www.flacsoandes.edu.ec George de Cerqueira Leite Zarur A Arena Científica Conselho Editorial: Casemirodos Reis Filho, Dermeval Saviani, GilbertaS.de M.Jannuzzi, Walter Esteves Garcia Conselho Editorial-FLACSO: Ayrton Fausto, Arno Vogel, Daniel Jorge Cano, George deCerqueiraLeiteZarur, LuizAntônioCunha, NildaGuimarães Alves, Wilson Moura DiretorExecutivo Flávio Baldydos Reis Diretora Editorial Heloisa Reis Composição Fernando R. Vil/as Bôas Revisão TomHermida Heloisa Reis Capa Lay-out Milton José deAlmeida Arte Final VladCamargo Copyrigbte 1Q94byEditoraAutoresAssociados EDITORAAUTORESASSOCIADOS Caixa Postal 6164 CEP.: 13081-970 Campinas -SP Fone/Fax: (O192)395930 George de Cerqueira Leite Zarur A Arena Científica COLEÇÃO EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA EDITOR~ AUTORE§~I ASSOCIADOS Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Zarur, GeorgedeCerqueira Leite AArenaCientífica / George deCerqueiraLeite Zarur- Campinas,SP: AutoresAssociados ; Brasí lia,DF : FLACSO,1994. - (Coleçãoeducação con temporânea) Bibliografia. 1.Ciência - Aspectossociais 2. Ciência Brasil 3. Cullura - Brasil 4. Relativismo 5. Socio logiadoconhecimento I.TItulo Il. Série. 94-3704 CDD-509.81 Indices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Ciência 509.81 2. Ciência : Brasil 509.81 ) 0r; AGRADECIMENTOS o desenvolvimentodeatividadesde pesquisaapresentauma série de dificuldades no Brasil, que se extendem da falta de bibliografiasrecentes,àausênciada mais simples infra-estrutura, como salas silenciosas, ou micro-computadores. Éevidente que tais problemas são acentuados por dificuldades do ambiente político e econômico relacionadas com o apoio à pesquisa. A situação se agrava mais ainda, em virtude da fantástica instabili dadedas instituiçõesdo país. Assim, apesquisaqueoriginou este volume foi realizada no Centrode Estudosem Política Científica e Tecnológica (CPCT), um instituto do CNPq extinto em 1990e depois na Coordenação de Estudos do CNPq, extinta em 1991. Os dois orgãos de pesquisa apresentavam sérios problemas em seu funcionamento - o que acontece com a maior parte dos centros de pesquisa brasileira - mas a razão maior do seu fechamento foia"reforma"do CNPq, noquadrode "enxugamen to" da máquina administrativa do governo brasileiro, durante o governo COBOL Acontinuidadeda pesquisaeafinalização destevolumenão teriam se realizado, portanto, não fosse a firme intençãodo autor em concluir o que iniciou, além do apoio profissional e pessoal de vários colegas no âmbito do CPCT e da CET. Fazemos aqui um agradecimento muitoespecial a Maria Aparecida H. Cagnin, Léa Velho, Luis Fernando Duarte, Dalva Melo, Cristina Albu- querque, João Augusto Bastos e Lúcia VaJle. Pelos mesmos motivos, esta obra não teria sido concluída sem o estímulo e o apoio institucional da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais. AFLACSOeaseu diretorAyrton Fausto, o nosso mais sincero agradecimento. Somos também gratos a Walter Garcia que nosajudou na publicação deste volume. Desejamos apresentar, por fim, nossa gratidão a todos os cientistas que nos ajudaram nessa pesquisa, esperando que este estudo reverta em benefícioda ciência brasileira. Para Roque Laraia e Gilberto Velho Sumário I. INTRODUÇÃO 9 II. UNIDADES DEANÁLISENOESTUDOSOCIOLÓGICODA CIÊNCIA: RETROSPECTIVA ECRíTICA 15 Introdução 15 Unidades deanálise naSociologia "clássica"do conhecimento 19 Merton eaSociologia da Ciência .22 Revoluções científicas,cientometria, redesde relações sociais e instituições 28 Osrelativismos emSociologia da ciência 34 Conclusões - novas linhasde investigação noestudo sociológico daciência 38 m. CIÊNCIA, TEMPO EIDENTIDADE ..45 Introdução ã5 Eponímia e Organização da Ciência .47 Identidade ecategorizaçõesentre cientistas esobre cientistas 149 Conclusões 50 IV. FAMÍLIAEMÉRITO: OPROCESSODE FORMAÇÃODE GRUPOS NACULTURAENACIÊNCIABRASILEIRA 53 Oprocesso de formação de grupos nacultura brasileira 54 Osistema deformação degrupos naciência brasileira 62 Conclusões: modelos dedesenvolvimento científico 69 V.CIÊNCIA, PODER ECULTURA NO BRASIL: OCASODAGEOFÍSICAAPLICADA 77 Introdução 77 Ideologia, formação dogrupo eescolha do campo científico 80 Ogrupo decientistas 84 Podereconflitoentre "comunidadescientíficas": a institucionalizaçãoda Geofisica Aplicada noBrasil 88 Anegociaçãodaverdadeeaaplicaçãodo conhecimento 93 Conclusões 95 VI. AZOOLOGIANOBRASIL: ATRADIÇÃO NATURALISTA, ESCOLASEPARADIGMAS 99 Introdução 99 Atradição naturalista capesquisa nos museus 102 A"taxonomia tradicional com ênfase em nomenclatura" - o ramo zoológicoda"escola de manguinhos" 105 AZoologia descritiva Alemã emSão Paulo 11O A"novasistemática"em São Paulo 113 Desenvolvimentosrecentes - ocladismoeoscursos da SociedadeBrasileira deZoologia 116 Arepresentaçãodos paradigmasda Zoologia brasileira 120 Conclusões:escolas, paradigmasegrupos zoológicos 126 VII. UM RETRATODAÁREADE ZOOLOGIANO BRASIL 133 Introdução 133 Adistribuiçãoporsexo e idade .134 Estadose instituições 140 Carreiras 149 Produtividade 152 Conclusões 159 VIII. INSTITUIÇÕES EORIENTAÇÕESINTELECTUAISNA ANTROPOLOGIABRASILEIRA 163 Introdução , 163 DesenvolvimentoInstitucional 164 Ambiente intelectual 168 Linhas de Pesquisa .171 Acrise deparadigmas,originalidade: alguns desafios daAntropologia brasileira 175 IX. CONCLUSÕES: RELATIVISMO, CULTURAEAVALIAÇÃODE CIÊNCIA 179 Aabordagem relativista .179 Ciência, cultura esubdesenvolvimento 183 Quantificaçãoemedidasdequalidade noestudoe naavaliaçãode ciência 186 X. BIBLIOGRAFIA .191 INTRODUÇÃO Os diversos estudos apresentados neste livro aprofundam a temática da ciência e tecnologia do ponto de vista de um antro pólogo. Unindo nossas experiências de cientista social e de téc nico do CNPq, descobrimosque acomunidadecientífica poderia representarumfoco de interessedos mais interessanteseoriginais para a pesquisa antropológica esociológica. Indivíduos, grupos, relaçõessociaise ideologias poderiamserconhecidosatravésdas mais antigas e respeitáveis tradições da Sociologia do conheci mento, associadasaum novo sistemaconceituaiaindamuito pou co divulgado noBrasil. Este sistema, o"relativismo", tão a gosto dos antropólogos, não foi até o presente usado explicitamente comometodologiade pesquisasobreaciênciabrasileira. Isto não impede que tenha sido lembrado em poucos artigos recentes que levantaram a discussão teórica de alguns de seus aspectos (ver p. ex. Abranches, 1991). Por usar o relativismo em estudos empí ricos, este livro traz novas questões, até então inexploradas no estudo social da ciência em nosso país. O "rapport" antropológico, a entrada nas comunidades de Geofísica e na Zoologia, aconteceu de forma casual. Há muitos anos conhecemosalguns dos mais importantes zoólogosbrasilei ros no Xingu ao fazer pesquisas entre os índios daquela região. Amizadeseconhecimentosfeitos nocamposão para sempre lem brados. Outra vez fomos procurados por um geofísico, hoje um dos líderesde sua área, que desejava nos ouvirsobre um trabalho 9
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