Esmague o Estado! Um Compêndio de Estratégia Libertária Esmague o Estado! Um Compêndio de Estratégia Libertária 1ª Edição Esmague o Estado! Esmague o Estado! Um Compêndio de Estratégia Libertária (Editora Konkin: São Paulo, 2022) 1ª Edição: julho de 2022 Editora Konkin E-mail: [email protected] Instagram: @editorakonkin Coordenação Editorial Daniel Miorim de Morais e Gustavo Poletti Kaesemodel Organização Vitor Gomes Calado Tradução e Revisão Alex Pereira de Souza, Daniel Miorim de Morais, Eric Matheus Rodrigues de Souza, Gustavo Poletti Kaesemodel e Vitor Gomes Calado Diagramação Vitor Gomes Calado Capista Raíssa Souza Abreu Agradecimentos Um oferecimento do Instituto Ágora, sua fonte de informação sobre agorismo! Acesse agorismo.com.br e desfrute do portal mais completo e especializado no assunto! Agradecimentos especiais a Miguel Angelo Pricinote, o Agorista Cristão! Licença Todos os direitos de publicação deste livro, em língua portuguesa, que pertencem à Editora Konkin, na forma de lei estão sendo, por intermédio deste, cedidos publicamente, inclusive para venda, impressão e eventuais alterações. No Copywrongs. S umário Prefácio a Edição Brasileira ............................................................. 8 Aliança Libertária ........................................................................... 15 Apatia – Aliada do Estado ................................................ 16 Escute, Esquerda ............................................................... 18 Anarcocentrismo ............................................................... 22 Divergentes ....................................................................... 25 Anarcocentrismo - Continuação ....................................... 28 O Libertarian Party, prós e contras ................................... 30 Escute, Libertarian Party ................................................... 38 Ágora versus Arena .......................................................... 43 Anarco-Sionismo .............................................................. 47 Estratégia Libertária I ....................................................... 50 A Contra Campanha de 76 ................................................ 54 Estratégia Libertária II ...................................................... 58 O Caucus Libertário ...................................................... 59 Objetivo Estratégico da TCL ........................................ 61 Algumas Táticas para a Técnica do Caucus Libertário 62 Os custos da Infiltração Estratégica .............................. 65 Invasores do Estado .......................................................... 67 O Fim do Movimento Libertário ...................................... 71 O Crescimento da Consciência Libertária .................... 72 A Separação da Cultura Libertária ................................ 73 O Significado de Movimento Libertário ....................... 75 O Fim do Movimento Libertário .................................. 76 A Anarcovila Global ......................................................... 77 Anarco-Feitiçaria .............................................................. 82 Apertando os Botões ......................................................... 86 Nosso Inimigo, O Partido ................................................. 89 Introdução à Edição de 1987 ........................................ 89 Introdução à Edição de 1980 ........................................ 89 Nosso Inimigo, O Estado .............................................. 90 O Caso pela Consistência ............................................. 91 Nosso Inimigo, O Partido ............................................. 92 O Papel do Ativismo ..................................................... 93 Taticamente Falando ......................................................... 95 Estratégia Continental NLA – SEK3 ................................ 98 Manifesto do Novo Libertário ...................................................... 103 Dedicatória ...................................................................... 104 Prefácios ......................................................................... 105 Tabela de Conteúdos ....................................................... 108 I. Estatismo: Nossa Condição ......................................... 109 II. Agorismo: Nosso Objetivo ......................................... 116 III. ContraEconomia: Nosso Meio .................................. 128 IV. Revolução: Nossa Estratégia .................................... 142 Fase 0: Sociedade Agorista de Densidade Zero......... 147 Fase 1: Sociedade Agorista de Baixa Densidade ........ 148 Fase 2: Sociedade Agorista de Densidade Média e Pequena Condensação ................................................. 150 Fase 3: Sociedade Agorista de Alta Densidade e de Alta Condensação ............................................................... 151 Fase 4: Sociedade Agorista com Impurezas Estatistas 153 V. Ação! Nossas Táticas ................................................. 154 Contestações e Réplicas ao Manifesto do Novo Libertário ......... 161 Konkin sobre a Estratégia Libertária .............................. 162 I. A Alternativa Konkiniana ........................................ 162 II. O Problema da Organização ................................... 167 III. O Problema do “Kochtopus” ................................ 169 IV. O Problema do Partido Libertário ........................ 171 Resposta a Rothbard ....................................................... 178 Retorno à Babilônia ........................................................ 194 Resposta a LeFevre ......................................................... 207 O Novo Altruísmo: Uma Crítica ao Manifesto do Novo Libertário ........................................................................ 211 Resposta a Filthy Pierre por S.E. Konkin ....................... 215 Epílogo ......................................................................................... 219 Esmagando o estado por diversão e lucro desde 1969 .... 220 Antecedentes necessários ............................................ 221 Da história à teoria… .................................................. 226 …e da teoria à prática ................................................. 235 Prefácio a Edição Brasileira Construir essa coleção criou um misto de sensações em todos os seus participantes. Não é uma tarefa fácil, tendo em vista que os textos aqui presentes não estão consolidados em um portal, tal como o Mises Institute. A falta de uma estrutura geral dos agoristas ainda é uma realidade no mundo todo e a maior parte do que foi produzido nas maiores revistas e portais agoristas nas décadas anteriores ainda não foi sequer escaneado. Isso se dá por certo vácuo de publicação criado pelo fato que Konkin criou agoristas aos montes, permeou a cultura geral dos cypherpunks e criptoanarquistas de sua época, com raízes nos argumentos gerais e vigentes até hoje, fez com que verdadeiras e enormes redes de ContraEconomia surgissem, mas falhou em criar algo que Rothbard conseguiu estabelecer: sucessores. Rothbard viveu até os 68 anos, LeFevre até os 74. Konkin apenas até os 56. Essa diferença de 12 anos para Rothbard e 16 anos para LeFevre talvez explique a dificuldade de manter acesas as chamas gerais do movimento agorista. Sem a sensação de que se está no final da vida, é difícil passar adiante. Konkin morreu jovem, talvez porque tenha vivido jovem. Ou talvez, a minha interpretação esteja esquecendo um lado importante da obra de Samuel Edward Konkin III, a ação é individual, intransferível e pessoalíssima. Agoristas são moldados no fogo da oposição, das discussões e principalmente da ação em cada uma das esferas de sua vida, uma expansão contínua da forma do ego que abraça cada traço material que foi afetado por sua personalidade e cada pequeno aspecto de suas vidas e atitude. É sobre tomar controle do rumo de sua própria vida. Assim, só existe espaço no outro como um exemplo, como uma forma de descrição de uma forma geral de agir que se considere 8 adequada, jamais como uma autoridade que possa lhe impor sua própria liberdade. E porque somos diferentes e amamos a diferença, nossa liberdade não pode ser igual. Dessa forma, a própria ideia de um sucessor seria algo com o qual o projeto Konkiniano não seria muito gentil. Mas, mesmo sem um sucessor a vista, Konkin foi capaz de criar uma rede ampla o suficiente para um brasileiro estar falando sobre ele e sobre a expansão de sua obra no Brasil e no mundo. Isso, por si só, é um feito que a maior parte dos seus debatedores ainda não alcançou. A internacionalização de sua obra. Não só isso, Konkin é hoje uma porta de entrada para anarquistas clássicos, panarquistas, mutualistas, anarco-sindicalistas, anarco- individualistas, plataformistas, conservadores, petistas, Bolsonaristas, liberais, Rothbardianos, Georgistas, Hoppeanos, Randianos, Huemerianos, Misesianos, Hayekianos e muitos outros para as “drogas” mais pesadas da esquerda libertária. Se conhecemos o Karl Hess Club (e o próprio Karl Hess), com figuras como Jeff Riggenbach e J. Neil Schulman, se acompanhamos o New Libertarian, se estamos todos ansiosos pelos scans de Victor Koman (que ele viva mais uma centena de anos), é porque Konkin esteve lá. Se conhecemos e traduzimos o Revolução Satoshi de Wendy McElroy, bem como estamos em processo de traduzirmos o Voluntaryist, é porque Konkin nos apresentou. Se temos os comentários sempre sagazes e incríveis de Roderick Long, se temos o Molinari Institute, o Center for a Stateless Society, a Alliance of the Libertarian Left e se podemos ler em recapitulação todo o trabalho de Robert LeFevre, é porque Konkin lutou por isso. Se sabemos quem é Kevin Carson e Gary Chartier, conhecemos o C4SS e figuras como Logan Marie Glitterbomb, é porque Konkin abriu as portas. 9 Se temos os Bleeding Heart Libertarians para, usando um termo que Konkin usaria, nos encher o saco com sua hiper feminização, é culpa do Konkin (não dá para acertar sempre). Se podemos ver os grandes discursos antipolítica de Larken Rose e pudemos ficar ciente da mais perigosa superstição, Konkin foi aquele que mostrou o caminho. Tudo isso só foi possível graças a cada passo que foi dado por Konkin. A criação do Agorismo, o tomar para si o rótulo da Esquerda Libertária, a criação da primeira Aliança da Esquerda Libertária, a luta contra o partido, o apoio a ContraEconomia. Graças a sua capacidade de firmar-se quando não havia aliados, quando eram poucos contra toda a opinião vigente no meio libertário de sua época. Hoje, não menos que milhões de libertários trafegam pelos mais diversos portais da esquerda libertária, vindos de todo o mundo, organizando-se em células com a Freedom Cells, usando Bitcoin e outras criptomoedas, surfando na WEB3, lutando por um mundo mais livre. O que Konkin nos deixou foi incrível e criou uma obrigação de tipo peculiar e diferente. Ele fez de cada um de nós um sucessor. Fez com que cada um de nós tivesse a obrigação de lutar pela sua própria liberdade e pela das pessoas que ama e, assim, embora ainda não haja a estrutura física e logística da famosa direita libertária, deixou uma capilaridade de ser invejada. Para além disso, Konkin nos deu um exemplo de um tipo de princípio que é até estranho no movimento libertário brasileiro que vivemos hoje. Temos uma miríade de estatistas que estão doidos para votar no Bolsonaro, ou no Lula, ou no governador, prefeito e vereador de sua preferência, apenas para evitar o presidente, governador, prefeito e vereador que “traria o caos” do outro lado. Enquanto a discussão americana das décadas de 70/80 era sobre a existência de candidatos libertários, que estavam dispostos a traçar e a 10