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Guia Bibliográfico da Nova Direita: 39 livros para compreender o fenômeno brasileiro PDF

218 Pages·2017·1.01 MB·Portuguese
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Agradecimentos especiais À minha família, particularmente pais e avós, sem medo do clichê, posto que, na prática, seus exemplos e valores na minha criação pesam mais que qualquer autor; Ao meu amigo e editor José Lorêdo Filho, pela gentileza, encorajamento e interação constante na elaboração deste projeto; A toda a equipe com que trabalhei no Instituto Liberal, instituição onde a ideia nasceu: Rodrigo Constantino, grande divulgador das ideias liberais e conservadoras, cuja postura de incentivo às nossas iniciativas e às de tantos outros, consciente de seu papel aglutinador, merece nossa eterna gratidão e nosso mais profundo respeito; Bernardo Santoro, que me abriu as portas para publicar, em seu estágio inicial, alguns dos ensaios aqui presentes; Cibele Bastos, nossa querida companheira cearense, e Diego Reis, nosso parceiro gaúcho, com os quais desenvolvi projetos promissores naquela instituição; Neuzeir, lenda viva e braço forte a amparar todos os nossos esforços; e Gabriel Menegale, com quem cheguei a conviver efetivamente em momento posterior, mas que hoje é sócio compromissado e brilhante em vários novos projetos; A Eric Balbinus de Abreu, amigo que colabora intensamente na divulgação do material que produzimos, pelo que jamais agradecerei o suficiente; Aos vários amigos, muitos deles virtuais, que divulgam nossos artigos e nos estimulam sempre, aos quais não seria capaz de nomear todos, representando-os nas figuras de Marco Carrero, Rodrigo Mezzomo, Hiago Rebello, Catarina Rochamonte, Rafaela de Kássia, Juliano Oliveira, Laura Barbosa, Ronaldo Meza, Jhonatan Henrique, Carlos Eduardo, João César de Melo, Fabiano Nunes, Antares Tan Lan, Rosane Pires, Alessandra Abreu, Carla Brum, Pedro Henrique Ferreira, Rafael Hollanda, Fernando Pergentino, Julia Antonia, Wagner Vargas, Alessandro Lyra Braga, Leonardo Estelitta, Vantuir Santos, Paulo Maurício, Leonardo Faccioni, Yuri da Silva Villas Boas, Pedro Zornow, Herivelto Carvalho, Alexandre Alves, Rose Ribas, Karoline Honorato, Guilherme Cintra, Viviane Barbosa, Karoline Sousa, Márcio Andrade, Mozart Fernando, Erick Lima, Tadeu Saboia, Izabella Vasconcellos e tantos outros; A Mariana Moreira, por não apenas incentivar, mas também trocar proveitosas confidências e compartilhar experiências similares, compreendendo meus sentimentos e inquietações como poucos outros. Sumário Sumário Prefácio Introdução I – Origens e fundamentos das ideias 1. Reflexões sobre a Revolução na França – um marco teórico da prudência na política 2. A lei – por que Bastiat foi simplesmente um gênio 3. O caminho da servidão – o manifesto histórico de Hayek 4. Ação humana – a obra magna de Ludwig von Mises 5. O liberalismo – antigo e moderno– um passeio de Merquior pela jornada de uma ideia 6. Liberalismo e justiça social – uma síntese abrangente de Ubiratan Borges de Macedo 7. O que é o liberalismo – o ativismo pioneiro de Donald Stewart Jr. 8. Decência já! – a verve e a intensidade de Meira Penna 9. As etapas do pensamento sociológico – um passeio histórico de Raymond Aron 10. O liberalismo comentado por Roger Scruton em Como ser um conservador 11. A política da prudência – o tradicionalista americano que faz sucesso no Brasil 12. Democracia e liderança – um tesouro de Irving Babbitt 13. As ideias conservadoras – explicando aos extremistas a virtude da moderação II – Como entender o Brasil 14. Os atenienses da América e o pai da nação 15. Minha formação – o legado de Joaquim Nabuco 16. Carlos Lacerda e a doutrina udenista 17. A saga brasileira vista por Bruno Garschagen 18. O patrimonialismo e a realidade latino-americana – um retrato das nossas raízes 19. Os construtores do Império – a fascinante experiência do Brasil Imperial 20. Grandes momentos do parlamento brasileiro – o contraste entre o passado e o presente da política nacional 21. Hayek no Brasil – um documento histórico 22. A lanterna na popa – seguindo os passos de um homem que se tornou História III – Grandes ícones da politica internacional 23. A arte de governar – o pensamento de Margaret Thatcher 24. A voz de Winston Churchill pelo mundo livre – por uma liderança ocidental IV – Um olhar sobre adversários e inimigos 25. O avô do mal do século 26. O manifesto comunista – a face transparente do mal 27. A doutrina do fascismo, de Benito Mussolini 28. O Mein Kampf de Adolf Hitler – prenúncio de um pesadelo 29. Fernando Henrique Cardoso por ele mesmo, em A arte da política – a história que vivi 30. Os socialistas utópicos nas páginas de Buber 31. Ernesto Geisel – o testamento político de um presidente militar 32. Nelson Werneck Sodré – a paranoia do “imperialismo” em um militar marxista V – Grandes temas e controvérsias 33. A Suécia depois do modelo sueco – parlamentar desmonta mito do socialismo escandinavo 34. Carlos Moore – a testemunha incômoda 35. Economia: o que todos deveriam saber sobre economia e meio ambiente – um chamado à sensatez VI – Um olhar sobre os dias atuais 36. Por que virei à direita – uma estimulante exposição de motivos 37. A grande mentira: Lula e o patrimonialismo petista – um resumo da nossa tragédia 38. O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota – o papel de Olavo de Carvalho Conclusão Apêndice 39. Por uma nova liberdade: o manifesto libertário – entendendo com Rothbard o que é o libertarianismo e sua relação com a “nova direita” Bibliografia Prefácio Rodrigo Constantino Tive muita honra de presidir o Conselho do Instituto Liberal enquanto Lucas Berlanza era não apenas seu funcionário, mas um de nossos mais assíduos colaboradores. Seus textos eram sempre muito bons e, confesso, estavam invariavelmente entre os meus preferidos. Lucas, apesar de bastante jovem, já demonstra uma grande maturidade, tanto no estilo como no conteúdo. Seus artigos misturam o embasamento teórico com a atenção à conjuntura, uma combinação que se mostra das mais eficazes na divulgação das ideias liberais. Ele convida o leitor para o debate, instiga sua reflexão, sempre com muito respeito pelo contraditório, mas sem sacrificar a firmeza na defesa de suas convicções. O avanço da tal “nova direita”, portanto, tem em Lucas um dos seus agentes responsáveis. Na introdução, o próprio autor explica o que entende por esse movimento recente e quais são suas causas, além de tentar separar o joio do trigo, já que há de tudo no que se resolveu chamar de “direita” em nosso país. Diz ele: “Este livro é nada mais que um esforço para apresentar, através de algumas dicas de leitura cuidadosamente selecionadas, marcos de ideias que tornam possível ao leitor apreender, em um quadro geral, a genealogia e a natureza de alguns princípios e posturas que circulam nesse grupo heterogêneo de liberais e conservadores – e que os definem”. E o resultado é simplesmente espetacular. Li quase todos os livros resenhados por Lucas, e posso atestar: ele tem o dom de extrair dessas obras o essencial, num estilo leve que consegue sintetizar as ideias mais relevantes desses autores. Isso tem um papel inestimável para nós, que lutamos com afinco pela divulgação dos valores e princípios atrelados ao liberalismo clássico (com um viés um pouco mais conservador, admito). Outra característica sua interessante é o apreço por nossas raízes, pela cultura nacional que, mal ou bem, fez do Brasil o que ele é hoje. Isso explica inclusive a presença de vários autores brasileiros resenhados, especialmente os mais tradicionais, tantas vezes esquecidos por quem acha que o liberalismo foi descoberto em nosso país apenas nos últimos anos. O contato com as ideias contrárias ao liberalismo também é necessário para quem deseja enriquecer seus argumentos e conhecer a verdade. Afinal, o liberalismo não é e nem pode ser dogmático. Lucas visita obras de grandes inimigos do liberalismo, para que sua defesa fique ainda mais sólida, como deve ser em debates sérios e honestos. O livro que o leitor tem em mãos, portanto, é extremamente importante para o melhor conhecimento do que essa “nova direita” pensa e defende, e o que ela não prega. Trata-se de um ótimo resumo das principais bandeiras liberais, pela pena de um jovem brasileiro que deseja resgatar pensadores importantes, mas negligenciados, ou fazer um elo entre eles e os contemporâneos que, se conseguem enxergar mais longe, é só porque subiram no ombro de gigantes. Como um apaixonado pelo liberalismo, de preferência aliado ao que os “conservadores de boa estirpe” têm de melhor a nos oferecer, só posso agradecer ao Lucas pelo esforço de produzir este livro, e ao José Lorêdo Filho por apostar na ideia. Tenho certeza de que o leitor não irá se arrepender se investir seu tempo nessa leitura. Introdução Há muito tempo não se via a sociedade brasileira tão “politizada” – se é que algum dia ela o esteve como hoje. O quanto isso é bom, o quanto isso é ruim, é questão para os analistas dissecarem, mas esse é o fato. Manifestações de rua irrompendo aos montes, discussões sobre impeachment e socialismo em mesas de bar... A realidade é tão notória que me obrigo a concordar com a observação cômica de que hoje sabemos citar com mais propriedade nomes de ministros do Supremo Tribunal Federal que jogadores da seleção brasileira de futebol. As razões para isso? Poderíamos apontar, principalmente, os efeitos drásticos das medidas de um governo que protagonizou o maior escândalo de corrupção da história nacional e se estruturou sobre um discurso de cizânia, ao mesmo tempo em que investiu em medidas que promoveram um avanço arrasador do Estado sobre as esferas da vida individual e da atividade econômica. Os resultados desastrosos levaram algumas pessoas a perceberem que havia argumentos de natureza ideológica por trás da falta de sensatez dos governantes e da base social que insistiu em apoiá-los. Tal como dizia o economista austríaco Ludwig von Mises – mencionado mais de uma vez neste livro –, “ideias e somente ideias podem iluminar a escuridão”; se essas ideias são ruins e trazem efeitos comprovadamente desagradáveis, alguns brasileiros finalmente concluíram que talvez existam aquelas que, por outro lado, tragam razoabilidade e sanidade ao debate público. Talvez exista um outro lado a que gerações tiveram acesso negado, que sempre esteve alijado das grandes discussões – embora fosse a tímida voz da sensatez em um mar tempestuoso. Em momento dramático, essa voz resolveu assumir seu protagonismo. É claro que tivemos e continuamos a ter os Passes Livres, Centrais Únicas dos Trabalhadores e “movimentos sociais” da vida ocupando as ruas com seu barulho ensurdecedor e suas verbas governamentais. Claro que continuamos a ter os partidos extremistas de esquerda fabricando sonhos – historicamente manchados de sangue – e instilando ideias nefastas nas juventudes. Claro que não desconhecemos a realidade do ensino, que segue a ser majoritariamente prostituído por uma agenda doutrinária que torna a educação um instrumento do submarxismo tacanho, sob o pretexto de estar “formando cidadãos transformadores do mundo”. No entanto, cada vez mais é verdade, também, que, desafiando o “pensamento crítico” de que tanto falam seus professores, as juventudes vêm construindo no país uma “nova onda”. Instituições, grupos de estudo, adesões do mercado editorial, poucas – mas cada vez mais estridentes – vozes na imprensa vêm repercutindo uma nova forma de pensar. Cada vez mais jovens decidem rejeitar os referenciais teóricos e culturais a que são submetidos – desde os estertores do nosso regime militar – e abdicar de boa parcela do pacote que são obrigados a consumir, resolvendo se abrir para outras ideias. Em um costumeiro exemplo de inversão de sentido de palavras, no mais maligno estilo 1984 de George Orwell, o establishment midiático-didático- universitário tenta– ressalvo sempre as honrosas exceções – fazê-los pensar que estarão raciocinando com autonomia e deixarão de ser “alienados” apenas a partir do momento em que manifestarem concordância absoluta com seus pontos de vista. Percebendo isso, essas camadas jovens da sociedade optam pelo pensamento livre e desafiam a corrente. A “contracultura” do começo do século XXI tupiniquim está sendo, vejam só, “reacionária” – na acepção de Nelson Rodrigues, ou seja, uma “reação a tudo que não presta”. Gostem ou não, esse pensamento novo parece ter vindo para ficar. O que é novo e diferente assusta e desafia. Já se fala, em “círculos elevados” da academia brasileira, em uma “onda fascista”, que desperta para confrontar as “conquistas populares” e desafiar a “democracia”. Por outro lado, entre algumas pessoas, até entre os mais velhos, surgem aqueles que renovam suas esperanças, acreditando que essas ideias podem tornar possível um país melhor. Refiro-me, naturalmente, à recém-apelidada “nova direita brasileira”. O nome é adequado? Precisamos deixar claro, de antemão, que aquilo que convencionamos chamar “direita” – uma expressão que altera sua acepção de inúmeras maneiras, de acordo com contexto, lugar e preferências individuais – não foi inventado agora em terras tupiniquins. Correntes defensoras da liberdade econômica, da prudência, do respeito às instituições e aos valores superiores às circunstâncias históricas e às conveniências já existem no país há muito tempo. Sua representatividade social oscilou, de tempos em tempos, de acordo com a atmosfera, com o “espírito da época”, com o Zeitgeist; no período colonial, as chamadas “ideias liberais” principiaram a surgir, em maior ou menor radicalismo, desafiando as ostentações do Estado português. Pós-independência, a discussão se travou na monarquia, em que, em diferentes bases intelectuais, essas ideias foram a matriz conceitual da elite política – muito embora pairando sobre um colosso de fazendas e escravos. Uma trajetória que sofreu um baque após o golpe militar de inspiração positivista em 1889, muito embora os diversos partidos republicanos regionais da época tivessem recebido a alcunha de “conservadores”. A Revolução de 30 e a era getulista deram a pá de cal nessa trajetória. A partir dali, nasceu um país de características novas, de importantes mudanças; o populismo e o Estado paquidérmico e salvador se tornaram a regra. Nos círculos da oposição da União Democrática Nacional e de alguns partidos menores, as ideias que hoje se revigoram encontraram defensores importantes, mas, de uma forma geral, hesitantes em assumir suas convicções. De qualquer jeito, na única vez em que a UDN assumiu o poder nacional – através de uma figura de outra legenda, o polêmico Jânio Quadros –, superando as arcaicas instituições e regras do jogo eleitorais herdadas dos escombros do Estado Novo, deu no que deu. Um presidente destrambelhado, logo abandonado pela própria UDN, e uma renúncia decepcionante. Quadros se reduziu a estrovengas como a condecoração de um guerrilheiro socialista e a luta para proibir o biquíni. O regime militar, ao contrário do que se diz, sufocou as lideranças civis e a política de participação popular, e abriu as portas para que a Nova República, fundada na Constituição de 1988, referendasse tudo quanto fosse contrário às ideias de que tratamos neste livro. As lideranças desenvolvimentistas e ufanistas do clássico PMDB, os sindicalistas e socialistas fanáticos do PT, os sociais democratas do PSDB tornaram-se a “ortodoxia política” e cultural do país. Essa sucessão de opções e fracassos talvez tenha atingido um clímax. Ainda sem a predominância, sem o total equilíbrio na disputa de espaços, a chamada “nova direita” surgiu como uma reapresentação dessas ideias formulada em bases diferentes, fincada nas juventudes e, sobretudo, em estudantes universitários, jovens economistas e de outras áreas – alguns deles se aventurando na carreira política. Essa “direita” é “nova”, portanto, não porque nada parecido existisse antes, não porque essas correntes políticas sejam inéditas no país; mas porque ela representa um marco de resistência a uma sucessão de décadas em que essas correntes permaneceram no ostracismo. Mesmo quando, nos anos 50, um pensamento de bases conservadoras tinha força no país, muitos intelectuais e agentes políticos, como dissemos, não se sentiam amplamente confortáveis em dizer que pertenciam à “direita”. Esse é outro problema que se repete hoje. “Direita” e “nova direita” são, de qualquer modo, apenas alguns dos rótulos de uso possível e se sustentam em convenções simplificadoras, ecoando a velha tradição de nomenclaturas ideológicas que se formou com base no tempo das Assembleias francesas do século XVIII (quando determinados partidos sentavam-se de lados diferentes, à “direita” ou à “esquerda”). Ainda hoje, aquilo a que os adversários se referem por este nome é um “movimento” profundamente plural, e muitos de seus integrantes não aceitam a palavra. Por “nova direita”, no caso brasileiro, há quem aponte os entusiastas do regime militar, que desejariam uma ação pela força para destroçar o atual estado de coisas; há conservadores que se moldam a um viés mais “continental” europeu, preferindo uma roupagem mais “religiosa”;

Description:
O que têm em comum personalidades tão multifacetadas quanto díspares como Edmund Burke, Friedrich Hayek, Ludwig von Mises, Olavo de Carvalho, José Guilherme Merquior, J. O. de Meira Penna, Raymond Aron, Roger Scruton, Russell Kirk, João Pereira Coutinho, Joaquim Nabuco, Carlos Lacerda, Bruno Ga
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