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GERALDO MAGNO MOL FERREIRA ADLER FUJIYAMA MIYAOKA ESTRATÉGIAS DE PDF

30 Pages·2007·0.36 MB·Portuguese
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GERALDO MAGNO MOL FERREIRA ADLER FUJIYAMA MIYAOKA ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DO DOCE DE LEITE À BASE DE SOJA Monografia apresentada ao Departamento de Engenharia Elétrica e Produção da Universidade Federal de Viçosa como parte das exigências de conclusão do Curso de Engenharia de Produção. Orientador Prof. Afonso Augusto Teixeira de Freitas de C. Lima VIÇOSA MINAS GERAIS - BRASIL 2007 GERALDO MAGNO MOL FERREIRA ADLER FUJIYAMA MIYAOKA ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DO DOCE DE LEITE À BASE DE SOJA Monografia apresentada ao Departamento de Engenharia Elétrica e Produção da Universidade Federal de Viçosa como parte das exigências de conclusão do Curso de Engenharia de Produção. Aprovado em ... de Março de 2007 Profº Luciano José Minette Integrante da Banca Examinadora Profª Afonso Augusto Teixeira de Freitas de C. Lima Orientador 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................ 05 1.1 O Produto............................................................................................................... 06 2. REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................... 07 2.1. O desenvolvimento de novos produtos................................................................ 07 2.2 Ambiente de marketing........................................................................................ 08 2.3 Desdobramento da função de qualidade............................................................. 09 3. METODOLOGIA........................................................................................................ 12 3.1 Método QFD................................................................................................ 12 3.2 Caracterização do local de estudo........................................................................ 13 3.3 População e amostra.............................................................................................. 13 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................... 14 4.1 Análise de macro e micro ambiente de marketing, oportunidades e ameaças 14 4.2 Mercado, segmentação e público-alvo do doce de leite à base de soja............. 16 4.3 Identificação das reais necessidades e desejos do público-alvo......................... 16 4.4 Análise do custo de produção do doce de leite à base de soja .......................... 20 5. CONCLUSÕES.................................................................................................. 22 6. BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................... 24 7. ANEXOS....................................................................................................................... 25 3 LISTA DE TABELAS Tabela 1 -Média dos itens nas avaliações do grau de importância e desempenho doce de leite à de soja.............................................................................................................................................. 18 Tabela 2 - Custos Fixos.................................................................................................................. 20 Tabela 3 - Custos Variáveis............................................................................................................ 20 Tabela 4 - Custos total de produção................................................................................... ........... 21 Tabela 5 - Equipamentos de produção........................................................................................... 21 Tabela 6 - Mão-de-obra.................................................................................................................. 21 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Distribuição das respostas dos consumidores quanto ao grau de importância 17 Figura 2 - Distribuição das respostas quanto ao desempenho do doce. 18 4 1. INTRODUÇÃO As exigências dos clientes de produtos/serviços de melhor qualidade, aliadas à globalização da economia, o que permite a abertura do mercado para empresas estrangeiras, vêm aumentando a competitividade entre as organizações. Isso faz com que as empresas se empenhem na busca por vantagens competitivas e estabeleçam estratégias que garantam sua sobrevivência no mercado. Dentre os fatores que contribuem para a sobrevivência das empresas neste cenário competitivo estão a garantia da qualidade dos produtos, a satisfação das exigências dos clientes, além do custo de desenvolvimento compatível, manufaturabilidade flexível e antecipação à concorrência quanto ao lançamento do produto (MIZUTA e TOLEDO, 1999). De acordo com PORTER (1986), para as organizações que têm o foco em marketing, a busca de satisfação do cliente é um dos requisitos básicos para se ganhar vantagem competitiva. A empresa não deve julgar que sua tarefa é fabricar produtos, mas sim proporcionar satisfação aos clientes. Em outras palavras, as empresas precisam aprender a considerar que sua função não é simplesmente a produção de bens ou serviços, mas também a captação e manutenção de clientes, a realização de atividades que levarão as pessoas a querer trabalhar com ela. Diz-se que é uma miopia em marketing visualizar só o produto e sua capacidade em produzi-lo. É importante que a empresa também esteja atenta às necessidades e aos desejos dos clientes. Em uma empresa voltada para o mercado, que busque constantemente desenvolver produtos, sejam eles novos para a empresa, sejam novos para o mercado, é imprescindível uma análise ambiental que permita a compreensão do mercado e da organização. O marketing assume um papel líder na transformação de habilidades e recursos da organização em produtos e serviços que desfrutem de uma posição de vantagem no mercado. Essas constantes mudanças no ambiente empresarial, provocadas por forças e participantes, como cultura, fatores político-legais, natural, tecnológico, concorrentes, fornecedores, podem surgir como ameaças quanto oportunidades. Assim, é necessário que as empresas as identifiquem para que possam adaptar-se rapidamente, minimizando os riscos de insucesso e otimizando as oportunidades. Outro fator importante que deve ser considerado é o mercado consumidor, constituído por pessoas, e estas se diferem quanto às necessidades, aos desejos e ao comportamento de compra. Isso, somado às dificuldades que as empresas têm em atender o mercado como um 5 todo de forma superior à dos concorrentes, obrigam-nas a identificar e oferecer produtos/serviços a grupos de consumidores com características de compra singulares. O produto a ser desenvolvido, o doce de leite à base de soja, surge como uma oportunidade, visto que existem grupos de consumidores que podem beneficiar-se de seu uso. Esses consumidores são pessoas que possuem intolerância à lactose1, vegetarianos (não consomem produtos derivados do leite animal), mulheres na fase de menopausa e pessoas que buscam alimentação mais saudável. Dessa forma, esse trabalho tem como objetivo geral estabelecer estratégias para o desenvolvimento do doce de leite a base de soja, verificando se existe uma real oportunidade de negócio, identificando o público-alvo e planejando o produto que irá satisfazê-los. Dentre os objetivos específicos destacam-se: • Analisar o macro e micro ambiente no qual o produto a ser desenvolvido está inserido. • Identificar o público-alvo do doce de leite a base de soja. • Verificar as necessidades e desejos do público-alvo. • Analisar o custo unitário do produto. 1 - Intolerância à lactose é a insuficiência, por determinação genética, que algumas pessoas têm em produzir a enzima lactase responsável pela quebra desse açúcar presente no leite animal. Os principais sintomas dessa anomalia são indigestão, gases e diarréia. 1.1. O Produto A idéia do doce de leite a base de soja surgiu de duas graduandas, Andréa e Marjorie, da Universidade Federal de Viçosa do curso Gestão do Agronegócio. Mais precisamente da tia de Andréa, residente na cidade de Cruzília, sul de Minas Gerais, que faz esse doce para suas filhas, que possuem intolerância à lactose. Assim, surgiu à oportunidade de desenvolver esse doce, analisando o mercado no qual ele está inserido, quem são e onde se encontram as pessoas que possuem intolerância à lactose, se existe a possibilidade de atender outros nichos de mercado, e como deveria ser o produto, quanto à embalagem, rótulo, preço, sabor, textura, aroma, cor. Para a produzir 400g do doce são necessários 1l de leite de soja, 100 g de açúcar (cristal ou mascavo), 2 colheres de sopa de margarina, 2 colheres de sopa de maisena e 2 colheres de sopa de essência de baunilha. O leite deve ser fervido por 40 minutos e depois acrescentar o açúcar por mais 5 minutos. 6 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. O desenvolvimento de novos produtos Na economia atual, o processo de inovação de produtos tem se tornado um fator cada vez mais determinante para o sucesso das empresas. A capacidade de inovação de uma empresa tem sido vista com maior interesse tanto pelo meio acadêmico como pela indústria. Para as empresas, o desenvolvimento de novos produtos auxilia na busca de maior eficiência e rapidez nos seus processos e produtos. Os objetivos seriam o de garantir a qualidade superior dos seus produtos, satisfação dos clientes e menores custos, sobrevivendo em um mercado cada vez mais competitivo. (Zuin et al; 2003). Segundo KLOTER e ARMSTRONG (2005), um novo produto significa originalidade, melhoria, modificações nos produtos e novas marcas que a empresa desenvolve por meio de seus esforços em pesquisa e desenvolvimento. CLARK e FUJIMOTO, citado por ZUIN et al (2003), definem o desenvolvimento de produtos (DP) como um processo pelo qual uma organização transforma as oportunidades de mercado e as possibilidades técnicas em informações para a fabricação. Entende-se como Desenvolvimento de Novos Produtos (DNP) toda ação ou todo processo total de estratégia, geração de conceito, avaliação do plano de marketing e comercialização destinado à implementação de uma nova oferta (CRAWFORD, 1997). Lançar um novo produto é uma situação de risco, pois envolve não só a imagem da empresa como também a mobilização de forças e, muitas vezes, altos investimentos. ACAR (1997) salienta que fracassos em lançamento de novos produtos são freqüentes e traumáticos para qualquer organização, pois, além de perdas financeiras, há abalo da imagem corporativa e inibição do processo criativo futuro. A obtenção de uma vantagem competitiva envolve um planejamento do processo de desenvolvimento de novos produtos orientado para o mercado e para suas competências, por meio de um posicionamento do produto que o diferencie da concorrência e agregue valor para os clientes. Segundo KOTLER (1980), “Nas condições modernas de concorrência está ficando cada vez mais arriscado não inovar (...) a inovação contínua parece ser a única maneira de se evitar a obsolência da linha de produto da empresa”. Uma empresa voltada para o mercado e situada numa indústria dinâmica e transformadora necessita de estar continuamente lançando novos produtos para acompanhar e também criar as tendências do mercado. Assim, entende- 7 se que uma empresa voltada à inovação e ao comprometimento em atender as necessidades e os desejos dos clientes possui vantagem competitiva. A implementação de novos produtos é uma tarefa ampla, envolvendo todas as atividades da organização, em especial a administração de marketing, que desempenha um papel importante neste processo. Sua participação é que fundamenta o produto, trazendo elementos de mercado que são indispensáveis para o sucesso do produto. Cabe ao marketing identificar quais são os elementos tangíveis e intangíveis do produto que o mercado considera importantes, fazendo o elo da empresa com o mercado.“A fabricação de novos produtos de sucesso requer uma máquina de marketing bem sintonizada.” (COLLINS E PORRAS, 1995). Com base na análise dos fatores que possibilitam o sucesso e o fracasso de um novo produto, entende-se que seu sucesso é muito dependente de uma forte orientação para o mercado, juntamente com uma grande capacidade técnica e produtiva da empresa. A busca pela inovação não é um passaporte para o sucesso, mas, sem dúvida, é mais um elemento que, se bem conduzido, pode trazer uma contribuição significativa para criar e sustentar uma vantagem competitiva e uma rentabilidade superior (PORTER, 1986). 2.2. Ambiente de marketing A análise do ambiente de marketing consiste em verificar os elementos externos e internos que influenciam o desempenho do produto. Na busca por oportunidades, é indispensável que a empresa esteja orientada para o mercado. Como coloca KOTLER (1980), o mercado diz à empresa o que fazer e como. Significa a capacidade da empresa se adaptar às mudanças tecnológicas em seus produtos como resposta às necessidades dos clientes. Estar atento ao mercado, às necessidades dos clientes, às ameaças dos concorrentes ou produtos substitutos é uma análise necessária para melhorar a aceitação do produto e diminuir os riscos de fracasso. Nesse sentido, a análise das oportunidades e ameaças passa pela compreensão dos clientes e das ações dos concorrentes, bem como pelo conhecimento de tecnologia, fornecedores, fatores políticos, sociais e econômicos e outros fatores externos que podem influenciar o comportamento da empresa. A análise do ambiente, ao contrário de ser um processo estanque, deve estar inserida em todas as etapas do desenvolvimento do produto. É um processo simultâneo, um olhar constante para fora e para dentro da empresa. Quando se conhece bem o mercado, com suas ameaças e oportunidades, e a organização, com suas forças e fraquezas, é possível oferecer 8 melhores benefícios aos clientes, bem como conquistar e manter uma vantagem competitiva sobre os rivais com produtos de sucesso. Como afirmam KOTLER e ARMSTRONG (2005), a incapacidade de integrar uma estratégia do produto e uma estrutura organizacional, com uma clara identificação das necessidades dos clientes e um bom plano do projeto pode, muitas vezes, levar ao fracasso na implementação de um novo produto. 2.3. Desdobramento da função de qualidade O QFD (Quality Function Deployment) teve início em 1966, no Japão, como um sistema de qualidade voltado para o desenvolvimento de produtos e serviços que satisfaçam as necessidades dos consumidores (MAZUR, 1993). No Brasil, o QFD só começou a ser estudado no final da década de 80 e início de 90, sendo ainda pouco difundido em nível de aplicação industrial. Sabe-se que grandes empresas como a Cônsul, do grupo Brasmotor, a IBM Brasil, e algumas empresas automotivas já estão utilizando esta metodologia no desenvolvimento de novos produtos (FIATES, 1995). O método QFD ainda é pouco usado pelas indústrias de alimentos do Brasil, porém algumas empresas já começaram a perceber as vantagens da sua utilização e outras já vêm adquirindo excelentes resultados com a implantação do método, além de alguns trabalhos terem sido realizados com o objetivo de implantar a metodologia em empresas alimentícias (MAGALHÃES, 2002). Segundo CHENG (1995), a base conceitual desta ferramenta está em traduzir a voz dos clientes (seus desejos e necessidades) para especificações de produtos ou serviços, fazendo com que a voz do cliente se propague por entre as funções da organização, com acompanhamento e documentação eficazes, de modo que esses desejos e necessidades (também chamados de requerimentos) estejam incorporados aos produtos e serviços finais. Em suma, QFD é uma metodologia de planejamento estratégico de marketing, que traz, como conseqüência importante, uma melhoria da qualidade no seu sentido mais amplo, ou seja, satisfazer os desejos e as necessidades dos clientes: vender o que o cliente quer comprar e tornar o produto ou serviço disponível no momento em que o mercado quer e antes que a concorrência o faça (CAMPOS, 1999). CAMPOS (1999) considera o QFD como uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento de novos produtos, proporcionando às empresas vantagens competitivas, uma vez que essa metodologia permite oferecer aos consumidores aquilo que realmente necessitam. 9 De acordo com CHENG et al, (1995), os benefícios do QFD já comprovados pelo uso são redução do tempo de desenvolvimento, redução do número de mudanças de projeto, redução do número de reclamações dos clientes, redução de custos e perdas de produção, aumento da comunicação entre departamentos funcionais, crescimento e desenvolvimento de pessoas através do aprendizado mútuo e maior possibilidade de atendimento a exigências de clientes. MACABE (1988), engenheiro de confiabilidade, descreve o método QFD em quatro fases: planejamento do produto, desdobramento das partes, planejamento do processo e planejamento de produção. Na fase de planejamento do produto (projeto), o cliente ajuda a definir os requisitos importantes do produto ou serviço, com pesquisas qualitativas e quantitativas. A equipe de projeto faz a tradução das necessidades dos clientes em uma lista de itens “o que”. Na seqüência, a equipe define as diferentes maneiras para atender aos requisitos do cliente em uma lista dos itens “como”, ou seja, desenvolve-se a matriz do QFD. Na seqüência, escolhem- se as características prioritárias que serão desdobradas na próxima fase. As atividades desta fase, segundo o autor, são elaborar o projeto, determinar a equipe de projeto, determinar a voz do cliente, organizar e traduzir a voz do cliente, conduzir pesquisas de produtos competidores, estabelecer os requisitos de projeto, analisar e diagnosticar o planejamento do produto, e determinar itens que serão desdobrados. Na segunda fase, desdobramento das partes, os itens “como” da primeira são detalhados, priorizados e quantificados e se tornam os itens “o que” desta fase. Todos os detalhes e os componentes necessários para atender aos requisitos do produto ou serviço exigidos pelo cliente são definidos. As principais atividades desta fase são determinar requisitos funcionais, fazer análise competitiva do projeto, gerar conceitos alternativos, selecionar ou sintetizar o conceito do produto, desenvolver relação de materiais, e determinar características críticas do projeto. Os itens “como” da segunda fase são detalhados, priorizados e se tornam os itens “o que” da terceira fase. Nessa fase, selecionam-se os processos críticos que melhor preencherão os requisitos do produto ou do serviço especificados pelo cliente na primeira fase. As atividades desta fase consistem em determinar limitações do processo, determinar inovações, tecnologias e alternativas de processo, selecionar melhores processos e definir parâmetros de processo. Na quarta fase são desenvolvidas as exigências de produção para que o produto seja produzido conforme as exigências do cliente, ou seja, de alta qualidade. Mais uma vez, os 10

Description:
GERALDO MAGNO MOL FERREIRA. ADLER FUJIYAMA Engenharia, Fundação Cristiano Ottoni, 1996, www.ufmg.br/engenharia, acessado em.
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