TWKliek apresenta: Samantha Kane Fortaleza de Amor Série Companheiros de Armas 07 Gideon North quer uma esposa. Deve ser prática e muito trabalhadora. Mas sobre tudo, deve ter uma constituição forte. Horrivelmente ferido e com cicatrizes por seu serviço na Guerra Peninsular, Gideon não quer tratar com uma mulher que estremece cada vez que o olhe. Charles Bordem, o administrador de Gideon, foi seu sargento na guerra. Inseparáveis mas quase sempre em desacordo, os dois homens estão de acordo em que Sarah Withley é a esposa perfeita para Gideon. Forte, formosa e inteligente, com senso de humor, Sarah leva sua própria marca de uma vida passada nas sombras. Quando Sarah aprende a deixar de lado seus temores passados, libera ambos os homens a reconhecer o amor e a atração que sempre existiu entre eles. Os três se convertem em íntimos, mas o erotismo de seus encontros no dormitório não garante a felicidade. As defesas de Gideon os enlodam no passado. Só juntos Sarah e Charles podem atravessar para construir um futuro Gideon. Disp em Esp: MR Envio do arquivo: Gisa Revisão Inicial: Cris Reinbold Revisão Final: Fabricia Finalização e Formatação: Greicy TWKliek Samantha Kane TWKliek Companheiros de Armas 07 Comentário da Revisora Cris Reinbold: Uma historia de superação de todos, onde não só as feridas internas trazidas pela Guerra Napoleônica, mas as externas têm que ser confrontadas pelos três personagens. Para mim o melhor dos livros da série. Comentário da Revisora Fabricia: Como disse a Cris, um livro de superação não só física. Uma história que mostra como a falta de diálogo muitas vezes atrapalha uma relação. Ótima história com personagens surpreendentes e cenas… divertidas. Comentário da Revisora Greicy: Adorei essa história em particular. Diferente das demais, essa tem seu foco no amor. E não tem a ação presente nos outros livros da série. Esse é focado na superação. E claro é bemmmmm hot. Recomendo! CAPÍTULO 1 — Você fez o quê? — Gideon absolutamente temia tê-la entendido mal. — Será uma boa esposa para você, North — Anne, a Duquesa do Ashland, disse secamente enquanto servia uma xícara de chá. Estavam sentados no terraço de Blakeley House, propriedade de Gideon, olhando os moços tentarem levar os cavalos ao pasto contínuo. Gideon teria observado com horror à duquesa, mas não quis tirar seus olhos dos cavalos. Depois de tudo, eles eram seu sustento. — Não é como se não tivesse revelado que queria encontrar uma esposa, North — disse com exasperação. Eram amigos por quase um ano, depois de que Gideon fizesse a proposta. Certamente, rechaçou. Ela estava loucamente apaixonada por Ashland e Brett Haversham, e disse. Deu crédito por sua honestidade. Infelizmente ela sentiu que ao rechaçar sua oferta dava direito a interferir em sua vida. — Não tinha nenhum direito e sabe. Encontrarei uma esposa eu mesmo, obrigado. — Gideon não tentou ocultar sua irritação. Era uma mulher muito controladora — vou ter que falar com Ashland sobre mantê-la vigiada — disse bastante aborrecido por toda a conversa. A risada da duquesa foi cordial e sinceramente divertida. — Sim, faz isso, North. Estou segura que cortará meus esforços. Realmente. Estou sendo punida. — Anne, está disseminando a semente do descontentamento em Gideon? As costas de Gideon endireitaram e agarrou o braço de sua cadeira com sua mão boa enquanto o administrador de seu imóvel, Charles Bordem tomava assento ao lado de Anne na pequena mesa em que tinha o serviço de chá. Gideon não o olhou, não o tinha que fazer. Podia 2 Samantha Kane TWKliek Companheiros de Armas 07 ver a expressão de diversão e exasperação sobre o rosto de Charles em sua mente. Viu-a mil vezes antes e certamente a veria mil vezes mais. — Suponho que é parte disto? — Gideon perguntou rigidamente. — Não era. Ouvi sua Graça quando estava me aproximando — disse Charles, soando muito satisfeito para o gosto de Gideon. Charles era pior que a duquesa quando se tratava de controlar a vida de Gideon. Foi seu sargento na guerra. Depois da ferida de Gideon, Charles retornou para casa com ele, cuidou até que esteve são e de algum jeito se converteu na mão esquerda de Gideon, substituindo a quase inútil que trouxe para casa da guerra. Agora se negava a partir. Gideon o despediu tantas vezes que perdeu a conta, e, entretanto cada manhã, para sua consternação, encontrava Charles sorrindo por cima de seu café da manhã. Era condenadamente irritante. — Entretanto, se soubesse que o incomodaria tanto, teria ajudado muito a duquesa em algo que pudesse — Charles soava tão contente pela situação que fez que Gideon chiasse seus dentes e que sua bochecha se contraísse com um tic nervoso. — Esplêndido — resmungou Gideon — Minha maior alegria na vida é divertir a ambos com meu aborrecimento. — Bom, agrada-nos dar alegria a ti North — disse a duquesa — goste ou não. Charles riu e o som enviou um estremecimento pelas costas de Gideon. Fechou os olhos e tomou um momento para se acalmar. — Verei — anunciou Gideon — Mas não faço nenhuma promessa Anne. Sabe meus requisitos para uma esposa. Anne suspirou daquele jeito longo e sofrido dela. — Sim, Gideon. Ouvi bastante para sabê-lo de cor cada vez que rechaça uma candidata. — Ela marcou os pontos com seus dedos quando começou a enumerar. — Deve ser prática e trabalhadora. Não uma dama com mãos suaves que nunca tenha conhecido um dia de trabalho. Deve ser de constituição forte. Não deseja encontrar com um caso de vapores cada manhã em cima do chá. Não deve ser faladora. Não tem utilidade um bate-papo interminável sobre vestidos e tais coisas. Deve ser capaz de dirigir os criados e conhecer tudo sobre o funcionamento de uma fazenda. E deve ser autossuficiente, já que necessita uma esposa que faça sua vida mais fácil e não que se converta em uma carga sobre seus ombros. — Como Charles — adicionou secamente Gideon. — Ha! — disse Charles sem rancor — A culpa é minha. Anne deteve sua recitação, assentindo. — Devo estar de acordo com o Sr. Bordem North. É um problema. — Sou a alma da generosidade — sustentou, alcançando uma bolacha — depois de tudo, suporto os dois. — Fingiu não ver o olhar que passou entre eles. —Assegurei a seu pai que esta é uma esplêndida oportunidade para ela, — a voz de Anne era severa — não me converta em uma mentirosa. Pelo que diz o Sr. Matthews, ela é uma dama afável que deseja casar e criar seu próprio lar. Não posso dizer se ela vai cumprir todos seus requisitos, não os reúno eu mesma. Mas em minha experiência, os requisitos de um homem para 3 Samantha Kane TWKliek Companheiros de Armas 07 uma esposa, quase nunca coincidem com sua escolha. Charles soprou junto a ele. — Ela estará aqui com seu pai dentro duas semanas — continuou Anne— acordei patrocinar sua introdução e eles ficarão em Ashton Park. Só te peço que mantenha a mente aberta e recorde que ela está aqui por sua petição. Gideon levantou uma sobrancelha. — Você solicitou uma esposa, North. Simplesmente escrevi ao reverendo Whitley e contei sua proposta para que ele desse sua atenção. Gideon suspirou com irritação. — Disse que a verei, Anne. Isso é tudo o que posso fazer. — Nada disso — replicou Anne — é tudo o que está disposto a fazer. Gideon piscou inocentemente para ela. — Não vejo a diferença. — Fará — disse Charles secamente enquanto se levantava de seu assento. Dava golpes em sua coxa impacientemente, como se sentar com eles tivesse sido um esforço. Gideon tentou ignorar a vista de sua mão bronzeada, com seus fortes dedos, acariciando sua musculosa coxa. Charles era filho de um granjeiro acomodado, cresceu conhecendo o duro trabalho e desfrutando. Via em seu físico. Parte do mal-estar de Gideon sobre os atributos físicos de Charles era a inveja que dava cada vez que admirava a perfeição de Charles. Negou a examinar as outras emoções que causavam seu mal-estar— Contanto que concorde em vê-la, Gideon — disse Charles, com um tom um pouco muito mandão para o gosto de Gideon — e não atue como um idiota enquanto esteja aqui, eu não estaria feliz. — Uma vez mais — respondeu Gideon com uma expressão insossa — sua felicidade é de suma importância para mim neste assunto. O sorriso zombador de Charles fez brilhar o juvenil encanto que ainda não tinha perdido, apesar de estar perto dos trinta. — Não a teria de nenhuma outra maneira — disse com uma piscada em direção a Anne. A risada de Anne encheu o silêncio enquanto Gideon olhava Charles afastar tentando não pensar em como era realmente importante para ele a felicidade de Charles. CAPÍTULO 2 Ela estava condenadamente muito silenciosa. Sarah Whitley se sentou frente à Gideon, com sua escrivaninha os separando. Ela não o olhava, falou pouco e ainda usava o chapéu mais repugnante que ele jamais viu. Uma dessas coisas excessivamente grandes de mulheres chamadas poke1 ou algo assim de 1 Poke - tipo de chapéu comum na era regencial 4 Samantha Kane TWKliek Companheiros de Armas 07 absurdo. Parecia, devido a seus rostos estarem tão ocultos nas profundidades que nem sequer se podia olhar nos olhos. Ela não era uma coisa delicada, pelo menos. Era alta e corpulenta. Mas ele queria que tirasse o maldito chapéu. — Sua Graça nos assegurou que a visita seria bem-vinda, senhor — disse seu pai gravemente. — Sua carta de duas semanas atrás parecia dar a entender o mesmo. Espero que não tenha se incomodado. Seu pai, o reverendo Whitley, era um homem sem senso de humor, embora inofensivo, supôs Gideon. Seu comportamento e comentário fizeram que Gideon se desse conta de que deixou mostrar seu desgosto pelo chapéu da Srta. Whitley. — Você interpretou corretamente minha correspondência, senhor — Gideon tranquilizou — Teve o prazer de receber sua investigação em meu anúncio — Olhou seu mordomo — Anders, por favor, tome o casaco e o chapéu da Srta. Whitley. — Ele a olhou e se surpreendeu por seu estremecimento. Seu pai tentou pegar seu braço, parecia preocupado, mas deteve — Espero que se unam a mim para o chá — continuou Gideon cortesmente. A Srta. Whitley sentou imóvel como uma pedra. Gideon olhou Charles, que estava de pé em silêncio junto à porta do escritório. Charles enviou um pequeno encolhimento de ombros em sinal de confusão, em resposta a seu olhar. Era evidente que tampouco sabia o que fazer com a senhorita Whitley. Talvez ela não quisesse vir. Ou, mais provavelmente, se arrependeu de sua decisão a sua primeira vista do rosto de Gideon. As cicatrizes de queimaduras o cobriam do lado esquerdo da bochecha a seu pescoço, e ele mantinha seu cabelo curto, sem se importar de tratar de ocultar a desfiguração. Não teria feito nenhum bem, e ele não via nenhuma razão para pretender ser algo que não era. Ela nem sequer viu a perna ainda. Ou o que ficava dela, de todos os modos. Ele deliberadamente fez um gesto com sua mão esquerda cheia de cicatrizes para que Anders desse um passo adiante, olhando para Srta. Whitley. Mas não olhou, é obvio. Ela estava olhando seu colo. De repente levantou e deu as costas. Ele pensou que ela ia sair, mas em lugar disso começou a tirar o casaco. Seu pai levantou e a ajudou, solícito. Parecia que cuidava dela, e isso limpou os temores de Gideon de que foi obrigada a vir. Anders chegou para tomar o casaco de seu pai, enquanto a Srta. Whitley desatava e tirava o maldito chapéu. Ele ofegou e quase deixou cair o objeto, que estava tão fora do caráter do sério mordomo que Gideon meio levantou de sua cadeira. Olhou Charles e viu um olhar de assombro em seu rosto. Charles deu um passo para a Srta. Whitley quando esta voltou para Gideon. Gideon lentamente voltou a sentar. Maldita seja. Maldito seja o inferno! — Estaríamos felizes de ficar para o chá, Sr. North — disse com voz clara, forte, quase desafiando. 5 Samantha Kane TWKliek Companheiros de Armas 07 Mas, quem era ele para dizer alguma coisa? A escura marca de nascimento, rosa morango cobrindo a maior parte de sua bochecha direita era muito menos desagradável que suas cicatrizes. Gideon esclareceu a garganta. — Muito bem — respondeu. Tomou as muletas e levantou, logo, lentamente, passou ao redor da mesa. Deteve-se junto a ela. — Acredito que a Sra. Brown tem nosso chá no salão. Com uma elevação de sobrancelha indicou que precedessem. Ela sorriu com ironia e em um roce de saias lavanda, foi exatamente o que fez. Charles se viu sacudido por esta Srta. Whitley. Não era o que esperava. Poderia funcionar. E se fazia? O que aconteceria a Gideon se casava com ela? Charles esteve trabalhando nisso fazia um ano. E, entretanto, agora que poderia chegar a ser uma realidade, estava infestado de dúvidas. E medos. Não podia esquecer o medo. O temor de que Gideon já não o necessitasse. O temor de que a próxima vez que Gideon despedisse fosse realmente isso, e Charles não tinha aonde ir. Não havia vida sem Gideon. Ele respirou fundo e os seguiu, quando se dirigiram à sala de estar. A Srta. Whitley caminhava tranquilamente junto a Gideon, adaptando seu passo ao esforço dele. Era terrivelmente graciosa. E atrativa, inclusive com a marca de nascimento. Ele foi sacudido até a medula pela marca de nascimento. Ela entendeu Gideon nesse preciso momento, depois de só uma breve introdução, melhor do que Charles nunca pôde. Ela sabia. Sabia o que Gideon atravessava cada dia, cada vez que se olhava no espelho. Era uma conexão que Charles nunca poderia ter com Gideon. Passaram as janelas do vestíbulo e a luz do sol refletiu em seu cabelo. Era uma estranha combinação de luz, fios de ouro loiro e mel profundo, como não pudesse decidir o que queria ser. Estava preso bastante apertado, expondo sua marca para que todos a vissem. Outra similitude com Gideon. Mas parecia que era comprido e grosso, quando estivesse livre. Charles, ausente, passou uma mão pelo cabelo loiro e encaracolado. Notou que sua frente era notavelmente maior ultimamente. Ele sorriu com tristeza com o pensamento. Como se estivesse competindo com a encantadora Srta. Whitley. Sem importar como Charles se sentia, Gideon não pensava nele dessa maneira. Era melhor que recordasse. Melhor que pensasse em como seria bom para Gideon ter uma esposa como ela, bonita e forte e aparentemente indiferente a suas cicatrizes. Era o que Charles esteve esperando, depois de tudo. Bom, ao menos ele não retrocedeu com horror. Embora na verdade, isso era o melhor que Sarah poderia dizer sobre a reação do Sr. North a seu rosto. Pensou que podia ser mais valente com todo o assunto, negando o fato de que ocultaram algo tão importante. Ela sabia de suas 6 Samantha Kane TWKliek Companheiros de Armas 07 cicatrizes. A duquesa escreveu a ela e a seu pai e descreveu as lesões do Sr. North. Ela imaginou um veterano doente, agradecido de que qualquer mulher pudesse considerar sua proposição. Em troca, foi recebida por um homem que sustentava a si mesmo como se dirigisse o mundo. Ele se mostrou inseguro atrás de sua mesa quando chegaram, mas se sentou imediatamente. De trás de sua mesa os fulminou com o olhar. De ombros largos e magros. Com cicatrizes sob a esquina de seu olho esquerdo e a sua boca. Ela convenceu a si mesma que quase foi por isso pelo que parecia tão aborrecido diante de sua chegada. Mas seus olhos, uma luz azul tão incomum que parecia brilhar em seu rosto como um farol, foram duros e avaliadores. Já havia encontrado uma falha nela e ainda não havia visto a marca de nascimento. Ela reconheceu a entristecedora sensação de derrota sentada frente a ele. Este homem podia ser exigente na escolha de sua esposa. Não tinha por que tomar uma garota desfigurada como ela. Era sua última esperança de um lar e uma família própria, a menos que ela considerasse casar-se em uma condição mais baixa, o que resistia a fazer. Matrimônios como esse, raras vezes se ajustavam a vivencia de Sarah. Queria sua própria vida, mas não desejava ser infeliz nela. Quando ele insistiu em que tirasse o casaco e o chapéu, Sarah estremeceu de medo. Mas era feita de algo um pouco mais duro que isso. Teve a marca toda sua vida, tratou com uma ampla gama de reações ante ela, e soube que nesse momento podia tratar com as do Sr. North também. Mas ela tinha trapaceado só um pouquinho. Ela se voltou para esse simpático Sr. Bordem que os acompanhou desde Ashton Park, montando ao lado de sua carruagem em seu cavalo. Ela esteve no carro com seu pai, por isso não falou com o Sr. Bordem, mas a duquesa se apegou e ele foi agradável com todo mundo que encontraram na estrada. Assim permitiu que sua reação fosse a primeiro que ela visse. Não acalmou seus temores. A surpresa de seu rosto era como um banho de água fria a sua valentia. A piedade que seguiu não foi melhor. Mas ela girou-se para o Sr. North, e esteve muito orgulhosa de sua atitude serena e firme. O Sr. North a surpreendeu ao não mostrar nenhuma reação absolutamente. Recorreu ao chá, o que divertiu muito Sarah. O chá resolvia sem dúvida um grande número de dilemas ingleses, certo? E assim, ali estava mantendo uma conversa educada no salão. Ela se surpreendeu um pouco de que o Sr. Bordem estivesse ainda aqui. Como administrador da propriedade era um criado, mas era tratado como da família. Pelo pouco que a duquesa disse, ele esteve com o Sr. North na guerra. Talvez isso explicasse sua estimada posição no lar. — Você está muito calada, Srta. Whitley — o Sr. North, disse de repente, com clara impaciência. Ela se surpreendeu e soltou sua xícara de chá, quase a deixando cair. Suspirou com desgosto e obrigou a apoiar a xícara com calma. Aceitou o lenço que o Sr. Bordem estendeu com um firme "Obrigada" e de maneira casual secou a mancha de chá em seu vestido antes de responder. — E do que quer discutir, Sr. North? — respondeu com um sorriso — Esgotei o chá e o clima. Os olhos do Sr. North abriram com surpresa e logo o lado sem cicatrizes de sua boca se arqueou com diversão. — Tem feito? Pensei que às damas ensinavam a falar de assuntos em detalhe com grande animação. 7 Samantha Kane TWKliek Companheiros de Armas 07 — North — disse Bordem com mal dissimulada advertência. — Sarah foi criada como uma dama, senhor — disse seu pai com calma. Ela estava muito orgulhosa de como ele dirigiu bem aqui. Esta era a primeira vez que tinha que negociar um matrimônio para uma filha, e o Sr. North era intimide. — Não duvido — disse o Sr. North com uma ligeira inclinação de cabeça para ela — Peço desculpas se indiquei o contrário. — Aceitas — murmurou Sarah com um gesto amável por sua parte. Ela, em segredo, achava divertida as formas bruscas do Sr. North. Estava cansada das pessoas que se esforçavam muito em dizer o correto todo momento. — Pois bem — começou o Sr. North, colocando sua taça sobre a mesa — vamos chegar à medula da questão. Sarah não podia esperar para ouvir o que ia dizer a seguir. — OH, sim, vamos fazer exatamente isso — ela esteve de acordo com convicção. Tanto o Sr. North como o Sr. Bordem a olharam como se nunca tivessem visto algo como ela antes. Bom, esta certamente era a primeira vez também para Sarah. — Me diga por que quer casar comigo, senhorita Whitley — perguntou o Sr. North, e Sarah quase aplaudiu em reconhecimento de sua franqueza. — Agora vejamos North — seu pai protestou. — Não estabelecemos que Sarah queira casar- se com você absolutamente. Estamos aqui para determinar se uma aliança entre vocês é aceitável. O Sr. North assentiu com a cabeça. — Você tem razão, Reverendo — Olhou Sarah com esses olhos que pareciam ver tudo — E, é assim senhorita Whitley? Tomou Sarah um momento para dar-se conta de que ele queria dizer se ela desejava casar com ele. —Sim — respondeu, talvez com muito ardor, ao menos vendo o cenho franzido de seu pai. — Por quê? — O Sr. North voltou a sentar em seu assento e esperou com calma sua resposta. Sarah alisou a saia e olhou a Sr. Bordem pela extremidade do olho. Parecia muito satisfeito pelo giro da conversa. Umedeceu os lábios e olhou o Sr. North, que ainda a observava atentamente. — Sou a maior de onze filhos, Sr. North. — Os olhos dele abriram amplamente com assombro quando voltou seu olhar a seu gordinho, calvo pai de maneiras suaves, que estava tranquilamente sentado bebendo seu chá — Minha mãe morreu ao dar a luz e criei meus irmãos pequenos e cuidei da casa de meu pai durante os últimos sete anos. Meu pai recentemente se casou e minha madrasta está grávida, e como tenho vinte e quatro anos senti que era hora de que me casasse e criasse minha própria casa. O Sr. North não respondeu por um tempo, como se esperasse que ela continuasse. Quando ela não continuou disse: — Isso está muito bem, senhorita Whitley. Mas por que quer casar comigo? Assim, ele queria tudo, não é? Muito bem. 8 Samantha Kane TWKliek Companheiros de Armas 07 — Porque, Sr. North, para ser bastante franca, você é o único homem que conheci que poderia ser capaz de me aceitar com a marca em meu rosto. O Sr. North sorriu bastante horrivelmente na realidade, por causa de suas cicatrizes. Mas a Sarah não importava. A metade sem cicatrizes de seu rosto era formosa, e sabia o que era um sorriso quando via um. — E agora tenho que perguntar Sr. North. Por que quer casar-se comigo? — Sarah — disse seu pai, censurando. O Sr. North fez um gesto com a mão. — É justo — disse. Olhou Sarah, avaliando-a dos pés a cabeça. Ela sentiu o calor de um rubor estendendo desde seu peito até suas bochechas, um dos rasgos pouco elegantes que vinham com a pele pálida e o cabelo loiro. — Francamente, senhorita Whitley, você é uma das poucas mulheres que conheci a quem não parece importar minha desfiguração. Sarah sorriu tristemente. Não era um grande elogio, mas estava disposta a aceitá-lo como seu motivo. — E — surpreendeu ao continuar— você cumpre com quase todas minhas necessidades em uma esposa. Sarah piscou, sem saber o que fazer com isso. — E senhor, estes requisitos são? Fez um gesto com a mão marcada no ar com desdém. Dois dos dedos foram feridos tão gravemente que não podia endireitá-los por completo. — Irrelevantes, Srta. Whitley. O que importa é que acredito que levaremos muito bem juntos. Se estiver de acordo, então vamos assinar os papéis e nossos matrimonio se dará a conhecer de uma vez. Sarah se encontrava quase sem fôlego. Isso foi tudo. Dependia dela. Se ela dissesse que sim, casaria com este homem duro, com cicatrizes, viveria aqui em sua casa, teria e criaria seus filhos. Esta seria sua vida. Esperou pacientemente, como se compreendesse o que estava passando por sua mente. Ela examinou de perto. Seu cabelo curto mostrava sinais de prata. Seus olhos eram formosos. Fisicamente estava em seu melhor momento. Obrigou a olhar suas cicatrizes. Eram brancas contra seu rosto bronzeado. Mas ela já estava acostumada a elas. Não subtraíam seu atrativo, que notava mais em sua forma de comando e o discurso direto, que em seus atributos físicos. Este era um homem que a protegeria e cuidaria como sua esposa e que claramente admirava sua nervura independente. Alguns matrimônios foram construídos com menos. Ela assentiu lentamente. — Sim, Sr. North, seria uma honra ser sua esposa. Ele sorriu de novo. — Bem. Em três semanas, então. E desta maneira, a vida de Sarah mudou para sempre. CAPÍTULO 3 9 Samantha Kane TWKliek Companheiros de Armas 07 — Sarah? Sarah voltou e apoiou na árvore que tinha atrás. — Aqui papai, estou aqui. Estava sentada em um cômodo banco ao lado da cerca que rodeava os pastos, olhando os cavalos. Sentaria aqui o Sr. North? Perguntou. Era uma formosa vista, encantada em sua simplicidade. A pradaria estendia diante dela com uma luminosa grama sob a luz do sol, os cavalos salpicando a paisagem. Não podia acreditar que este ia ser seu lar. A partir de hoje seria a Sra. Gideon North. Sentiu um calafrio descer por suas costas. Era a emoção, a antecipação. Hoje. Hoje começaria sua vida. Hoje era o dia de seu casamento. Por favor, deixa que seja um bom dia, pediu em silêncio. Quando sua mãe estava morrendo, depois de nascer Winnie, ela adoeceu por várias semanas. Cada manhã Sarah pediu o mesmo. Mudou cada dia após. Teve que transigir sobre o que era ou não era um bom dia nos últimos anos. Não queria transigir mais. Seu pai sentou a seu lado com um suspiro. Recorreu durante todo o dia de ontem. Ele quis chegar ao princípio da semana, mas o necessitavam na paróquia. Esteve tão alterado, preocupado de ter arruinado seu casamento. Chegaram a Ashton Park tarde da noite anterior e o Duque enviou uma mensagem a Blakeley House. O Duque. Sarah não podia acreditar que conhecia um, muito menos que se hospedou em sua casa. Quase convenceu a si mesma nas últimas três semanas de que sua viagem a Ashton desde The Green foi um sonho, que o Sr. North foi um sonho. Mas enviou a seu pai dinheiro para que ela pudesse comprar roupa nova e um vestido de noiva. Sua madrasta esteve a seu lado tentando que Sarah tivesse tudo preparado, ciumenta por não ter ido com eles e porque tampouco iria desta vez. Os pequenos simplesmente não podiam ficar sozinhos com seu único criado. — Está segura Sarah? — Seu pai estendeu a mão e tocou a sua. Sarah girou surpreendida. Era um bom pai, mas não era muito demonstrativo em seu afeto — Não precisa casar com ele se não quiser moça. — Por que não quereria? — perguntou realmente desconcertada. Seu pai esclareceu a garganta. — Não o conhece. Sabemos dele, é obvio, e conhecemos seus negócios, mas não é o mesmo — suspirou — Me preocupa querida minha, que poderia não estar fazendo o correto ao permitir que se case com um estranho e vá longe de nós. — OH, papai! — Impulsivamente Sarah agarrou sua mão e a apertou, e ele apertou a sua — Estou segura papai — Olhou ao redor do parque e voltou para a casa, contente com sua decisão — Posso ser feliz aqui, sei que posso. — Não quero que sinta que está sendo obrigada a isto — esfregou a bochecha — Sei que sua madrasta… bom, não pretende fazer mal. Sarah sentia pena por ele. Estava no meio, não? Não é que Sarah não gostasse de sua madrasta, mas não gostou de ser substituída como a mulher da casa. De repente não era Sarah quem tomava as decisões domésticas ou sobre o cuidado dos meninos. E sua madrasta se sentia incômoda perto de Sarah. Ela tentou ocultar, mas notava seu mal-estar. Era melhor para todos 10