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Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes PDF

120 Pages·2013·0.75 MB·Portuguese
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Guia de referência para a cobertura jornalística EXPEDIENTE Texto e Edição ANDI – COMUNICAÇÃO E DIREITOS Adriano Guerra, Marília Mundim (1ª edição) e Suzana Varjão (2ª edição) Presidenta do Conselho Diretor Reportagem Cenise Monte Vicente Mauri Konig Secretário Executivo Revisão técnica Veet Vivarta Marlene Vaz (1ª edição) SDS – Ed. Miguel Badya, Bloco L, sala 318 Graça Gadelha (2ª edição) CEP: 70.394-901 – Brasília/DF Apoio técnico Tel: (61) 2102-6551 / Fax: (61) 2102.6550 Ana Potyara Tavares Site: www.andi.org.br Projeto gráfico CONSElhO NACIONAl DO SESI André Nóbrega (1ª edição) Gisele Rodrigues (2ª edição) Presidente Jair Meneguelli Foto da capa Francisco Fontenele (O Povo – CE), com SBN ,Qd. 1, Bloco B, 11º andar – Ed. CNC, Asa interferência gráfica Norte, Brasília/DF. Produção executiva CEP: 70.041-902 – Brasília/DF Miriam Pragita Tel: (61) 3217-0700 / Fax: (61) 3217-0732 Site: www.conselhonacionaldosesi.org.br Impressão e Acabamento Gráfica Coronário FICHA TÉCNICA Tiragem 11.000 exemplares Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes – Guia de referência para a cobertura jornalística Brasília, outubro de 2013 (ISBN: 978-85-99118-14-6) Advertência: o uso de linguagem que não discrimine nem 2ª edição (revista e atualizada) estabeleça a diferença entre homens e mulheres, meninos e meninas é uma preocupação deste texto. O uso genérico Realização: ANDI do masculinoou da linguagem neutra dos termos criança e Correalização: Conselho Nacional do SESI adolescente foi uma opção inescapável em muitos casos. Mas fica o entendimento de que o genérico do masculino se refere a Patrocínio: Petrobras homem e mulher e que por trás do termo criança e adolescente Supervisão editorial existem meninos e meninas com rosto, vida, histórias, dese- Veet Vivarta jos, sonhos, inserção social e direitos adquiridos. Sumário 04 Apresentação 05 Introdução 14 Violência sexual: Conhecendo a realidade 51 Traduzindo direitos em políticas públicas 90 Proteção legal: Defesa das vítimas e responsabilização dos autores 106 Glossário 110 Guia de fontes Apresentação Este guia de referência integra uma série de trabalho cotidiano das redações brasileiras. publicações que a ANDI – Comunicação e Nesta reedição, realizada em parceria com Direitos vem lançando ao longo dos últimos o Conselho Nacional do Serviço Social da anos, no âmbito do Projeto Jornalista Amigo Indústria (SESI/CN), os dados da versão da Criança, patrocinado pela Petrobras. O original, de 2007, são atualizados e comple- objetivo destes materiais é oferecer aos pro- mentados, de modo a enriquecer o conjunto fissionais de imprensa orientações de fácil de orientações e diretrizes estruturado com manuseio, com vistas a uma cobertura mais vistas ao aprimoramento da cobertura jorna- qualificada sobre temas da agenda social bra- lística sobre essa relevante temática. sileira – em especial, os relacionados aos di- Acreditamos que o investimento na qualifi- reitos de crianças e adolescentes. cação dos jornalistas brasileiros representa um Não por acaso, a série de publicações passo decisivo para assegurar e fortalecer, no foi inaugurada, em 2007, com o tema da âmbito do debate público, a devida priorida- Exploração Sexual de Crianças e Adoles- de em relação aos direitos das novas gerações, centes – uma das mais graves formas de prevista na Constituição Federal, no Estatuto violação de direitos da população infanto- da Criança e do Adolescente (ECA) e em diver- juvenil, que, devido à complexidade dos fa- sos acordos internacionais firmados pelo País. tores envolvidos, vem desafiando não ape- nas os gestores públicos, mas também o Boa leitura! Veet Vivarta Jair Meneguelli Armando Tripodi Secretário Executivo da Presidente do Conselho Nacional Gerente Executivo de ANDI – Comunicação e Direitos do Serviço Social da Indústria – SESI Responsabilidade Social da Petrobras Guia de referência para a cobertura jornalística 5 Não há dúvida quanto ao fato de que as reda- ções brasileiras vêm integrando à pauta co- tidiana as questões relacionadas àexploração sexual de crianças e adolescentes. E apesar de ainda ser frequente a presença de abordagens de cunho sensacionalista, há também sinais concretos de que tal tendência vem se alte- rando nos últimos anos. Introdução Estudos coordenados pela ANDI demons- tram que, sob a ótica da qualidade, a cobertu- ra sobre violência sexual supera, em regra, o noticiário dedicado à violência em geral pra- ticada contra esses grupamentos. E os exem- plos positivos registrados nessa área deixam claro que, ao agregar à pauta um tratamento editorial mais qualificado, a contribuição da imprensa ao debate público sobre o tema ad- quire grande relevância. Não se deve perder de vista, contudo, que lidar com a problemática em foco é tarefa complexa, uma vez que essa grave forma de 6 Exploração sexual de Crianças e Adolescentes violência é alimentada por uma ampla com- glossário, fontes e dicas úteis para aprimorar binação de fatores, entre os quais, a desi- o tratamento editorial dispensado ao tema. gualdade socioeconômica, a impunidade e a Importante ressaltar que o presente do- omissão do Estado na efetiva implementação cumento não tem a pretensão de esgotar os de políticas públicas. inúmeros enfoques que podem ser utili- E as múltiplas dimensões que envolvem zados no trabalho cotidiano das redações, o enfrentamento dessa violação, que afeta quando o tema da exploração sexual entra milhares de meninos e meninas em todo o em pauta. A expectativa é de que, a partir mundo, exigem uma atuação articulada e in- dos conteúdos ora apresentados, o leitor ou cisiva dos diferentes segmentos da sociedade: leitora disponha de parâmetros que a ANDI governos, empresas, adolescentes e jovens, acredita serem referenciais para uma co- além da sociedade civil e, também, o campo bertura diferenciada. da comunicação midiática. Incluem-se nesse rol algumas característi- Diante de um contexto tão desafiador, a cas relacionadas ao exercício do bom jornalis- ANDI – Comunicação e Direitos considerou mo e que apresentam clara interface com um estratégico reeditar este guia de consulta para campo de estudo mais amplo, denominado jornalistas, com o objetivo de ampliar a ofer- por alguns especialistas de “Comunicação para ta de elementos práticos para uma cobertura o Desenvolvimento”. Trata-se de um conceito qualificada sobre o tema. abrangente, no qual estão abrigadas as mais Assim, esta (re)edição, que conta com par- diversas manifestações comunicacionais, ceria do Conselho Nacional do Serviço Social quando buscam incidir em aspectos sociais, da Indústria (SESI/CN), elenca, de forma culturais, econômicos e de sustentabilida- mais vasta, as principais políticas de enfren- de ambiental, para citar alguns exemplos. No tamento à violência sexual contra crianças e âmbito da imprensa, tais características en- adolescentes em âmbitos nacional e interna- volvem a produção de um noticiário capaz de: cional, além de atualizar conceitos e destacar avanços e desafios nesta área. As páginas que • Oferecer à sociedade informação confiável se seguem reúnem ainda sugestões de pautas, e contextualizada; Guia de referência para a cobertura jornalística 7 • Definir, de maneira pluralista, a agenda de Como exposto nas próximas páginas, exis- prioridades no debate público; tem estudos e levantamentos que buscam • Exercer o controle social em relação aos diagnosticar os diferentes aspectos relaciona- governos e às políticas públicas. dos à violência sexual contra crianças e ado- lescentes, constituindo-se em importantes Nesse sentido, vale dedicarmos a cada um fontes de consulta. Além desses documentos, dos três tópicos um pouco mais de atenção. são registrados pesquisadores e organizações não governamentais que atuam na área e que Qualidade das informações podem ser valiosos aliados na construção de Os profissionais do jornalismo têm a grande uma reportagem contextualizada. responsabilidade social de levar para todos os cidadãos e cidadãs informações contextu- Agenda pública alizadas sobre as ações governamentais e não Especialistas são unânimes em apontar que governamentais vinculadas a questões de in- uma política de enfrentamento à exploração teresse coletivo. Muitas vezes, é somente por sexual de crianças e adolescentes só alcança meio da imprensa que a população toma co- efetividade quando envolve ações coordena- nhecimento de serviços de relevância pública das entre União, estados e municípios, articu- ou de direitos que precisam ser acessados e/ ladas às iniciativas da sociedade civil e do setor ou demandados, sobretudo quando envolvem privado – premissa também estabelecida no crianças e adolescentes. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Essa percepção ocorre na discussão de te- em relação às políticas de proteção integral mas complexos, como a violência sexual, que desses segmentos. afeta esses grupamentos e impacta seu proces- Potencializar os esforços de diferentes se- so de desenvolvimento. Ir além do meramente tores em torno de um tema comum demanda factual é uma importante contribuição que o um complexo trabalho de mobilização, para campo jornalístico pode oferecer para escla- o qual a imprensa pode (e deve) oferecer va- recer a sociedade sobre os diversos fatores que liosa contribuição. Como é de conhecimento gravitam em torno dessa grave violação. geral, as questões abordadas no noticiário 8 Exploração sexual de Crianças e Adolescentes Concurso Tim Lopes O Concurso Tim Lopes de Jornalismo In- internet, entre diversos outros. Jornalistas das vestigativo é promovido desde 2002 pela ANDI cinco regiões brasileiras já foram contempla- e pelo Childhood Brasil, com o objetivo de in- dos pelo projeto, que conta com as seguintes centivar jornalistas e meios de comunicação a categorias: Mídia Impressa, Rádio, Televisão, produzirem uma cobertura qualificada sobre Mídia Online/Alternativa e Temática Especial a violência sexual contra crianças e adoles- (definida a cada edição). centes. Diferentemente de outros prêmios jor- No biênio 2013/2014 – e contando com a nalísticos, o projeto – que é bienal – não avalia parceria do Unicef – o concurso escolheu foco reportagens já publicadas e sim propostas de diferenciado: a promoção e proteção de di- pautas originais e inovadoras, viabilizando reitos de crianças e adolescentes no contexto técnica e financeiramente sua execução. de realização da Copa do Mundo de Futebol. Em suas seis primeiras edições, o Concurso A categoria Temática Especial está dedicada premiou quase 50 propostas de pautas sobre o à questão da exploração sexual – que, de assunto, com variados enfoques: tráfico hu- acordo com especialistas, tem risco de maior mano para fins sexuais, violência sexual con- incidência em função dos megaeventos espor- tra meninos, abuso intrafamiliar, exploração tivos (mais informações: www.andi.com.br/ sexual nas rodovias e pornografia infantil na timlopes). constituem, quase sempre, focos prioritários Por outro lado, os assuntos “esquecidos” do interesse dos gestores públicos, dos atores pelos jornalistas dificilmente recebem atenção sociais e de políticos de maneira geral, in- da sociedade e dos governos. Não é difícil ima- fluenciando sobremaneira a definição de suas ginar, portanto, os impactos de uma cobertura linhas de atuação. abrangente e qualificada sobre a problemática

Description:
convites para práticas sexuais. • Sexcasting consiste na troca de mensa- ADOlESCENTES/END ChIlD PROSTITUTION,. ABUSE AND TRAFFICK).
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