1 ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO MATHEUS LOPES DE CARVALHO Análise de confiabilidade de modelos de capacidade resistente de blocos de fundação São Paulo 2018 2 MATHEUS LOPES DE CARVALHO Análise de confiabilidade de modelos de capacidade resistente de blocos de fundação Versão Original Dissertação apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências. Área de Concentração: Engenharia de Estruturas Orientador: Prof. Ph.D. Fernando Rebouças Stucchi São Paulo 2018 3 4 Nome: CARVALHO, Matheus Lopes de Título: Análise de confiabilidade de modelos de capacidade resistente de blocos de fundação Dissertação apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências. Aprovado em: Banco Examinadora Prof. Dr. _____________________________________________ Instituição: _____________________________________________ Julgamento: _____________________________________________ Prof. Dr. _____________________________________________ Instituição: _____________________________________________ Julgamento: _____________________________________________ Prof. Dr. _____________________________________________ Instituição: _____________________________________________ Julgamento: _____________________________________________ 5 6 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar agradeço a Deus por tudo que tem me proporcionado; aos meus pais, Roberto e Helena, aos meus avós, Filomena e Augusto e a minha esposa Danielle por toda força e apoio. Agradeço também a Carolina Ribeiro da Silva e a empresa França e Associados por todo o apoio concedido ao longo do desenvolvimento desta dissertação; e em especial ao professor Fernando por todos os ensinamentos e incentivo, contribuindo para meu crescimento científico e intelectual. 7 RESUMO CARVALHO, M. L. Análise de confiabilidade de modelos de capacidade resistente de blocos de fundação. 2018. 177p. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. O projeto estrutural deve considerar as incertezas provenientes das variáveis envolvidas no dimensionamento dos elementos estruturais, tais como propriedades dos materiais, dimensões dos elementos estruturais e intensidade dos carregamentos atuantes. Existe também a variabilidade inerente aos métodos de análise estrutural, originária de imprecisões na idealização da distribuição das tensões e deformações dos elementos estruturais. Sendo assim, esta dissertação visa analisar a variabilidade dos desvios dos modelos de cálculo propostos por Blevot e Frémy (1967), Fusco (1994) e Santos (2013), todos baseados no método das bielas e tirantes, para blocos sobre duas, três e quatro estacas submetidos a carregamento centrado. Estes elementos estruturais possuem significativa importância, visto que atuam na transmissão dos esforços provenientes dos pilares às fundações profundas. Os modelos de cálculo foram confrontados entre si e com resultados experimentais de Blevot e Frémy (1967), Mautoni (1971), Clarke (1973), Miguel (2000) e Suzuki et al. (1998 / 1999 / 2000 / 2001) para determinação dos parâmetros estatísticos dos desvios desses modelos em relação aos ensaios. Os resultados apontaram desempenho satisfatório para os três modelos de cálculo. Em geral, todos os métodos se mostraram favoráveis à segurança nos casos avaliados para os três tipos de blocos de fundação. Palavras chave: Concreto armado, blocos de fundação, modelo biela-tirante, segurança das estruturas. 8 ABSTRACT CARVALHO, M. L. Reliability analysis of capacity resistance models of pile caps. 2018. 177p. Master’s thesis – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. Structural design must consider the uncertainties coming from the variables involved in dimensioning of the structural elements, such as material properties, dimensions of structural elements, and intensity of active loads. There is also inherent variability in structural analysis methods, originated from imprecision in idealization of the distribution of tensions and deformations of structural elements. Thus, this dissertation aims to analyze the variability of calculation models deviations proposed by Blevot and Frémy (1967), Fusco (1994) and Santos (2013), all based on strut and tie method, for two, three and four pile caps submitted to center load. These structural elements are of significant importance, since they act in transmission of loads from columns to deep foundations. Calculation models were compared with each other and with experimental results from Blevot and Frémy (1967), Mautoni (1971), Clarke (1973), Miguel (2000) and Suzuki et al. (1998 / 1999 / 2000 / 2001) to determine the statistical parameters of these model deviations in relation to the tests. Results indicated satisfactory performance for the three calculation models. In general, all methods were favorable to safety in cases evaluated for the three pile caps types. Keywords: Reinforced concrete, pile caps, strut-and-tie models, structural safety. 9 LISTA DE FIGURAS Figura 2.1: Analogia de treliça para viga de concreto armado. ................................. 28 Figura 2.2: Fissuras de ruptura nas proximidades dos apoios de uma viga seção “T” com barras retas. ...................................................................................................... 29 Figura 2.3: Viga de concreto armado após o colapso: .............................................. 29 Figura 2.4: Trajetórias das tensões em vigas seção “T” homogêneas. ..................... 30 Figura 2.5: Mecanismo resistente das vigas de concreto armado com a presença de estribos. ..................................................................................................................... 30 Figura 2.6: Representação esquemática da treliça. .................................................. 32 Figura 2.7: Trajetórias de tensões em regiões B e D. ............................................... 34 Figura 2.8: Regiões D (áreas hachuradas) com distribuição não-linear de deformações .................................................................................................................................. 35 Figura 2.9: Modelo biela-tirante (b) obtido a partir da análise das tensões principais em de um modelo em elementos finitos (a)............................................................... 36 Figura 2.10: Método biela-tirante obtido a partir da análise do padrão de fissuração. .................................................................................................................................. 37 Figura 2.11: O modelo mais apropriado (a) possui tirantes mais curtos do que o modelo menos adequado (b). ................................................................................................ 39 Figura 2.12: Aderência por adesão. .......................................................................... 41 Figura 2.13:Aderência por atrito. ............................................................................... 42 Figura 2.14: Ancoragem mecânica. ........................................................................... 42 Figura 2.15: Diagrama das tensões de aderência. .................................................... 43 Figura 2.16: Comprimento básico de ancoragem reta. ............................................. 45 Figura 2.17: Comprimentos reduzidos de ancoragem. .............................................. 46 Figura 2.18: Ancoragem Curvas. ............................................................................... 47 Figura 2.19: Diferentes configurações de bielas. ...................................................... 48 Figura 2.20: Nós contínuos 1 e nós singulares 2 ...................................................... 49 10 Figura 2.21: Exemplos de nós CCC. ......................................................................... 50 Figura 2.22: Exemplo de nó CCT. ............................................................................. 51 Figura 2.23: Exemplo de nó CTT. ............................................................................. 51 Figura 2.24: Influência das deformações transversais na resistência à compressão do concreto..................................................................................................................... 53 Figura 3.1: Distribuições de probabilidade das variáveis R, S e G. ........................... 63 Figura 4.1: Esquemático para blocos sobre 2 estacas .............................................. 68 Figura 4.2: Esquemático para blocos sobre 3 estacas: ............................................. 71 Figura 4.3: Arranjo de armaduras .............................................................................. 73 Figura 4.4: Esquemático de blocos sobre 4 estacas ................................................. 74 Figura 4.5: Arranjo de armaduras .............................................................................. 75 Figura 4.6: Funcionamento estrutural básico do bloco ............................................. 81 Figura 4.7: Tensões nos planos horizontais do bloco. ............................................. 82 Figura 4.8: Ampliação da seção resistente. ............................................................. 83 Figura 4.9: Tensões nos planos horizontais do bloco. ............................................. 84 Figura 4.10: Resistência das bielas junto às estacas. ............................................... 86 Figura 4.11: Determinação das armaduras em duas camadas ortogonais. ............. 88 Figura 4.12: Esquemático de blocos sobre 2 estacas ............................................... 89 Figura 4.13: Esquemático para blocos sobre 3 estacas:. .......................................... 91 Figura 4.14: Esquemático para blocos sobre 4 estacas. ........................................... 93 Figura 4.15: Arranjo de armaduras ............................................................................ 94 Figura 4.16: Modelo biela-tirante para bloco sobre estacas. ..................................... 95 Figura 4.17: Esquemático para blocos sobre 2 estacas:. ........................................ 100 Figura 4.18: Esquemático para blocos sobre 3 estacas: ......................................... 102 Figura 4.19: Esquemático de blocos sobre 4 estacas ............................................. 104 Figura 4.20: Perfil das bielas ................................................................................... 105
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