ebook img

Florística e caracterização dos campos rupestres sobre canga na Serra da Calçada, Minas Gerais, Brasil PDF

2007·6.3 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Florística e caracterização dos campos rupestres sobre canga na Serra da Calçada, Minas Gerais, Brasil

Florística e caracterização dos campos rupestressobre canga na Serra da Calçada, Minas Gerais, Brasil1 Pedro Lage Viana2 & Júlio Antonio LombardP (FlorísticaecaracterizaçãodoscamposrupestressobrecanganaSerradaCalçada, MinasGerais, Brasil) Os campos rupestres sobre canga são um ambiente peculiar e frequente na região do Quadrilátrero Ferrífero, Minas Gerais. Sua vegetação, associada a afloramentos hcmatíticos, apresenta uma séne de adaptações morfológicasefiosiológicas,assimcomoaltograudeendemismo. Foi realizadoum leventamentoflorístico, restrito às fanerógamas, e uma caracterização descritiva dos campos rupestres sobre canga na Serra da Calçada Paratal realizaram-secampanhasdecampomensais,entrejunhode2(X)1 eagostode2002,eforam analisadosexemplaresdepositadosnoherbárioBHCB.Olevantamentocontoucom358espéciesdistribuídas esnpompd.u7lc0aardf,aam)1í,5lMi3aeesl,masscetanondmogaataasccofeuaarmeíalçeiaaOdsar,cmha9ii3dsaercimecaacseaPp(oõ1ae8cssepdapee.m(ca4atd3aas)pe.p.4A)7,meAasmitoeárrriaeacadseaaasenet(sr4po2pésicpzipae.ds)a,(s2F.a1O0basacplept.ao)egorecaMouryrdreetaeacmmceacaeaçn(ag2aa que este ambiente está submetido e a presença expressiva de espécies ameaçadas de extinção implicam na necessidade urgente de preservação de áreas que compreendem campos rupestres sobre canga. Palavras-chave: Flora,camposrupestres,canga,camposferruginosos,QuadnlateroFemfero. ABSTRACT (FloristicsandcharacterizationoftheferrugineousrockygrasslandsatSerradaCalçada, MinasGeraisState, Brazil) Ferrugineous rocky grasslands are a peculiar environment frequently found at the Quadrilátero Femfero”region.MinasGeraisState.Thevegetation,associatedtohematitieouterops.presentsphys.ological and morphólogical «dapttttkms. aS «dl as high levei» of endenrnm A phanerogames. and adeseriptive eharaclerizationofthe fenragineou» rockygrasslands ofSan.daCalçada oTafrheceoplrrleiecschelcnisltoendfs.admSietlpuiodesisietsweeodrfaes,pPBeocHaicCmeBeanesHe(er4ot3lrlaserpeipt.ue)md..fAArsottmeortJaaolcloeyfa2e305(04812sapsnpedpc.tA)e.usgFduatsbstatnc2be0ua0te2edawnemdte7M0yconfnaa.mcpdeteoemeset n(w2.e1emdTbrOyergeeraxtta.mlmi)e;. “Mcealnacsatonmoadtualcaera")eawnhdilOeah1i5d3aoccecauer(o1n8rsopcpk.yeafcihe)l.dsM(oosr,"coafntghaecsopcucrtaeçsad(2a 0).s9p3p.o)n íorest islands and 47 on anthropizedareas.Femigineusgrasslandsisunderthreatenedduetomin.ngexplorationandurbandevelopment. therefore urgent conservation measures are essential to pro.ect threatencd Keywords: Flora, rockygrasslands,"cangai fcrru^ncousgrasslaiids,Quadnlatero Ferrífero. variam aproximadamente entre 700 e 2000 m Introdução acima do nível do mar e seu ambiente A Serra do Espinhaço é uma cadeia montanhoso representa um centro de emsotnatdaonshodsaa qBuaehiaatreavedsesaMdienansortGeeraaisusl. oEs concentraçãodebiodiversidadeeendemismos formadapordoisblocosprincipais,aChapada (HarlAeyo1l9o9n5)g.o da Serra do Espinhaço, em Diamantina, no estado da Bahia, e a cadeia do Espinhaço, em Minas Gerais (Giulietti et altitudes acima de aproximadamente 900 m, a ai 1997; Harley 1995). As quotas altitudinais vegetação dos campos rupestres se destaca na em Artigorecebidoem06/2006. Aceitoparapublicação 1 . ,aUniversidadeFederaldeMinasGerais F'oUrnai,veMrGsi,daBdreasiEls,tavdiuaanlapPalu@lyiashtoaoJ.úcloimo.dber Mesquita Filho, Instituto de Biociôncias de Rio Claro, Departamento de Botânica, 13506-900, RioClaro, SP, Brasil. SciELO/JBRJ. cm 12 13 14 15 16 17 Viana, P. L &Lombardi, J.A. composição da paisagem. O termo ‘campo metais pesados no solo, as plantas podem rupestre’ foi primeiramente utilizado por apresentarecótiposcomnanismoougigantismo Magalhães (1966) para designar o tipo de (Porto& Silva 1989)ealtacapacidadede reter vegetação associada a afloramentos metais pesados em seus tecidos (Teixeira & quartzíticos, tão característica na Serra do Lemos-Filho 1998;Vincent2004). Espinhaço. Estetermovem sendoamplamente Porto & Silva (1989) e Silva (1991) utilizado por grande parte dos pesquisadores mencionam baixa diversidade vegetal e envolvidosnoestudodavegetaçãonaSerrado ocorrênciafreqiientedeespéciesendêmicasem Espinhaço (Giulietti etal. 2000; Giulietti etal. substratos metalíferos. Inventários realizados 1987;Giuliettietal. 1997;Harley 1995;Meguro emformaçõescampestresqueincluemcampos etal. 1994;Piranietal. 1994;Piranietal. 2003; rupestressobrecanganoQuadriláteroFerrífero Zappi et al. 2003). Campos rupestres sobre (Brandão 1992; Brandão & Gavilanes 1990; rochasquartzíticasocorrem,deformadisjunta, Brandão et al. 1991; Grandi et al. 1988), em fora das abrangências da Serra do Espinhaço, geral, indicam valores de riqueza florística como na Serra de Ibitipoca (Rodela 1998) e menores que em outras áreas da Serra do Serra da Canastra (Nakajima & Semir 2001; Espinhaço (Giulietti etal. 1987; Harley 1995; Romero & Martins 2001) em Minas Gerais, e Harley&Mayo 1980;Pirani etal. 1994;Pirani na região da Chapada dos Veadeiros e Serra etal. 2003; Zappi etal. 2003). dos Pirineus, Goiás (Mendonça etal. 1998). Segundo Drummond et al. (2005) o Rizzini (1979) inclui também a vegetação Quadrilátero Ferrífero é uma área prioritária associada a afloramentos hematíticos, comum para a conservação da biodiversidade no na região do Quadrilátero Ferrífero, Minas estado de Minas Gerais, de importância Gerais, enaSerradeCarajás, Pará, noconceito biológicaextrema. Cabe ressaltaroalarmante de campos rupestres, denominando-os como grau de ameaça a que estão submetidos os camposferruginosos,termotambémutilizadopor camposrupestressobrecangadoQuadrilátero Vincent et al. (2002) e Vincent (2004). Essa Ferrífero. A região, juntamente com a Serra formação vegetal também é referida como dos Carajás, no Pará, compreende vegetação de canga (Morelato & Rosa 1991; aproximadamente98% dasjazidasde minério Secco&Mesquita1983;Silva1991,Silva1992). de ferro do Brasil, sendo que a maior parte é Os campos rupestres sobre canga exploradanoQuadriláteroFerrífero(BRASIL constituem um ambiente caracteristicamente 1978). Grandes extensões deste ambiente já adversoaoestabelecimentodeplantas(Vincent foram completamente eliminadas por et al. 2002). Alguns fatores limitantes, como atividades mineradoras e quase a totalidade alta incidência solar, pouca matéria orgânica dos remanescentes pertence a empresas de dmiestpaoinsípveelsaedossol(oTecixoemiraal&tasLecmoonsc-eFntirlahçoõ2e0s0d2e; pmeilnaeerxapçaãnosãoouimsoãboiláiráreiaas.fAopretneamsenutmeaaufneitdaaddaes Vincent et al. 2002), podem ser considerados de conservação em Minas Gerais, o Parque relevantes nabiologiae no processo evolutivo Estadual da Serra do Rola Moça, possui de espécies que ocorrem neste ambiente. pequenas porções de campos rupestres sobre Muitas espécies apresentam adaptações canga, área insuficiente para presevar a morfológicas e/ou fisiológicas a ambientes diversidade deste ambiente peculiar. xerofíticos, tais como folhas coriáceas ou O objetivodestetrabalhoécontribuirpara suculentas, modificações de órgãos em o conhecimento dos campos rupestres sobre estruturas de reserva, presença de pilosidade canga, fornecendo uma listagem de espécies densanasfolhaseramos,eatéanatomiaKranz, de fanerógamas e uma análise da sua presente em espécies com metabolismo CAM composição florística na Serra da Calçada, (Larcher 1995). Em funçãodos altos teores de Minas Gerais. Kodriguésia 58 (I): 159-177. 2007 SciELO/JBRJ cm .. FlorísticaecaracterizaçãodoscamposrupestressobrecanganaSerrada Calçada, MinasGerais MaterialeMétodos com exsicatas determinadas depositadas no A Serra da Calçada se situa no Herbário do Departamento de Botânica do Quadrilátero Ferrífero, extremo norte da Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais Serra da Moeda, município de Brumadinho e segue aproximadamente 8 km em direção (Herbário BHCB) e através da contribuição sul, a partir do ponto 20°05 35"S, de espDeacidaolsistsaso.bre o(s) ambientc(s) onde 43°59'01"W, onde se localiza o condomínio ocorrem as espécies e hábito foram residencial Retiro das Pedras. São baseados em observações de campo ou encontrados, dentre os tipos vegetacionais extraídos dos rótulos das exsicatas na região, matas de galeria, capões de mata, examinadas. campos rupestres sobre quartzito e campos Consideraram-se ervas espécies não rupestres sobre canga. Estes últimos lenhosas, podendo estas ser terrestes, ocupam, na área de estudo, pouco mais de rupícolas e/ou epífitas. Espécies terrestres 500 ha. As quotas altitudinais variam de lenhosas, inclusive as xilopodiosas, aproximadamente 900 a 1426 m. predominantemente menores que 30 cm, As coletas se restringiram aos campos foram denominadas subarbustos; as que em rupestres sobre canga. Consideraram-se geral se enquadram entre 30 cm e 2 m de campos rupestres sobre canga a vegetação altura foramdenominadasarbustos; e asque sobre solo hematítico, podendo ser sobre geralmente são maiores que 2 m, árvores. conglomerados maciços (canga couraçada Espécies com hábito escandente ou sensu Rizzini (1979)) ou sobre solo rastejante, lenhosas ou não, foram pedregoso, que possibilitao estabelecimento enquadradas nacategoria trepadeiras. E, por massivo de vegetação graminóide (canga fim, denominaram-separasitasaquelas hemi Pequenos nodular sensu Rizzini (1979)). ou holoparasitas. capões de vegetação sub-arbórca densa, A circunscrição das famílias botânicas associados aos campos rupestres sobre adotada é aquela proposta pelo APG II canga, assim como áreas com visível ação (APG 2003). antrópica,também foramamostrados. Foram, portanto,consideradasquatro fitofisionomias Resultados e Discussão distintas como parte do complexo campos O levantamento das fanerógamas rupestres sobre canga, para análise da contou com 358 espécies distribuídas em 70 vegetação: canga couraçada, canga nodular, famíliasbotânicas(Tab. 1), sendoasfamílias crmPeaeaapnrlõsaieaRzsiceasdoadealmensiptzmrocaeaorrtjlaauemant-ehaslsoiáedsrateelcaae2asa0dmt0aepó1nratienerasóhsappagiéoseccsaitsrdeo.eessdtercfia2ot0mar0spa2om.a (cmsa4padp2ia.s)s,pcrpaiM.dc)eaa,ls)aFsPaqtobuoaaemc,caeetajaaueecnet(eaa4se3M,yesrcpOtpora.rcc)r,heeiaAsdesaptco(ee2nr1adaeecsme(pa1pe8.a espécies fanerógamas em estado fértil. Todo 45,5%Dednotrteotaasl deespeéscpiéecsieisnvleenvtaanrtiaaddaass., 95 eohhGeeexmrrreabbamtááiperrsrliiioa(oa,rBledcHcsoaColBlepU)etnr.taiedavvFodeisooraresnmaniaemcdnp,oatrndetetesaredamFne-betspédeeomesárd,iraeteelpaaxoddsadoiemestieaMnnsdiaetondsuaonsdssoeo esa(surxã3bbco0aólrruabessruapibsspvut.aos()stm4..oe0snM,tOseepinp8t.or8o)urpceíéercstovorpalenéaspucsa,imtdeeeessrrierroiaessssdtãesoroãeeuosspeleécirrcavvin8aaea1ssss e com devida especificação do solo rupícolas ou terrestres, quatro são epífitas ferruAginiodseonteimficsaeçuãsordóatsuloess.pécies se deu por e duas espécies são ervas rupícolas ou comparação epífitas (Fig. 1). meio de bibliografia específica, RoJriguésia 58 (I): 159-177. 2007 SciELO/ JBRJ cm 12 13 14 15 16 17 162 Viana, P. L &Lombardi, J.A. Considerandoasquatrofitofisionomiasdo complexo campos rupestres sobre canga, tem- se 210 espécies ocorrentes em campos graminosos, ou “canga nodular” sensu Rizzini (1979), 153 ocorrentes em campos rupestres sobre conglomerado hematítico ou “canga couraçada”sensuRizinni(1979),93ocorrentes em pequenos capões associados aos campos rupestres sobre canga e 47 espécies encontradas em áreas antropizadas (Tab. 2). Das 210 espécies amostradas em canga nodular, 114,ou54,3%foramencontradasapenas neste ambiente. Dentre as 153 espécies relacionadas à canga couraçada, 56, ou 36,6%, sãoexclusivas.Amaiorporcentagemdeespécies exclusivas a um determinado ambiente foi verificada nos capões de mata, com 61,3% (57 das 93 spp.) de espécies que só ocorrem neste rFeisgpuecrtaivo1s-háPbietrocs,enetncaognetmraddaesensopsécciaemsp,oscroumpessteruess ambiente,naáreaamostrai.Apenasoito,ou 17%, sobrecangadaSerradaCalçada,MinasGerais,Brasil. das47espéciescoletadasemáreasantropizadas Arb.= arbusto, Arv.= Árvore ou arvoreta. Erva Ep.= só foram observadas nestas (Fig. 2). ervaepífita.ErvaRup.=ervarupícola.ErvaTer.=erva Navegetaçãodecanganodular,gramíneas terrestre, Erva Ep. ou Rup.=erva epífita ou rupícola. misturadas a pequenos arbustos e subarbustos ErvaTer.ouRup.=ervaterrestreourupícola,Subarb.= se destacam na fisionomia da vegetação subarbusto, Par.= hemi ou holoparasitas, Trep.= trepadeiras ou rastejantes. atribuindo-lheumaspectohomogêneo. Maisda metade (56%) sãoervas terrestres (Fig. 3), com destaque a várias espécies de gramíneas, como Anthaenantia lanata, Aristida recurvata, Aristida torta, Axonopus pressus, Ctenium 250 cirrhosum, Echinolaena inflexa, Elionurus muticus, Mesosetum ferrugineum, Paspalum 200 carinatum, Paspalum pectinatum; e Cyperaceae, como Bulbostylis paradoxa, Cyperus haspan, Rhynchospora 150 consanguínea e R. terminalis dentre os ; subarbustos, que correspondem a 17% das 100 espécies levantadas neste ambiente, destacam- se representantes das famílias Fabaceae e Asteraceae. São freqüentes as leguminosas Chamaecrista desvauxii, C. rotundifolia. Mimosa dolens, M. neuroloma e Stylosanthes gracilis, as compostas Aspiliafoliacea, Aspilia Canganodular Canga Capões Áreasantropicas foliosa, Aspilia subpetiolata, Baccharis couraçada multisulcata, Baccharis rufescens, Figura 2 - Númerodeespécies em cadafitofisionomia Chromolaena stachyophylla, Ichthyothere dos campos rupestres sobrecanganaSerradaCalçada, integrifolia, Lessingianthus desertorum, MinasGerais,Brasil. Asfaixascoloridasrepresentamo Lessingianthus simplex, Lucilia númerodeespéciesexclusivasdecadafitofisionomia. lycopodioides, Viguiera kunthiana. Outras Rodriguésia 58 (1): 159-177. 2007 SciELO/JBRJ cm .2 13 14 15 16 17 Florísticaecaracterizaçãodoscampos rupestressobrecanganaSerrada Calçada, MinasGerais espécies subarbustivas relevantes são Annona Chresta sphaerocephala, Koanophyllon adamantium, Stevia urticifolia), warmingiana, Barbaceniaflava, B. sellovii, Cambessedesia espora, Declieuxia Malpighiaceae (Byrsonima spp. e Peixotoa oenanthoides, Galianthe thalictroides, tomentosa), Myrtaceae (Campomanesia spp. Gomphrena arborescens, G. scapigera, e Psidium spp.), Solanaceae (Solanum Krapovickasia macrodon, Peltaea cladotrichum e S. isodynamum), polymorpha, Pfaffia jubata, P. velutina e eventualmente Vellozia compacta, e algumas espécies de Croton e Mandevilla. Observam- espécies de Lippia. Raramente encontram- se espécies com hábito reptante ou escandente se indivíduos arbóreos isolados, como entremeadas à vegetação herbácea, como Aegiphila Uwtskiana, Byrsonima Cayaponia espelina, Galactia martii, verbascifolia e Diospyrus sericea, que, Indigofera sp. e Zornia diphylla, e também como grande parte das espécies encontradas osarbustosdas famíliasAsteraceae (Baccharis em canga nodular, são espécies típicas de ramosissima, B. serrulata, Calea tomensosa. cerrado (Mendonça et al. 1998). Canga nodular Canga couraçada Capões Áreas antrópicas 29% miurrgpgeu.asr=tardeea3rovS-uaerPrrreuuarppcíídcceaoonllCtaaaa..lgçSeEaumrdbvadaa,.erbTMe.eis=rpn.éas=.csui.beeGasrer,vrbaacuisotste,mror,BesrsePat.usar.sire.l...rr=eeE.AsrhpDveeamc..t_EivPoous_^hh^oálboRip’tuao^rspa,s^.ct=mmasac,acieIplprííac.fpfii..itqaatuo0ftaUirrsqVir(ou)nprPcoíUcmloiilaaEd,rovEsarcrvEaaapsmtT.pc=ejoracs.nrtvroeausup.eepRsíutfripet.as=,sEoerbrvrvaea Rodriguésia 58 (I): 159-177. 2007 SciELO/JBRJ cm L2 13 14 15 16 17 164 Viana, P. L &Lombardi, J.A. Tabela 1 - Lista das espécies fanerógamas inventariadas nos campos rupestres sobre canga da Serra daCalçada, Minas Gerais. Acoluna “Am.” indicao grau de ameaça (VU: vulnerável, PE: em perigo, CR: criticamente em perigo) de acordo com Mendonça & Lins (2000). Nacoluna “Hábito”, “Arb.”= arbusto, “Arv.”= árvore ou arvoreta, “EE”= erva epífita, “ER”= erva rupícola, “ET”=erva terrestre, S.Arb. = subarbusto, P = hemi ou holoparasitas, "Tr.”= trepadeiras ou rastejantes. As colunas CC , CN , CM e AA indicam a ocorrência em canga couraçada, canga nodular, capão de mata e/ou áreas antrópicas, respectivamente. Os “vouchers” estão representados pelos números de coleta de Pedro L. Viana (V), Julio A. Lombardi (L), João Renato Stehmann (S) e Alexandre Barros (B), ou pelo número de registro no Herbário da Universidade Federal de Minas Gerais (BHCB), caso a coleta não tenha sido realizada pelos coletores acima citados. As espécies assinaladas com um asterisco (*) são provavelmente endêmicas à região do Quadrilátero Ferrífero. Famflia/Espécie Am. Hábito CC CN CM AA Voueher ACANTHACEAE Justiciariparia Kameyana Arb. X X VI6. B25 Ruelliageminiflora Kunth S.Arb. X V226,L3256, B 05 1 RuelliavillosaLindau Arb. X X V7,B61.S2370,S2646 AMARANTHACEAE Gomphrena arborescens L. f. S.Arb. X BHCB 45368 Gomphrena scapigera Mart. S.Arb. X V76 Gomphrena virgata Mart. S.Arb. X V181 Pfaffiagnaphaloides(L. f.)Mart. S.Arb. X V424, BI00 Pfaffiajubata Moq. S.Arb. X V176 Pfaffia velutinaMoq. S.Arb. X L3305 AMARYL1DACEAE Habranthus irwinianus Ravenna ET X X V256 Hippeastrum glaucescens Mart. ET, ER X V221,L333I ANACARDIACEAE Tapirira obtusa (Benth.) D.J. Mitch. Av. X V183 ANNONACEAE AnnonawarmingianaMello-Silva& Pirani S.Arb. X L3309 GuatteriasellowianaSchltdl. VU Av. X VI05.V231 APIACEAE Eryngiumeurycephalwn Malme ET X x V428 Eryngiumjuncifolium(Urb.) Mathias& Constance ET X VI98,L3269, B6 APOCYNACEAE AsclepiascondidaVell. ET X V218 Blepharodonnitidum (Vell.)J. F. Maebr. Tr. X S2948 Ditassaaequicymosa E. Foum. * VU Tr. X X V592 Ditassa linearis Mart. * VU Tr. X BHCB 76039 Forsteronia veüoziana (A. DC.) Woodson Tr. X B161 Hemipogon carassensis (Malme) Rapini Tr. X V604 Mandevillaerecta(Vell.)Woodson S.Arb. X V400 Mandevillaillustris(Vell.)Woodson S.Arb. X V37I. L3317 Mandevillamoricandiana (A. DC.) Woodson Tr. X V536 Mandevillatenuifolia(J.C. Mikan)Woodson S.Arb. X BI72 Mateleapedalis(E.Foum)Fontella& E.A. Schwarz Tr. X X L3315 Oxypetalum appendiculatum Mart. Tr. X X V538 Oxypetalum strictum Mart. Tr. X S2314 RodriguJsia 58 (1): 159-177. 2007 SciELO/JBRJ FlorísticaecaracterizaçãodoscamposrupestressobrecanganaSerrada Calçada, MinasGerais 165 Am. Hábito CC CN CM AA Voucher Famflia/Espécie AQUIFOLIACEAE llexcf. dumosa Reissek AArrbb.. XX BBHHCCBB 4491503422 Ilex sp. ARACEAE Anthuriumminarwn Sakuragui & Mayo ET X X V2.S2648 EE X V696 Anthuriumscandens(Aubl.)Engl. ASTERACEAE Arb. X V138 AchyroclinealbicansGriseb. Achyroclinesatureioides(Lam.)DC. Arb. X X V135 Ageratumfastigiatum (Gardner) R. M. King& H. Rob. Arb. X X X V17 AspiliafoliaceaBaker S.Arb. X VI66,V223 Aspiliafoliosa Benth. & Hook. f. S.Arb. X V318 AspiliasubpetiolataBaker S.Arb. X V30 BacchariserigeroidesDC. Arb. X X L3289 BaccharismultisulcataBaker S.Arb. X V165 Baccharis ramosissima Gardner Arb. X X V18 Baccharisreticularia DC. Arb. X X V66,S2412 S.Arb. X X V190 BaccharisrufescensSpreng. Arb. X X V97, B135.L3262 Baccharisserrulata Pers. Baccharistrimera (Less.) DC. S.Arb. X X L3951 Barrosoa organensis(Gardner) R.M. King & H. Rob. Arb. X S2398,2322 S.Arb. X X BI27 Bidensalba(L.)DC. Tr. X V625 BidensbrasiliensisScherff Arb. X S2389,BI02 Calea tomensosa Gardner ET X X X L3286 Chaptaliaintegerrima(Vell.) Burkart Arb. X S2638 Chresta sphaerocephala DC. Chromolaenastachyophylla(Spreng.)R.M.King&H.Rob. SA.rAbr.b. X XX LB3121939 Chrysolaenaherbacea(Vell.)H. Rob. Dasyphyllumcandolleanum(Gardner)Cabrera Arb. X X V5.S2635 Eremanthus erythropappus (DC.) MacLeish Av. X X X V6 Av. X V31 Eremanthus incanus (Less.) Less. Arb. X X V791 HololepispedunculataDC. S.Arb. X V175 LILKceeohssatssnhiioynnpoggltiinhaaiennlrttoehhnuuiassndtcadegemerpsaihenfartolltioioutarmeBus(maGk(a(eDrMrCdan.re)tr.)H.Re.xRMoD.bC..K)inHg.&RoHb..Rob. ASSS...rAAAbrrr.bbb... X XXXX VLBBI37H297C597B9 49563 Lessingianthussimplex (Less.) H. Rob. S.Arb. X B4 Lucilialycopodioides(Less.)S.E.Freire Arb. X V4.30 Lychnophora pinaster Mart. S.Arb. X L3330 MikaniaoblongifoliaDC. ET X L3293 MPsiekuadnobiraicokfeflilciianablriassilMiaerttis.is(Spreng.)R-M.King&H.Rob. AS.rAbr.b. XX X VB2H2C2B 49560 Stenocephalumtragiaefolium(DC.)Sch. Bip. S.Arb. X X B33 Stenopluiliumchionaea(DC.)Anderb. Arb. X X V621 SteviaurticifoliaThunb. V429 Symplnvpappusbrasiliensis(Ganlner)R.M.King& H.Rob. AArrbb.. XX X V63 Trixis vauthieri DC. S.Arb. X V247 ViguierakunthianaGardner — S.Arb. X BHCB 49571 ViguieratenuifoliaGardner Rodriguésia 58 (1): 159-177. 2007 SciELO/JBRJ 2 13 14 15 16 17 166 Viana, P. L &Lombardi, J.A. Famflia/Espécie Am. Hábito CC CN CM AA Voucher BIGNONIACEAE Jacarandacamba (Vell.)A. DC. Arb. X x VI40,L3254 Pyrostegia venusta (KerGawl.) Miers Tr. X X X x V623 Anemopaegmaar\’ense(Vell.)StellfeldexdeSouza Tr. X BHCB 49555 BORAGINACEAE Cordiacurassavica(Jacq.)Roem. & Schult. Arb. X X x V537 BROMELIACEAE Aechmeabromeliifolia(Rudge)Baker ER,EE X X VI18 BillbergiaelegansMart. exSchult.&Schult.f. EE X V351 Dyckia consimilis Mez * ER X V374 Tillandsia recur\’ata (L.)L. EE X V71 VrieseaminarumL.B. Sm. * ER X V850 CACTACEAE Anlmcereusglaàovii(Schumann.)N.P.Taylor&D.C.Zappi*CR ER X V370 CELASTRACEAE Maytenus gonoclada Mart. Av. X B69, 159, 137, V214 CLUSIACEAE KCliueslimaeyaerrraudvaaeriPalbainlicsh.Ma&rtT.ri&anZauecxc.Engl. ASv..Arb. X X VV21207.,S2S420624,9S2403 Vismia brasiliensis Choisy Av. X L3952 COMMELINACEAE CommelinaerectaL. ET X V407 Dichorisandra hexandra (Aubl.) Standl. ET X V406 CONVOLVULACEAE Evolvulusfilipes Mart. ET X X V549,S2313, Evolvulus macroblepharis Mart. ET X x S2324 Ipomoeapolymorpha Riedel Tr. X X V347 Jacquemontialinarioides Meisn. S.Arb. X V357,S2647 CUCURBITACEAE Cayaponiaespelina(SilvaManso)Cogn. Tr. X V962 CUNONIACEAE LamanoniatemataVell. Av. X V242 CYPERACEAE Bulbostylisfimbríata (Nees)C. B.Clarke ET X X V582 Bulbostylisparadoxa(Spreng.)Lindm. ET X V204,S2304 Cyperusaggregatus(Willd.)Endl. ET X X x V423,583 Cyperushaspan L. ET X x V630 Cyperussubcastaneus D. A. Simpson ET X BHCB 79734 Rhynchospora consanguínea (Kunth) Boeck. ET X V260, BI04 Rhynchospora exaltata Kunth ET X X V81 RhynchosporaterminalisNeesexSteud. ET X V197 Rhynchospora sp. ET X BHCB 79732 TrilepislhotzkianaNeesexAm. ET X V798 DIOSCOREACEAE DioscoreadebilisUline Tr. X BHCB 80471 Rodriguésia 58 (1): 159-177. 2007 SciELO/JBRJ cm 12 13 14 15 16 17 FlorísticaecaracterizaçãodoscamposrupestressobrecanganaSerrada Calçada, MinasGerais 167 Am. Hábito CC CN CM AA Voucher Família/Espécie EBENACEAE Diospyrussericea A. DC. Av. X BHCB 80460 ERICACEAE AgaristaeucalyptoidesG Don. Av. X BHCB 40794 Gaylussacia brasiliensis Meissn. Arb. x VI17 Gaylussacia chamissonis Meissn. S.Arb. X BHCB 49570 ERIOCAULACEAE Paepalanthusblepharocnemis Mart. ex Kõm. ET X BHCB 49587 ERYTHROXYLACEAE ErythroxylumbicolorO.E.Schulz Arb. X V194 Arb. X V233 Erythroxylum suberosum A.St.-Hil. Arb. X BHCB 80405 Erythroxylum sp. EUPHORB ACEAE AlchomeatrIiplinervia(Spreng.)Müll.Arg. Av. X V811 ET X V177 Chamaesycepotentilloides(Boiss.)Criozat Crown antisiphiliticus Mart. SS..AArrbb.. XX BV122496 Croton atrorufus Müll.Arg. Arb. X V237,L3281 CrotonfuscescensSpreng. Arb. X BHCB 41037 Croton migrans Casar. Arb. X BHCB 80469 Croton spl. Arb. X BHCB 75505 Croton sp2. Arb. X X V376 Sapium haematospermum Müll.Arg. Arb. X V61,V100tV358,B3l,S2401 Sebastianiaglandulosa (Sw.) Müll.Arg. S.Arb. X BHCB 69931 Indeterminada FABACEAE Arb. x x V94 Bauhiniarufa(Bong.)Steud. S.Arb. x V410 CCChhhaaammmaaaeeecccrrriiissstttaaadsroeetscuvunandudixfaioil(iB(aeCno(tlPhle.ar)ds..H)).GSKri.lelIeirnpwein & Bameby ASSv...AArrbb.. xx XX VVV2I4321553, B114.B150 CGaolpaacitfiearamalratnigisdDoCrj.fiiDesf. TTrr.. x XX x VBIH1C6B,V64929721 Indigofera sp. Arb. x V544 Mimosa calodendron Mart. ex Benth.* S.Arb. x X BHCB 49517 MimosadolensVell. S.Arb. x X V375,V597 Mimosa neuroloma Benth. Arb. X S2415 Mimosapogocephala Benth. S.Arb. x X V96 Mimosa setistipula Benth. Arb. x X V409 SPeerninaandrruagomseadi(teGrrDâonne)aH(.VelSl..)IrTwaiunb.& Bameby AS.rAbr.b. x XX VB1H7C4B 40797 Stylosanthesgracilis Kunth Tr. X x BHCB80380180381,80383 Zomiadiphylla(L.)Pers. S.Arb. X BHCB 49581 Indeterminada 1 ET X BHCB 76036 Indeterminada2 Tr. X BHCB 40622 Indeterminada3 BHCB 40646 Tr. X Indeterminada4 ET X x BHCB 49519 Indeterminada5 GESNERIACEAE Arb. x V570 Paliavanasericiflora Benth. V399 Sinningiaallagophylla(Mart.)Wiehler VU SS..AArrbb.. xx V404 Sinningia rupicola(Mart.)Wiehler* Rodriguésia 58 (1): 159-177. 2007 SciELO/JBRJ L2 13 14 15 16 17 168 Viana, P. L &Lombardi, J.A. Família/Espécie Am. Hábito CC CN CM AA Voucher IRIDACEAE Neomarica mpestris(Ravenna) N.S. Chukr ET X V420 Pseudotrimezia sp. ET X V220 Sisyrinchium luzida Klotzsch ET X VI87 Sisyrinchium vaginatum Spreng. ET X X V92,V225,L3229 LAMIACEAE AegiphilalhotskianaCham. Av. X X VI30,V372 Eriopemacrostachya Mart. exBenth. Arb. X X V9,B63 Eriope sp. Arb. X V167.B107 HyptislippioidesPohlexBenth. Arb. X X L3255, B52 Salvia sp. S.Arb. X BHCB 49554, 40648 VitexcymosaBerteroexSpreng. Av. X L3292 VitexpolygamaCham. Av. X V348 Indeterminada Arb. X BHCB 80474 LAURACEAE Cinnamomum quadranguhtm (Meisn.) Kosterm. VU Arb. X X V103.V416 Ocoteapulchella (Nees)Mez PE Av. X BI39 Ocotea tristis (Nees & Mart.) Mez Arb. X V581.B38 LOGANIACEAE SpigeliaschlechtendalianaMart. S.Arb. X X V546,L3264 LORANTHACEAE Struthanthusflexicaulis Mart. P X X x VI93 Tripodanthusacutifolius(Ruiz&Pav.)Tiegh. P X V531,L3953 LYTHRACEAE CupheaericoidesCham.&Schltdl. S.Arb. X X VI80 CupheathymoidesCham.&Schltd. S.Arb. X X X V356 Diplusodoncf. hirsutus(Cham. & Schltdl.) DC. Arb. X X V603 Diplusodon myrsinitis DC. Arb. X X BI LafoensiapacaríA.St. Hil Av. X V54 MALPIGHIACEAE BBaanniisstteerriiooppssiissmcaalmipfeosltirais(N(eAe.sJ&ussM.a)rtLi.t)tlBe. Gates TTrr.. XX X VV324191,401 BByyrrssoonniimmaasseurbitceerarâDnCe.a Brade& Markgr. ASr.Abr.b. XX LB3H3C0B6 69920, 75617 Byrsonima variabilisA. Juss. Arb. X BI16 BCyarmsaorneiamahivresrubtaascAi.fSotl.i-aHi(lL..) DC. PE AS.rAbr.b. XX VVI21509,L3274 Heteropterysumbellata A. Juss. Arb. X X L3291 PeixotoatomentosaA.Juss. Arb. X X V40 Tetrapterysmicrophylla (A. Juss.) Nied. S.Arb. X X VI10 MALVACEAE Krapovickasia macrodon (DC.) Fryxell S.Arb. X V354 Peltaeapolymorpha(A. St.-Hil.) Krapov. & Cristóbal S.Arb. X V380 SidaglazioviiK. Schum. S.Arb. x V600 WaltheriaindicaL. S.Arb. x V192.V598 MELASTOMATACEAE Cambessedesia corymbosa EXT. S.Arb. x X V433, BI83 Cambessedesia espora DC. S.Arb. X V23 Rodriguésia 58 (1): 159-177. 2007 SciELO/ JBRJ cm 12 13 14 15 16 17 ..

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.