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Favelados e pobladores nas ciências sociais: a construção teórica de um movimento social PDF

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Favelados e pobladores nas ciências sociais a construção teórica de um movimento social Alexis Cortés SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros CORTÉS, A. Favelados e pobladores nas ciências sociais: a construção teórica de um movimento social [online]. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2018, 391 p. Sociedade & política collection. ISBN: 978-85- 7511-477-3. https://doi.org/10.7476/9788575114773. All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license. Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribição 4.0. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento 4.0. Coleção Sociedade & Política A construção teórica de um movimento social UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Reitor Ruy Garcia Marques Vice-reitora Maria Georgina Muniz Washington EDITORA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Conselho Editorial Glaucio José Marafon (presidente) Henriqueta do Coutto Prado Valladares Hilda Maria Montes Ribeiro de Souza Italo Moriconi Junior José Ricardo Ferreira Cunha Lucia Maria Bastos Pereira das Neves Luciano Rodrigues Ornelas de Lima Maria Cristina Cardoso Ribas Tania Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira Anibal Francisco Alves Bragança (EDUFF) Katia Regina Cervantes Dias (UFRJ) Coleção Sociedade e Política Coordenadores Breno Bringel João Feres Júnior Conselho científico Antônio Sérgio Guimarães (USP) Fabiano Santos (IESP-UERJ) Flávia Biroli (UnB) Gilberto Hochman (FIOCRUZ) José Maurício Domingues (IESP-UERJ) Leonardo Avritzer (UFMG) Maria Stella Grossi Porto (UnB) Pablo Gentili (CLACSO) Rachel Meneguello (UNICAMP) Sergio Costa (Frei Universität - Alemanha) Alexis Cortés A construção teórica de um movimento social Rio de Janeiro 2018 Copyright (cid:3)(cid:164) 2018, Alexis Cortés. Todos os direitos desta edição reservados à Editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de parte do mesmo, em quaisquer meios, sem autorização expressa da editora. EdUERJ Editora da UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Rua São Francisco Xavier, 524 – Maracanã CEP 20550-013 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil Tel./Fax.: 55 (21) 2334-0720 / 2334-0721 www.eduerj.uerj.br [email protected] Editor Executivo Glaucio Marafon Coordenadora Administrativa Elisete Cantuária Coordenadora Editorial Silvia Nóbrega Assistente Editorial Thiago Braz Coordenador de Produção Mauro Siqueira Capa Júlio Nogueira (cid:51)(cid:85)(cid:82)(cid:77)(cid:72)(cid:87)(cid:82)(cid:3)(cid:42)(cid:85)(cid:105)(cid:191)(cid:70)(cid:82)(cid:3) Emilio Biscardi Diagramação Editora Morandi Revisão Magdalena Toledo/IESP CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/NPROTEC C828 Cortés, Alexis. Favelados e pobaldores nas ciências sociais : a construção teórica de um movimento social / Alexis Cortés. - Rio de Janeiro : EdUERJ, 2018. 392 p. - (Sociedade & política) ISBN 978-85-7511-478-0 1. Sociologia. 2. Movimentos Sociais. I. Título. Una clara conciencia teórica en cuanto a las implicaciones ideológicas del propio pensamiento y una actitud vigilante orientada exclusivamente en la búsqueda de la verdad constituyen dos condi- ciones esenciales de todo quehacer científico. La imparcialidad abso- luta es quizá tan sólo una meta ideal hasta cierto punto inalcanzable, pero la honestidad moral y la claridad intelectual […]son calidades indispensables para el investigador. Gino Germani A DVERTÊNCIA E AGRADECIMENTOS A começos da década de 1970, um grupo de pesquisadores publicou um artigo intitulado “De invasores a invadidos” (RO- DRÍGUEZ et al, 1972). Nesse texto, descrevia-se como a gener- alização das invasões de terra dos moradores das periferias das ci- dades latino-americanas foi seguida por uma nova “invasão”, dessa vez, dos pesquisadores sociais, que esperavam confirmar e, também prever, a explosão social que poderia vir dos bairros populares. Menciono tal fato porque este livro basicamente se poderia resumir como um intento de inversão desse processo de “invasão”, ao estudar não os moradores, mas os que fizeram deles seu princi- pal sujeito de estudo. Inversão também porque minha trajetória familiar está fortemente ligada ao movimento de pobladores: ven- ho de uma família de la Legua, conhecido bairro popular de San- tiago, que se instalou, um mês depois da tomada, em la Victoria, talvez o bairro popular chileno mais emblemático. Além do mais, sou filho de militantes da Coordinadora Metropolitana de Pobla- dores, que, durante a década de 1980, foi o principal organismo de pobladores para a implementação da política de Rebelião Popular de Massas do Partido Comunista contra a ditadura. Aclaro que esses antecedentes são mencionados para explicar meu lugar de enunciação, e não porque considere que outorguem mais autori- dade ao meu argumento. Boa parte dos debates aqui desenvolvidos ecoam discussões ouvidas na minha casa, que modelaram meu in- teresse pelos movimentos urbanos. Favelados e pobladores na ciências sociais Essa motivação acompanhou-me até o Rio de Janeiro, onde fiz meus estudos de pós-graduação. O texto que está nas suas mãos é o resultado de uma pesquisa de doutorado financiada pelo CNPq, durante quatro anos, que foi premiada em 2015 como a melhor tese de sociologia defendida no Instituto de Estudos Soci- ais e Políticos (IESP-UERJ) durante o ano 2015. Ela foi adaptada e ajustada para sua divulgação sem modificar substancialmente o argumento original, embora nos últimos anos tenha aprofundado vários dos pontos aqui tratados, assim como tive a chance de am- pliar minha interlocução com colegas com interesses similares aos meus. Embora acredite que essas influências recentes poderiam enriquecer esta versão, optei por me manter fiel à obra tal qual foi defendida na banca de doutorado e que contou com a participação dos professores: Márcia Leite (PPCIS-UERJ), Vicente Espinoza (IDEA-USACH), Breno Bringel (IESP-UERJ) e José Maurício Domingues (IESP-UERJ). Aos que agradeço por seus comentári- os e atenta leitura. Este livro não teria sido possível sem o apoio e estímulo dos meus professores e colegas do IESP-UERJ, centro herdeiro do antigo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). Sinto-me privilegiado por ter compartilhado com uma geração extraordinária de jovens pesquisadores brasileiros e lati- no-americanos num momento de expansão das políticas científi- cas do Brasil. Tive a sorte de contar, desde o meu mestrado, com a orientação do professor Luiz Antônio Machado da Silva, como ele mesmo gosta de dizer, verdadeira “relíquia” dos estudos ur- banos cariocas. A absoluta liberdade para desenvolver minha tese, onde ele próprio virava “sujeito de estudo”, foi indispensável para este trabalho, assim como suas agudas observações e críticas que foram sempre um estímulo para densificar minhas inquietudes. Sua orientação permitiu filiar-me a alguns dos mais respeitados e admirados pesquisadores das favelas cariocas (alguns deles apa- recem aqui como sujeitos deste estudo). Vários professores do Advertências e agradecimentos IESP continuam influindo também nas minhas preocupações e na maneira de abordar e compreender os fenômenos sociais. Gostar- ia de sintetizar na figura de três deles essa marca: José Maurício Domingues, Adalberto Cardoso e Breno Bringel. No Chile, tive a oportunidade de dialogar e discutir com um amplo número de colegas sociólogos e historiadores, princi- palmente sobre os movimentos sociais, e em particular sobre os pobladores. Porém, gostaria de resumir essa dívida intelectual de- stacando dois deles: o historiador Gonzalo Cáceres (PUC-Chile), por sua generosidade intelectual e inesgotável capacidade crítica, e o sociólogo Vicente Espinoza (IDEA-USACH), não apenas por ter participado de minha banca de doutorado, mas sobretudo por ter escrito Para uma história dos pobres da cidade. Esta obra não teria vindo à luz sem o apoio do Departamen- to de Sociologia da Universidade Alberto Hurtado no Chile, onde trabalho como professor desde o ano 2014, e dos meus colegas, pois me deram todas as condições para transformar o exercício acadêmico da tese neste livro. Além disso, o interesse de muitos deles sobre a porosa relação entre ciência e sociedade tem me per- mitido continuar com esta linha de pesquisa com mais ferramen- tas teóricas. Agradeço também a minha esposa Magdalena Toledo por seu apoio incondicional em todos estes anos, ainda mais por sua paciência com minhas permanentes dúvidas de português. Peço desculpas para todos os que de alguma forma me ajudaram a con- cluir este livro e que omito, mas as últimas palavras de agradeci- mento são para meus pais, principalmente porque o que aprendi com e deles foi alimentando pouco a pouco e inesperadamente este livro. S UMÁRIO Introdução ......................................................................................................15 Capítulo 1 – Da questão social à questão social urbana ...................27 1.1. Os mitos locais clássicos de interpretação da questão social ............................................................................................34 1.2. Historiografia e Movimento Operário: algumas semelhanças ...............................................................................53 pobladores Capítulo 2 – Favelados e nas teorias da marginalidade ............................................................................61 2.1. Fontes teóricas e precursores .........................................................61 2.2. A versão dualista da marginalidade ..............................................72 2.3. Marginalidade como polarização: a leitura econômico-estrutural..............................................................................92 Pobladores Capítulo 3 – O Movimento de como movimento social urbano (1970-73) ....................................................115 3.1. Os marginalizados como ponta de lança da transformação social: Frantz Fanon e a marginalidade ..................116 3.2. Os pesquisadores do CIDU ........................................................121 3.3. A Metamorfose do Pensamento Urbano de Manuel Castells e Os Movimentos Sociais Urbanos ......................142

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