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Filho Adotivo PDF

146 Pages·0.694 MB·Portuguese
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DADOS DE ODINRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe eLivros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo. Sobre nós: O eLivros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: eLivros. Como posso contribuir? 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Romances mediúnicos: Espiritismo 133.9       Ajustes, correções e conversão para MOBI (ebook) U.E. - Braga – Setembro 2021 Dedicamos Aos pais, que conseguiram amar filho alheios como próprios, nosso respeito e admiração.   O Autor Aos meus filhos: Gustavo, Angélica e Vanessa com todo meu amor de mãe. E, em especial, ao José Carlos Braghini, meu mestre espiritual encarnado.   A Médium Agradecemos a: João Duarte de Castro, Antonina Barbosa Negro e Leila de Fátima Ap. de Souza Sotta Sumário PREFÁCIO I - A INVÁLIDA II - CISMAS PROFUNDAS III - A HISTÓRIA DE ANTÔNIA IV - OFÉLIA, FELIZ V - SONHOS VI - O SEGREDO VII - A VERDADE VIII - CAIO IX - O ENCONTRO DE JOVENS X - CAIO NO ESPIRITISMO XI - O PERDÃO XII - O PASSADO XIII - LIBERTAÇÃO DE OFÉLIA XIV - GRATIDÃO PREFÁCIO Esta série de magníficos romances de Antônio Carlos com psicografia de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho iniciou-se com RECONCILIAÇAO. Ao encerrar o Prefácio deste primeiro livro da dupla impecável, disse eu o seguinte: “Sem querer fazer predição, acredito que este Romance estará ocupando muito brevemente um lugar de destaque na Literatura Espírita”. E não deu outra coisa: a primeira edição do RECONCILIAÇAO esgotou-se rapidamente e outras se seguiram com a mesma excelente aceitação por parte dos leitores. Nem poderia ser diferente, uma vez que RECONCILIAÇAO (e eu disse isso também no referido Prefácio) é um Romance que impressiona e agrada, a história é envolvente e sugestiva, o tema é empolgante, o estilo é atraente, a leitura é dinâmica. Antônio Carlos é, indiscutivelmente, um escritor exuberante, um romancista privilegiado, e Vera Lúcia são, sem sombra de dúvida, um instrumento mediúnico fiel e competente. Daí que os resultados só poderiam ter a alta qualidade literária que têm; com todo os ingredientes necessários e indispensáveis para agradar os apreciadores de obras do mais elevado padrão. Após RECONCILIAÇAO, surgiram COPOS QUE ANDAM e CATIVOS E LIBERTOS que só fizeram confirmar e reafirmar as virtudes do primeiro trabalho da “dupla dinâmica”. E agora, ainda através do ditado de Antônio Carlos e pela escrita de nossa querida Vera Lúcia, surge mais um “filho literário”, mas legítimo, apesar do título: FILHO ADOTIVO! O que eu tinha a dizer a respeito deste Romance já o disse na Contracapa e, depois, já está ficando monótono elogiar as virtudes dos responsáveis por esta tarefa soberba. E repetitivo, também não fora eu o grande admirador que sou, declarado e confesso, desse Autor de escritos de tão superior qualidade! E lembrar que minha colaboração nesta sequência de trabalhos começou por via indireta, através do pedido da querida Antonina Barbosa Negro quando — valendo-se de nossa grande amizade — encaminhou-me os primeiros originais para que os apreciasse. E imaginar que, visto tratar-se de obra mediúnica, fiquei com um pé atrás antes de iniciar a leitura, dada à proliferação de textos medíocres dessa natureza no mercado livreiro espírita. Mas foi por apreciar tanto sua qualidade literária, estilo, trama, linguagem, tudo enfim, que me tornei “padrinho” da equipe. Não que seja lá um “padrinho” de grande importância, mas, afinal, coloquei-me à disposição para monitorar o trabalho. Resultado: os “afilhados” usando e abusando de tal concessão... Assoberbaram-me de serviço! Serviço esse que, aliás, me é muito gratificante.   João Duarte de Castro I - A INVÁLIDA Defrontei-me com um cuidadoso jardim, que circundava a frente de uma bela e confortável residência, situada num bairro nobre de uma grande cidade brasileira. Flores singelas perfumavam a varanda em forma de U, abrigando cadeiras confortáveis, demonstrando ser uma parte da casa admirada por seus moradores. — Que bom que tenha vindo, Antônio Carlos! Alegro-me e agradeço sua presença. Estava à sua espera, disse Antônia, vindo ao meu encontro. Antônia me é muito querida. Participamos juntos, por muito tempo, de um trabalho devotado nas enfermarias de um Hospital no Plano Espiritual, onde de interna passou a auxiliar com dedicação, compreendendo os enfermos, lembrando os próprios infortúnios de outrora. Encontrava-se no momento em missão de caráter particular junto a seus entes queridos. Defrontando-se com um delicado problema, minha amiga pedira meus conselhos e auxílio. — Sou muito grata aos nossos mentores que permitiram sua presença aqui. Venha, Antônio Carlos, entremos, falou Antônia indicando-me o caminho. Passamos à sala de estar, ambiente espaçoso, decorado com gosto. Ao lado de uma grande janela, dando vista para o jardim, estava sentada em uma cadeira de rodas uma senhora de agradável semblante. Muito magra, de cabelos encaracolados que caíam aos ombros, olhos verdes tristonhos e expressivos. Olhava distraída para o jardim, rugas profundas marcavam a testa, demonstrando preocupações. Aproximamo-nos. — É Ofélia, pessoa boníssima, a quem devo tanto..., esclareceu-me Antônia. Ofélia saiu do seu torpor suspirando, olhou pela sala certificando estar realmente sozinha, retirou do bolso uma carta e segurou-a contra o peito. Lágrimas doloridas desceram pelas faces pálidas. — Deve estar com quarenta anos, comentei, observando- a. — Quarenta e um, esclareceu Antônia. Há onze anos está sem andar nesta cadeira de rodas, após um violento acidente. Ofélia não nos viu, não era médium, porém, estava com sua intuição aflorada pelos anos de meditação, pela oração sincera e diária e por sua resignação. Bastou Antônia mencionar o acidente para recordá-lo. Acompanhamos suas lembranças: “Em uma tarde, saíra a passear com os filhinhos. Os pequenos inquietos tomavam-lhe toda a atenção de mãe extremosa e cuidadosa. Ia orgulhosa de sua família, para ela não havia rebentos mais lindos. Todos arrumados como se fossem a uma festa, chamavam a atenção dos passantes, principalmente à menina que parecia uma boneca com seu vestido de rendas e seu jeitinho dengoso.” Quando, de repente, a caçula escapa-lhe das mãos, indo em direção à rua movimentada. — Carla! - gritou apavorada, volte! A menina pareceu nem ouvir, começou a atravessar a rua, Ofélia viu apavorada um carro vindo ao encontro da menina em alta velocidade. Correu atrás da filha, naquele instante só pensou em salvá-la, instintivamente, saltou e empurrou a filha para a calçada. O motorista tudo fez para evitar o acidente, não conseguiu parar a tempo nem ela de evitar o choque com o veículo. Ofélia sentiu o baque, ouviu o barulho, com esforço procurou a filha, vendo-a de pé a seu lado, perdeu então os sentidos. Acordou dias após, em um hospital, as lembranças do acidente vieram aos poucos, só se preocupou com as crianças, quis vê-las, quando as viu bem, chorou

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