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Gustavo Rick Amaral PDF

462 Pages·2014·3.08 MB·Portuguese
by  G. Rick
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Gustavo Rick Amaral Os conceitos de representação e recursividade na obra do jovem Peirce DOUTORADO EM TECNOLOGIAS DA INTELIGÊNCIA E DESIGN DIGITAL Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de Doutor em TECNOLOGIAS DA INTELIGÊNCIA E DESIGN DIGITAL sob a orientação do Professor Doutor Winfried Nöth. SÃO PAULO 2014 BANCA EXAMINADORA _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ Este trabalho é dedicado a Paula Salazar, exemplo de força e vida Agradecimentos Ao professor e orientador Winfried Nöth, pelo rigor germânico e por ser um orientador "padrão Fifa" (no"país da CBF") À professora Lucia Santaella, por ter me apresentado e me guiado pela densa selva dos escritos peirceanos e especificamente por ter elaborado, ao longo de trinta anos, uma abordagem à semiótica de Peirce que criou um norte para esta pesquisa Ao professor Edélcio Gonçalves de Souza, cujas aulas e seminários a respeito de lógica e teoria de conjuntos tornaram possível parte considerável das análises desenvolvidas nesta pesquisa Ao professor Jorge de Albuquerque Vieira, pela magnificência com a qual consegue formar pontes sobre o abismo que separa a mentalidade reinante na área "das exatas" daquela que reina na área "das humanas" A Paula Salazar, pela paciência, companhia e apoio ao longo desses quatro anos de pesquisa e, sobretudo, pelo exemplo de superação e coragem oferecido a todos que testemunharam sua vitória contra uma das maiores adversidades que um ser humano pode encontrar nesta vida. À família que deixei em Brasília, minha mãe, meu pai e meu irmão, sempre presentes mesmo estando longe. À família que me acolheu quando cheguei na “cidade grande” Tia Rosa, Manu e Maurício, Aos amigos de Brasília, que sempre nos obrigam a pensar diversas vezes em retornar à cidade natal. Aos amigos de São Paulo, principalmente, Marcelo Santos e Tarcísio Cardoso, por ainda terem, depois de alguns anos, paciência para ouvir minhas divagações teóricas. E também à Poliana e ao Caio. Aos Gatos, Chico Legi, Branquinha, Amelie, Zuzu, Toninho, Lechuga e Maria Eduarda, pela inseparável companhia. Devo agradecer ainda ao corpo docente do TIDD Um agradecimento especial a Edna, pela infinita paciência e presteza, e à CAPES, pela concessão da bolsa de estudos. Palavras-chave: representação, recursividade, interpretante, cognição, semiótica, Peirce. Resumo: Esta tese versa sobre o tipo de definição ou caracterização que Peirce utilizou para construir um conceito central dentro de sua semiótica: o conceito de representação. As análises que foram desenvolvidas para sustentar esta tese se limitam aos escritos peirceanos do final da década de 1860, época em que o pensamento de Peirce começa a se afastar de sua matriz kantiana e ganhar contornos próprios. O foco de toda a pesquisa realizada para a sustentação desta tese é o elemento lógico do sistema filosófico de Charles S. Peirce, i.e., a estruturação argumentativa desenvolvida pelo filósofo para validar as teorias que são oferecidas como respostas a problemas filosóficos. De modo diverso das abordagens diádicas desenvolvidas para explicar o funcionamento de um processo de representação, a concepção de representação elaborada por Peirce dentro da semiótica é triádica e esta diferença está longe de ser meramente numérica. Nossa tese é que, com a introdução desse terceiro elemento (o interpretante), a caracterização do conceito de representação (elaborado dentro da semiótica peirceana) torna-se necessariamente recursiva e este tipo de caracterização é uma exigência interna da teoria que Peirce planeja oferecer como resposta ao que considerou ser o problema central da filosofia: como são possíveis os raciocínios sintéticos (i.e., ampliativos) ou, sob outro ângulo, como é possível haver crescimento do conhecimento? Com intuito de provar esta (nossa) tese a respeito da necessidade deste tipo de caracterização conceitual dentro do projeto filosófico peirceano, dedicamos parte considerável deste texto à tarefa de estabelecer não apenas que a semiótica é central para tal projeto, mas também estabelecer que algumas teses centrais dentro da semiótica são decorrência direta do fato do conceito de representação ter sido definido ou caracterizado de forma recursiva. Estas teses centrais foram denominadas de teses elementares da semiótica: "não há primeiro signo (num processo interpretativo)" e "não há último signo (num processo interpretativo)". Então, para que seja sustentável a solução teórica encontrada por Peirce para o (que considera o) problema central da filosofia, estas duas teses elementares acima referidas têm que ser estabelecidas dentro da teoria semiótica (desenvolvida pelo próprio Peirce), e o estabelecimento destas teses depende da recursividade que é encontrada dentro da concepção de signo ou de processo representativo (e é introduzida pelo conceito de interpretante). Portanto, a nossa tese é justamente que a caracterização ou definição do conceito de representação que está no coração do conceito de signo da semiótica peirceana é necessariamente recursiva, pois sem esta recursividade, simplesmente não seria possível derivar as duas teses elementares da semiótica.

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12.2 A caracterização recursiva do conceito de representação na semiótica ambientação de mistério e obscuridade que é cultivada ao redor da
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