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Francisco de Assis PDF

390 Pages·2013·1.99 MB·Portuguese
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FRANCISCO DE ASSIS JOÃO NUNES MAIA (MIRAMEZ) Dentre os fatos interessantes que aconteceram durante os períodos em que este livro foi recebido, achamos válido relatar o último, pela ilação evidenciada em várias passagens do personagem com os sofredores. No exato momento em que o médium João Nunes Maia colocava o ponto final no último capítulo do livro, para à porta de sua residência um ônibus que transportava 40 hansenianos, provenientes de uma das diversas colônias existentes no Brasil que, percorrendo enormes distâncias, tinham vindo a Belo Horizonte para agradecer a cura e o alívio proporcionado por medicamento* que lhes fora enviado. No interior da residência do médium, foram informados do ocorrido e grandes foram os momentos de emoção e alegria, proporcionados pela leitura de vários trechos em que o Amor era o agente da Esperança, nos caminhos de Dor. Irmanados pelos eflúvios suaves que se formavam com a simples menção do Poverello, choraram médium e visitantes!... Nesse ambiente de paz e de luz, onde não faltou a presença dos benfeitores espirituais, foi feita a prece de agradecimento pela conclusão do livro e pelas graças recebidas. * Hoje identificado como sendo a Pomada Vovô Pedro. A Editora * * * O livro Francisco de Assis é como um rasgo divino do véu que encobria acontecimentos a serem acrescentados a outros já conhecidos e registrados na história, que vieram ajudar na reforma de muitas almas, que aguardavam exemplos de luz para prosseguirem sua jornada pelo caminho da verdade. Amigo e seguidor de Francisco de Assis na personalidade de Shaolin-irmão Luiz, Miramez, além de descrever lances desconhecidos da vida e da obra do Francisco de Assis, enfoca, com felicidade rara, dentro da filosofia reencarnacionista, a ação inestimável dos Espíritos enobrecidos pelas conquistas morais, na obra infinita do Criador, em colaboração direta com Jesus, na sublime direção deste planeta, que dotado de todos os recursos necessários, oferece estágio redentor aos recalcitrantes do equívoco, no cumprimento das Leis Divinas. Agradecimento A publicação deste livro somente se tornou possível mediante a colaboração inestimável de pessoas de boa vontade, nas várias fases de sua confecção. Àqueles que tornaram possível esta edição especial, expressamos, também de forma especial, a nossa gratidão: Associação Cultural Candido Portinari - Rio de Janeiro João Candido Portinari Center Foto - Belo Horizonte Eduardo Rodrigues de Moraes - Belo Horizonte Pelo esforço de todos em favor da divulgação dos postulados doutrinários e evangélicos o nosso reconhecimento. A Editora. Sumário Prefácio O Apóstolo João Uma Cidade Diferente Lembrar Cristo A Estrela da Idade Média Os Duzentos e Um João Evangelista em Roma A Família Bernardone Simbiose Divina Unidos para o Bem Nasce Francisco Despertar Começa a Luta Experiência Diferente Pai e Filho Cristo Fala Os Primeiros Passos O Papa e Francisco A Comunidade Franciscana O Servo Querido O Encontro Sublime Cura Divina Francisco e o Papa Sempre Convosco Do Oriente ao Infinito Pai Francisco no Monte Alverne A Importância da Dor O Triunfo do Amor Prefácio Para se falar sobre um Anjo toma-se necessário ser um Anjo também condição da qual estamos muito longe. Vamos dar leves traços sobre este livro que retrata a personalidade de Francisco de Assis, há oito séculos atrás. O nosso companheiro Miramez escolheu alguns acontecimentos ocorridos com o Poverello de Assis, em uma sequência de quarenta e quatro anos e que foram quarenta e quatro anos de caridade, vividos no seio da humanidade, esta humanidade que ignorou a grandeza desta alma de esferas distantes, Espírito destinado a deixar um traço de união entre todos os seres que vivem e todas as organizações políticas e religiosas. O nosso amigo espiritual nos diz que este livro é uma simples anotação sobre a vida desse grande santo, que faz parte do colégio apostolar de Jesus Cristo. Francisco de Assis viveu a mensagem do Evangelho de modo a consolidar a palavra Amor, fazendo-a sair da teoria e avançar para a prática do dia-a-dia. Não há jeito na Terra de se pensar e escrever sobre a Caridade, sem se lembrar do Homem da Úmbria: todos os caminhos por onde passou falam dele. Deixou impregnado no tempo e no espaço, nas coisas e na própria natureza, algo de divino, que somente o tempo poderá revelar no futuro, para a grandeza da fé. Não se pode lembrar dos hansenianos sem encontrar a figura extraordinária de Francisco; não se pode falar da assistência social, sem que ele esteja no meio; não se pode referir ao amor, sem a sua benfeitora irradiação. O Cristo operava no mundo pelas mãos desse Anjo de Deus, confortando os doentes, curando os enfermos, instruindo os ignorantes, fartando os famintos e vestindo os nus. Dava sem receber e recebia distribuindo. Amava sem exigências e, quando ofendido, amava o ofensor. Abençoava a todos, e, quando apedrejado, servia mais. Falava sem ferir, e, quando ferido, compreendia o revoltado. Nunca se indignava e, quando em meio à revolta, orava em favor de todos. Trabalhava e amava o trabalho. Defrontando-se com a inércia, estimulava o labor. Tinha como base da felicidade, a alegria. Quando encontrava a tristeza, alegrava-se mais. Não falava em doenças. Quando encontrava enfermos, enfatizava a saúde, sem esquecer a fé. Ouvia em silêncio os que sofriam e falava quando a sua palavra fosse consolo ou paz. Desejava o bem de todos, sem cogitar de onde procediam, para onde iam, a qual escola ou partido político pertenciam. Não era dado a examinar procedências para servir, pois via a todos como filhos de Deus. Este livro é uma bandeira de simplicidade, é um conjunto de regras fundamentadas nos preceitos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele abre uma compreensão mais vasta nos cambiantes da fraternidade pura, colocando os dois mundos em completa sintonia, para que a Caridade se saliente em todos os contornos da harmonia celestial. Mostra a natureza, enfocando o Criador em variadas operações, fazendo-0 expressar-se nos inúmeros reinos, nos quais tudo vive e busca o Belo, em demanda à perfeição. Francisco de Assis mostra o quanto vale o Amor e faz a humanidade conhecer aquele Cristo de há dois mil anos, fundindo e refundindo todas as virtudes, na expressão que a Sua vida nos oferta. Francisco venceu a morte porque venceu as imperfeições, lutou contra os instintos inferiores e alcançou a vitória sobre os inimigos internos, consolidou os dons espirituais no coração e irradiou o Bem em todas as direções. Foi bom, foi justo e honesto. Foi feliz, trabalhador e irmão. Foi perdão. Foi manso, enérgico e compreensivo. Foi caridoso, foi carinhoso e foi pai. Foi tolerante, humilde e pastor. Foi santo. Foi místico e foi homem. Foi Anjo, porque cultivou um jardim de virtudes dentro do coração, na presença do Cristo e na lavoura de Deus. Este livro ser-te-á alimento para o espírito e saúde para todos os corpos que o Senhor te emprestou. Bezerra Belo Horizonte, 19 de julho de 1982. 1 O Apóstolo João João Evangelista, dentre os discípulos do Senhor, foi considerado o que mais se dedicou ao Mestre, pela força do Amor. Era bem moço quando assistira, juntamente com alguns familiares, às Bodas de Cana. O destino fê-lo acompanhar o Cristo nos seus mais difíceis testemunhos, assim como nas suas grandes alegrias. Presenciou várias curas fantásticas do Senhor, fez parte dos três no Monte Tabor; na agonia do Getsêmani, estava no Jardim das Oliveiras; assistiu às pregações mais profundas do Mestre, presenciou à Entrada Triunfal, subiu ao Calvário para se despedir do seu preceptor e, no topo mais dramático do mundo, recebeu como nova mãe, Maria, indicada pelo Divino Messias. O Evangelista não deixava de ser um predestinado. Espírito escolhido dentre muitos, chamado para a consolidação do Amor na face da Terra. Viveu junto dos homens quase um século, dedicando-se à vida cristã; foram mais de oitenta anos na pura exemplificação dos conceitos da Boa Nova do Reino. Surpreendeu a muitos outros grandes pela humildade e pela fé, e ao lado de toda a vivência das virtudes preceituadas por Jesus, carregava consigo como patrimônio sagrado, lúcida inteligência, que aplicava com os devidos cuidados, a serviço da coletividade. Quando nasceu, Salomé foi tomada por uma chama de luz, presenciada por Zebedeu em estado de vigília, e se fez um clarão tão grande, que foi igualmente visto por muitos pastores, na madrugada da delivrance. A moradia ficou inundada de perfume nunca antes sentido por alguém da família, e um coro de anjos orquestrou sons, que os familiares puderam ouvir, como se fora o Céu descendo à Terra por misericórdia do Deus de bondade e de amor. Nasceu o menino que tomou o nome de João e que trouxe a primazia de ser cognominado o Evangelista - o profeta mais difícil de ser compreendido pelos homens, o apóstolo que teve a felicidade de fechar o pergaminho de luz com o Apocalipse. Sua mãe, certa vez, aproximou-se do Mestre Jesus e narrou para Ele os fenômenos que o acompanhavam desde o berço. Notara, sem medo de estar errada, que seu filho tinha uma tarefa em algo semelhante à do Cristo, e pediu com humildade, para que Ele o abençoasse, escolhendo também Tiago, para que pudessem assentar, cada um ao Seu lado, no reino de Deus. Tiago e João aproximam-se do Mestre, decididos, ficando cada um de cada lado, concretizando o pedido da mãe. Cristo, fixando os Seus grandes olhos nos de Salomé, respondeu serenamente: - "Não compete a mim decidir, deixar ou não que os teus filhos se assentem ao meu lado, na marcha que se propuserem caminhar na Terra e no Céu. Eis que cada um de nós haveremos de testemunhar diante de Deus e de nossa consciência o que aprendemos. No entanto, se eles suportarem tomar comigo o cálice amargo, preparado para mim há milênios, rogaremos ao Nosso Pai Celestial que os mantenha em minha companhia, para que a felicidade aumente em meu coração, e a tua vontade será satisfeita, se for esta a vontade de Deus". Antes de compreender seu apostolado junto de Nosso Senhor Jesus Cristo, João parecia um moço impetuoso, deixando extravasar uma cachoeira de energias, num cinetismo dificilmente compreendido pelos homens, pois era o impulso esquematizado, desde sua gênese, para que no futuro o Evangelho fosse sustentado pela sua conduta grandiosa. Teve a oportunidade de conhecer todos os discípulos na conjuntura doutrinária e conviver com eles nas suas mais difíceis reações. Acompanhou Paulo em várias viagens, testemunhando na própria came as dificuldades de se fazer conhecido o Cristo, entre as feras humanas. Depois da ida do Mestre para as esferas resplandecentes, mediu, pesou e sentiu que, de fato, assentar-se ao Seu lado não dependia de um sim ou de um não do Divino Amigo, mas sim da vivência do Amor os que buscam esse reino. Várias vezes esteve às portas da morte, chegando até a perceber alguns ângulos da outra vida e ouvir conselhos do outro plano, no tocante à resistência, à paciência, à humildade e ao amor para com aqueles que ainda desconheciam a Verdade. Cada vez que sofria o aguilhão de dor por Sua causa, restabelecia-se com mais ânimo e enfrentava as dificuldades com mais esperança, tendo sempre Deus como a única divisa de salvação para todos os ideais e o Cristo como o Pastor Inconfundível que libera as consciências para a vivência na luz. João Evangelista cresceu em sabedoria e virtude. Experimentou a fome muitas vezes, sem se amedrontar. Sentiu na pele chagas de várias procedências, sem que elas o esmorecessem na difusão do Evangelho. Não fez distinção de vestes para o seu apostolado sublime. Teve em mente somente o Amor. Quando soube que Tiago havia sido morto de maneira drástica pelos opositores da Boa Nova, ao invés de se abater, incorporou-se aos ideais do seu irmão, e sentiu dentro do peito um grito no coração mandando que avançasse, porquanto seus ombros pesavam dois compromissos. Quando foi participado da ida de Pedro a Roma e, posteriormente, da sua crucificação pelos romanos que ainda queimaram o seu corpo, ao invés de temer a fúria dos inimigos, incorporou-se à fé do apóstolo pescador em novas frentes de trabalho. E quando Paulo, a sua maior esperança, terminou seus dias também em Roma, João, que se encontrava num sítio, arregimentando forças para novas pregações, prostrou o rosto em terra chorando, e em súplica buscou a Jesus, para que não desamparasse a família cristã, que crescia em número, dia-a-dia, carecendo de um pastor visível no mundo; desce do céu uma luz sobre sua cabeça e ele ouviu nitidamente uma voz, já bem sua conhecida: - "Continua incorporado às forças e às virtudes, aos dons e ao amor dos que se sacrificaram em meu nome. Nenhuma criatura ficará só, porque Deus é Justiça, e acima da Justiça, Ele é Amor". Assim, desse dia em diante, João tornou-se uma imantação energética. Quando um dos seus companheiros de apostolado sucumbia, aumentava o seu vigor, por saber que era a vontade de Deus e que seria uma semente enterrada em solo fértil, e que daquela vida poderiam nascer milhares de outras por lei da Divindade, e que o Evangelho se tomaria mais conhecido pelo fenômeno da fé. Depois que Maria, mãe de Jesus, foi levada para a pátria espiritual, João se transformou definitivamente num andarilho do Cristo, propondo maneiras grandiosas às almas sofredoras e tristes. Alimentava uma alegria íntima, como se tivesse um sol ergastulado no coração. Ao falar, representava a voz de outras esferas, aproveitando na oportunidade, os canais do seu verbo, lógico e clássico, simples e divino ao mesmo tempo. Em torno de si avolumava-se em profusão, magnetismo superior. Na dinâmica do Amor, distribuía a verdadeira felicidade em todas as dimensões. Dormia em plena natureza e sentia-se como se estivesse em mansão espiritual. Roma, que se sentira feliz e vitoriosa pela morte de alguns discípulos de Jesus, mandou várias missões ao encalço de João, não para exterminá-lo visivelmente, mas por algum respeito ao profeta e por sutileza política. Muitos, em secreto, o acompanhavam habilmente como presa, para, na hora certa, dar o golpe mortal e libertar Roma do jugo incômodo, pois ele era a Verdade que se expandia por amor às criaturas. Os seus principais discípulos foram Policarpo, Papias, Inácio e Pátius, dos quais falamos, porquanto herdaram do Mestre de Efeso o amor mais acentuado. Mas, na verdade, foram milhares de seguidores que testemunharam o aprendizado pelo exemplo dignificante do Evangelista, que venceu a morte em todos os seus mais duros testemunhos. * * * Além dos fatos já conhecidos sobre os fenômenos da natureza que reagiram contra os perseguidores dos cristãos, ocorreram muitos outros que a história não relatou, por negligência dos homens. No ano 60 da era cristã, reuniram-se nas adjacências de Roma procedentes de várias localidades, os discípulos mais destacados de Jesus, dado ao interesse de Paulo em divulgar, em Roma, o ideal da Boa Nova. Certa noite, numa encosta rochosa na qual a natureza formara espécie de amplo salão, falava, sob a luz das estrelas, um tribuno de sangue romano de nome Gamerino, que se convertera pelas mãos abençoadas do apóstolo Pedro, que curara seu filho às portas da morte. Dissertava ele sobre as curas efetuadas pelos homens santos, sob a influência do Cristo e sobre as possibilidades de paz no mundo inteiro, pela extensão do Evangelho por toda a Terra e a todas as criaturas. E, para tal empreendimento - dizia - nós somos instrumentos. Centenas de pessoas ali reunidas ouviam, magnetizadas pela fé, a palavra de Deus, da boca daquele homem, tocado pela luz. O exército romano, já de sobreaviso, aguardava o momento exato de aprisionar todos de um só golpe. A Águia voava para o bote mortal. No entanto, os centuriões que comandavam as tropas encarregadas de matar e prender, não repararam que, acima da Águia de Roma, os pássaros do céu vigiavam os missionários do Cristo. Nem bem bradaram a ordem de ataque, relâmpagos cruzaram-se em todas as direções do campo, atingindo os perseguidores. Como se fossem atacados por fios de alta tensão, quase quinhentos soldados do Império caíram ao chão, inconscientes. Os poucos que permaneceram de pé, assombrados, voltaram com a notícia de que o poder maior de Roma tinha de se abalar e ter os cristãos como magos negros, pois que a própria natureza os defendia. Terminado o culto, os cristãos passaram por eles, que ainda dormiam profundamente. Eis porque eles temiam João, remanescente dos primeiros discípulos do Mestre, e porque o seu nome era uma viga mestra da doutrina do Nazareno. * * * Certa feita, tendo caído João prisioneiro, com muito cuidado, foi levado à Ilha de Patmos, pelos agentes de Roma. O ancião, simples e alegre, obedeceu aos algozes, como cordeiro

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e seguidor de Francisco de Assis na personalidade de Shaolin-irmão Luiz, .. Ora, Patmos era uma ilha pequena, formada de secreções de antigos Certa feita, o vidente de Patmos passeava pelas encostas da ilha, sentindo a
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