Orlando Paulo Moreira Martins Estudo, in vivo, de uma hidroxiapatite de arquitectura optimizada . Faculdade de Medicina Universidade de Coimbra 2009 1 Dissertação de Mestrado em Patologia Experimental apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Orientador: Professor Doutor Fernando Alberto Deométrio Rodrigues Alves Guerra Co-orientadora: Professora Doutora Isabel Cláudia Masson Poiares Baptista 2 À Cristina, meu porto de abrigo, pela minha indisponibilidade. à Inês e ao Afonso pela ausência. 3 Aos meus pais, à minha irmã 4 A todos os meus 5 SUMÁRIO Agradecimentos I – Introdução ……………………………………………………….………..…9 1 – Abordagem do tema, objectivos e planificação do trabalho …..10 2 – Interface Biomaterial-Meio: considerações gerais…………………...13 2.1- Composição Química ………………………………..……..….14 2.2- Energia de Superfície/Molhabilidade………………...…….…18 2.3- Adsorção de Proteínas……………………………………....…23 2.3- Rugosidade de Superfície…………………………..…..……..28 3- Biologia do Osteoclasto……………………………………...……..……32 II – Estudo Experimental em Modelo Animal……………………………….…….47 1-Objectivos…………………………………………………..….….………..49 2-Material e Métodos………………………………………………….……..50 3-Resultados……………………………………………………...…….…….69 4-Discussão………………………………………………………….…..….112 5-Conclusões…………………………………………….…………...……..127 6- Resumo …………………………………………………………...……..129 7- Summary………………………………………………………………….134 III – Bibliografia……………………………………………………………………..138 6 AGRADECIMENTOS A elaboração da dissertação de Mestrado aqui apresentada é o resultado do apoio e influência de um conjunto grande de amigos. Todos eles contribuíram com as suas ideias, críticas e sugestões. Não posso deixar de manifestar a minha imensa gratidão a todos. Ao Senhor Professor Doutor Fernando Alberto Deométrio Rodrigues Alves Guerra que muito me honrou com a aceitação da orientação deste trabalho. A sua amizade, partilha de conhecimentos e sabedoria, espírito crítico, postura e constante procura da excelência enquanto docente, investigador e clínico são para mim motivo de permanente inspiração. A sua dedicação incansável e permanente acompanhamento foram primordiais neste trabalho. À Senhora Professora Doutora Isabel Cláudia Masson Poiares Baptista que me distinguiu com a aceitação da co-orientação deste trabalho.A excelência do seu desempenho científico e clínico, disponibilidade, amizade e espírito crítico são para mim motivo de eterna gratidão Os seus ensinamentos enriquecem a minha vida profissional e pessoal, sendo, em muito, responsáveis pelo meu percursso académico. O seu incentivo foi essencial para a apresentação deste trabalho. Ao Senhor Professor António Silvério Cabrita, coordenador deste mestrado, cujo espírito de investigação e conhecimento científico despertam em nós uma enorme admiração.A sua disponibilidade foi essencial para a execução deste trabalho. À Senhora Professora Doutora Helena Figueiredo pelo seu acompanhamento constante e infatigável. O seu contributo científico e crítico foram basilares neste trabalho. A docente, investigadora e cidadã são merecedoras da minha profunda estima e amizade. À Senhora Dª Cláudia Brites que, privando-se da vida familiar e com um esforço pessoal, me acompanhou de forma determinada, amiga e incansável no auxílio da parte experimental deste trabalho e no processamento das amostras. Ao Senhor Professor Doutor Carlos Viegas, Professor Auxiliar da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, cuja disponibilidade, dedicação a aconselhamento para a execução da parte experimental merecem a minha profunda gratidão e 7 amizade. A proveitosa troca de conhecimentos com o investigador enriqueceu este trabalho. À Senhora Professora Doutora Isabel Dias, Professora Auxiliar da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, investigadora abnegada e cujo contributo foi determinante para a execução da parte experimental. À Senhora Professora Doutora Teresa Vieira, docente do Departamento de Engenharia Mecânica da FCTUC, que nos disponibilizou o biomaterial a testar e cujo perfil de investigadora e docente são para mim motivo de enorme admiração. Ao Senhor Professor Doutor João Carlos Ramos, investigador, docente e clínico de excelência. Foi o responsável pela minha iniciação na investigação e a sua amizade, disponibilidade, incentivo e atento espírito crítico são presenças constantes e incontornáveis na minha vida profissional e pessoal. A minha sentida gratidão. Ao Senhor Professor Doutor Sérgio Matos, colega e amigo que muito me apoia e aconselha na prática clínica e de investigação. Os seus ensinamentos críticos e amizade são uma referência profissional e pessoal. A admiração é profunda. Aos meus colegas de disciplina de Periodontologia, Drs Tony Rolo e Francisco Marques, bem como ao higienista oral Senhor Francisco Marques, pela tolerância e ajuda nos momentos da minha menor disponibilidade no acompanhamento dos alunos. À Senhora Drª Ana Mesias pela incansável disponibilidade e ajuda em alturas determinantes para a execução deste trabalho. À Senhora Engenheira Gabriela Martins pelo apoio nalgums questões relacionadas com aspectos químicos. Aos meus amigos, eterna presença nos bons e maus momentos da minha vida e que em muito a enriquecem, pelo vosso apoio e tolerância. O vosso companheirismo e arguto esprírito crítico são pilares da minha existência. A todos os que, directa ou indirectamente, contribuíram, para a realização deste trabalho. 8 Capítulo I I- INTRODUÇÃO 9 1- ABORDAGEM DO TEMA Nas últimas cinco décadas tem-se assistido a um esforço multifacetado e polivalente no desenvolvimento de numerosos materiais sintéticos de enxerto ósseo para aplicações no âmbito da medicina dentária, da ortopedia e da cirurgia maxilofacial. Nesta área, destaca-se a sua utilização na reparação de defeitos periodontais, aumento do osso alveolar, elevação do seio maxilar e reparação de extensos defeitos ósseos causados por tumores ou traumatismos1-3. Estes materiais têm sido optimizados no sentido de melhorar a sua biointegração e funcionalidade, verificando-se uma tendência de aproximação das suas propriedades às do tecido ósseo original. Com efeito, após terem sido sintetizados materiais bioinertes e, mais recentemente, biocompatíveis, bioactivos e bioreabsorvíveis, o passo seguinte aponta para o desenvolvimento de materiais biomiméticos com uma composição e estrutura capaz de lhes fornecer intrínsecas capacidades osteoindutoras4. Efectivamente, uma das vantagens da utilização de materiais sintéticos reside na possibilidade de manipulação das suas características, de forma a estimular e modular as respostas celulares e moleculares no sentido pretendido4, 5. A ausência de problemas de imunogenicidade e facilidade de esterilização contribuem também para a crescente expansão dos materiais sintéticos6. Acresce, ainda, a possibilidade de obter lotes uniformes, com propriedades mais previsíveis do que os materiais de origem natural. Salienta-se, neste campo, o desenvolvimento de materiais capazes de proporcionar um suporte mecânico adequado à diferenciação e maturação do novo tecido ósseo e cuja degradação se processe de forma gradual, num período compatível com o crescimento dos tecidos que pretendem substituir. A este respeito é importante salientar o papel primordial dos osteoclastos nos processos de biodegradação/reabsorção destes materiais7. Os osteoclastos são, frequentemente, as células ósseas que primeiro contactam com os biomateriais determinando, muitas vezes, a sua estabilidade e sucesso clínico. Estas células, na sua actividade de reabsorção de matriz mineralizada (de origem natural ou sintética), estão, também, a preparar estas superfícies de forma a criar condições para uma posterior e eficaz adesão e proliferação das células da linha osteoblástica. Seguindo os ensinamentos da natureza esta marca estrutural será talvez de começar a ser levada em conta nos processos de fabricação de materiais biomiméticos de substituição óssea. O footprint 10
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