FEIIIE ·III.IÇII IICIIIII .I •ltlriiiiSCIIIr ' GflAMATICA �a LINGUA INGLESA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA F E NA ME FUNDAÇÃO NACIONAL DE MATERIAL ESCOLAR - OSWALDO SERPA Catedrático de Inglês do Instituto de Educação do Rio de Janeiro. Catedrático de Fonética lnglêsa da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Uni· versidade do Estado da Guanabara. . Professor de Inglês do Colégio Pedro II. Membro da Academia Brasileira de Filologia. ' GRAMATICA da LÍNGUA INGLÊSA 2.a edição repaginada Edição Verde OSWALDO SERP A capa: Plínio Lopes Cypriano ilustrações e paginação: Paulo de Oliveira reedição digital: Zhungarian Alatau © Fundação Nacionadle MateriaEls cola-r FENAME Ministédrai oE ducaçãoe Cultura Rio de Janeir-oG B - República Federdaot Birvaas il AGGS -Artes Gráficas Gomes de Souza -------------------Estae diçãof oi publicadpae la- FundaçãoN acionadle Material FENAME Escolasre,n doP residendtae R epúblicoa E xcelentísSseinmhoo r e Ministrdoe Estado General-de-Exército Emílio G. Médici da Educaçãoe Culturoa Senador Jarbas G. Passarinho. PREFA, CIO Compreendemos fàcilmente a grandeza da Inglaterra e a universa lidade da sua língua, quando penetramos no sentido profundo da "Rule Britannia", expressão que traduz o vigoroso sentimento nacional do povo inglês. Verificamos, então, de como a Grã-Bretanha alcançou o mais alto grau de cultura cívica e mostrou, com exemplos categóricos, o que a referida cultura pode dar ao desenvolvimento do nosso País, mormen te agora, que o Govêrno criou, no Ministério da Educação e Cultura, a Comissão Nacional de Moral e Civismo. Aprenderam os Estados Unidos da América, com bastante proveito, a sábia lição britânica e tornaram-se potência mundial. A História da Inglaterra é rica de ensinamentos, mormente se nos detivermos, na sua fase de ascensão, a partir do século XVI, com a Rainha Elizabeth e a derrota da Invencível Armada, quando começa a sua expansão comercial, até o século XIX, com a Rainha Vitória, o advento da Revolução Industrial e o apogeu do Império Britânico. Na construção dêsse Império, onde o sol nunca se punha, pois os seus raios iluminavam uma parte daquela colossal realização de obra política, onde tremulava a bandeira da maior comunidade do globo terrestre, grandes estadistas, políticos, economistas, industriais, cientis tas e filósofos tiveram papel de relêvo, mas nenhum dêles sobrepujou a glória de James \Vatt, um dos maiores benfeitores da humanidade. Na civilização moderna de caráter técnico e industrial, poucos per cebem a alta importância da obra gigantesca daquele genial engenheiro inglês, que aperfeiçoou a máquina a vapor e deu ao gênero humano, com tal procedimento, a mais significativa lição de todos os tempos, porque ensinou ao homem como, através da máquina, pode centuplicar as suas fôrças e economizar energias, exercendo, dêsse modo, verdadeiro domínio sôbre a natureza. A esplêndida e maravilhosa realidade aí está bem diante de nós, e por isso cumpre examiná-la com a devida atenção. Desde o século XVIII até culminar com a Revolução Industrial no século XIX, ope rotJ-Se, no evolver da espécie humana, transformação radical tão inten sa que chegou a modificar a face da Terra, a principiar na Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos, os quais, pelas suas excepcionais condi ções geológicas, favorecem o surto da indústria metalúrgica, que depois se estende, nos seus efeitos, para o mundo inteiro. Principalmente o ferro e o aço, produzidos em abundância naqueles países ricos de car vão-de-pedra, expandiram o seu poderio, através de milhares de in venções, como a locomotiva e o avião, em tôda parte, na constru ção de cidades de colossais arranha-céus, pontes extensíssimas, ferro vias intermináveis, navios gigantescos, dirigíveis enormes etc. A téc nica mecânica, s·ervida do combustível como o carvão, petróleo e energia hidrelétrica, domina a terra, o mar e o ar; atravessa tôdas as regiões terrestres, subjuga os oceanos e vence o espaço aéreo, e, assim, aproxima povos e nacionalidades. A História toma nôvo rumo como nunca antes, em período algum, conheceu. A grande produção da riqueza possibilita inédito crescimento da população que se comprime nos centros industriais, onde se levantam fábricas e usinas. A máquinã insaciável de combustível fura o subsolo em busca de minas de carvão-de-pedra e jazidas de petróleo, procurando também utilizar as quedas-d'água, para aproveitar a fôrça hidrelétrica. Nessa intensa gravidade predomina o espírito do engenheiro, do técnico, do grande empresário, do industrial e do homem de negócios. São êles que passam a influenciar a sociedade. A vida toma nôvo ritmo, mais acelerado, exigindo outra organização econômica, financeira e social. E como conseqüência resultam revoluções e guerras. É que a humani dade procura adaptar-se às suas novas condições de existência. Tal é, em rápido esbôço, o panorama realístico da civilização mo derna. Milhares de invenções vieram facilitar o trabalho e proporcio nar ao homem a maior soma de confôrto. Fizemos essas considerações com o intuito de mostrar a grandeza de James Watt, sem dúvida alguma criador da técnica moderna, que, além de genial inventor, tornou-se também erudito verdadeiro e sábio profundo. A sua educação foi aprimorada, revelando desde muito cedo excepcionais aptidões para o estudo da Matemática e da Mecânica. Tão grande era a sua sêde de saber, que procurava ler, com intensa avidez, sôbre Botânica, Mineralogia, Geologia, Física, Química, Medicina, Cirur gia, História, Poesia etc. Sempre teve os melhores mestres e colabora dores. Adam Smith, Black e Robert Simson auxiliaram a sua brilhante carreira na juventude; William Murdock, Willian Buli, Richard Tre vithick, Edward Cartwright, Hernblower, Falk, Cugnot, Miller, Taylor, Fitch e outros trabalharam com êle no aperfeiçoamento da máquina a vapor. O famoso escritor Walter Scott, com estas palavras, descreve o célebre físico e mecânico inglês: "\Vatt não era somente o sábio mais profundo, aquêle que com o maior êxito tinha tirado de certas combi nações de números e fôrças as aplicações usuais; êle não ocupava so mente um dos primeiros lugares entre os que se fazem notar pela ge nialidade da sua intuição; era ainda o melhor, o mais amável dos homens." Em Glasgow, para ganhar a vida, .James Watt foi construtor de instrumentos de precisão. E mais tarde, já nas funções de engenheiro da Universidade de Glasgow, ocupou-se seriamente da máquina a vapor, desejoso de melhorar e aperfeiçoar a sua construção. Servindo-se, assim, do modêlo de Newcomen, teve a idéia de separar o cilindro e o êmbolo da caldeira, bem como do condensador e, com esta orientação, con seguiu a máquina a vapor de duplo efeito, máquina do mais largo alcance no desenvolvimento da técnica moderna. Tal invenção, sôbre cujos extraordinários efeitos poucos refletem, mudou radicalmente o curso da civilização e garantiu à pátria de \Vatt um poderio que fêz da Inglaterra a nação líder do mundo. Por isso, em Westminster, im ponente monumento, em mármore Carrara, obra-prima de Chantrey. de perpetua a memória do grande sábio no Panteão inglês. James Watt, em virtude do seu milagroso invento, que tantos be nefícios tem prestado ao homem, merece perene gratidão do gênero humano. No futuro, o seu nome será sempre relembrado com o maior respeito, principalmente quando se pensar na função decisiva da má quina para o melhoramento da sociedade e da civilização. Na reconstrução do mundo, realmente a máquina poderá desem penhar alto papel, não só conferindo ao homem a maior fôrça e poder, confôrto e bem-estar, saúde e tranqüilidade, mas também procedendo à sua libertação cada vez mais completa dos trabalhos rudes e penosos. Não participamos do ponto de vista dos que temem a técnica e acre ditam no esmagamento do gênero humano por ela. Não. Pensamos que a máquina é o maior instrumento para a liberdade e felicidade de to dos. Embora seja recente a sua atuação no processo civilizador, datan do de poucos anos sua existência produtiva, ela já fêz prodígios em vários sentidos, o que aqui seria supérfluo analisar, examinando, por exemplo, a soma de benefícios prestados pelas grandes invenções e apa relhos como a locomotiva, o automóvel e o avião, o telefone, o rádio e o telégrafo, o cinema, a imprensa etc. Quando a máquina fôr usada inteligentemente, obedecendo às exigências da cultura evoluída, dará ao mundo o império do espírito. Sim. Livres os indivíduos das preo cupações materiais, distribuída a riqueza com justiça, poderão todos, nas largas horas de lazer, ocupar-se das atividades mais belas e agradá veis. Vitorioso o paraíso baconiano, as ciências, as artes, a filosofia e a religião terão enormes possibilidades de desenvolvimento. Nesta marcha, o futuro alcançará o período feliz que Dante previu na sua obra-prima. Então, a glória de James Watt aumentará mais ainda. A posteri dade não olvidará que êle foi uma das figuras mais significativas da técnica moderna. Pode o estudante brasileiro, através do exame dêsses fatos, com preender o valor singular da cultura inglêsa, representada pelos maio res gênios da civilização. No Brasil, contribuiu muito para a sua di vulgação o Professor Oswaldo Serpa, consagrado autor do Dicionário 6� Inglês-Português/Português-Inglês, já em edição, e da presente GRA· MATICA DA LíNGUA INGLtSA, a começar de hoje em 2� edição, além de outros livros didáticos, publicados os dois primeiros, com notável sucesso, pela FENAME, que, nesta oportunidade, presta as suas homenagens àquele seu dedicado colaborador, um dos primeiros a pro mover, entusiàsticamente, a expansão dêste órgão, iniciativa vitoriosa do MEC. Assim, a Fundação Nacional de Material Escolar estimula o estudo das línguas estrangeiras, para atualizar e dinamizar, de acôrdo com o espírito da época, a cultura brasileira. Para nós, brasileiros, entretanto, a primeira nação do mundo é o Brasil, pois, como entendia Dostoievsky, o povo ao qual pertencemos mostra o caminho que nos conduz a DEUS. Rio de Janeiro, janeiro de 1971 HUMBERTO GRANDE Diretor Executivo da Fundação Nacional de Material Escolar