GISELE MILANELLO DO AMARAL Modelagem matemática de reator para produção de álcoois graxos etoxilados São Paulo 2007 GISELE MILANELLO DO AMARAL Modelagem matemática de reator para produção de álcoois graxos etoxilados Dissertação apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Engenharia Área de Concentração: Engenharia Química Orientador: Prof. Dr. Reinaldo Giudici São Paulo 2007 FICHA CATALOGRÁFICA Amaral, Gisele Milanello do Modelagem matemática de reator para produção de álcoois graxos etoxilados / G.M. do Amaral. -- São Paulo, 2007. 101 p. Dissertação (Mestrado) - Escola Po litécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia Química. 1.Polimerização 2.Transporte de massa 3.Modelagem mate- mática 4.Reatores químicos I.Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. Departamento de Engenha ria Química II.t. AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Reinaldo Giudici, pela atenção e orientação no trabalho. Ao Prof. Dr. Roberto Guardani, pela sua ajuda na definição no trabalho. À Oxiteno S.A., pela oportunidade de realização do curso de mestrado, pela disponibilização de dados e pelo incentivo ao trabalho. Aos meus pais, José Luiz e Olívia, responsáveis por minha educação. Aos meus irmãos, Marina e Danilo, por sempre me apoiarem. E ao meu querido Márcio, grande incentivador deste trabalho. i RESUMO AMARAL, G. M. Modelagem matemática de reator para produção de álcoois graxos etoxilados. 2007. 101f. Dissertação (Mestrado). – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007 Foi desenvolvido modelo matemático para o processo de produção de álcoois etoxilados em um reator batelada com spray da fase líquida na fase gasosa. O modelo considera a cinética da polimerização iônica e a transferência de massa de óxido de eteno entre as fases gasosa e líquida. A cinética foi estudada a partir de dados previamente obtidos em laboratório. Para modelagem da transferência de massa, foram utilizados dados de bateladas industriais. Foram testados vários modelos de transferência de massa encontrados na literatura, sendo que o modelo que se mostrou mais adequado para este reator industrial foi o de gotas com circulação interna. A partir do modelo obtido da cinética e da transferência de massa, foi analisada a influência de parâmetros de projeto, como a vazão de recirculação de líquido, a relação entre a altura e o raio do reator e o tipo de spray na produtividade deste. Observou-se que a maior vazão de recirculação aumenta a produtividade do reator, assim como o aumento da altura do reator. O tipo e o diâmetro da gota do spray também influenciam a produtividade do reator. Palavras-chave: modelo matemático, reator spray com recirculação, óxido de eteno, surfactante, álcool graxo etoxilado ii ABSTRACT AMARAL, G. M. Mathematical modeling of the ethoxylated alcohols reactor. 2007. 101f. Dissertation (Master). – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007 A mathematical model for the production of ethoxylated alcohols in a spray tower loop reactor was developed. The model considers the reaction as an ionic polymerization and the ethylene oxide mass transfer from the vapor phase to the liquid phase. The kinetics was obtained from a laboratory scale reactor data. The mass transfer model was obtained from the industrial reactor data. Several models for the mass transfer of ethylene oxide from gas phase to the liquid droplets were tested, and it was found that the most appropriate mass transfer model for this industrial reactor was the internally well-mixed drop model. From the kinetics and the mass transfer model, the influence of the pump recirculation flow rate, the ratio between the reactor height and radius and the spray performance was analyzed. The results show that higher reactor productivity can be obtained using higher recirculation flow and higher reactor height. The spray nozzle performance and the drop diameter also influence the reactor productivity. Keywords: mathematical model, spray tower loop reactor, ethylene oxide, surfactant, ethoxylated fatty alcohol iii LISTA DE FIGURAS Figura 2.1. Tipos de reatores de etoxilação – A: com agitação, B: resfriamento 10 externo e spray da fase líquida, C: Venturi Figura 3.1. Esquema da instalação experimental 29 Figura 3.2. Reator PARR 29 Figura 3.3. Cilindro de dosagem de óxido de eteno 30 Figura 3.4. Comparação dos parâmetros cinéticos da equação de Arrhenius 35 Figura 3.5. Comparação entre a distribuição de adutos experimental e calculada 36 para T=145ºC, a t=39 min Figura 3.6. Comparação entre a distribuição de adutos experimental e calculada 37 para T=145ºC, a t=44 min Figura 3.7. Comparação entre a distribuição de adutos experimental e calculada 37 para T=130ºC, a t=75 min Figura 3.8. Comparação entre a distribuição de adutos experimental e calculada 38 para T=160ºC, a t=27 min Figura 3.9. Comparação entre a distribuição de adutos experimental e calculada 38 para T=180ºC, a t=17 min Figura 4.1. Esquema do reator tipo spray (SANTACESARIA et al, 1999) 43 Figura 4.2. Balanço de movimento da gota 46 Figura 4.3. Algoritmo de modelagem do reator de etoxilação 54 Figura 4.4 a, b e c. Pressão do reator durante as bateladas 1, 2 e 3 57 Figura 4.5 a, b e c. Temperaturas parametrizadas no reator durante as bateladas 1, 2 e 59 3 (T (+),T (*), T real (o), T modelo (x)) i i,spray b b Figura 4.6 a, b e c. Vazão de óxido de eteno parametrizada durante as bateladas 1, 2 61 e 3 (m& real (o), m& modelo (x)) OE OE iv Figura 4.7 a, b e c. Relação entre a quantidade de óxido de eteno adicionada ao 62 reator e a quantidade total durante as bateladas 1, 2 e 3 (m real OE (o), m modelo (x)) OE Figura 4.8 a, b e c. Concentração de óxido de eteno no reator durante as bateladas 1, 64 2 e 3 (C* (x), CT (o), CB (+) OE OE OE Figura 4.9 a, b e c. Percurso da gota e tempo de queda da gota durante as bateladas 66 1, 2 e 3 Figura 4.10. Tendência das principais variáveis no reator de etoxilação (m& (x), 69 OE P (o), T (+), t (*)) OE b fm Figura 4.11. Concentrações de óxido de eteno no reator de etoxilação, considerando 70 a concentração na superfície calculada pelo reator PFR pseudo- estacionário (C* (x), CT (o), CB (+)) OE OE OE Figura 4.12. Comparação dos modelos de transferência de massa testados para modelagem do reator de etoxilação (calculado na superfície (o), 71 turbulento (+), estagnado (x), Amokrane (•), Ângelo (*)) Figura 4.13. Pressão no reator calculada pelo modelo do reator de etoxilação (real (o), modelo (x)) 73 Figura 4.14. Trajetória da concentração de óxido de eteno na superfície e da vazão de óxido de eteno durante a batelada 74 Figura 5.1. Efeito da variação da vazão de recirculação na vazão de óxido de eteno (parametrizada com o caso base) 78 Figura 5.2. Efeito da variação do h/r na vazão de óxido de eteno (parametrizada com o caso base) 79 Figura 5.3. Efeito da variação do h/r do reator no tempo de queda da gota (tempo de queda da gota com h/r base (o), tempo de queda da gota com h/r 20% 80 maior (x)) Figura 5.4. Efeito da variação de h/r nas concentrações de óxido de eteno (concentração de equilíbrio em h/r base (x), concentração de equilíbrio 80 em h/r 20% maior (>), concentração na superfície em h/r base (o), concentração na superfície em h/r 20% maior (*), concentração no fundo em h/r base (+), concentração no fundo em h/r 20% maior (<)) Figura 5.5. Comparação da vazão de óxido de eteno real com a de sem limitação de tempo de contato (caso base (o), caso h/r→∞ (x)) 81 Figura 5.6. Efeito da variação do diâmetro médio da gota na vazão de óxido de eteno (parametrizada com o caso base) 82 v LISTA DE TABELAS Tabela 3.1 – Dados de entrada no modelo cinético 31 Tabela 3.2 – Parâmetros da cinética de etoxilação de álcool laurílico 36 Tabela 3.3 – Comparação das velocidades de reação calculadas pelos parâmetros da equação de Arrhenius obtidos do modelo cinético 39 experimental e da literatura (SANTACESARIA et al, 1992) (k em cm3/mol.s e T em oC) vi LISTA DE SÍMBOLOS a aceleração da gota (m/s2) a área superficial média da gota (m2) lm A área exposta a transferência de calor (m2) l A área superficial do líquido (m2) TM,sup B concentração de catalisador (kmol/m3) 0 C concentração do aduto i (kmol/m3) i C coeficiente de atrito (adimensional) D C concentração de óxido de eteno (kmol/m3) OE CB concentração de óxido de eteno no bico spray (kmol/m3) OE Cr concentração de óxido de eteno na esfera (kmol/m3) OE Cr concentração inicial de óxido de eteno na esfera (kmol/m3) OE,0 CT concentração de óxido de eteno ao final do tempo de queda da gota (kmol/m3) OE C* concentração de óxido de eteno em equilíbrio (kmol/m3) OE c calor específico de líquido (kJ/kg.oC) p c calor específico do óxido de eteno (kJ/kg.oC) p,OE d diâmetro médio da gota (m) 32 d diâmetro médio da gota de água (m) 32,agua d diâmetro da gota i (m) i D difusividade do gás (m2/s) OE vii
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