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Estudo da biologia e ecologia do gastrópode Achatina fulica Bowdich, 1822 (MOLLUSCA, GASTROPODA) na cidade de Caraguatatuba, Litoral Norte do Estado de São Paulo PDF

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D.O. Santana, J.F. Batalla Estudo da biologia e ecologia do gastrópode Achatina fulica Bowdich, 1822 (MOLLUSCA, GASTROPODA) na cidade de Caraguatatuba, Litoral Norte do Estado de São Paulo. Daiana de Oliveira Santana¹; Judith Font Batalla² ¹Graduanda em Ciências Biológicas, Centro Universitário Módulo, Caraguatatuba, São Paulo, Brasil. ²Judith Font Batalla. Dra. Ecologia e Recursos Naturais e-mail:[email protected] Resumo - Espécies invasoras são responsáveis por ameaçar a biodiversidade causando diversos prejuízos aos ecossistemas naturais, à economia e colocando a saúde humana em risco. Espécies exóticas invasoras são consideradas a segunda maior causa de perda de biodiversidade, após a perda e degradação de habitats. Uma espécie invasora de grande importância médica é o gastrópode Achatina fulica, conhecido como caramujo africano, que tem um potencial de transmissão de duas zoonoses (Meningite eosinofílica e Angiostrongilíase abdominal) causadas por vermes. Exemplares dessa espécie estão presentes em pelo menos 23 dos 26 estados brasileiros, estando classificados entre as cem piores espécies exóticas invasoras de ocorrência mundial. O objetivo desta pesquisa foi verificar a presença do A. fulica, na cidade de Caraguatatuba (São Paulo, Brasil) e registrar seu comportamento a partir de observações realizadas em campo. Os resultados indicaram a presença do gastrópode em 16 dos 17 locais analisados. Quanto ao comportamento foi visto um aumento populacional em épocas de chuvas, principalmente em locais abandonados com acúmulo de entulhos e/ou matéria orgânica que compactuam para o aumento e proliferação da espécie. Palavras-chaves: Achatina fulica. Caramujo africano. Gastrópode. Zoonoses. Caraguatatuba. Abstract - Invasive species are responsible for threatening biodiversity, causing various damages to natural ecosystems, the economy and putting human health at risk. Invasive alien species are considered the second major cause of biodiversity loss after habitat loss and degradation. An invasive species of great medical importance is the Achatina fulica gastropod, known as the African snail, which has a potential for transmission of two zoonoses (Meningite eosinofílica e Angiostrongilíase abdominal) caused by worms. Specimens of this species are present in at least 23 of the 26 Brazilian states, being classified among the one hundred worst invasive alien species of worldwide occurrence. The objective of this research was to verify the presence of A. fulica in the city of Caraguatatuba (São Paulo, Brazil) and to record its behavior based on field observations. The results indicated the presence of the gastropod in 16 of the 17 sites analyzed. Regarding the behavior, a population increase was observed in rainy season, especially in abandoned sites with accumulation of debris and/or organic matter that compose for the increase and proliferation of the species. Key-words: Achatina fulica. African snail. Gastropod. Zoonoses. Caraguatatuba. UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 4 (2018) p. 286-296. Página 286 D.O. Santana, J.F. Batalla Introdução (MANGELLI; CREED, 2012) e os moluscos, Limnoperna fortunei Dunker, Os gastrópodes pertencem à maior 1857, (popularmente conhecido como classe dos moluscos com cerca de 30.000 mexilhão) e o Achatina fulica Bowdich, espécies existentes, cujos representantes 1822 (AQUINO, 2010), conhecido como mais conhecidos são as lesmas, caracóis e Caramujo Africano. caramujos. Os exemplares dessa classe O A. fulica é nativo do leste da estão presentes em ambientes terrestres, África e foi introduzido no Brasil por volta marinhos e também na água doce de 1980 para ser utilizado na alimentação (BARNES; RUPPERT, 1996). Ainda de como "escargot" (caracóis do gênero Helix acordo com BARNES; RUPPERT (op. sp), porém devido ao insucesso desse tipo cit.). Em seus determinados habitats, esses de comercialização associado a não animais desempenham importantes aceitação pelo mercado acabou atividades na manutenção do equilíbrio ocasionando o abandono de criadouros ecológico, atuando diretamente nos níveis onde os exemplares da espécie que seriam tróficos da cadeia alimentar como consumidos foram soltos no território consumidores ou como alimento para nacional (THIENGO et al., 2007) por não outros animais. possuírem predadores naturais nesse novo De acordo com a Convenção sobre local e possuírem uma elevada capacidade Diversidade Biológica (CDB, 1992) na 6ª reprodutiva e adaptativa acabaram se Conferência das Partes, quando uma dispersando rapidamente (SIMIÃO; espécie é retirada de seu habitat natural e FISHER, 2004; THIENGO; introduzida em outro, a mesma passa a ser FERNANDEZ, 2010; VASCONCELLOS; denominada exótica (se estiver fora de seu PILE, 2001). local de origem e não causar impactos no Esses animais possuem uma meio) ou exótica invasora (se ameaçar enorme capacidade adaptativa, podem ecossistemas, habitats ou espécies). resistir à seca e ao frio, sendo capazes de Como exemplares de espécies se adaptar a caatingas, florestas e brejos exóticas invasoras no Brasil, estão duas (THIENGO; FERNANDEZ, 2010) e de se espécies de cnidários Tubastraea coccinea alimentar de praticamente tudo que estiver Lesson, 1829 e Tubastraea tagusensis a sua volta, como frutas, legumes, flores, Wells, 1982, conhecidos como coral-sol folhas, restos de animais, além disso são que vêm ameaçando toda a costa brasileira apontados como causadores de prejuízos UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 4 (2018) p. 286-296. Página 287 D.O. Santana, J.F. Batalla em culturas agrícolas de interesse relacionados ao A. fulica. comercial e de vegetação nativa ou Devido a importância de se realizar ornamental por consumirem mais de 500 um levantamento presença e distribuição tipos de plantas (TELES et al., 2004). do A. fulica no município de Além do risco a biodiversidade Caraguatatuba, o presente estudo teve por nativa, o A. fulica é indicado como vetor objetivo demonstrar as áreas em que há a de duas zoonoses causadas por vermes, o presença da espécie, além do estudo de sua “Angiostrongylus cantonensis, verme ecologia, relações com outras espécies e pulmonar de roedores, que é a causa mais comportamento, na tentativa que comum da Meningite eosinofílica humana posteriormente esse conhecimento auxilie e o Angiostrongylus costaricensis, o agente a população local no controle populacional causador da angiostrongilíase abdominal da espécie. ou Intestinal” (SES/SP, 2007). É necessário obter um conhecimento profundo do Material e Método comportamento e distribuição de A. fulica, afim de se evitar que se torne um problema Foram realizadas saídas de campo de saúde pública. para observação dos indivíduos, sendo Apesar da indagação de ser coletadas as medidas conquiológicas responsável por transmitir essas duas (comprimento e altura da concha) dos zoonoses, em muitas pesquisas não foram espécimes encontrados vivos ou mortos, encontrados exemplares dessa espécie com com auxílio de luvas e de um paquímetro. larvas de Angiostrongylus spp. no Brasil Também foram realizados registros (VASCONCELLOS; PILE, 2001) e de fotográficos. Com intervalo de 15 dias, acordo com AQUINO (2010), o caracol foram realizadas saídas de campo para africano é citado como responsável por um observação e registros de comportamento único caso clínico, não publicado, de desta espécie de gastropoda, sua dieta Meningoencefalite eosinofílica em 2006, alimentar em ambiente natural e suas não havendo desde então outro caso relações com outros indivíduos, descrito que relacionasse Achatina fulica comparando também sua distribuição e com prejuízos à saúde humana. Já frequência com os fatores ambientais. Os infecções causadas por A. costaricensis são resultados foram registrados em planilhas e relatadas no Brasil, porém o meio de fotografias. contaminação está relacionado a outros Para a coleta das medidas moluscos, não havendo referência conquiliométricas das conchas foram UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 4 (2018) p. 286-296. Página 288 D.O. Santana, J.F. Batalla necessárias saídas de campo de duração de aproximadamente uma hora, a cada duas Para analisar e registrar a presença semanas em um terreno baldio do bairro do dos caracóis no município diversas saídas Morro do Algodão. Os exemplares vivos de campo foram realizadas nos principais ou mortos eram coletados e medidos com bairros da Cidade, buscando sempre esses um paquímetro (Figura 1 e 2), sendo as exemplares em locais, que de acordo com medidas coletadas e de maior importância referências como FISHER; COSTA (2010), para o estudo a largura e altura da concha, eram propícios para a espécie. Em caso de que demonstravam de forma eficiente o presença positiva o bairro era anotado na tamanho dos indivíduos. planilha na coluna de “presença confirmada” para eventual marcação no mapa da cidade. As datas das observações também eram anotadas para posterior comparação entre quantidade observada e condições climáticas (levando em conta também as estações do ano). Resultados e Discussão Fonte: própria autora (2017). Durante o período de estudo Figura 1 Medição de um exemplar com o uso do paquímetro (Janeiro a Novembro do ano de 2017) foi possível constatar a presença do gastrópode nos bairros de Caraguatatuba (Tabela 1 e Figura 3). Fonte: própria autora (2017). Figura 2 - Medição de um exemplar morto com o uso do paquímetro. UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 4 (2018) p. 286-296. Página 289 D.O. Santana, J.F. Batalla Tabela 1 Distribuição do Caracol africano no município de Caraguatatuba. Exemplares não Bairros visitados Presença confirmada encontrados Balneário dos golfinhos X - Britânia X - Capricórnio X - Indaiá X - Jaraguá X - Jaraguazinho X - Jardim gaivotas X - Martin de Sá X - Morro do Algodão X - Pegorelli X - Poiares X - Pontal de Santa Marina X - Porto novo X - Praia das Palmeiras X - Tinga X - Travessão X - Parque Estadual Serra do Mar - X (Núcleo Caraguatatuba) Fonte: Própria autora (2017). Os resultados obtidos no período do pode estar relacionado com a grande estudo indicaram que em 99% dos locais quantidade de terrenos baldios com visitados possuíam exemplares de acúmulo de matéria orgânica, e casas de Achatina fulica, demonstrando sua ampla temporada que colaboram com a distribuição no município e potencial proliferação e desenvolvimento da espécie, adaptativo. Um fator interessante é que em fato corroborado por FISHER et al (2005), área de mata visitada no Parque Estadual onde afirmam que casas de veraneio e Serra do Mar não foi encontrado nenhum terrenos baldios que não são limpos exemplar, indicando a preferência ou regularmente proporcionam abrigo e melhor adaptação da espécie pelo meio oferecem alimento para a espécie, gerando urbano. A espécie está amplamente focos de infestação que se alastra para as distribuída pelo território municipal, isto UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 4 (2018) p. 286-296. Página 290 D.O. Santana, J.F. Batalla localidades vizinhas ocasionando invasões dos domicílios. Fonte: www.google.com (2017). Figura 3 - Distribuição da espécie no município de Caraguatatuba . Desde o início da pesquisa era visto Além da alimentação, foram em referências como TELES et al (2004) registradas também as condições que o A. fulica é uma espécie com elevada climáticas, com isso foi constatado que capacidade adaptativa e que pode consumir exemplares dessa espécie tendem a uma diversidade de alimentos, com isso os aparecer com maior frequência após dias fatores alimentação e relações ecológicas de chuva, indicando a dependência desses fizeram parte dos objetivos a serem indivíduos aos ambientes úmidos, porém analisados, a partir disto constatou-se uma foi verificado que com chuva em excesso grande variedade de alimentos úteis para a os caracóis tendem a subir em muros de espécie apresentados na figura 4, que residências na tentativa de buscar abrigo da demonstram uma parcela dos motivos água, ficando assim mais expostos e menos pelos quais a espécie se adapta tão bem aos protegidos. meios em que é inserida. UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 4 (2018) p. 286-296. Página 287 D.O. Santana, J.F. Batalla Figura 4 Frequência relativa (%) da alimentação observada em 44 indivíduos encontrados no bairro do Morro do Algodão. Fonte Própria autora (2017). Fonte Própria autora (2017). Figura 6 Caracóis se alimentando de fezes de Figura 5 Caracol se alimentando de folha de outros animais. acerola. Foram coletadas as medidas 6,1cm, com largura média equivalente a conquiliométricas (comprimento e largura 3,14cm. Dentre os indivíduos vivos (37 da concha) de 70 exemplares num terreno exemplares) foi obtida uma média de baldio de 375m2 do bairro do Morro do aproximadamente 5,0cm de altura e Algodão, entre eles 33 indivíduos estavam 2,65cm de largura. As medidas foram mortos devido possivelmente à ação distribuídas em classes de 1,8cm (Tabela 2) antrópica. A média da altura da concha dos e representadas graficamente (Figura 7). caracóis mortos foi de aproximadamente UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 4 (2018) p. 286-296. Página 292 D.O. Santana, J.F. Batalla Tabela 2 Distribuição de Frequências com Intervalos de classes das medidas conquiológicas (em cm) de indivíduos vivos e mortos (Fa – Frequência, Fr – frequência relativa em porcentagem). INDIVÍDUOS VIVOS INDIVÍDUOS MORTOS Classe Fa Fr (%) Classe Fa Fr (%) 0 ǀ - 1,8 0 0 0 ǀ - 1,8 0 0 1,8 ǀ - 3,6 7 18,92 1,8 ǀ - 3,6 5 15,15 3,6 ǀ - 5,4 20 54,05 3,6 ǀ - 5,4 7 21,21 5,4 ǀ - 7,2 2 5,4 5,4 ǀ - 7,2 12 36,36 7,2 ǀ - 9 7 18,92 7,2 ǀ - 9 5 15,15 9 ǀ - 10,8 1 2,7 9 ǀ - 10,8 4 12,12 Total 37 99,99% Total 33 99,99% Fonte: Própria autora (2017). Fonte: Própria autora (2017). Figura 7 - Distribuição da frequência absoluta com Intervalos de classes das medidas conquiológicas (em cm) de indivíduos vivos e mortos. Os resultados referentes às exemplo, terrenos baldios abandonados observações indicaram que existem com acúmulo de lixo (entulho e matéria determinados locais que favorecem o orgânica); que de acordo com FISHER et desenvolvimento da espécie como por al (2005) e LEÃO (2011) servem como UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 4 (2018) p. 286-296. Página 293 D.O. Santana, J.F. Batalla abrigo para esses indivíduos, os quais todo o território municipal, fato que pode acabam se multiplicando nesses locais. indicar grande concentração de terrenos Com base nestas observações, Durço et al baldios sem o devido cuidado. Grandes e (2013) evidencia a necessidade de pequenos bairros visitados, tanto da região conscientização da população com relação central quanto periférica, a limpeza urbana, no intuito de que locais independentemente da localidade sejam limpos periodicamente e o lixo responderam positivamente a presença dos destinado aos locais adequados. caracóis com exceção do Horto Florestal As medidas conquiliométricas (Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo coletadas indicaram que a média dos Caraguatatuba), que indica a adaptação da indivíduos vivos foi inferior à dos mortos, espécie aos centros urbanos, devido à com isso é possível inferir que quanto facilidade em encontrar alimento e abrigo maior o indivíduo, mais visível ele é para havendo pouca competição com outras as pessoas que fazem o controle espécies. populacional da espécie. Além disso, é Durante as saídas de campo alguns importante ressaltar que muita chuva não é fatores diferentes na amostra chamaram a um fator benéfico para a espécie, pois atenção, entre os 70 exemplares como não se trata de uma espécie aquática verificados (onde haviam 33 mortos e 37 a água acaba se tornando um fator de risco, vivos). Foi observado que nas conchas de 8 o que faz com esses caracóis busquem dos exemplares mortos havia uma grande abrigo em locais altos como o muro das quantidade de larvas de mosca da espécie residências. Esta fato também foi Musca domestica (Linnaeus, 1758), que se observado por outros autores (FISHER; alimentavam do corpo em decomposição COSTA, 2010), onde afirma que o controle do molusco (Figura 8). Não se tem nenhum feito pelos moradores poderia ser trabalho científico que correlacione as duas melhorado a partir do conhecimento da espécies ou que associe a elevada ecologia da espécie (DURÇO et al, 2013) e densidade de M. domestica em alguns o controle desta espécie em bairros locais com o Achatina fulica, o qual infestados poderia ser realizado após dias quando morto pela população, na maioria de chuva, já que é nesse momento que os das vezes, é deixado com a concha inteira exemplares estão mais visíveis. no local sem ser cremado ou enterrado. O O resultado da distribuição do fato das conchas serem esquecidas na Achatina fulica no município indicou que a maior parte das vezes também foi visto por espécie está com ampla distribuição por Durço et al (2013). UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 4 (2018) p. 286-296. Página 294 D.O. Santana, J.F. Batalla Outro fato interessante observado município de Caraguatatuba possui entre as 22h e 00h, onde foi observado (2 exemplares espalhados por praticamente vezes) a tentativa de predação do A. fulica todo o território, com focos principalmente por Leptodactylus ocellatus, Linnaeus, nas áreas urbanas principalmente em meio 1758, popularmente conhecidas por rãs- a terrenos baldios que a população utiliza manteiga. Na primeira ocasião, a rã havia como aterro para deposição de entulho e virado um desses moluscos e o segurava lixo. Tendo-se observado que a contra o chão com a abertura da concha variabilidade na alimentação da espécie é para cima; já na segunda observação o um fator importante para a sua capacidade gastrópode estava em um muro e a rã adaptativa e que áreas como as desses pulava em direção à ele na tentativa de terrenos oferecem não só alimento como derrubá-lo, em ambas as observações as rã também abrigo, torna-se viável recomendar fugiram ao perceber aproximação de cães a limpeza periódica desses locais e da rua, impossibilitando o restante da ação. ressaltar a importância em conscientizar a Achaval; Olmos (2003) afirmam população sobre esses fatores a fim de que que essa espécie de rã se alimenta de evitem jogar materiais de descarte em outros anfíbios (inclusive da mesma locais inapropriados. Além disso, a espécie), insetos, minhocas e caramujos, conscientização também é importante no deixando evidente que a possibilidade da que diz respeito ao controle da densidade rã-manteiga estar predando A. fulica em populacional dessa espécie, pois a própria Caraguatatuba pode ser corroborada, população local, tendo conhecimento da havendo, no entanto, a necessidade de mais ecologia e comportamento da espécie, estudos e registros a respeito. Com isso poderá realizar coletas de forma mais fica evidente que há a possibilidade de que eficiente, ajudando a manter a espécie sob hajam predadores dessa espécie invasora controle evitando assim maiores danos a em Caraguatatuba, fato não registrado em biodiversidade e a saúde. nenhuma outra pesquisa, e que talvez um possível controle biológico natural possa Referências estar acontecendo. ACHAVAL, F.; OLMOS, A. Anfibios y reptiles del Uruguay. 2 a Conclusões Preliminares ediçãoed. Montevideo, Graphis. 136 p. 2003. AQUINO, M. Achatina fulica no Brasil. Após todo o período de pesquisa foi Revista eletrônica de Veterinária, v. 11, possível constatar que atualmente o n. 09, p: 1695-7504. 2010. UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 4 (2018) p. 286-296. Página 295

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