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Ética e liberdade em Spinoza PDF

265 Pages·2016·1.96 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (MESTRADO) Ricardo Clavello Salgueiro Garcia (Matrícula nº M 074.212.010) ÉTICA E LIBERDADE EM SPINOZA NITERÓI 2015 2 RICARDO CLAVELLO SALGUEIRO GARCIA ÉTICA E LIBERDADE EM SPINOZA Dissertação apresentada no Programa de Pós-graduação (Mestrado) em Filosofia da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do título de mestre em Filosofia. Orientadora: Prof.ª Drª TEREZA CRISTINA BARRETO CALOMENI Niterói 2015 3 SsssGarcia, Ricardo Clavello Salgueiro Ética e liberdade em Spinoza Xx f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Universidade Federal Fluminense, 2015 1. Spinoza. 2. Ética. 3. Liberdade. 4 RICARDO CLAVELLO SALGUEIRO GARCIA ÉTICA E LIBERDADE EM SPINOZA Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Filosofia. Aprovada em março de 2015 BANCA EXAMINADORA ________________________________________________________________ Prof.ª Drª TEREZA CRISTINA BARRETO CALOMENI Universidade Federal Fluminense – UFF (Orientadora) ________________________________________________________________ Prof. Dr. ANDRÉ MARTINS Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ (Arguidor) ________________________________________________________________ Prof. Dr. LUÍS ANTÔNIO CUNHA RIBEIRO Universidade Federal Fluminense – UFF (Arguidor) Niterói 2015 5 AGRADECIMENTOS À minha família, pela compreensão em relação aos absolutamente necessários momentos de ausência; Aos amigos Levi, Henrique e Roberto Carioca (Os Mosqueteiros), pelos enriquecedores debates filosóficos; Ao meu compadre Paulo, pelas excelentes conversas nas madrugadas aporéticas; Aos companheiros da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, pelo apoio incondicional durante o curso; À minha sempre acolhedora orientadora e amiga Tereza Calomeni, na pessoa de quem agradeço a todos os professores que promoveram minha formação acadêmica; e Aos componentes da banca, pela infinita disponibilidade e paciência com este mestrando. 6 EPÍGRAFE “There are times when all the world’s asleep, The questions run too deep, for such a simple man. Won’t you please, please tell me what we’ve learned, I know it sounds absurd, but please tell me who I am”. (The logical song, de Supertramp) 7 RESUMO Diante do diagnóstico angustiante da falta de valores que possam conduzir os homens em suas vidas pessoal e social, inquire-se por uma “ética” ainda possível de se efetivar nos dias atuais. Esta dissertação propõe que a filosofia moral de Baruch Spinoza (1632-1677) pode servir de parâmetro para a construção desta “ética”. Para tanto, colocamo-la a dialogar com outras filosofias morais produzidas ao longo da História da Filosofia. Ao identificar o vínculo necessário entre a Filosofia Moral e a liberdade humana, discute-se a concepção spinozana desta última, também comparando-a com outras doutrinas existentes no seio da Filosofia. Destes múltiplos encontros, consolida-se a posição única da filosofia de Spinoza no que concerne aos temas analisados, e a capacidade desta, no mínimo, de postular um lugar entre as soluções adotáveis para encerrar o quadro da angústia contemporânea. PALAVRAS CHAVE: Spinoza, ética, liberdade, filosofia moral, livre-arbítrio 8 ABSTRACT Up the distressful diagnosis about the absence of values that could possibly lead the men in their social and personal life, it is inquired for an "ethic" yet possible to accomplish nowadays. This dissertation proposes that the moral philosophy of Baruch Spinoza (1632- 1677) could be used as a parameter to this "ethic" construction. Therefore, we put it in a dialogue with other moral philosophies brought throughout the History of Philosophy. Identifying the link between moral philosophy and human freedom, it is discussed the spinozist conception about that last one, also comparing it to other existent doctrines in philosophy's scenario. From those multiple encounters, the unique position of Spinoza's philosophy consolidates itself concerning the analyzed themes, and its capacity, at least, of postulating an emplacement among the adoptable solutions to cease the contemporary distress state. KEYWORDS: Spinoza, ethics, freedom, moral philosophy, free-will 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................... 10 1 A ÉTICA, DE SPINOZA ............................................................... 22 1.1 “SOBRE DEUS” ................................................................................. 25 1.2 “SOBRE A NATUREZA E A ORIGEM DA MENTE” ..................... 31 1.3 “SOBRE A ORIGEM E A NATUREZA DOS AFETOS” ................. 37 1.4 “A SERVIDÃO HUMANA OU A FORÇA DOS AFETOS” ............ 47 1.5 “A POTÊNCIA DO INTELECTO OU A LIBERDADE HUMANA”......... 69 2 A ÉTICA DE SPINOZA................................................................ 87 2.1 A GÊNESE .......................................................................................... 88 2.2 O PRODUTO FINAL......................................................................... 119 2.3 UM DIÁLOGO ENTRE AS “ÉTICAS” ........................................... 124 3 A LIBERDADE............................................................................ 165 3.1 AS RAÍZES DA QUESTÃO DA LIBERDADE .............................. 166 3.2 DETERMINISMO OU LIBERDADE .............................................. 170 3.3 INCOMPATIBILISMO OU COMPATIBILISMO .......................... 171 3.4 OUTROS “ISMOS” .......................................................................... 214 3.5 O MAIS PROBLEMÁTICO DOS “ISMOS” .................................... 220 CONCLUSÃO....................................................................................................... 234 ANEXO ................................................................................................................ 243 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 260 10 INTRODUÇÃO Conforme o título revela, esta dissertação se propõe analisar uma “peça de museu”. Trata-se de parte da doutrina do filósofo seiscentista Baruch Spinoza (1632-1677). A “peça” em questão foi produzida num local periférico, dentro da tradição da História da Filosofia Ocidental – os Países Baixos –, por um pensador originariamente judeu – grupo relativamente pouco produtivo dentro do cenário filosófico, mormente após a Idade Média. Aparentemente, o trabalho a seguir tem como destino permanecer esquecido num canto afastado de outro “museu” acadêmico, sendo visitado apenas pela poeira que se lhe acumula sobre a capa. No entanto, quando afirmamos que a “peça” original que inspira esta dissertação está em um museu, não pensamos em algo similar, por exemplo, ao Museu do Trem, no Rio de Janeiro, que guarda a primeira locomotiva a vapor a trafegar no Brasil. Imaginamos algo como o Museu do Louvre, onde se pode ver exposto, por exemplo, “A ceia de Emaús”, de Rembrandt (1606-1669), ou “O astrônomo”, de Johannes Vermeer (1632-1675) – ambos, artistas igualmente oriundos dos Países Baixos e contemporâneos de Spinoza. A caracterização dos dois tipos de museus deixa transparecer uma clara diferença quanto à experiência do espectador diante da “peça” apresentada. Se no Museu do Trem a vivência é de aumento do conhecimento histórico apenas, identificando o objeto a algo obsoleto e completamente engolfado por um presente que não admite espaço para o antiquado, a coisa se modifica totalmente no outro “Templo das Musas”. Neste, experimenta- se uma fruição estética. A obra mexe com as sensações e os sentimentos do observador, marcando definitivamente seu presente e seu futuro.

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ainda – os usos do termo “ética” na História da Filosofia 23 SOLOMON, R. C.; HIGGINS, K. M. Paixão pelo saber – Uma breve história da filosofia. the goal of Spinoza's practical philosophy is not Stoic indifference or lack of.
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