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hay algo que no se olvida ni se recuerda PDF

99 Pages·2017·6.95 MB·Spanish
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UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE BELAS-ARTES HAY ALGO QUE NO SE OLVIDA NI SE RECUERDA Arte y Política Claudia Cid Álvarez Dissertação Mestrado em Pintura Dissertação orientada pelo Prof. Doutor Tomás Maia 2016 DECLARAÇÃO DE AUTORIA Eu Claudia Cid Álvarez, declaro que a presente dissertação de mestrado intitulada “Hay algo que no se olvida ni se recuerda: Arte y política” é o resultado da minha investigação pessoal e independente. O conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas na bibliografia ou outras listagens de fontes documentais, tal como todas as citações diretas ou indiretas têm devida indicação ao longo do trabalho segundo as normas académicas. O Candidato Lisboa, 23-12-1016 Resumo Este trabalho é composto por duas partes: Parte I e Parte II. A Parte I consiste numa abordagem teórica sobre o lugar que ocupam as emoções a nível individual e coletivo, a sua transmissão através da arte e a repercussão desta na sociedade de um ponto de vista político. A Parte II compreende os resultados do meu projeto artístico que trata de dar forma às minhas próprias emoções, ao meu mundo interior, às vicissitudes internas que não encon- tram palavras para ser transmitidas. Trata-se, portanto, de uma abordagem pessoal às minhas necessidades emocionais, memórias, desejos e impressões. Através do meu trabalho artístico mostro como, de modo individual e instintivo, transformo a realidade interna e externa, pro- curando encontrar respostas a perguntas colocadas a partir da minha própria experiência do crescimento, vida e existência no mundo. Sumarizando a Parte I, expomos, em primeiro lugar, a importância do cisma histórico entre razão e emoção, para entender a posição subordinada das emoções quando confrontadas com o predomínio do racionalismo. Este desequilíbrio é uma das causas fundamentais de muitos dos nossos problemas individuais, e bastantes dos problemas sociais e políticos so- fridos atualmente. Por isso, neste trabalho, pretendo colocar, em primeiro lugar, o mundo interno na situação de importância que merece, para mais tarde procurar a sua implicação na arte e na política. Inicialmente, proponho reconhecer os aspetos humanos internos que se mantêm latentes, que não são valorizados a nível coletivo e dificilmente são identificados a nível individual. Centrando-nos na violência, no prazer e na magia, procuramos investigar o inconsciente e chamar a atenção para as emoções, defendendo a importância de vivê-las, reconhecê-las e aceitá-las, com o objetivo principal de sentir a nossa passagem pelo mundo. Através destas três dimensões internas falamos das emoções negativas, como a tristeza, a angústia, a frustração, a agressividade, o medo, a ira... rejeitadas e escondidas pelas estruturas institucionais como a lei, a saúde, a educação, a publicidade, etc., que constroem um sistema que nos mantém num estado de aparente “bem-estar”. Pretendo demonstrar a importância do reconhecimento e aceitação destas emoções ‘negativas’ para situá-las ao mesmo nível que as ‘positivas’ (o amor, a reparação, a empatia, a solidariedade, etc.) e comprovar como ambas têm a mesma importância para o equilíbrio interno e social, o qual é imprescindível para dar lugar ao crescimento, ao pensamento e à criação. Para esta imersão, baseamo-nos em algumas obras de Leon Grinberg que, por sua vez, se fundamenta em outros autores, entre eles Freud e Melanie Klein. Mediante os seus estudos entramos nos estratos mais profundos da mente: as primeiras etapas da vida e as origens das primeiras sociedades. Uma vez que falamos das emoções naturais que o ser humano experimenta no seu interior, e que são rejeitadas a nível externo, coloco em questão de que modo estas chegam a ser ex- pressadas, aceitadas e reconhecidas pela sociedade. Falamos então da arte, meio de transformação do mundo interior caótico e volátil, através do ato criativo. Procurando a reconstrução do que se sente perdido ou debilitado, vai surgindo a ideia que dá lugar à obra, na qual não só as emoções do artista são projetadas, mas também as do público, que observa na criação a possibilidade de recompor o seu próprio mundo interior. Depois de falar de arte como prática mediante a qual se procura a reparação individual, comprovamos também que ela sempre desempenhou um papel de reparação social, ao dar a conhecer os danos cometidos e sofridos em coletivo e procurar a forma de reconstruir o que foi danificado. Para tal recorremos à história da arte, desde a Grécia Clássica à arte contemporânea, onde verificamos, através de textos de teóricos da arte e artistas, que sempre existiu a consciência da necessidade de voltar a conectar com a nossa essência emocional e, portanto, de repensar as estruturas sociais que nos contêm. A arte, na sua natureza sensível, questiona constante- mente o sistema, tratando de recordar e conservar os aspetos essenciais que não devemos perder nem esquecer, os quais, de acordo com a época, foram recebendo os nomes de moral, espiritualidade, sensibilidade, expressão, origem ou mundo interior. Aquilo que hoje em dia ainda se mantem latente e precisa de ser reconhecido. ‘Algo que não se esquece nem se recorda’. Comprovamos, além disso, como esta busca do respeito pelo mundo interior, do equilíbrio entre razão e emoção, se relacionou, ao longo da histórica com épocas passadas que pareciam manter ainda aspetos essenciais que na contemporaneidade se consideravam perdidos por causa da evolução, do desenvolvimento, dos mercados ou da corrupção do sistema econó- mico-financeiro. Na última parte do trabalho, proponho-me a procurar sistemas baseados nos princípios deste equilíbrio que possam servir de modelo para reparar os erros do estado social atual. Para tal faço uma exposição de outros sistemas sociais que se baseiam nos princípios de aceitação e integração das emoções, do respeito, da solidariedade e da empatia; e que po- dem servir de referência para que se possa transformar o atual sistema capitalista neoliberal em outros tipos de sistemas, que garantam a liberdade dos cidadãos, para que estes possam desenvolver-se segundo as suas necessidades individuais. Os sistemas que propomos como modelo são o conceito de habitar de Heidegger, e os grupos de trabalho de Bion. Sugerimos ainda duas vias complementares para o desenvolvimento do nosso sistema atual: a proposta de Jorge L. Tizón que considera que a solidariedade, a gratidão e a integração são atitudes que devemos adotar inevitavelmente se queremos transformar o sistema em direção ao respeito e à liberdade. E um projeto pessoal de educação artística para a infância, criado e desenvolvido com a finalidade de ajudar as crianças a perceber as suas emoções e geri-las, transmitindo-lhes conhecimentos artísticos que facilitem a expressão do seu próprio mundo interior , e valores éticos e sociais. Para terminar, concluiremos com a avaliação do papel da arte nesta renovação política, meio fundamental de reconhecimento e transformação das emoções através da criação artística que, por isso, desempenha uma função fundamental para o questionamento das estruturas e a construção de uma nova sociedade mais respeitadora com a nossa essência e mais justa para com as nossas necessidades reais. Constatamos, portanto, que a arte foi sempre um meio de expressão das necessidades emo- cionais humanas, de busca por aquilo que se julgava perdido e que deveria ser recuperado para manter a nossa essência, um meio de reivindicação da existência de uma realidade inte- rior tão importante como a externa. A arte foi sempre uma área contra a norma, a estrutura estabelecida e a imposição, as quais rejeitou e destruiu através da obra, para tentar começar sempre de novo, procurando outras possibilidades mais respeitadoras dos nossos instintos mais profundos. Acreditamos que o simples facto de fazer arte acarreta uma luta silenciosa. A criação artística, que reivindica a liberdade do mundo interior, é um ato político porque o querer criar implica um descontentamento com o mundo que nos rodeia e a vontade de querer transmitir as nos- sas novas ideias ao mundo, que se enriquecerá com elas. Portanto, com este trabalho, queremos defender a importância do reconhecimento das emoções, da sua apreciação e expressão através da arte, para chamar a atenção para as incon- gruências e carências do nosso sistema, e despertar a necessidade de refletir e reconstruir as estruturas. Palavras-Chave: Mundo interior; Arte; Política. Abstract This work is composed of two parts: Part I and Part II. In Part I, it is proposed to recognize, firstly, those human internal aspects that remain latent, that are not valued collectively and are hardly perceived individually, and their involvement in art and politics. It is about emotions, specially negative ones, such as sadness, anguish, frustration, aggres- sion, fear, anger ... which are rejected and hidden through institutional structures such as law, health, education, advertising, etc. and build a system that keeps us in a state of apparent ‘well-being’. It aims to show the importance of recognizing and accepting these ‘negative’ emotions and to place them at the same level as the ‘positive’ emotions (love, reparation, empathy, solida- rity, etc.) and to reveal how both are equally necessary for internal and social balance, which is fundamental create space for growth, thought and creation. Through the history of art can be verified that there was always an awareness of the need to reconnect with our emotional essence, and, therefore, to rethink the social structures that contain us. Art, due to its sensitive nature, constantly questions the system, trying to remem- ber and keep those essential aspects that we should not lose or forget, which, according to the epoch, received the name of morality, spirituality, sensitivity, expression, origin or inner world. What today still remains latent and needs to be recognized. ‘Something that is not forgotten, nor is it remembered’. Knowing this, we make an exposition of social systems that are based on the principles of acceptance and integration of emotions, respect, solidarity and empathy; that can serve as a model for transforming the current neoliberal capitalist system into other types of systems that guarantee the freedom of citizens, so that they can develop according to their individual needs. We will conclude with the assessment of the role of art in this political renewal, as a funda- mental means of recognition of emotions and their transformation through artistic creation which, therefore, plays a crucial role in questioning structures and building a new society, more respectful with our essence and real needs. Part II includes the results of my artistic project that focuses on shaping my own emotions, my inner world, the internal vicissitudes that can not find words to be transmitted. It is, the- refore, the personal approach to my emotional needs, memories, desires and impressions. Through my artistic practice I transform, in my own instinctive language, the internal and external reality, seeking answers to questions raised from the experience of growth, life and existence in the world. Key words: Inner world; Art; Politic. A mi Familia, en especial a mis padres, a mi hermana y a la Ina. También a la pequeña familia portuguesa. Y a Tomás Maia.

Description:
nino) y el yang (el sol, el cielo, lo masculino); en la cultura persa con Ormus (el creador y la buena mente) y Ahriman (la mente maligna); en el cristianismo . especial para perjudicar a los demás. Los motivos profundos que impulsan al ejercicio de la magia son, pues, los deseos humanos. El primi
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