóu pedr oiaou tadrilante afrl onhasetgoiueflaaia nddaoe assìm de introduzir o tempo do retardamento, do dìfrri*rrto. Com isso, é ,,,,rr.rr/r/r/o/ emface dela parece ìrrecustíuel: ou criticrí-/a em nome de crité- possíuel /ançar noua luz sobre muitos tr-r, "fo*oros": o dito ,btimismo,, t,,', t\ltt'tÌos, caindo em descrédito diante de um oponeTtte que de antemão hegeliano, que consiste em tornar possíuer um ponto de uista a-temporar i,t ttttrtrt rlessa exterioridade, ou compreendê-lã internamente, mas de tal treemdoab rdaand "ol eon ttiudmãpoo" hdiast óhriicsotó er iqau;e o puod a.es p ceérrfeebitraems eenxtper ecsosõeexiss tdìro, airgeorfaic, icoo md ao t,,,:t,,,', lr\t( 'ttlourcn,l 7p oprr oebfeleitmo rdiatisc ale, isp ienltoe rmnaesn odso adois cnuíurseol , dqou ad/iqscuuerrs oto mltearmdae ndêeu ptìocsoì,- Fenomenolo gia sobre "a seriedade, a dor o poriêrcia e o trabalho do)rgotiro,, ,, ',, ,,,rrr|,tnça de registro. E o qrc leua a dizer que Hegel "rtão tem por ondt - que não precisam mais ser lidns como simples metáforas. E, se é sem)re um ', ll', /,t{ue". O mérito deste estudo, considerado sob esse dspecto, ë o de, sem tento poder explicar um texto f/.osófco sem ,r, forçìdo a tumar ,rui ,rr*o, ,,,/tÌ rtr)s lugares comuns da interpretação conuencional, que em troca de lmanectaef,o rtiecartmí ednet er,e cnonãhoe éce mr ecnooms cqeureto 'bqrudei ra" jeás taa a tlrtaubraar hoo slea itporrim ae ìcraad ap anroteuo, t",,,rtrt,ttt /"/r6c foilsta Pçãoon"to islu esmór iaq uaec aubmaa r eucearinddaod epìroar ospuoíts Liç)eiízo naa Hmeegtea/f lsseic ato, rtnolrtn aítor aparentemente drscarnada, estaua armando o jogo. mdeo:et rnrE1tteno- f aiCmd roae,n tcoHoem iisctaootód -epar ie oad r,ttae emc noacpnmiomd olpies opendsrt,eoo ,jfe seetaiotra p csodo szemt amnu ee nm"uico napa eçtrãerizsompa eçppcãeotoiÌ uoe a ds inoesou tebt udrremiu opopr lo oirq.,m 'u,E eas osseebesrr upeeí es'aptcasrueb edckrituseiracaoes- ,!"lr.',t t ,.,u, tltt\1it:ttt,t,tt,tççi'l r{ì/ oçcteolríÌmsottsos r/q uold-ue ileo.am ldbéãaitrsisec tpçoaã,on otrqe uq(pdaueanesrd taamo euu(i/eoetrsz a?,s p enaO.ã.s.o )se atdnoris mssateoiaourd cdpoìerd óeiaxpm?ar )i o,ta o oidsds oome fsoecc naoroib gspr oidsaruo rqagr ue Jaerir d íec osqo pmuqeauprnaeont roo-- s76f6n5 - 4 do tempo e a do Conceiro - qo, prr-itirá estibelecer a gradação 1,t (rlt torcida?). das múltiplas fguras da presença qu, n-rnquodrom entre estes doisïtremos: de um lado, o Presente finito (a naturalidade, o ,Agora', da duração, como Rubens Rodrigues 'Torres Fi/ho aboliçãn relatiua) e, de outro, o presente infnito dì "eternidade". Assìm, o autor poderá agora reconhecer, em Heger, o úrtimo pensador de uma con- cepção épìca da temporalidade, na conclusão do ensaio. conclusão, aliás, simples balanço, e não prorrogação. pois bastu assina/ar mais dois pontos marcados, para comprouar que não é preciso mais ,,tempo,, complementar para decidir a partìda. Ei-los. Ninguém, até agora, hauia mostrado com sufciente precisão, em Hegel, a possibilidade de uma constituição compreta do tempo sem o recurso à consciência (seu correlato necessário no interior do idealismo transcendental). Em contrapartida, já a sìmples composição deste estudo o mostra com sufi_ T6 t7 Parte I A POTÊNCIA ELEMENTAR DO TEMPO "Vê como nasce Para ti o tempo, e uerás como nltsce tudo." Fichte* Wissenschafslehre 1798 noua methodo, Nachgelassene Schrifien, v. II, ed. H. Jecob, frrenker und DuennhauptVerlag, Berlin, 1937. g i6, p. 136. Capítulo I A ESPAçO-TE M PORALT DAD E /\ o examinar sucintamente a doutrina kantiana da Estérica trans- /-\..nd..,tal, em suas Preleções sobre a Histórìa da Filosofia, o que I lcgel lhe censura é, sobretudo, não indagar,se nunca como e por que .Ì{ ()rìtece ao espírito ter em si essas duas formas puras que deveriam expri- rrrir a natureza do espaço e do tempo.r Em outras palavras, a dupla exposi- (,.r() metafïsica e transcendenral resulta insuficienre, pois não é a contrapartida r[ urÌlâ verdadeira dedução genética do espaço e do tempo. Sob esse aspec- r,,, I{egel retoma, embora remanejando-o, um tema comum a todos os 1',is kantianos, no qual o que se põe em causa é a heterogeneidade radical , rÌ(r'e o entendimento e a sensibilidade.2 Além disso, prossegue ele, nesse ,r('srno texto, em Kant a determinação do que sáo em-si o espaço e o Vtrlesungen ìiber dìe Geschichte der Phìlosophie, ìn Wbrke, ed. E. Moldenhauer e K. M. Miclrel, SuhrkampVcrlag, Frankfurt, 1971,v,20, t. III, p. 342-3 (abreviado:VuGPh.). Na observação finai do Grundriss de 1791, Fichte escrevia: "Kant, ne Crítica da lÌazão Pura, começe naquele momento da reflexáo em que o tempo, o espaço e um tliverso da intuição estão dados e já existentes no eu e para o eu. Nós deduzirnos a 7rìori esses dados e agora eles existem no eu" (SW- I, p.441; trad. Philonenko, Prëcis & ce qui ert plzpre à la Doctrine de la Science, in Oeuures Choìsies de Philosophie Première, Vrin, Paris, 1964, p.238). Bergson adotará o ponto de vista da gênese -Também - tle gênese ideal da mâtérie ao censurar à filosofia kantiana o lato de que ela "se dá - o espaço como uma forma acabada de nossa faculdade de perceber, - verdadeíro deus t.r machina, do qual não se vê nem como surgiu nem por que é o que é e não 2l

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