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Filosofia africana: Da sagacidade à intersubjetivação, com Viegas PDF

122 Pages·2015·18.543 MB·Portuguese
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[J i ! ' f J JJ f J :r) j :r t-J ; t J .1 _) 1 . ·1 _) 11,J ~!. ~· ~: _) 11'.· : com Viegas ,/'_) _j _) .j ) j . .J .) ) J _) J J ' 1 __) José P. Castiano ' -.-)' inanciado pela UP -Nampula ( · -Gom o apoio do ISOED e CEMEC __) ~ISOED C€ E:C 1 .._J11110lllMUIGol;ADM'W(~ - -- ' - -- ·-- ,J .:J ~ J u :J ,, u .._) D 0 o o o 0 o o ·,:) ;__) \__,J ) 0 0 u o ,__) :J o ). \_) 0 0 u ü ·0 José P. Castiano Filosofia Africana: da Sagacidade à lntersubjectivação . . -.... i Índice ........ Dedicatória ...................................................... ·:\ ...... '........ ·7 Agradecimentos ..................................... ,. ............. :. . . . . .. . . . 9 Introdução ......................................................... :............. 13 Parte I: Porquê Entre-Vistas com Viegas? ................... 19 A Sagacidade em Viegas.................................................. 19 Educador Humanista "Universalocal" ............................ ·· 24 Filosofia ou Filosofias? .............................. : ..... :. ... :.:.......... 30 Sagacidade: Uma Sabedoria Proverbial ou Filosófica? .. . 40 Foi Viegas um Sage Filosófico? .............................. :.:. . '..... 48 FICHA TÉCNICA Aculturar a Filosofia e Modernizar Tradições -. ... ;.......... 52 Titulo: Filosofia Africana: da Sagacidade à lntersubjectivação com Viegas Contra o Tradicionalismo Cultural ........ ~............................... 59 Autor: José P. Castiano Resistindo à Tentação Antropológica ............. ~: .. :........... 63 Colaboraçào: Arão Armindo Come; Adérito Adriano Miguel e Santos Chaguala Revisão do Texto: Albino Chavale Parte II: Entre-Vistas Sagaciosas com Viegas .............. 65 Editora: Educar, Universidade Pedagógica - Maputo Entre-Vistas I ............................................... , ...... ;'. ...... : ...' 66 Co-ediçào: ISOED, Instituto de Investigação Social e Educação Autobiografia do Jovem-Antigo ...... :. ... :.:. ....... :. . :~ ... :·.. .'..... 67 Fotos: José P. Castiano Sobre a Religião e Reconciliação ......... .' ..................... :.:::... 77 Capa: Jubel D. Castiano Sobre a Paz e a Justiça .................... :. ............... :. .. :.: ....... :. · 84 ArTanjo Gráfico e Paginação: Publifix Edições Sobre a Religião Cristã e o seu Papel ....................... ,;..... 86 ·Impressão: Publifix Edições Tiragem: 1500 exemplares Registo: 8396/RLINLD/2015 Entre-Vistas II .. . .. . .. . .. .. . . .. . . . . . . . . . . .. .. .. .. . . . . . . . . . .. . . .. .. . . . . . .. .. . . . . 111 Copyright: © Reservados todos os direitos. Uhuru, at least: Sobre a Liberdade ................................ 111 t: e.xpressamente proibida a reproduçilo total ou parcial desta obra por qualquer Liberdade como Escolha entre o Bem e o Mal .............. 118 mero.rnclurndo a lotocópia e o tratamento informático, sem a autorização expressa dos titulares dos direitos. Sobre a Educação e Valores ........................................... : 134 PubliFlx Sobre o Lugar da Mulher e da Criança ............. :. ........... ,138 Av. Agostinho Í\leto N.º 701O , 1.º Andar Tel/Fax: +258 21 314382 Sobre a Convivência Inter-Religiosa: "Somos pa_cíficos, · Email: [email protected]: [email protected] www.publifix.co.mz não passivos" ......................................................·. ............ 141, Maio de 2015 - Maputo -Moçambique l1 Sobre o Projecto "Aldeias Comunais" ............... ;. ............ 146 Entre-Vistas III ······························································· 149 ?, Ensino e Religião ............................................................. 150 A Frelimo é como um Homem: Transforma-se ............. 154 Democracia Multipartidária ............................................ 159 Sobre a Identidade e a Unidade Nacional ...................... 162 Parte III: A "Quarta Entre-Vistas" .............................. 173 5 Parte IV: A Morte e o Reviver do Ubuntuismo ........ l 75 Este trabalho foi escrito no âmbito do projecto lvloder A Morte do Indivíduo ··········································!·········· 176 nizando Tradições registado no Centro de Estudos Moçam A Morte Social ·································································· 183 bicanos e Etnociências [CEMECJ da Universidade Pedagó Sobre a ''.Nobreza de Espírito" ...................................... . 189 gica [UP]. O Proprium do Humanismo Ubuntuista ...................... . 192 O Fim? A realização do trabalho de campo para este livro em ············································································· 196 Nampula foi facilitado pelo projecto Barómetro da Educa ção Básica em Moçambique do Instituto de Investigação Referências Bibliográficas ............................................ 209 Social e Educação [ISOEDJ, financiado pelo Mecanz'smo de Apoio à Sociedade Civil [MASCJ. Anexos O Ensino de .V alares Culturais: Exemplo A produção final deste livro foi financiada pela Dele- da Cultura Makuwa (por: Alberto Viegas) ..................... 213 ~ gaçãó de Nampula da Universidade Pedagógica, no âmbito Reflexão sobre Filosofia Social (por: Alberto Viegas) ... 223 da realização da Conferência Alberto Viegas: Modernizando Obras e Títulos Honoríficos de Alberto Viegas ............. 23 7 Tradições, na UP Nampula, Maio de 2015, organizada em homenagem ao 1.º aniversário da morte de Alberto Viegas. 1 1 1 1 l 1 i ! i 1 [ .:f 11 ~j "Í - 1 -1 --- 1 Dedicatõria -~ . Aos actuais e futuros estudantes de filosofia, que não 1 perdoam - todavia compreendem - as minhas "ma tendên r cias" sage-filosóficas; espero, com este livro, ter conseguido 7 I proporcionar uma proposta teórico-metodológica aos que acreditam e buscam as condições de existência de uma filo sofia moçambicana aculturada, todavia carecem de propostas de fundamentação das possibilidades de uma existência uni ~~;4"-;· . ··-··~~. versalocal [ou "globalocal", como escreve Alberto Viegas] -::· ,,• da mesma. Mas sobretudo que saibam resistir às tentações do tradicionalismo ["filosofia africana dedica-se somente sobre feitiçaria, curandeirismo, proverbialismo, misticismo, etc."] e do antropologismo [textos descritivos sobre cultura, hábitos e costumes, religião, etnia, mitos, etc. com pretensão de serem filosóficos] quando o assunto na mesa for filosofia africana, em particular filosofia moçambicana. - Devemos resi'stfr à idàa da possibilidade etnofilosó fica da existência de uma filosofia moçambicana sem filóso fos, i.e., sem os seus sujeitos discursantes! Dedico também ao Mário Viegas, o filho. '" Agradecimentos É urgente entrevistar o velho.' Porquê mio o telefonas para ele vir cá? Ainda temos uma hora aqui ... - era o Rogé- rio Uthui a estimular-me a realizar a que seria então a primei- 9 ra das entre-vistas, aproveitando a estadia na UP Nampula e no fim de mais uma "reitoria aberta". É mudo pouco tempo para o que quero! -foi a minha resposta, um pouco vaga. Se eu tivesse aceite, talvez a quarta das "entre-vistas" se tivesse realizado ... Quero agradecer ao Uthui pelo estímulo e apoio, por vezes silencioso, contudo compreensível e providente, a este projecto de preservação do património intelectual desta nossa comunidade de destino: Moçambique. Quando duas semanas depois regressei à Nampula para, finalmente, iniciar as primeiras "entre-vistas", foi debaixo da i umbrela das jornadas de investigação social e educacional e 1 sob o olhar condescendente dos meus colegas mais chegados z 1 do ISOED: o suspeicioso e interrogativo olhar de Severino 1 .. \ ,,._ Ngoenha, a admiração do Manuel Zianja e os comentários f 1 profundamente ingénuos, mas nem por isso pouco geniosos, de Félix Mulhanga. Obrigado colegas "confidentes". O César Cumbe, o tal de" escritas urbanas", emprestou me o famoso e moderno gravador, este instrumento prestável e sobre o qual não se cansava de me perguntar conseguiu trabalhar com ele?-após cada regresso de Nampula. Obri 1 1 1 gado, César, por ter sido tão palite no teu discreto pergun ' ' tar-de-volta. __ 1 Contudo, para chegar ao César, tive que passar pela 1 .. colega e investigadora do CEMEC, Emília A. Nhalevilo, a 1 quem agradeço pelos estímulos recebidos, pois, é no CEMEC 1 J.1 1 ~ 1 ' ) José P. Castiano Filosofia Africana: da Sagacidade à lntersubjectivação com Viega·s onde se aloja o projecto "Modernizando Tradições" n:o qual etl--··-· vos do teu pai mas sobretudo por teres autorizado espiritual contrei muitos pré-textos metodológicos acerca da "necessida mente es.t_a.. ...m. inha entrada na tua rica privacid_ade. Acho que de e urgência de perguntar aos velhos" sobre as tradições vivas não tinli.as como não me deixar entrar ... deste país em busca de respostas do ainda-por-vir. Há outras "duplas" que me foram valiosas: nomeada ü A Universidade Pedagógica, Delegação de Nampula, mente Albino Chavale e Orlanda Gomane, Dulce Pereira e 0 foi excelente em todo o tipo de apoio que facilita a vida nes Stélia P. Novo, o Simão Capece e o "primo" Agostinho Sa 10 tes. casos: alojamento, sala para as entre-vistas, finalização do catúcua. Eu deleitei-me em deleitá-los com alguns trechos 11 __) livro, etc. O Mário Jorge Brito, o José Baptista, a Ermelinda: deste texto, enquanto escrevia. O Chavale, sob o pretexto de Mapasse, o senhor Iapissa e o Felizardo Pedro foram exce correcção do texto, discretamente, sugeria melhorias. lentes por terem ido, muitas vezes, para além d.o que deviam ó Na verdade, os reais benificiários são os "meus" des nos apoios prestados. Kina Xocuru! , cendentes: Ivandro, Zildo e "mano" Jubel que aturaram o u A "dupla" Stélia Muianga e Valéria Zandamela-Zava1C '"·,:. -- --. "velho", cada um à sua maneira. Especialmente ao manoJu minhas assistentes científica e técnica respectivamente, ve~~ bel de quem recebi muito apoio, sempre disc:Eeto e modesto, u tilaram um ar fresco no meio do trabalho árduo e conjunto. durante as minhas crises informáticas, infelizmente cíclicas. De alguma forma elas entenderam a urgência e a emergência Minha profunda gratidão à Queeneth Mkabel.a que tra (j das entre-vistas com o Viegas e, por isso, fizeram o "trabalho tava de me recordar que ainda tinha uma1 tarefa a cumprir o escondido", implícito e importante, em momentos e tempos com o velho Viegas; mas sobretudo agradeço-a por nunca o de inspiração. ter-se esquecido do conselho que o Viegas dera um dia du Em qualquer escrita há aqueles a quem nós secretamen rante uma palestra pública: que ela deve aprender a observar te dizemos: se não fossem eles ... ! Estes "eles" são três estu que, quando o marido regressa do trabalho ou de qualquer dantes de sociologia, nomeada~ente o Arão Armindo Come viagem ela não deve "olhá-lo pela cara", porque esta é a mes ' o Adérito Adriano Miguel e o Santos Chaguala que se deram ma com que saíra antes, e não altera. Deve sim "olhá-lo pela o trabalho de transq-ever o texto-mãe do gravador; agradeço barriga", visto que é esta que pode aumentar e diminuir de 1 todos vocês pelos olhares duvidosos que me lançavam e pe volume, consoante as circunstâncias, indicando se comeu _.) los vossos domingos e noites a "trabalhar". Ao Bento Rupia algo ou tem fome1• Pois é, a cara é sempre a mesma, mas a coube a sorte de tê-los apresentado. barriga pode estar cheia ou vazia e, para além disso, a alegria e a felicidade, se de algum lado provêm, é mesmo da barriga ... Ao "irmão" Mário Alberto Viegas, que teve a grande "sorte" de ser o filho único e amigo confidente do seu pró 1 Cfr. Viegas, A.:. O Ensino de Valores Culturais: O Exemplo da Cultura prio pai "jovem-antigo", mas EJ.Ue teve o "azar" de-ouvir o Makuwa. Título da palestra durante a Conferência sobre os Saberes Locais e Educação organizada pelo CEMEC em Maputo, Setembro de velho chamar-me também, por vezes, meu filho!. Obrigado 2009. Viegas foi o convidado para proferir a comunicação de i:i.bertura. Viegas-filho por teres gentilmente facilitado o acesso aos argui- Decidí incluir o texto completo na parte final deste livro, dada .a .sua importância. José P. Castiano Finalmente um n 'dakhuta, khanimambo aos colegas da UP pelo Mitsein heideggeriano ... lntroducão ' Um espectro paira sobre a filosofia africana contem porânea2 e, por consequência, a filosofia moçambicana: é o "fantasma" das tradições africanas expressas pelos seus 13 guardiões e embaixadores culturais - os "filósofos" pela sa gacidade. Estes são a'}ueles que usam a riqueza da sua cul tura-de-base para interpelarem à humanidade inteira. O seu público é glocal ou glocalocal. Isto é, interpelam o global a partir do local, interpelam os problemas globais enriquecen do-os com soluções locais. Trazer o seu saber para o espaço público e académico, é o-que-há-por-fazer da filosofia con temporânea moçambicana, se esta tem a pretensão de sê-lo com legitimidade; é o maior desfio da imer-subjectivação. E Viegas é apenas o início. 1 Quando o assunto é a sagacidade filosófica, como ve remos, não se trata de buscar ou explorar a sabedoria de 1 l ·- um analfabeto ou semianalfabeto: pode ser também ele um "-,~-- letrado. Não se trata apenas de ocupar boras de conversas com um velho: embora geralmente seja nele que encontra mos a sagacidade. Não se trata de fazer entre-vistas com um homem: há muitas mulheres que o são porque geralmente são observadoras e guardiãs da cultura. Não se trata de um 1 homem ou uma mulher que vive no campo, numa vila recôn 1 1 dita, longe da civilização: o sagaz ou a sagaz pode também l viver na cidade e cultivar o urbanismo, como aliás é o caso de Viegas. --1 2 Parnfraseo Karl Marx e Frederich Engels no início do texto O Manifesto Comunista: "Um espectro paira sobre a Europa: o especcro .. __ ' do comunismo". Algumas vezes a palavra alemã G'espenst rrac.luz-se por "fancas1na", no lugar de "espectro". i 1 1 _) .J José P. Castiano ·--·11 Filosofia Africana: da Sagacidade à lntersubjectivação com Viegas 0 ) Há uma "longa marcha" ainda por fazer para o cresei:-· Enfim, quando aproximarmo-nos aos sagazes filósofos, ge. j mento da filosofia africana em geral, e da moçambicana em trata-se desenvolver a dimensão horizontal [nossa .iriter particular. Todavia, ela, a filosofia africana vai crescer en -relaçã~ entre as culturas locais] da interculturalidade fil<:>sÓc _) torpecida se não escutar os "colegas" da sagacidade filo fica, junto à dimensão vertical [nossa relação com o Qcidente J sófica e se não for aos espaços públicos onde eles cultivam ou o Oriente], esta última dimensão já bastante desepv~lvida _) e divulgam a sua filosofia. E quando nos aproximarmos dos no ambiente académico africano. Para que a filosofia afric~­ ) sagazes, nós os filósofos profissionais vindos das academias, na cresça e se legitime enquanto tal, a "grande escolha:' est~ 15 14 ) devemos desmistificar a ideia de que corremos em busca de entre tecer um diálogo intercultural simultane~mente hprk "fundamentos últimos" ou de quaisquer espiritualidades por zontal e vertical ou perecer. trás e por debaixo da africanidade da nossa filosofia. Deve O espectro da sagacidade filosófica que teima em pairar ) mos ir ter com os sages para debater temas contemporâneos sobre a filosofia africana tem, porém, uma longa história de ) e estar atentos ao discurso crítico por eles cultivado. mistificação e desmistificação de si mesmo. TemI,Jels e Oruka ~ É imperioso, para o crescimento da filosofia africarf~, sã~, talvez, os marcos fundamentais desta história: da mistifi desmistificar-se esta ideia de buscar seus "fundamentos tra cação do espectro da tradição [o primeiro] e da tentativa de dicionais", ideia que uma boa parte de filósofos africanos sua de;mistifi.cação [o segundo]. Oruka, porém, ,re-mistifi defende, como Ondó> por exemplo, colocando-se na linha cou porque perguntou aos sages sobre temas que ele achava tradicionalista da filosofia africana fundamentada por Anta serem somente eles os competentes: sobre os e_spíritos, sobre Diop e outros afrocentristas. as lógic~s po~ detrás da cultura lua e outras do Q~énia. Ele, com as suas entrevistas, empurrava-os para - isto é, cpnde~ Trata-se sirri, de ir discutir com eles assuntos contem nava o~ sages a - serem eminentes. c~mpetentes s~q~e su"as porâneos da experiência intercultural africana com o pen tradições, e quase nada sobre temas contemporâneo11 que samento, valores e instituições da modernidade ocidental e apoquentam a África e o Mundo. oriental. Mas mais do que isso, trata-se de construir espaços O que nos deve interessar nos sages é, todavia, interro de intersubjectivação donde dar-nos-emos conta dos olha res críticos e vigilantes destes coleg.as filósofos, guardiões das gar assuntos contemporâneos sobre ~ experiência africana culturas locais. Trata-se, sobretudo, de descentrar o debate com a modernidade. Concomitantemente, o meu piscar de no seio da filosofia intercultural que se põe a si própria fron olho para o Viegas é sobre assuntos da nossa historici,d,ade teiras ao dirigir o seu olhar de interacção para o Outro do co"ntemporânea moçambicana. E ele responde a esses assun Ocidente ou Oriente, e pouco ou quase nada para a diversi tos_a partir da sua cultura makuwa. Porém, paulatinamen~e dade nas culturas filosóficas locais. fui descobrindo que a cultura makuwa era, para ele, aP~nas um (mas um bom) pret~xto par~ atingir_o univer~ª14~~f!Pº< Deixei-me surpreender, nas entre-vistas ~om, Vi~ga~, _pelq 3 Ondó, E.N. (2001): Síntesis Sistemática de la Filosofia Africana. 2ª edición . revisada. Alternativas/ediciones carenas. Centro de Estudios Africanos, seu olhar crítico expresso por debaixo das suas.histó~ias'e Universidad de Murcia. Espanha.

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