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Filósofas: a presença das mulheres na filosofia PDF

395 Pages·2016·3.15 MB·Portuguese
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Comitê Editorial da  Agnaldo Cuoco Portugal, UNB, Brasil  Alexandre Franco Sá, Universidade de Coimbra, Portugal  Christian Iber, Alemanha  Claudio Goncalves de Almeida, PUCRS, Brasil  Cleide Calgaro, UCS, Brasil  Danilo Marcondes Souza Filho, PUCRJ, Brasil  Danilo Vaz C. R. M. Costa, UNICAP/PE, Brasil  Delamar José Volpato Dutra, UFSC, Brasil  Draiton Gonzaga de Souza, PUCRS, Brasil  Eduardo Luft, PUCRS, Brasil  Ernildo Jacob Stein, PUCRS, Brasil  Felipe de Matos Muller, PUCRS, Brasil  Jean-François Kervégan, Université Paris I, França  João F. Hobuss, UFPEL, Brasil  José Pinheiro Pertille, UFRGS, Brasil  Karl Heinz Efken, UNICAP/PE, Brasil  Konrad Utz, UFC, Brasil  Lauro Valentim Stoll Nardi, UFRGS, Brasil  Marcia Andrea Bühring, PUCRS, Brasil  Michael Quante, Westfälische Wilhelms-Universität, Alemanha  Migule Giusti, PUC Lima, Peru  Norman Roland Madarasz, PUCRS, Brasil  Nythamar H. F. de Oliveira Jr., PUCRS, Brasil  Reynner Franco, Universidade de Salamanca, Espanha  Ricardo Timm de Souza, PUCRS, Brasil  Robert Brandom, University of Pittsburgh, EUA  Roberto Hofmeister Pich, PUCRS, Brasil  Tarcílio Ciotta, UNIOESTE, Brasil  Thadeu Weber, PUCRS, Brasil A PRESENÇA DAS MULHERES NA FILOSOFIA. Juliana Pacheco (Org.) φ Direção editorial: Agemir Bavaresco Diagramação e capa: Lucas Fontella Margoni A regra ortográfica usada foi prerrogativa de cada autor. Todos os livros publicados pela Editora Fi estão sob os direitos da Creative Commons 4.0 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR Série Filosofia e Interdisciplinaridade - 56 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) PACHECO, Juliana; (Org.) Filósofas: a presença das mulheres na filosofia.. [recurso eletrônico] / Juliana Pacheco (Org.) -- Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2016. 395 p. ISBN - 978-85-5696-050-4 Disponível em: http://www.editorafi.org 1. História da filosofia. 2. Feminismo. 3. Mulheres. 4. Filósofas. I. Título. II. Série. CDD-100 Índices para catálogo sistemático: 1. Filosofia 100 APRESENTAÇÃO O nascimento deste livro deu-se somente agora em 2016, porém sua idealização ocorreu desde meus primeiros anos no curso de Graduação em Filosofia na PUCRS, cujo ingresso aconteceu no segundo semestre de 2009. A presença, ou melhor, a ausência das mulheres dentro da filosofia sempre foi alvo de minha atenção e questionamento. Antes mesmo de entrar no curso de filosofia, já havia lido algo sobre a filósofa Hipátia de Alexandria e tinha ficado maravilhada em saber da existência de uma pensadora deste a Antiguidade. Contudo, não esperava (na minha ingenuidade) encontrar no curso de filosofia apenas o estudo e menção dos filósofos homens, e principalmente o desconhecimento – por parte de alguns colegas que já estavam finalizando o curso – sobre a presença de filósofas na história do pensamento filosófico. Ao longo da faculdade, na medida em que avançava nas pesquisas e estudos sobre as mulheres na filosofia, descobri algumas obras de Maria Luísa Ribeiro Ferreira, as quais abordavam exatamente a presença das mulheres na filosofia. A primeira obra que tive contato foi As mulheres na filosofia (2009), onde já no início é problematizada a questão do feminismo como filosofia, trazendo questões reflexivas acerca da presença e pensamento das mulheres na filosofia. Outra obra bastante importante, também desta mesma autora, é O que os filósofos pensam sobre as mulheres (2010) onde – como o próprio título elucida – trata de apresentar o modo como alguns filósofos ocidentais pensaram e conceituaram a mulher, mostrando também a contribuição de algumas mulheres para a criação e aperfeiçoamento de teorias e conceitos de filósofos renomados. Além destes dois livros, há outros três que abordam esta temática, que são: As teias que as mulheres tecem (2003); Também há mulheres filósofas (2001); e Pensar no feminino (2001). Estas obras mencionadas anteriormente são resultados de um projeto coordenado pela Maria Luísa Ribeiro Ferreira, professora associada da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Tal projeto de investigação, intitulado Filosofia no Feminino buscou tratar do resgate das mulheres dentro da filosofia, como as próprias obras nos mostram. Para Ferreira, o motivo de se trabalhar uma filosofia no feminino surgiu quando ela estava participando de um ciclo de conferência sobre filosofia em uma rádio e alguém perguntou: “Por que será que não há mulheres filósofas? Por que mulheres não fizeram (ou não fazem) filosofia?”1 Assim, sentiu-se confrontada por tais perguntas e verificando a inverdade das mesmas começou sua investigação, resgatando o pensamento e a existência do “feminino” na filosofia. Foi a partir da minha experiência no curso de filosofia, de alguns estudos sobre o tema e tendo as obras de Ferreira como exemplo, que idealizei este livro. Porém, diferentemente de Ferreira, sempre me interessei por este tema e pensava com veemência em como poderia dar visibilidade para as mulheres e em como poderia tirá-las do ocultamento. No início pensei no título As mulheres na história da filosofia, pois a intenção era mostrar a existência de filósofas desde a Idade Antiga até a Idade Contemporânea. Durante a organização mantive, por um bom tempo, este título, mas depois ao refletir sobre alguns pontos, decidi que Filósofas: a presença das mulheres na filosofia atingiria um dos meus objetivos maiores que é o de falar em filósofas no feminino. Penso que ao utilizarmos o termo filósofas estamos iniciando uma mudança, ou seja, retirando a falsa ideia de que a filosofia é composta apenas por filósofos. Devemos buscar a utilização de termos que equiparem o homem e a 1 FERREIRA, Maria Luísa Ribeiro (org). O que os filósofos pensam sobre as mulheres. São Leopoldo – RS: UNISINOS, 2010. p. 8 mulher, “desconstruindo” qualquer noção de pertencimento2. Falar em filósofas é “destruir” toda uma tradição filosófica machista e misógina, a qual silenciou e ocultou não só a presença das mulheres pensadoras, como a contribuição delas para a história da filosofia. Ao se falar filósofas estaremos rompendo com anos de submissão e subordinação, estaremos fazendo justiça com aquelas mulheres que fizeram diferença e com as que atualmente também fazem a diferença. Falar filósofas é falar em “revolução” no sentido de transformação, de se mostrar indignada e revoltada com o poder estabelecido, poder este que acaba tornando a filosofia como um privilégio dos homens, onde a palavra filósofos é restrita, exclusiva e universalmente “masculinizada”. Por isso, esta obra visa trazer a presença das filósofas, as fazer serem ouvidas e conhecidas. O livro está dividido em 19 capítulos, cada um abordando uma respectiva filósofa desde a Antiguidade até os tempos atuais. Há inúmeras filósofas neste mundo, ficando impossível de ter todas em uma única obra, mas certamente esta é a primeira de muitas obras que virão. Aqui no Brasil, infelizmente, há muitos caminhos a serem percorridos no que se refere ao estudo e resgate das filósofas na filosofia. Todavia acredito que estamos crescendo, mesmo que de maneira gradativa. Encerro esta apresentação desejando para todas as leitoras e todos os leitores uma prazerosa leitura e que e a mesma sirva para impulsionar novas pesquisas e assim disseminar as vozes femininas, libertando-as das mordaças do androcentrismo. 2 Neste caso, ao mencionar pertencimento, refiro-me a ideia errônea de que a filosofia pertence somente aos homens, permeando a visão patriarcal que atribui e incumbe papel para cada sexo, colocando sempre a mulher numa posição de inferioridade em relação ao homem. SUMÁRIO SAFO DE LESBOS: A EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA NA POESIA Odi Alexander Rocha da Silva . 12 ASPÁSIA DE MILETO: MULHER E FILOSOFIA NA ATENAS CLÁSSICA I Thirzá Amaral Berquó . 28 DIOTIMA DE MANTINÉIA: MULHER E FILOSOFIA NA ATENAS CLÁSSICA II Thirzá Amaral Berquó . 44 HYPATIA DE ALEXANDRIA: POR UMA HISTÓRIA NÃO IDEALIZADA Águeda Vieira Martinelli . 64 HILDEGARDA DE BINGEN: AS AUTORIAS QUE ANUNCIAM POSSIBILIDADES Mirtes Emília Pinheiro . 84 Edla Eggert CHRISTINE DE PISAN: UMA FILÓFOSA NO MEDIEVO?! Mônica Karawejczyk . 104 OLYMPE DE GOUGES: CULPADA! O CRIME? QUERER IGUALDADE, LIBERDADE, FRATERNIDADE Débora de Quadros Rodrigues . 123 LOU ANDREAS-SALOMÉ: UMA FILÓSOFA, PSICANALISTA E ESCRITORA VANGUARDISTA Elena de Oliveira Schuck . 136 ROSA LUXEMBURGO, UMA TEORIA DA AÇÃO REVOLUCIONÁRIA Débora Corrêa Gomes . 151

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