GOVERNANÇA AMBIENTAL NO BRASIL instituições, atores e políticas públicas Organizadora Adriana Maria Magalhães de Moura Governo Federal Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão Ministro interino Dyogo Henrique de Oliveira Fundação pública vinculada ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, o Ipea fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais – possibilitando a formulação de inúmeras políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiro – e disponibiliza, para a sociedade, pesquisas e estudos realizados por seus técnicos. Presidente Ernesto Lozardo Diretor de Desenvolvimento Institucional Juliano Cardoso Eleutério Diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia João Alberto De Negri Diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas Claudio Hamilton Matos dos Santos Diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais Alexandre Xavier Ywata de Carvalho Diretora de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura Fernanda De Negri Diretora de Estudos e Políticas Sociais Lenita Maria Turchi Diretora de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais Alice Pessoa de Abreu Chefe de Gabinete, Substituto Márcio Simão Assessor-chefe de Imprensa e Comunicação João Cláudio Garcia Rodrigues Lima Ouvidoria: http://www.ipea.gov.br/ouvidoria URL: http://www.ipea.gov.br Brasília, 2016 © Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – ipea 2016 Governança ambiental no Brasil : instituições, atores e políticas públicas / organizadora: Adriana Maria Magalhães de Moura . – Brasília : Ipea, 2016. 352 p. : il., gráfs. color. Inclui Bibliografia. ISBN: 978-85-7811-275-2 1. Política Ambiental. 2. Gestão Ambiental. 3. Recursos Naturais. 4. Biodiversidade. 5. Degradação Ambiental. 6. Políticas Públicas. 7. Governabilidade. 8. Brasil. I. Moura, Adriana Maria Magalhães de. II. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. CDD 363.700981 As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e inteira responsabilidade dos autores, não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ou do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ........................................................................................7 INTRODUÇÃO ............................................................................................9 CAPÍTULO 1 TRAJETÓRIA DA POLÍTICA AMBIENTAL FEDERAL NO BRASIL .......................13 Adriana Maria Magalhães de Moura CAPÍTULO 2 ATUAÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO NO CONTROLE EXTERNO DA GESTÃO AMBIENTAL .............................................................45 Luiz Henrique Lima CAPÍTULO 3 CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE: ANÁLISE E RECOMENDAÇÕES DE APERFEIÇOAMENTO ..............................59 Adriana Maria Magalhães de Moura Igor Ferraz da Fonseca CAPÍTULO 4 GOVERNANÇA E SUSTENTABILIDADE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL .................................................................................................91 Alexandrina Sobreira de Moura Maria do Carmo Bezerra CAPÍTULO 5 APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA AMBIENTAL NO BRASIL: AVANÇOS E DESAFIOS .............................................................................111 Adriana Maria Magalhães de Moura CAPÍTULO 6 GOVERNANÇA AMBIENTAL NO NÍVEL MUNICIPAL ...................................147 Taciana Matos Leme CAPÍTULO 7 GOVERNABILIDADE E GOVERNANÇA DAS ÁGUAS NO BRASIL ..................175 Bruno Pagnoccheschi CAPÍTULO 8 ESTRUTURA INSTITUCIONAL BRASILEIRA PARA A GOVERNANÇA DOS RECURSOS FLORESTAIS.....................................................................201 Ana Paula Moreira da Silva Regina Helena Rosa Sambuichi CAPÍTULO 9 INSTITUCIONALIDADE E GOVERNANÇA PARA O COMBATE À DESERTIFICAÇÃO NO BRASIL ................................................................231 José Roberto de Lima Antonio Rocha Magalhães CAPÍTULO 10 A GOVERNANÇA DA CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA E SUA IMPLEMENTAÇÃO NO BRASIL ........................................................253 Júlio César Roma Lidio Coradin CAPÍTULO 11 BRASIL: ESFORÇOS NACIONAIS SOBRE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS ........287 Breno Simonini Teixeira Danielly Godiva Santana Molleta Gustavo Luedemann CAPÍTULO 12 A RETÓRICA DA BOA GOVERNANÇA: AS AGENDAS 21 LOCAIS NO BRASIL ........................................................311 Igor Ferraz da Fonseca CAPÍTULO 13 O PAPEL DA SOCIEDADE NA EFETIVIDADE DA GOVERNANÇA AMBIENTAL ................................................................329 Joseph S. Weiss NOTAS BIOGRÁFICAS ...........................................................................347 APRESENTAÇÃO No caminho da sustentabilidade há uma convergência de processos críticos – o ambiental, o social e o econômico. Ao tripé que acolhe a nossa unanimidade – uma sociedade economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente sustentável – precisamos, hoje, acrescentar o pilar da governança, que compreende a articulação do conjunto para o bem comum por meio de instrumentos e políticas públicas. A Conferência Rio-92 desenhou os desafios do tripé de maneira competente, com a formulação da Agenda 21 e proposição das grandes convenções do clima, de combate à desertificação e de proteção à biodiversidade. Paralelamente, trouxe o desafio mais espinhoso de enfrentar o dilema da governança ambiental, da criação de estruturas político-institucionais que viabilizem a implementação dos instrumentos de políticas ambientais – um dos temas enfatizados na Conferência Rio+20. Na perspectiva da governança, o Estado assume não apenas seu papel específico, de governar sob competências e responsabilidades constitucionalmente estabelecidas, mas também o papel de orquestrador, de direcionador estratégico, responsável por induzir e orientar as capacidades dos demais atores da sociedade na direção desejada. Fatores como o agravamento dos problemas ambientais, conjugados aos desafios econômicos e sociais da atualidade, por sua vez, indicam que melhorar a estrutura de governança ambiental nos países não é uma opção, mas uma necessidade premente. Nesse sentido, a obra Governança ambiental no Brasil: instituições, atores e políticas públicas fornece ao leitor um conjunto de estudos que lançam luz sobre os avanços e lacunas ainda existentes no processo de implementação da política ambiental brasileira, bem como sobre os desafios emergentes para os próximos anos. Os argumentos apresentados visam estimular a discussão e provocar propostas, ao mesmo tempo que apontam para os principais eixos de mudança que se fazem necessários. O foco do documento está na análise da estrutura de governança ambiental do país, isto é, nos arranjos de implementação utilizados pelo governo brasileiro – os quais envolvem intrincados conjuntos de políticas, programas, acordos internacionais e instituições – no seu sistema de gestão ambiental. Entre outras questões, o estudo abrange a escolha das prioridades, o processo de tomada de decisão e o arcabouço institucional organizado para implementar as políticas e realizar o controle e a avaliação sobre os resultados alcançados. | 8 Governança Ambiental no Brasil: instituições, atores e políticas públicas Em nome do Ipea, agradeço a todos os autores participantes, com o desejo de que esta obra contribua para o debate sobre a governança ambiental em nosso país e seja fonte de consulta para gestores públicos, estudiosos e todos aqueles que tenham interesse neste tema, que se mostra tão relevante quanto desafiador. Ernesto Lozardo Presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
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