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Gramática expositiva. Curso Superior (Livros Didaticos. Biblioteca Pedagogica Brasileira. Serie 2a Vol. 5, Vol. 5) PDF

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L IV R 0 S DID A T·I c·os VoL. 5 BIBLWTECA PEDAGOGICA BRASILEIRA . EDUARDO CARLOS 'PEREIRA GRAMATICA E POSITIVA CURSO SUPERIOR 65." EDI(:AO ., A' DAPTADA A ORTOGRAFIA OFICIAL por LAUDELINO FREIRE da ·Academia ·Braat1eira COMPANHIA EDITORA .NACIONAL Sao Paulo-Rio de Janeiro-' Redje -.Bahia~ Parti-P6rto Alegre 1945 Todos 03 d.ireitos reeetvado~~· COPYRIGHT, 1926, BY COMPANRIA EDITORA NACIONAL SAO PAULO ESTADOS UNIDOS DO BRASIL ' PROLOGO DA L" EDIQAO A. bo_a . reg!!ncia de nossa uadeirs de. poringu&s no Gi:ssio Ol'icial da ...!. • · Cidade de Sao Paulo nos levou ao p?er<enl,e tre,bstho. Depois que Julio Ribeiro impd:miu nova diregao aos estudos grams.~· ticais, romperam-se os velhoa moides, e estabelooeu-·se largo confiito entre a eseola tradicional s a nova ,llorrim.tf,~ Vai a eGtr. ho.ri> viva a requesta a em todo o cr.mpo grs.matios.t A inee:::te:;;s, dao temfag pede megas variedada deao:cientadol:'B do ma~OUO ezpo~itivo G ~' e:ml:J~JE'iJ!lui<l> d.&> ~emwlogis; abBtl.'Ul'J& e oanaa~iva. Nest&Ei ee>ndig6ea ii !lf;tm:ai que o profesGo?. de portugti&fii 0inta neoem:~i~ dade de abrh oaminho pr6prio. Fox o que nos aconteceu, emborv. tive§se~ moa de fazer da fraqueza f6rgr:.E, A orientagiio que eeguimoi.l, expl\-la-emoa em poucas palf',v-ras. Em ·primeiro lugar, procuramos a resultante de.s duas correntes Corrente p10derna, .q ue da enfase ao . elemento hist6rico da lingua, 6 ds corrente tradicional, que se preocupa com o elemento !ogico na ex Ha . pressiio do pensamento. verdade nas duas correntes : o llrro esta no exclusiv}smo de uma e de outra, ou, melhor, na confusao de ambas.' . Ninguem contesta, certamente, que os fatos atuais d:?, l!ngu!1 Mm sua explicag!Io :racional nos antecedentes hist6ricos da mesma lingua. E' na fonok)gia, morfologiv. ou sjntaxe. hist6ricas que encoptramoa a razao de ser das reg;ras atuais da gra.m.atica expositive. sobre a promincia, at'\bre a forma dos vocabulos, ou s6bre os processos sinta,ticos. Dai naose segue, porem, que o estudo da gramatica hist6rimi deva anteceder ou mesmo acompanhv.r o estudo cla gramatica expositiva. E' esta, entretanto, a lamenta.vel confusao que tern grari.demente prejudicil.do, !).estes ultimos tempos, 0 ensino da lingua nacional. Basta, pars, satiafaze;: M! exigencias mcionais do ensino e, expositivo, seguir-se a opiniao c:citeriosa de Brachet, isto basta ministrar a dosagem hist6rica ao alcance .do aluno, suficiente para a clara inteiigencia dos fen6menos at1~ais, sem que seja necessaria l:Jaralhar o estudo da grama~ tica hist6rica com o.estudo da gramatica expositiva. Obedecendo.a ~sta· . criterio, corulignamos, nas f\lof;as e Ob8erva~oes, rf.tpidas explan<>,Q5es hist6ricas a6bre a regr!i expandida no te.:rto. Demaie, a lei da organizagao do ensino ginasiai disc rimina sabiamente o ensino expositivo do ensino hist6rico na .cadeira de portugulls. Os trlla primeiros anos sao consagrados ao estudo da gramatica expositiva ; no 4.0 ano se faz o estudo da gramatica hlst6rica, como complemento necessario de um estudo perfeito da Hngua vern::icula. A gramatica hlst6rica entr.essachada na graroatica expositiva traz, corrio.natural resultado, a interrupgao na exposigao didatica, 0 desanimo e a confusao no espirit~de alunos, que nao tern ainda o indispensavel conhe cimento previo do latim (que s6 coroega no 3.0 ano dos ginasios), para po derem compreender as leis gl6ticas rudimentares da evolugao hist6rica do portugu~s ; final~ente, traz a anulagao reciproca de materias que, . no pemsamento do programa oficial, devem mutuamente completar-se .. Acompanhando, pois, a lei da organizagao do ensino secundario, apenas desenvolvemos neste curso, com cetta amplitude, a materia recla mada pelo programa oficial dos tres primeiros anos, nao perdendo de :vista o seu complemento nos. estudos hist6ricos do 4.0 ano. Em e;egundo lugar, fugimos da "terminologia gramatical abstrusa e . eansativa", na frase cortante da "Comissao de programas de linguas". Nao rejeitamos, todavia, os neologismos· ja correrltes e apropriados. . Em terceiro Iugar, amparamos nossas teorias gramaticais na autoridade · de mestres de reconhe~id~ compeMncia, tais como-F. Diez, A. Darrnesteter, C: Ayer, .Mason; Bain, Brachet, Andres Bello, F~ Zambaldi, para naomen cionar o grande numero de gramaticos nacionais e portugu~ses1 antigos e modernos, que tfnhamos diante de n6s. Ao !ado destes mestres, tivemos de colocar, com igual escrupulo, os. exerilplos classicos, que firmavam a doutrina. Como seve da Iista, que.em seguida publicamos, escolhemos autoridades classicas de reputagao in contestada, e.de preferencia os escritores modernos. Dada a evolugao da Hngua, nao s.e pode provar, em boa l6gica, a vernaculidade atual de uma expressao qualquer com a autoridade de urn classico antigo. E' esta a razao por .que, em nossa abundante citagao, demos preferencia a Alexandre Her culano e a Ant6nio Feliciano de Castilho, · esses "doi s grand es mestres do moderno classicismo", no dizer acertado do Dr. Ernesto Carneiro Ribeiro. Cumpre~nos aqui confessar, agradecido, que, na pesquisa de exemplos classicos, largo subsfdio nos forneceu a luminosa poMmica, a qual, nare dagao do C6digo Civil, se travou entre dois agigantados cultm:es de n:osso idioma, queremos falar do Dr. ,Rui Barbosa e do Dr. Erneato Carneiro Ribeiro. Uragas a llsse. manancial e ao esf6rc;o pr6prio, pudemos abonar amplament6l a doutrina exposta com a citagao de numerosos textos de escritores abalizados. · Alem dis~o, levado por uma sugestao do programa oficial de portugu~s, . que determina "a apreciagao de trechos em que entrem proverb ios, maximas e sentengas .morais", enriquecemos o nosso humilde trabalho com dezenas de proverbios, maximas e ditos sentenciosos, que demos para aclarar e fixar · as regras. Com tais exemplificagoes colimamos tres fins : a) a fi?Caifao facil da regra pelo frisante e agradavel do exemplo; b).o enriquecimento do · espirito da mocidade com o leg~do venerav el da boa e velh~ linguagem contida. nos prol6quios populares ; c) a influ~ncia salutar dos principios marais, que ~les contem. · Destarte satisfazemos o excelente princ!pio da pedagogia alema : agugar o intelecto e formar o carater. · Quanto ao nosso metoda expositivo, dais principios nos serviram de fio condutor atraves da multiplicidade e mobilidade dos fen6menos gra maticais : a) nao partir a gramatica em pequeninos, multiplicando ao ex trema as divisoes e subdivisoes, com grave detrimento da clareza; b) classi.: ficar os fatos e prend&-los na unidade de urn todo harm6nico. Seguindo estes principios, que nos parecem verdadeiramente cien tlficos, procuramos sistematizar os fatos numerosos da lingua em grupos au classes subordinadas a leis, concatenando ~sses gi·upos em suas rela95es naturais, de modo que formassemos da gramatica urn corpo har!Il6nico e simetrico de doutrinas. Foi ~sse nosso escopo, principalmente na Taxeo nomia, Etimologia e Sintaxe. No estudo do verbo, p, ex., niio nos limitamos aenumerar suas especies, porem dividimo-las em, grupos sistematicos subordinados a princfpios dis .tintos de classificagiio. Estudando os · ajixos, niio tomamos por base de classificagao a. sua mera ordem alfab6tica, porem a sua ideia, elemento racional e fecundo para 0 estudo comparative, que procuramos fazer. · No· estudo dos fatos sintaticos, tentamos. prencler e sistematizar a extrema multiplicidade e variabilidade dos fen6menos nos trils . processes fundamentais de concordll.ncia, regilncia e ordem, encarando-os sucessiva~ mente em seu aspecto normal· e figurado. Se algul:u exito ·coroou esta nossa tentativa, nao n~s compete diz&-lo. Em suma, cremos tel.' satisfeito plenatnente as exigllncias doe tres primeiros anos dos progrgmas oficiais de nossos gimisios. Se nestas paginas -11=. puder & 11oru~:s moeidl!lde ®~l!udioulll tmco:u~raJ: &lguma ln.,, que lihe revsie o!l poderosofl recurBOI!l de nmmo belo idioma, e os no~mos oolega.s no megisterio algum auxilio de sua nobre profissao, clar-nos-emos por oompensado doe aturados labores, que elas representam. · · . . Lacunas, erros e s1moes dove de hav~los com oerteza, e grato fioarem.oll ii oritioa sensata ,que OS apontar. Sao Paulo, 14 de f~vereiro de 1907. Q AUTOR, I . PROLOGO DA 2," EDIQAO ·_. N ESTA 2.• edigao julgamos nao ter desmerecido do favor puJ:>lico que acolheu a 1.•. Ampliamos a materia e a sua exemplificagao classica retocando aqui e ali a doutrina e a sua disposigao met6dica. Alem disso, alargamos o nosso tr~balho com um Esbflr;a hist6rico e geognijico.da lingua, u~ breve estudq_ s6bre a Sintaxe e a Estilistica, e com um fndice aljabetico. Tendo publicado o Curso Elemental' para o 1.• ano dos Ginasios, pro curamos nesta 2.• edigiio do Curso Superior satisfazer plenamente o pro grama oficial do 2.• e do 3.• anos do curso ginasial, bern como atender igualmente ao desenvolvido programa de portugu€'s da Escola Normal desta capital. a Aplicamos 0 maior cuidado analise, fornecendo s6bre todo~ OS do- . mfnios da gramatica expositiva modelos e exercicios apropriados. Sem pruridos de inovagao, fomos, todavia, coagido a dar neste· assunto orientagao que nos parece nova e segura. A crftica, entretanto, nos dira se fomos bem sucedido. Cremos que, sem um perfeito ·conhecimento da analise, nii.o pode ·aer perfeito o conhecimento da lingua. - Na incerteza e defici'€ncia de nossa Iegislagao gramatical, sen.timos necessidade de nos p6r em contato mais fntimo com a lfrigua viva de pessoas cultas; e, cilnscio de que a Ifngua e um fa to social cujas normas nao se for mulam a. priori, de gabinete, -ao sabor de gramaticos, esmeramo-nos em alargar a documentagao cl!issica de modernos escritores de incontest~vel cpmpetencia, em abono das regras que_ estabelecemos. Os discursos, em geral, de nossos homens p6.blicos e as polemicas de nossos literatos revelam quao descurado vai entre n6s o estudo de nossa lingua. Entretanto, nao s6 para as classes dirigentes, ~as p~ra t6das a:s classes sociais, e patri6tico e de alt.a conveniencia um conhecimento mais perfeito da lfngua materna. Esperamos que para isso nao seja in6.til nosso trabalho. . · · · Sao Paulo, 13 de dezembro de 1909. =13 =. I PROLOGO DA 8." EDIQAO S AI ext:mrgada e bastante melhorada esta edigiio. Deu-nos novos estfmulos•a larga aceitagao deste nosso curso par ilustres professores tanto do Sul como dC' Norte do Brasil. Forneceram novos subsidios estudos posteriores e a critic~ stmestiva de ilustrados colegas. Deste modo fomos habilitado a sistematizar melhor algumas definigoes, ampliar exemplificag5es e notas, e aumentar paragrafos. Na fonetica coordenamos mais cuidadosa mente os grupos vocalicos; .n a pros6dia a quantidade e a acentuagiio tOnica. Demos na morfologia mais atengao U: flexiio gem§rica e ao papel das conjun- . goes. Na sintaxe metodizamos melhor e ampliamos o estudo dos membros essenci:iis da proposi\)ao, e retocamos, desen~olvendo-as, as teorias sobre a regeneia. Finalmente, encerramos nossa revisiio com urn estudo sobre cQmposigao literaria em prosa e verso; Nele damos. c()nselhos e preceitos em relagao aos diversos generos de · composigiio, hem como ternas,. modelos, e sumarios, rematando com. urn · aucinto tratado. s6bre nietrificagiio. p~rtugue~a. Esta parte pd.tica. de nosso comp{lndio segue"se a Estilfstica; e s~bsti­ tui, ~o ApBnc1ice, o Eebtit,;o hist6rico e geograjico da Ungua portuguesa; que r melhor ira como ntrodu~ao a urna seleta, que breve dever~ servir de corn,. plernento a nossa Gramatica hist6rica. . 0 arnor ao estudo da lingua vernacula, rica heranga de nossos av6s, o apoio animador de uma parte respeitavel do professorado nacional, o ~esejo ardente de que o idioma patrio seja niio s6 o vfnculo sagrado e forte de nossa nacionalidade, mas anobre expressiio de'nosso carater, levam-nos . a aproveitar 0 escasso tempo nesses labores .didaticos, na esperanga de a assirn trazer modesta contribuigao futura grandeza de uosso pais. Sao Paulo, 25 de abril de 1918.

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